Os movimentos sociais do campo são aqueles que envolvem o campesinato, isto é, os trabalhadores rurais. Entre as suas principais bandeiras de luta estão a reforma agrária, a melhoria das condições de trabalho e o combate ao processo de substituição do homem pela máquina no meio agropecuário.
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Os Movimentos Sociais e a Educação no Campo
1. Orientadora: Marisela Pi Rocha
Discentes: Daniela Cintia, Jairo Bonfim, Marcos Paulo, Patryck Hued e
Tania Santos
2.
3. Para Gohn (2008), “São ações sociais
coletivas de caráter sociopolítico e cultural
que viabilizam formas distintas de a
população se organizar e expressar suas
demandas”.
Fazem parte dos movimentos sociais, os
movimentos populares,sindicais,e as
organizações não governamentais(ONGs).
4. Os movimentos sociais do campo são aqueles
que envolvem o campesinato, isto é, os
trabalhadores rurais. Entre as suas principais
bandeiras de luta estão a reforma agrária, a
melhoria das condições de trabalho e o combate
ao processo de substituição do homem pela
máquina no meio agropecuário.
Apesar de haver as mais variadas siglas, os
movimentos sociais do campo constituíram-se,
historicamente, a partir de duas principais frentes:
as Ligas Camponesas, entre as décadas de 1940 e
1960, e o Movimento dos Trabalhadores Rurais
Sem Terra (MST), criado na década de 1980.
5.
6. A partir de 64, pode-se dizer que foi
institucionalizada a reforma agrária no Brasil,
com o ato surpreendente dos militares de
reconhecerem, através do Estatuto da Terra, a
forte concentração fundiária nas mãos dos
fazendeiros e latifundiários e a imensa
maioria de brasileiros vivendo no campo, sem
terra e trabalho.
7. É um movimento de massa que luta, basicamente, por terra, pela reforma
agrária e por mudanças na sociedade.
De 21 a 24 de janeiro de 1984, realizou-se o primeiro Encontro Nacional
do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, que contou com a
participação de representantes de doze estados.
O Movimento Sem Terra está organizado em 24 estados nas cinco regiões
do país. No total, são cerca de 350 mil famílias que conquistaram a terra
por meio da luta e da organização dos trabalhadores rurais.
Estas famílias permanecem organizadas no MST, pois a conquista da terra
é apenas o primeiro passo para a realização da Reforma Agrária.
MOVIMENTO SOCIAL DOS RURAIS SEM TERRA-MST
8. Lutar pela terra;
Lutar por reforma agrária;
Lutar por uma sociedade mais justa e
fraterna.
9. A luta do povo campo brasileiro
VERSUS
Seus oponentes
10. A discussão do
campesinato brasileiro é
antiga;
Divergentes leituras;
Processo de
transformação social do
capitalismo,socialismo;
“revolução democrática” dos
movimentos sociais do
campo, a luta se processa
na conquista do acesso a
terra, na reivindicação de
melhorias nas políticas
públicas e ações afirmativas
do governo, que estão
contempladas dentro de um
projeto específico para os
habitantes do campo
brasileiro. Marlene Ribeiro
(2007).
12. A Educação do Campo, construída num espaço
de lutas dos movimentos sociais e sindicais do
campo, é traduzida como uma “concepção
político pedagógica, voltada para dinamizar a
ligação dos seres humanos com a produção das
condições de existência social, na relação com a
terra e o meio ambiente, incorporando os povos
e o espaço da floresta, da pecuária, das minas,
da agricultura, os pesqueiros, caiçaras,
ribeirinhos, quilombolas, indígenas e
extrativistas” (CNE/MEC, 2002).
13. Com marcas históricas de desigualdade e exclusão no âmbito
das políticas sociais e econômicas, esse segmento da
população ainda vive em desvantagem em relação à
população urbana, especialmente na oferta da educação
básica.
A Educação do Campo traduz o resultado da construção
coletiva de um projeto educativo que revela os princípios, as
lutas, os anseios e as experiências dos diversos movimentos
sociais do campo, transformados em uma política que
reconhece e valoriza a diversidade dos diferentes povos,
afirmando que os sujeitos do campo têm direito a uma
educação pensada desde o seu lugar e com a sua
participação, atrelada à sua cultura e às suas necessidades
humanas e sociais.
14. A educação não resolve por si só os
problemas, nem promove a inclusão social.
Ela não levará ao desenvolvimento do campo
se não for combinada com reforma agrária e
com transformações profundas na política
agrícola do País.
15. o movimento social da educação do campo
constrói uma proposta de educação que objetiva
transformar o homem do campo, o camponês no
meio rural brasileiro, experimentando os seus
próprios anseios e convicções.
A definição da educação como prioridade para os
movimentos sociais do campo, e encampados
pelo MST, teve sua origem na experiência do
trabalho coletivo com a finalidade de enfrentar as
dificuldades da produção e o analfabetismo da
militância.
16. Na sua visão, a educação é tão importante
como a luta pela terra ou a reforma agrária,
sendo caracterizada como um projeto
alternativo de ensino, inspirado nos estudos
de Paulo Freire e do teólogo Leonardo Boff.
o MST teve que modificar totalmente sua
teoria, ou seja, uma posição “revolucionária”
passou para uma posição mais conservadora
e reformista, através do PRONERA (Programa
Nacional de Educação na Reforma Agrária
17. O PRONERA foi criado em 1998, no governo
FHC, como uma das tantas outras estratégias
governamentais destinadas a fazer calar os
movimentos sociais que lutavam por uma
educação do campo.
18. EDUCAÇÃO ESCOLAR INDÍGENA
A Educação Escolar Indígena, como um direito constitucional, está
definida no Decreto nº 6.861/2009, que dispõe sobre sua
organização em Territórios Etnoeducacionais. Assim, esta oferta se
respalda numa concepção de educação como um processo de
constituição e fortalecimento de uma educação específica,
intercultural e diferenciada.
São objetivos da Educação Escolar Indígena:
I - valorizar as culturas dos povos indígenas, afirmando suas identidades e
manutenção de sua diversidade étnica;
II - fortalecer as práticas socioculturais da língua materna de cada comunidade;
III - formular e executar programas de formação de pessoal especializado,
destinados à educação escolar;
IV - desenvolver currículos e programas específicos, incluindo os
conhecimentos correspondentes às respectivas comunidades;
V - elaborar e publicar material didático específico e diferenciado;
VI - considerar os projetos societários definidos de forma autônoma por cada
povo indígena.
19. EDUCAÇÃO ESCOLAR QUILOMBOLA
A Educação Escolar Quilombola objetiva construir um currículo com os quilombolas e para
os quilombolas, baseando-se nos saberes, conhecimentos e respeito às suas matrizes
culturais no contexto específico das comunidades remanescentes de quilombos, sem
deixar de considerar essa realidade nas escolas que atendem a esses sujeitos.
Trata-se de uma educação diferenciada e que deve ser contextualizada para educar a
partir da história de luta e de resistência desses povos, dos costumes das comunidades
quilombolas, do respeito aos mais velhos, além de educar a partir dos saberes e
conhecimentos científicos acumulados na vivência e organização coletiva.
O decreto no 4887/03, além de garantir às comunidades quilombolas a posse
de terra, garante também o acesso a serviços como saúde, educação e
saneamento básico.
Formação continuada de professores para
área de remanescente de Quilombos.
Ampliação e melhoria da rede física escolar.
Produção e aquisição de material didático.
Capacitação de professores de ensino médio
para atenderem alunos quilombolas.
Principais ações do MEC:
20. • Para GOHN, 2011: “... a participação social em
movimentos e ações coletivas, geram aprendizados e
saberes.”
Participação em
MOVIMENTOS
SOCIAIS
Gera
SABERES
Mediante
NEGOCIAÇÕES
DIÁLOGOS
CONFRONTOS
APRENDIZADOS
21.
22. Devemos pensar numa escola que respeite a
diversidade cultural e as realidades de todos os
sujeitos que fazem parte de cada comunidade, suas
dificuldades e potencialidades, seus processos de
organização, anseios e necessidades, reeducando os
olhares em relação ao percurso formativo de cada
criança, jovem e adulto, com uma matriz pedagógica
que valorize os diferentes saberes, espaços e
experiências.
23. GOHN, Maria da Glória. Movimentos Sociais e Educação. 6.ed.revista. São Paulo: Cortez,
2005.
GOHN, M. G. Movimentos Sociais Urbanos no Brasil: Manifestações concretas. In: Movimentos
Sociais e Luta pela Moradia. São Paulo: Loyolo,1991. p. 53-68.
LISBOA, T.K. Referencial Teórico. In: A Luta dos Sem-Terra no Oeste Catarinense.
Florianópolis: Editora da UFSC, 1988, p. 17-37.146.
MARTINS, Fernando José.; MEDEIROS, Dalva Helena de. Os Movimentos Sociais e suas
Perspectivas Educativas. Paraná: Fecilcam,2005.
PAULA, J. Inclusão: mais que um desafio escolar, um desafio social. São Paulo: Jairo de
Paula, 2004.
Outras referências:
Disponível em: < www.acordacultura.org.br> Acessado em : 27 de Fevereiro de 2015.
Disponível em: <http://unesdoc.unesco.org/images/0015/001545/154565por.pdf> Acessado em :
27 de Fevereiro de 2015.
Disponível em: < http://www.anai.org.br/noticias006.asp> Acessado em : 27 de Fevereiro de
2015.