O documento discute a evolução do comportamento alimentar de animais, abordando teorias como a teoria da otimização e a teoria dos jogos. Apresenta exemplos como o comportamento de forrageio de corvos e como as aves escolhem mexilhões de forma ótima.
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
A Evolução do comportamento alimentar (3).pptx
1. Karolaine Ferreira e Paula Taynara
A Evolução do comportamento alimentar
NOVA XAVANTINA – MT
2022
GOVERNO DO ESTADO DE MATO GROSSO
SECRETARIA DE ESTADO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA
UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO
FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS, BIOLÓGICAS E SOCIAIS
APLICADAS
Curso de Licenciatura plena em Ciências Biológicas
2. Introdução
Examina hipóteses sobre o valor adaptativo de vários
elementos do comportamento alimentar dos animais;
Ilustrar como ecólogos comportamentais usam as
ferramentas teóricas;
Incluindo a teoria da otimização e a teoria dos jogos.
3. Teoria da otimização
A Teoria de Otimização desempenha um papel muito importante,
sendo aplicada em diversos problemas reais e cotidianos;
Dentro da área de otimização, existem problemas nos quais há vários
objetivos a serem alcançados ao invés de apenas um.
4. Comportamento de forrageio ótimo
Corvus caurinus
Localiza bivalves ou gastrópodes
Captura
Voa
https://br.depositphotos.com/320343828/free-stock-photo-grey-crow-foraging-kelp-rocky.html
5. Comportamento de forrageio ótimo
Não consegue usar o
bico para abrir a concha
Quebra a concha
deixando cair sobre
rochas
https://conexaoplaneta.com.br/blog/corvo-usa-carro-como-quebra-nozes-para-conseguir-alimento/
6. Comportamento de forrageio ótimo
1. Os corvos capturaram apenas os gastrópodes grandes de 3,5 a 4,4
centímetros de comprimento;
2. Os corvos voavam cerca de 5 metros antes de largar os
gastrópodes escolhidos;
3. Os corvos continuaram tentando com o mesmo gastrópode
escolhido até ele se abrir, mesmo que fossem necessários vários
vôos.
Reto Zach fez várias observações:
7. Comportamento de forrageio ótimo
1. Gastrópodes grandes deveriam quebrar com maior probabilidade
do que os pequenos após uma queda de 5 metros;
2. Quedas de menos de 5 metros deveriam resultar em uma taxa
reduzida de quebra, enquanto quedas muito maiores que 5 metros
não deveriam aumentar muito as chances de abrir o gastrópode;
3. A probabilidade de um gastrópode quebrar deveria ser
independente do número de vezes que ele já foi jogado.
A hipótese da otimização gerou as seguintes previsões:
10. Como escolher um mexilhão ótimo
https://www.first-nature.com/birds/haematopus-ostralegus.php
Meire e Ervynck, desenvolveram uma
hipótese de maximização calórica para
aplicar a algumas aves que se alimentam de
mexilhões.
Mas, na vida real, as aves não preferem
os mexilhões realmente maiores. Por quê?
Haematopus ostralegus
11. Como escolher um mexilhão ótimo
Hipótese 1: O ganho líquido
proporcionado por mexilhões muito
maiores é reduzido, pois alguns deles
não podem ser abertos de forma
alguma, o que reduz a média de
retorno por causa do manuseio da
presa.
12. Como escolher um mexilhão ótimo
Hipótese 2: Não vale a pena atacar a
maioria dos mexilhões grandes, pois
eles são cobertos de cracas, o que os
torna impossíveis de abrir.
https://pt.dreamstime.com/mexilh%C3%B5es-e-cracas-selvagens-em-rochas-
image108409516
13. Críticas à teoria do forrageio ótimo
Não são construídos para fazer
afirmações sobre a perfeição da
evolução;
Mas sim para possibilitar testes que
permitam verificar se as variáveis
que moldaram a evolução do
comportamento de um animal
foram corretamente identificadas;
MODELOS DE OTIMIZAÇÃO
Algumas pessoas criticaram o uso da teoria da otimização com base no fato de que
nem sempre os animais buscam por comida da maneira mais eficiente possível.
14. Críticas à teoria do forrageio ótimo
O comportamento de forragear de fato tem consequências além da
aquisição de calorias;
Provavelmente o tipo de modelo de otimização escolhido não irá focar
apenas a relação entre calorias adquiridas e calorias gastas;
Se forragear expõe um animal a um risco de morte, então, quando esse
risco for alto, deveríamos esperar que os forrageadores sacrificassem o
ganho calórico de curto prazo pela sobrevivência a longo prazo.
15. Críticas à teoria do forrageio ótimo
https://htgetrid.com/pt/dyugon-opisanie-sreda-obitaniya-obraz-
zhizni
http://www.klimanaturali.org/2011/05/tubarao-tigre-galeocerdo-cuvier.html
Dugongos se alimentam de herbáceas
marinhas da ordem Alismatales;
2 técnicas de coletar as plantas
Cortando
Cavando
16. Críticas à teoria do forrageio ótimo
https://www.mdig.com.br/index.php?itemid=55399
Com parte da cabeça
enterrada na areia não
conseguem ver direito;
Diferentes riscos:
Ao cortar as plantas, eles
podem olhar e detectar
possíveis inimigos ao redor.
17. Teoria dos jogos e comportamento alimentar
https://br.pinterest.com/pin/350858627197898620/
Essa aproximação pode ser aplicada, para
os casos nos quais existam duas ou mais
técnicas de forrageio em uma mesma
espécie.
Indivíduos competem entre si por um
recurso valioso;
Serpentes-de-garter, gênero Thamnophis
18. Teoria dos jogos e comportamento alimentar
Estratégias não são planos de jogo adotados de forma consciente como
humanos costumam empregar, mas sim um fator comportamental
hereditário que difere em cada indivíduo;
Estratégias podem coexistir indefinidamente, graças aos efeitos da
chamada seleção dependente de frequência;
Quando isso acontecer, ambos os fenótipos podem coexistir
indefinidamente.
19. Teoria dos jogos e comportamento alimentar
Indivíduos assimétricos com a boca voltada
para direita ou esquerda;
Sobrevive arrancando escamas dos corpos de
outros peixes no lago Tanganyika.
Peixe ciclídeo africano Peridossus microlepis;
20. Teoria dos jogos e comportamento alimentar
Em geral caçam em pequenos grupos;
Indivíduos desses grupos estabelecem uma
hierarquia de alimentação.
https://www.wikiaves.com.br/wiki/vira-pedras
Ave Arenaria interpres, vira pedras;
21. Mais quebra-cabeças darwinistas no
comportamento alimentar
Teoria da otimização
Teoria dos jogos
Empregam uma perspectiva de custo e benefício
22. Mais quebra-cabeças darwinistas no
comportamento alimentar
Muitos animais formam densas colônias de nidificação ou
agregam-se em abrigos noturnos que fazem muitos indivíduos
entrarem em contato íntimo entre si;
Alguns indivíduos possuem a habilidade de tirar vantagens de
fontes alimentares conhecidas por outros membros do grupo.
23. Mais quebra-cabeças darwinistas no
comportamento alimentar
Águia-pesqueira norte-americana
https://animais.hi7.co/aguia-pesqueira--habitat--alimentacao--caracteristicas--comportamento-e-reproducao-desta-
eximia-pescadora--57a979edd5422.html
Erick Greene
https://spectrum.umt.edu/resources/rolemodels/erick-greene.php
24. Mais quebra-cabeças darwinistas no
comportamento alimentar
Águia-pesqueira norte-americana
Que não viram um
membro da colônia
voltando com um peixe
antes de saírem;
Que viram outra águia
voltando com um peixe nas
garras;
25. Por que algumas aranhas tornam visíveis
suas teias?
As ornamentações são vistas pelos
insetos voadores, mas, em vez de afastá-
los, as decorações agem como iscas que
atraem as vítimas para as teias.
http://www.osakadesentupidora.com.br/teia-orbicular-aranhas.html http://www.osakadesentupidora.com.br/teia-orbicular-aranhas.html
Aranhas de teia orbicular
26. Por que algumas aranhas tornam visíveis
suas teias?
http://www.osakadesentupidora.com.br/teia-orbicular-aranhas.html http://www.osakadesentupidora.com.br/teia-orbicular-aranhas.html
As aranhas paradas têm vantagens ao
lidar com seus predadores;
O ziguezague de seda esconda o seu
corpo ou ainda a faça parecer maior e mais
perigosa.
Aranhas de teia orbicular
27. Por que algumas aranhas tornam visíveis
suas teias?
http://www.osakadesentupidora.com.br/teia-orbicular-aranhas.html http://www.osakadesentupidora.com.br/teia-orbicular-aranhas.html
As aranhas paradas têm vantagens ao
lidar com seus predadores;
O ziguezague de seda esconda o seu
corpo ou ainda a faça parecer maior e mais
perigosa.
Aranhas de teia orbicular
28. Por que os humanos consomem álcool,
temperos e terra?
Sabemos que grande número de pessoas na
sociedade moderna são viciadas em álcool;
Mas seria isso um aspecto inexplicável da
cultura humana?
Para os primatas, hoje é mais fácil encontrar
uma maior quantidade de álcool em bebidas do
que em frutos maduros.
https://br.freepik.com/fotos-premium/pessoas-bebendo-cerveja-no-bar-ou-clube_5434464.htm
29. Por que os humanos consomem álcool,
temperos e terra?
A hipótese histórica de Dudley para a tendência humana em
consumir etanol em grande quantidade gera a previsão de que
essas frutas com altas concentrações de etanol serão mais
populares entre os mamíferos frugívoros em geral;
No entanto, essa previsão não é verdadeira, visto que frutos
muito maduros são geralmente evitados pelos primatas.
30. Por que os humanos consomem álcool,
temperos e terra?
Além do uso excessivo do álcool, a utilização de temperos na
comida, seria uma outra tolerância humana?
.
O valor calórico e nutritivo de muitos temperos é pequeno,
por serem usados geralmente em pitadas.
31. Por que os humanos consomem álcool,
temperos e terra?
Contudo, Jennifer Billing e
Paul Sherman propuseram e
testaram a hipótese
adaptativa de que os
temperos exerciam função de
aumentar a aptidão devido a
suas propriedades
antimicrobiais.
32. Por que os humanos consomem álcool,
temperos e terra?
.
Hipóteses levantadas para explicar esse hábito
A possibilidade de que comer
barro é uma patologia;
Propõe que o barro
consumido serve para
desintoxicar;
33. Por que os humanos consomem álcool,
temperos e terra?
.
Arara-vermelha (Ara chloroptera)
34. O valor adaptativo e a história de um
comportamento complexo
O foco deste
capítulo até esse
ponto tem sido
principalmente o
desafio de
desenvolver e testar
explicações
adaptativas para
atributos
comportamentais.
Danças das abelhas
Ilustrando como pode-se explorar questões
Valor adaptativo da
característica
comportamental
complexa
Característica que se
originou e se
modificou ao longo
do tempo evolutivo
35. O valor adaptativo e a história de um
comportamento complexo
Conforme se movem, as dançarinas
atraem outras abelhas, que seguem
seus movimentos.
Abelhas Operárias
Informações sobre a localização
da fonte de alimento.
36. O valor adaptativo e a história de um
comportamento complexo
Dança do requebrado de abelhas melíferas.
37. O valor adaptativo e a história de um
comportamento complexo
Especialistas em abelhas mostraram que abelhas experientes
também seguiam as dançarinas, particularmente quando
voltavam a forragear após uma interrupção de algum tipo;
Cientistas argumentaram que as operárias ignoram os
movimentos da dança em si e, em vez disso, baseiam-se no
odor das flores presentes no corpo das abelhas dançantes para
guiar suas buscas.
38. O valor adaptativo da dança das abelhas
melíferas
https://www.eurekalert.org/multimedia/759536 https://www.nationalgeographic.com/science/article/the-hive-mind-reader-my-smithsonian-profile-of-th
Tom Seeley e Kirk Visscher
examinaram como o tempo e os
custos energéticos da dança podem
ter sua origem pelo benefício de
aptidão para a rainha cujas filhas
realizam esse comportamento.
39. O valor adaptativo da dança das abelhas
melíferas
Alimento
2 horas
3 horas
Abelha exploradora Abelha recrutada
40. O valor adaptativo da dança das abelhas
melíferas
Danças eram orientadas
Danças com movimentos
desorientados