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Resumo rosi girdano colonização e educação
1. Durante a colonização brasileira no século XVI uma característica que marca este processo é a
cobiça da metrópole portuguesa na busca por novos horizontes, através da exploração,
povamento e dominação dos colonos e da terra, tal prática proporcionou que o colonizador
adentrasse no território brasileiro, marcado por caminhos desconhecidos e incertos naquele
momento, sendo uma afronta para os colonizadores, que aos poucos foram expandindo e
impondo suas ideologias e concepções de mundo.
Uma das principais medidas aplicadas naquela sociedade, formada principalmente por
indígenas, está direcionada para os princípios de civilidade, nesta perspectiva surge o papel da
educação e sua importância neste processo, que até hoje faz parte do tripé(educação,saúde e
segurança) dos direitos necessários à formação de qualquer povo. Desta forma, as missões
jesuíticas foram encarregadas de catequizar aquela população nativa e promover a difusão do
cristianismo, essa disseminação da doutrina cristã por meio de sua ação, acabavam dando uma
justificativa religiosa à presença dos portugueses em terras distantes e contribuia à
sustentação de toda exploração e expropriação praticadas nesse tempo.
Naquela época é indiscutível não reconhecer a importância da educação como instrumento de
dominação, partindo da linguagem como principal meio de socialização, como no território
brasileiro havia inúmeras tribos com um vasto campo linguístico, os jesuítas necessitavam
ensinar uma linguagem homogênia a todos e apagar as diferenças linguísticas, para melhorar
seus ensinamentos religiosos e evitar confrontos, assim, o vocabulário português foi se
enraizando naquele espaço, baseando-se em um ensinamento através da repetição e marcado
por gestos, hábitos e costumes que deveriam ser seguidos, daí constatamos como hoje a
educação no Brasil têm esse caráter padronizado em “decorar” os assuntos.
Nesta passagem de uma sociedade nativa para colonial com sua ampla e constante
transformação, a educação abrange um essecial aspecto chamado “cultura”, como não
salientar o processo de aculturação que essas população nativas passaram, perdendo sua rica
diversificada identidade cultural para submeter-se ao padrão de vida dos colonizadores. Esses
novos modelos de apropriação caracterizaram a esfera econômica com o manejo da terra, que
antes era usada principalmente para subsistência do seu produtor com uma produção
rudimentar, agora a terra será mais valorizada e sua produção de forma mais articulada com a
implementação de ferramentas para melhorar o cultivo serão em prol dos interesses e
privilégios da corte portuguesa.
Resquícios desta atividade, que foram muitos influenciadas pelas ideias de Karl Marx a partir
da revolução industrial , persisti no atual quadro econômico brasileiro, marcado pela
exploração da massa trabalhadora(proletariado), cuja a riqueza(o capital) está nas mãos de
poucos(busguesia) que detêm os meio de produção. Tratando-se da educação religiosa, a
crença e os rituais em adoração a vários deuses relacionadas à natureza deveria ser substituida
pela imagem de um único Deus, e assim, os colonizadores foram se apropriando do território
brasileiro e impondo seu estilo de vida, socializando e explorando o nativo na mesma
proporção.