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A Sociologia da Educação de Pierre
Bourdieu: limites e contribuições.
CLÁUDIO MARQUES MARTINS NOGUEIRA
MARIA ALICE NOGUEIRA
Slides: Leonardo Ampessan
A Escola conservadora
 Sistema Escolar como fator de mobilidade social: temos a ilusão
de que o sistema escolar promove a possibilidade de ascensão
social, mas para o autor a escola na verdade reforça a inércia
social;
 Conservação social: o sistema escolar da forma que é
estruturado nada faz além de contribuir para a conservação dos
moldes sociais externos a escola;
 Na medida em que cada aluno vem de uma realidade
socioeconômica diferente, ao atribuir direitos e deveres iguais
aos alunos, a escola nada mais perpetua a mesma desigualdade
que estes mesmo alunos sofriam fora da escola;
Herança e dom social disfarçados de
dom natural
 Aprendizagens que são feitas durante o curso da vida social de
alunos com famílias pertencentes a elites ou classes sociais
mais altas não são apontadas como aprendizagens determinadas
pelo meio social em que estão inseridos, mas tratadas como
habilidades/dons naturais
 Desta forma, criam-se pré noções de que os alunos de famílias
de melhor vida socioeconômica possuem maior aptidão para os
estudos do que as de famílias pobres;
Capital Cultural
 Constitui-se de: herança familiar, conjunto de valores implícitos
profundamente interiorizados, revelados nas posturas e
atitudes e composta pelas características da linguagem e
facilidades linguísticas, práticas culturais (acesso a teatros,
museus, cinemas etc);
 Sendo essa bagagem, segundo o autor, muito importante para o
êxito escolar;
A transmissão do Capital Cultural
 Constatação da relação entre o nível cultural global da família
e o êxito escolar da criança, estendendo-se até o nível
universitário;
 Bourdieu afirma que as chances objetivas de um jovem de uma
família com maior poder aquisitivo é 40 vezes maior que a de
um jovem filho de operários;
A escolha do destino
 Ao reforçar a ideia de atitude culta, que diz respeito as
possibilidades culturais dos meios familiares mais favorecidos, a
escola sanciona as desigualdades sociais que só a escola poderia
reproduzir;
 Superseleção das crianças das classes populares, que apesar de
todas as dificuldades apontadas, para chegar ao ensino
secundário precisam ter um desempenho excepcional;
 Segundo Bourdieu essa é uma contradição cruel e excludente;
O funcionamento da escola e sua função
de conservação social
 A escola funciona como:
 Ferramenta de perpetuar as desigualdades sociais;
 Ideologia da função Libertadora;
 Ilusão em função de equidade – Romper com as desigualdades partindo da
sanção diante da cultura;
 O discurso: Igualdade Formal (não efetiva), mascara as práticas pedagógicas;
 Ensino como ferramenta de despertador de “dons”;
 Conservação do discurso, questionando as ideias que nem sempre precisam de
mudança;
Cultura e comportamento
 Comportamentos que serão expressos na
escola, advindos propriamente de alunos de
classe social menos favorecida;
 Valores e culturas construídas a partir de seu
comportamento, que se choca com as
culturas, comportamentos, propagados como
corretos na escola;
A Escola e o(a) professor(a)
 Os professores e a relação dentro da escola, privilégio cultural;
 Avaliação do professor segue como parâmetro do processo educativo da elite;
 As linguagens expressas nos ambientes escolares são perceptíveis referências
por uma busca incessante dos códigos de conduta;
 Esforço forçado para ingresso em uma cultura que não facilita para o
desenvolvimento de suas expectativas;
 As classes cultas legitimam o saber erudito e a escola é encarregada de
perpetuar e transmitir esses valores;
 Culturas e comportamentos incorporados pela classe dominante e valorizadas
na instituição escolar;
A Escola e o(a) professor(a)
 Recrutamento e entrada na escola: alunos que ingressam são necessários
adquirir aptidões socialmente exigidas tradicionalmente dentro da escola
burguesa;
 Exigências mais eficazes e mais implícitas: a escola atribui aos indivíduos
esperança de vida e de mudanças na escala social – Ideologia dos dons;
 Alguns de classes mais desfavorecidas que obtém o sucesso legitimam o
processo completo, dando crédito ao mito da escola libertadora junto àqueles
próprios indivíduos que ela eliminou;
A escola e a prática cultural
 Participação da classe menos favorecida a culturas produzidas
pela elite;
 O domínio das culturas pela elite, propiciadas pelo meio
familiar, é determinante para o sucesso escolar;
 A participação e frequência em instituições são reflexos desse
sistema que propicia a classe de quem a produz;
 O poder da influência da escola nas práticas culturais, os
estímulos são mais uma vez motivados pela Ideologia dos dons;
Capital Social
 A noção de Capital Social está ligada ao dinheiro;
 O Capital Social está associado ao poder (eu posso);
 Neste sentido, temos a concentração do Capital Social em grupos seletos, que
são raros e prestigiosos;
 Cada membro encontra-se assim instituído como guardiões dos limites do
grupo;
 Os espaços geográficos físicos são separados pelo econômico e social, que
supõem o reconhecimento dessa proximidades;
 Bourdieu faz o seguinte questionamento: O que seria do rico se não tivesse o
pobre?
Capital Econômico, Cultural ou
Simbólico
 A rede de ligações é o produto de estratégias de investimento social;
 Grupos necessários e eletivos, que implicam obrigações duráveis, a fim de
garantir direitos, produção de conhecimentos e reconhecimentos mútuos;
 Simbologia de um nome importante (sobrenome), nome da família ou da
linhagem;
 O novo rico não possui capital simbólico, somente econômico e possivelmente
o cultural;
 A reprodução do capital social é tributária, produzindo: Ocasiões (cruzeiros,
caçadas, recepções etc), lugares (bairros chiques, escolas seletas, clubes,
etc), práticas (esportes chiques, cerimônias culturais etc);
Conclusão
 Os estabelecimentos escolares têm uma lógica de conservação da educação
prioritária;
 Hierarquia da estrutura do ensino: simples ou claramente identificada;
 Identificar aqueles que não são para escola e aqueles que se dão bem no
processo escolar;
 Evidencia as diferentes discrepâncias na escola, apontando que essas se dão
também pela entrada das categorias sociais no processo de escolarização;
 Discurso dominante manifestado em todas as etapas do processo de
escolarização;
 O dom ou o gosto tendem a substituir fatores sociais mal definidos;
 Mudança da estrutura, sem alteração do valor econômico e simbólico dos
diplomas;
Conclusão
 A estrutura escolar cria uma noção falsa de “chances”, promovendo um fator
depreciativo coletivo aos grupos de classes menos favorecidas que não têm
sucesso no meio escolar;
 Objetivo da instituição escolar é somente dar acesso;
 Escola produz um número cada vez maior de indivíduos atingidos por essa
espécie de mal estar crônico instituído pela experiência;
 Capital cultural divergente do da elite é reduzido no processo de aproximação
da instituição escolar;
 O processo de ensino é aberto a todos, contudo, estritamente reduzido à sua
permanência, tendo aparência democrática para legitimação social;
Conclusão
 Violências invisíveis são sinais que apontam contradições da instituição
escolar;
 Escola esconde a diversidade das coisas;
 Reagrupa os mais desprovidos e os exclui;
 Diploma perde o valor social que antes tinha entre as classes desprovidas;
 Investimento de uma escolarização passa a ser visto como gastos que não
rendem frutos suficientes;
 Relações entre professores e as dinâmicas escolares dos alunos cada vez mais
distantes;
 Bourdieu aponta que um dos fatores sobre a resignação do processo de
escolarização é manifestado pela cultura externa dos alunos e que são
também expressas no ambiente escolar.

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A Escola como Reprodutora de Desigualdades Sociais

  • 1. A Sociologia da Educação de Pierre Bourdieu: limites e contribuições. CLÁUDIO MARQUES MARTINS NOGUEIRA MARIA ALICE NOGUEIRA Slides: Leonardo Ampessan
  • 2. A Escola conservadora  Sistema Escolar como fator de mobilidade social: temos a ilusão de que o sistema escolar promove a possibilidade de ascensão social, mas para o autor a escola na verdade reforça a inércia social;  Conservação social: o sistema escolar da forma que é estruturado nada faz além de contribuir para a conservação dos moldes sociais externos a escola;  Na medida em que cada aluno vem de uma realidade socioeconômica diferente, ao atribuir direitos e deveres iguais aos alunos, a escola nada mais perpetua a mesma desigualdade que estes mesmo alunos sofriam fora da escola;
  • 3. Herança e dom social disfarçados de dom natural  Aprendizagens que são feitas durante o curso da vida social de alunos com famílias pertencentes a elites ou classes sociais mais altas não são apontadas como aprendizagens determinadas pelo meio social em que estão inseridos, mas tratadas como habilidades/dons naturais  Desta forma, criam-se pré noções de que os alunos de famílias de melhor vida socioeconômica possuem maior aptidão para os estudos do que as de famílias pobres;
  • 4. Capital Cultural  Constitui-se de: herança familiar, conjunto de valores implícitos profundamente interiorizados, revelados nas posturas e atitudes e composta pelas características da linguagem e facilidades linguísticas, práticas culturais (acesso a teatros, museus, cinemas etc);  Sendo essa bagagem, segundo o autor, muito importante para o êxito escolar;
  • 5. A transmissão do Capital Cultural  Constatação da relação entre o nível cultural global da família e o êxito escolar da criança, estendendo-se até o nível universitário;  Bourdieu afirma que as chances objetivas de um jovem de uma família com maior poder aquisitivo é 40 vezes maior que a de um jovem filho de operários;
  • 6. A escolha do destino  Ao reforçar a ideia de atitude culta, que diz respeito as possibilidades culturais dos meios familiares mais favorecidos, a escola sanciona as desigualdades sociais que só a escola poderia reproduzir;  Superseleção das crianças das classes populares, que apesar de todas as dificuldades apontadas, para chegar ao ensino secundário precisam ter um desempenho excepcional;  Segundo Bourdieu essa é uma contradição cruel e excludente;
  • 7. O funcionamento da escola e sua função de conservação social  A escola funciona como:  Ferramenta de perpetuar as desigualdades sociais;  Ideologia da função Libertadora;  Ilusão em função de equidade – Romper com as desigualdades partindo da sanção diante da cultura;  O discurso: Igualdade Formal (não efetiva), mascara as práticas pedagógicas;  Ensino como ferramenta de despertador de “dons”;  Conservação do discurso, questionando as ideias que nem sempre precisam de mudança;
  • 8. Cultura e comportamento  Comportamentos que serão expressos na escola, advindos propriamente de alunos de classe social menos favorecida;  Valores e culturas construídas a partir de seu comportamento, que se choca com as culturas, comportamentos, propagados como corretos na escola;
  • 9. A Escola e o(a) professor(a)  Os professores e a relação dentro da escola, privilégio cultural;  Avaliação do professor segue como parâmetro do processo educativo da elite;  As linguagens expressas nos ambientes escolares são perceptíveis referências por uma busca incessante dos códigos de conduta;  Esforço forçado para ingresso em uma cultura que não facilita para o desenvolvimento de suas expectativas;  As classes cultas legitimam o saber erudito e a escola é encarregada de perpetuar e transmitir esses valores;  Culturas e comportamentos incorporados pela classe dominante e valorizadas na instituição escolar;
  • 10. A Escola e o(a) professor(a)  Recrutamento e entrada na escola: alunos que ingressam são necessários adquirir aptidões socialmente exigidas tradicionalmente dentro da escola burguesa;  Exigências mais eficazes e mais implícitas: a escola atribui aos indivíduos esperança de vida e de mudanças na escala social – Ideologia dos dons;  Alguns de classes mais desfavorecidas que obtém o sucesso legitimam o processo completo, dando crédito ao mito da escola libertadora junto àqueles próprios indivíduos que ela eliminou;
  • 11. A escola e a prática cultural  Participação da classe menos favorecida a culturas produzidas pela elite;  O domínio das culturas pela elite, propiciadas pelo meio familiar, é determinante para o sucesso escolar;  A participação e frequência em instituições são reflexos desse sistema que propicia a classe de quem a produz;  O poder da influência da escola nas práticas culturais, os estímulos são mais uma vez motivados pela Ideologia dos dons;
  • 12. Capital Social  A noção de Capital Social está ligada ao dinheiro;  O Capital Social está associado ao poder (eu posso);  Neste sentido, temos a concentração do Capital Social em grupos seletos, que são raros e prestigiosos;  Cada membro encontra-se assim instituído como guardiões dos limites do grupo;  Os espaços geográficos físicos são separados pelo econômico e social, que supõem o reconhecimento dessa proximidades;  Bourdieu faz o seguinte questionamento: O que seria do rico se não tivesse o pobre?
  • 13. Capital Econômico, Cultural ou Simbólico  A rede de ligações é o produto de estratégias de investimento social;  Grupos necessários e eletivos, que implicam obrigações duráveis, a fim de garantir direitos, produção de conhecimentos e reconhecimentos mútuos;  Simbologia de um nome importante (sobrenome), nome da família ou da linhagem;  O novo rico não possui capital simbólico, somente econômico e possivelmente o cultural;  A reprodução do capital social é tributária, produzindo: Ocasiões (cruzeiros, caçadas, recepções etc), lugares (bairros chiques, escolas seletas, clubes, etc), práticas (esportes chiques, cerimônias culturais etc);
  • 14. Conclusão  Os estabelecimentos escolares têm uma lógica de conservação da educação prioritária;  Hierarquia da estrutura do ensino: simples ou claramente identificada;  Identificar aqueles que não são para escola e aqueles que se dão bem no processo escolar;  Evidencia as diferentes discrepâncias na escola, apontando que essas se dão também pela entrada das categorias sociais no processo de escolarização;  Discurso dominante manifestado em todas as etapas do processo de escolarização;  O dom ou o gosto tendem a substituir fatores sociais mal definidos;  Mudança da estrutura, sem alteração do valor econômico e simbólico dos diplomas;
  • 15. Conclusão  A estrutura escolar cria uma noção falsa de “chances”, promovendo um fator depreciativo coletivo aos grupos de classes menos favorecidas que não têm sucesso no meio escolar;  Objetivo da instituição escolar é somente dar acesso;  Escola produz um número cada vez maior de indivíduos atingidos por essa espécie de mal estar crônico instituído pela experiência;  Capital cultural divergente do da elite é reduzido no processo de aproximação da instituição escolar;  O processo de ensino é aberto a todos, contudo, estritamente reduzido à sua permanência, tendo aparência democrática para legitimação social;
  • 16. Conclusão  Violências invisíveis são sinais que apontam contradições da instituição escolar;  Escola esconde a diversidade das coisas;  Reagrupa os mais desprovidos e os exclui;  Diploma perde o valor social que antes tinha entre as classes desprovidas;  Investimento de uma escolarização passa a ser visto como gastos que não rendem frutos suficientes;  Relações entre professores e as dinâmicas escolares dos alunos cada vez mais distantes;  Bourdieu aponta que um dos fatores sobre a resignação do processo de escolarização é manifestado pela cultura externa dos alunos e que são também expressas no ambiente escolar.