O documento discute associações micorrízicas entre fungos e raízes de plantas. Apresenta seis tipos de associações micorrízicas e descreve como elas melhoram a absorção de nutrientes pela planta, aumentam a área de solo explorada e fortalecem a planta contra patógenos. Também discute a evolução, características e funções dessas associações simbióticas importantes para a vida terrestre.
3. INTRODUÇÃO
“Plantas não têm raízes, elas têm micorrizas” J.L.
Harley;
van der Heijden et al. (1998a,b) enfatizaram que
“associações micorrízicas devem sempre ser
consideradas quando se busca entender a ecologia e
evolução de plantas, suas comunidades e
ecossistemas”;
Micorrízico, do grego mico [fungo] e riza [raiz];
4. São reconhecidos seis tipos diferentes de
associações micorrízicas;
(Arbuscular-, Arbutóide-, Ericóide-, Ecto-,
Monotropóide- e Orquidóide)
INTRODUÇÃO
5. 50 % da biomassa microbiana;
Associação simbiótica;
Absorção de P;
Café, soja, milho, batata-doce, mandioca, canade-
açúcar, além de várias essências florestais e
frutíferas brasileiras;
INTRODUÇÃO
6. Maioria das plantas está interligada por uma rede de
hifas micorrízicas comum;
Estruturação do solo modifica a capacidade de
mobilização de nutrientes;
Água;
Penetração de raízes;
Potencial erosivo dos solos;
Ataque patogênico;
INTRODUÇÃO
7. EVOLUÇÃO E CARACTERIZAÇÃO
Origem dessa simbiose entre 460 e 500 milhões de
anos;
Foram fundamentais para a conquista de ambientes
terrestres;
Fungo produzir hifas intra e extra-radiculares
capazes de absorver elementos minerais do solo e
transferi-los ao ambiente radicular, onde são
absorvidos;
8. No espaço intra-radicular, a troca bidirecional
ocorre principalmente em uma estrutura presente no
córtex radicular, similar a um haustório
excessivamente ramificado, os arbúsculos.
EVOLUÇÃO E CARACTERIZAÇÃO
9. penetrar a parede celular, a hifa se torna
extremamente fina;
Hifas extra-radiculares, por sua vez, são mais
eficientes que raízes na captura de nutrientes, por
serem estruturas extremamente longas e finas;
Hifas 2 μm;
pêlos radiculares 10–20 μm;
raízes laterais 100–500 μm;
EVOLUÇÃO E CARACTERIZAÇÃO
13. CARACTERÍSTICAS GENÉTICAS E
MORFOLÓGICAS
Ciclo reprodutivo assexual
Formando esporos grandes 22 a 1.050 μm
Associações se distinguem morfologicamente em
apenas dois tipos: o Paris e o Arum
14. No tipo Arum, as hifas crescem intercelularmente,
de maneira linear e longitudinal ao longo do espaço
cortical, formando estruturas finas e muito
ramificadas nas células
No tipo Paris, hifas mais grossas enovelam-se
intracelularmente, desenvolvendo hifas arbusculares
CARACTERÍSTICAS GENÉTICAS E
MORFOLÓGICAS
15. NUTRIÇÃO MINERAL
Aumentos tanto na taxa de crescimento como nos
teores de Cu, Mg e Zn
Os aumentos na taxa de absorção do P propiciados
pelas MAs podem ser atribuídos a:
Aumento do volume de solo explorado pelas hifas
extra-radiculares do fungo arbuscular.
Pequeno diâmetro da hifa, o que a permite explorar
espaços do volume do solo inatingíveis pela raiz.
18. O termo alelopatia surgiu por Molisch (1937) e
significa do grego allelon = de um para outro,
pathós = sofrer;
Rice (1984) definiu alelopatia como: “qualquer
efeito direto ou indireto danoso ou benéfico que
uma planta (incluindo microrganismos) exerce sobre
outra pela produção de compostos químicos
liberados no ambiente”.
19. 1- estruturas citológicas e ultra-estruturais;
2- hormônios, tanto alterando suas concentrações
quanto o balanço entre os diferentes hormônios;
3- membranas e sua permeabilidade;
4- absorção de minerais;
20. 5- movimento dos estômatos, síntese de pigmentos e
fotossíntese;
6- respiração;
7- síntese de proteínas;
8- atividade enzimática;
9- relações hídricas;
21.
22.
23. Tiririca (Cyperus rotundus L.) promoção e indução
raízes
Capim-santo/Limão (Cymbopogon citratus)
desenvolvimento de outros vegetais, ou ainda como
inibidora do crescimento
Eucalipto (Eucalyptus sp.) nibição na germinação e
no desenvolvimento das plantas
Falso Boldo (Coleus barbatus B.) alelopatia positiva
em alface
Mamona (Ricinus communis L.) interferência no
desenvolvimento de plântulas, inibindo
especialmente o crescimento radicular