1. JB NEWS
Informativo Nr. 1.970
Filiado à ABIM sob nr. 007/JV
Editoria: IrJeronimo Borges – JP-2307-MT/SC
Academia Catarinense Maçônica de Letras (Membro)
Loja Templários da Nova Era nr. 91(Obreiro)
Loja Alferes Tiradentes nr. 20 (Membro Honorário)
Loja Fraternidade Brazileira de Estudos e Pesquisas (Correspondente)
Loja Francisco Xavier Ferreira de Pesquisas Maçônicas (Correspondente)
Nesta edição:
Pesquisas – Arquivos e artigos próprios e de colaboradores e da Internet
– Blogs - http:pt.wikipedia.org - Imagens: próprias, de colaboradores e
www.google.com.br
Os artigos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião deste
informativo, sendo plena a responsabilidade de seus autores.
Saudações, Prezado Irmão!
Índice do JB News nr. 1.970 – Florianópolis (SC) – terça-feira, 23 de fevereiro de 2016
Bloco 1–Almanaque
Bloco 2- Opinião - IrVidigal de Andrade Vieira – “Olhos de gata”
Bloco 3-IrHernâni Cidade – Painel de Santo António junto à Sé de Lisboa
Bloco 4-IrSilvério Ribeiro - O Legado do Irmão George Washington
Bloco 5-IrCarlos Basílio Conde – Cargos em Loja – O Orador
Bloco 6-IrMurilo Juchem – Por que as joias devem ser móveis?
Bloco 7-Destaques JB – Hoje com versos do Irmão e Poeta Raimundo Augusto Corado
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Livros de artigos nos Graus de
Aprendiz, Companheiro e Mestre
Publicados na Revista O PRUMO.
Durante o período de 1970 a 2015.
Pedidos: site http://www.gosc.org.br
Ou pelo telefone: (48) 3952-3300
1 – ALMANAQUE
Hoje é o 54º dia do Calendário Gregoriano do ano de 2016– (Lua Cheia)
Faltam 312 dias para terminar este ano bissexto
É o 127º ano da Proclamçaõ da República;
194º da Independência do Brasil e
516º ano do Descobrimento do Brasil
Dia Nacional do Rotary
Se o Irmão não deseja receber mais o informativo ou alterou o seu endereço eletrônico,
POR FAVOR, comunique-nos pelo mesmo e-mail que recebeu a presente mensagem, para evitar
atropelos em nossas remesssas diárias. Obrigado.
Colabore conosco para evitar problemas na emissão de nossas mala direta diária.
L I V R O S
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1525 – Morte do Marechal francês Jacques de la Palice, na Batalha de Pavia.
1766 – Com a morte de Estanislau Lesczcynski, duque de Lorena, esse território é incorporado à França.
1797 – Todos os detentores de bens da Coroa portuguesa e os herdeiros de morgados ou capelas passam a
ter que servir no Exército ou na Marinha, sob pena de devolução dos bens.
1812 – Invasões Francesas: Napoleão Bonaparte renega a Concordata com o Papa.
1814 – Invasões Francesas: Vitória de Napoleão Bonaparte sobre a guarda-avançada do Exército prussiano,
comandado por Blucher. Os aliados tentam negociar uma suspensão das hostilidades com Napoleão.
1823 – Rebelião, em Portugal, contra-revolucionária do general Conde de Amarante, e de outros oficiais
afastados do poder em finais de 1820.
1847 – Batalha de Buena Vista, no México, em que as tropas americanas, comandadas pelo general
Zachary Taylor, derrotam as forças mexicanas comandadas pelo general Antonio López de Santa Ana
(Guerra Mexicano-Americana).
Eventos históricos - (Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki)
Aprofunde seu conhecimento clicando nas palavras sublinhadas
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1861 – O presidente dos Estados Unidos, Abraham Lincoln, chega secretamente a Washington para
assumir a presidência, após ter sofrido um atentado fracassado, em Baltimore.
1905 – Denunciado, em Portugal, o contrato do monopólio do tabaco, detido pela Companhia de Henri
Burnay, desde 1891. A concessão será renovada, fixando-se a renda fixa de 6520 contos de reis, por 25
anos, e sem hipótese de alteração.
1911 – Os bispos portugueses contestam as medidas anticlericais da I República: A expulsão das
congregações, a Lei do divórcio, a criação do registo civil e o fim do juramento religioso nos tribunais.
1916 – Primeira Guerra Mundial: Portugal apreende os navios alemães nos portos portugueses, para serem
«colocados ao serviço da causa luso-britânica».
1917 – Primeira Guerra Mundial: O segundo contingente do CEP (Corpo Expedicionário Português) parte
para França.
1919 – Formação do partido fascista italiano por Benito Mussolini.
o Fundado o jornal A Batalha, em Portugal.
1944 – Criado, em Portugal, o Secretariado Nacional de Informação, Cultura Popular e Turismo, novo
nome do Secretariado da Propraganda Nacional, na dependência directa de Oliveira Salazar.
o Segunda Guerra Mundial: Estaline obriga 1 milhão de tchechenos ao exílio e dissolve a república,
acusando-a de colaboração com a Alemanha nazi.
1945 – Segunda Guerra Mundial: Durante a Batalha de Iwo Jima, um grupo de fuzileiros norte-americanos
alcançam o topo do Monte Suribachi onde é levantada a bandeira americana que é fotografada por Joe
Rosenthal.Essa famosa foto ganharia o prémio Pulitzer.
o Segunda Guerra Mundial: Manila nas Filipinas é libertada pelo exército americano
1954 – O imunologista norte-americano, Jonas E. Salk, apresenta a vacina para a Poliomielite.
1956 – Nikita Kruschev ataca a veneração a Josef Stalin como um culto da personalidade.
1961 – O Conselho de Segurança da ONU emite a primeira resolução condenatória da política colonialista
de António de Oliveira Salazar.
1961 – Che Guevara é nomeado Ministro da Indústria de Cuba.
1981 – Tentativa de golpe militar na Espanha com a tomada do parlamento.
1991 – Guerra do Golfo: Após um mês de campanha aérea, as forças aliadas lançam uma ofensiva terrestre
contra o exército do Iraque.
1992 – António Guterres é eleito secretário-geral do Partido socialista, no X Congresso do partido.
1993 – Atentado terrorista no World Trade Center.
1994 – O Parlamento russo perdoa os participantes de uma rebelião armada contra o Presidente Boris
Yeltsin, em 1991.
1997 – Ali Hassan Abu Kamal, um professor palestiniano, mata 1 pessoa e fere outras 6 ao abrir fogo no
86º andar do Empire State Building, na cidade de Nova York, suicidando-se de seguida.
o O semanário britânico Observer noticia a existência da ovelha Dolly, o primeiro mamífero clonado,
nascida a 5 de Julho de 1996, no Instituto Roslin, em Edimburgo.
1999 – O líder curdo Abdullah Öcalan é acusado de traição na Turquia.
1777 A tropa espanhola sob o comando de D. Pedro de Zeballos, depois de dois dias fundeado na Praia
de Canasvieiras, desembarca e, sem encontrar resistência, ocupa a ilha de Santa Catarina.
1876 Decreto nº 6126, do governo Imperial, baixado nesta data, concedia licença a um grupo de
mineiros para explorar ferro e outros minerais ao município catarinense de São Francisco do Sul.
Fatos históricos de santa Catarina
Fatos maçônicos do dia
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1744 Em carta ao cardeal Tencini, o papa Bento XIV, sucessor de Clemente XII, descreve o estado
em que se encontrava o autor da primeira bula contra a Maçonaria: "Sua extrema velhice o havia
reduzido, nos últimos tempos de sua vida,a nada mais do que um fantoche"
1866 Fundado o Grande Capítulo dos Maçons do Real Arco de Kansas, USA.
1870 Falece Francisco Ge Acaiaba de Montezuma, Visconde de Jequitinhonha, fundador do
Supremo Conselho do Rito Escocês.
1875 Iniciação de Oscar Wilde, escritor e dramaturgo inglês.
1923 O Conselho Facista de Mussolini obriga seus membros a escolher entre o facismo e a
Maçonaria.
(Fontes: “O Livro dos Dias” do Ir João Guilherme - 20ª edição e arquivo pessoal)
ARLS TEMPLÁRIOS DA NOVA ERA Nº 91
Fundada em 07/07/2005 – Instalada em 23/09/2005
Jurisdicionada à Grande Loja de Santa Catarina
ANO 10
ARLS TEMPLÁRIOS DA NOVA ERA Nº 91
Fundada em 07/07/2005 – Instalada em 23/09/2005
Jurisdicionada à Grande Loja de Santa Catarina
Ano 10
CONVITE
A ARLSTEMPLÁRIOS DA NOVA ERA Nº 91 tem a honra de
convidar os Irmãos e suas famílias para participarem das homenagens
que prestaremos ao Ir Jerônimo Borges Filho, pelo lançamento da
edição de nº 2.000 do Informativo Maçônico JB News. A Sessão Branca
Especial será realizada às 20,00 horas, do dia 16 de março de 2016, no
Templo da Associação Beneficente e Cultural Luz do Oriente, à Rua
Almíscar, nº 33 – Bairro Monte Verde, em Florianópolis.
PROGRAMA
Sessão Branca Especial com destaque na ordem do dia:
Outorga da Comenda do Mérito “Templários da Nova Era”.
Lançamento da Edição nº 2.000
Ficaremos imensamente honrados com a presença dos Irmãos.
Fraternalmente,
JUAREZ FONSECA DE MEDEIROS
Venerável Mestre
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Irmão Vidigal de Andrade Vieira *
Olhos de Gata
“Dizem que os olhos são os espelhos da alma, e que através de um olhar é possível penetrar
no inconsciente de uma pessoa e desvendar os seus mais profundos e insondáveis mistérios e
desejos. Há mulheres ‘narcisas’, com verdadeiros Olhos de Gata (como uma Musa/Medusa:
guardiã, protetora), com muita graça e charme, que conseguem natural e rapidamente hipnotizar as
pessoas, e como um visgo encantar/aprisionar/transformar em ‘pedra’ todos aqueles que se
atrevem encará-las diretamente. É um perigo, e até mesmo uma temeridade – mas ao mesmo
tempo um desafio, um prazer ilusório e efêmero, uma busca de superação do limite humano –
conviver com Mulheres Olhos de Gata. Elas são ousadas, sábias e encantadoramente sedutoras,
apenas se fazem de frágeis, no entanto são determinadas, independentes e temerárias. E, o que é
muito importante, elas sabem do seu poder e potencial de sedução, utilizando-os ao seu favor
quando assim julgam ser necessário, ou quando vale a pena investir na conquista... É fatal. Sem
chances para o indefeso mortal! Para pensar e meditar sobre a flecha cupídica dos Olhos de Gata,
podemos destacar a letra da música de Patrícia Marx ‘Espelhos D'Água’: ‘Os seus olhos são
espelhos d'água/Brilhando você, pra qualquer um/Por onde esse amor andava/Que não quis você
de jeito algum/Que vontade de ter você/Que vontade de perguntar/Se ainda é cedo/Que vontade de
merecer/Um cantinho do seu olhar/Mas tenho medo/Os seus olhos são espelhos d`água/Brilhando
você, pra qualquer um/Por onde esse amor andava/Que não quis você de jeito algum/Que vontade
de ter você/Que vontade de perguntar/Se ainda é cedo/Que vontade de merecer/Um cantinho do
teu olhar/Mas tenho medo/Que vontade de ter você/Que vontade de perguntar/Se ainda é
cedo/Que /vontade de merecer/Um cantinho do teu olhar/Mas tenho medo/Que ainda é cedo/Mas
tenho medo.’ Mas, fazer o que diante de tanta beleza e encantamento dos Olhos de Gata? Só nos
resta concordar com o que canta os Titãs ‘É preciso saber viver’: ‘Quem espera que a vida/Seja
feita de ilusão/Pode até ficar maluco/Ou morrer na solidão/É preciso ter cuidado/Pra mais tarde
não sofrer./É preciso saber viver/Toda pedra do caminho/Você pode retirar/Numa flor que tem
espinhos/Você pode se arranhar/Se o bem e o mal existem/Você pode escolher/É preciso saber
viver/É preciso saber viver/É preciso saber viver/É preciso saber viver/Saber viver, Saber viver’.
Da mesma forma temos a música ‘Eye of the tiger (banda Survivor): ‘Crescendo, de volta às
ruas/Cumpri meu tempo, aproveitei minhas chances/Percorri um longo caminho, agora estou de
volta/Só um homem e sua vontade de sobreviver/Muitas vezes, acontece tão rápido/Você troca sua
paixão por glória/Não deixe de lado seus sonhos do passado/Você deve lutar para mantê-los
vivos./É o olho de tigre/É a emoção da luta/Erguendo-se ao desafio de nosso rival/E o último
sobrevivente conhecido/Persegue sua presa à noite/E olha para todos nós/Com o olho de
tigre/Cara a cara, no meio da batalha/Mantendo-se firme, mantendo-se faminto/Eles criam
2 – Opinião – “Olhos de gata”
Vidigal de A ndrade Vieira
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dificuldades e ainda vamos a luta/Para matar, com a habilidade de sobreviver./É o olho de tigre/É
a emoção da luta/Erguendo-se ao desafio de nosso rival/E o último sobrevivente
conhecido/Persegue sua presa à noite/E olha para todos nós/Com o olho de tigre./crescendo, direto
ao topo/Tive a coragem, conquistei a glória/Percorri um longo caminho, agora eu não vou
parar/Só um homem e sua vontade de sobreviver./É o olho de tigre/É a emoção da luta/Erguendo-
se ao desafio de nosso rival/E o último sobrevivente conhecido/Persegue sua presa à noite/E olha
para todos nós/Com o olho de tigre./O olho de tigre/O olho de tigre/O olho de tigre/O olho de
tigre...’ Na mitologia grega temos o Mito de Narciso para relacionar o encantamento por uma
Mulher com Olhos de Gata (versão da Internet): ‘Segundo Ovídio, Narciso era um rapaz
plenamente dotado de beleza. Seus pais eram o deus do rio Cefiso e da ninfa Liríope. Dias antes
de seu nascimento, seus pais resolveram consultar o oráculo de Tirésias para saber qual seria o
destino do menino. E a revelação do oráculo foi que ele teria uma longa vida, desde que nunca
visse seu próprio rosto. Narciso cresceu, e se transformou em um jovem bonito de Boécia, que
despertava amor tanto em homens e mulheres, mas era muito orgulhoso e ninguém conseguia
quebrar a sua arrogância. Até as ninfas se apaixonaram por ele, incluindo uma chamada Eco –
Ecologia – que o amava incondicionalmente, mas o rapaz a menosprezava. Para dar uma lição ao
rapaz frívolo, a deusa Némesis – Afrodite – o condenou a apaixonar-se pelo seu próprio reflexo na
lagoa de Eco. Encantado pela sua própria beleza, Narciso deitou-se no banco do rio e definhou,
olhando-se na água e se embelezando. Depois da sua morte, Afrodite o transformou numa flor,
narciso, e até em sua morte, ele tentava ver nas águas do Estige as feições pelas quais se
apaixonara. O narcisismo tem o seu nome derivado de Narciso e ambos derivam da palavra grega
narke, ‘entorpecido’, de onde também vem a palavra narcótico. Narciso simbolizava a vaidade e a
insensibilidade, visto que ele era emocionalmente entorpecido às solicitações daqueles que se
apaixonaram pela sua beleza. Mas Narciso não simboliza apenas mera negatividade. O mito de
Narciso representa, senão para os gregos ao menos para nós, o drama da individualidade,
demonstrando, isto sim, a profundidade de um indivíduo que toma consciência de si mesmo em si
mesmo e perante a si mesmo, ou seja, no lugar onde experimenta os seus dramas humanos.
{Referências da Internet: J. G. Frazer; Mario Gama Kury; Miguel Spinelli} Caetano Veloso utiliza
o espírito do mito de Narciso em letra de Sampa, onde pretende explicar o que lhe ocorreu quando
diante de São Paulo pela primeira vez: ‘[...]/Quando eu te encarei/Frente a frente/Não vi o meu
rosto/Chamei de mau gosto o que vi/de mau gosto o mau gosto/É que Narciso acha feio/o que não
é espelho/E a mente apavora o que ainda/Não é mesmo velho/Nada do que não era antes/quando
não somos mutantes/[...]’ A banda Barão Vermelho também possui um música chamada Narciso,
escrita por Cazuza, que diz: ‘(...) Agora me enfrente/ Como uma imagem no espelho/ Nenhum
bicho ou planta/ Pode ousar assim (...)’. E, para complementar esta breve reflexão sobre a
imperiosa necessidade da existência/presença de uma Mulher com Olhos de Gata na vida para que
um homem sinta-se realmente vivo e em sua plenitude, e justifique a sua passagem pela existência
terrena (mesmo que esta presença seja fugaz, passageira, arrasadora e fatal para ele – como o é
para o zangão, o macho da aranha e o louva-a deus), seguem alguns pensamentos: ‘E você,
conseguiu o que queria desta vida, mesmo assim? Eu consegui. E o que você queria? A
tranqüilidade de um amor, me sentir amado nesta vida!’ Raymond Carver (Fime: Birdman. Ou, A
inesperada virtude da ignorância); ‘Você somente estará pronto para seguir em frente quando
estiver pronto para não mais precisar olhar para trás.’ (...); ‘Se o conhecimento pode criar
problemas, não é através da ignorância que podemos solucioná-los.’ (Isaac Asimov)”
* Psicólogo e Filósofo; Professor Titular da UEMG/Unidade Carangola; Mestre em Psicologia Social pela UFES / ES; Doutor em Ciência
e Saúde Pública pela ENSP/FIOCRUZ/RJ .- vvidigal@ig.com.br
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Irmão Hernâni Cidade*
Painel de Santo António junto à Sé de Lisboa
Antes de avançarmos por mais uma abordagem visual a respeito deste painel, há duas notas históricas que é
importante fazer: a primeira sobre S.António e a segunda sobre a Sé de Lisboa.
Sobre S.António
Fernando Bulhões, seu nome de comum cidadão, nasceu na cidade de Lisboa a 15 de Agosto. Os
historiadores apontam duas datas para o acontecimento, 1191 ou 1195 mas a segunda é a mais
provável. Em 1210 ingressa como noviço no Mosteiro de S.Vicente de Fora (S.Vicente que foi o
tema do anterior trabalho) da Ordem dos Cónegos Regrantes de Santo Agostinho. No ano de
1220 troca o hábito de Agostinho pelo de Frade Franciscano, recolhendo-se no Convento dos
Olivais (situado nos arredores de Lisboa) e adopta o nome de Frei António.
Conhece S.Francisco de Assis e a partir deste momento a sua relação com Itália torna-se mais
forte. Ensina Teologia em cidades de Itália e França. É-lhe dada por missão o combate no
Langedoc à “heresia” dos Cátaros. Em 1228 prega perante o Papa Gregório IX. Vem a falecer a
13 de junho de 1231 a caminho de Pádua. No ano seguinte é canonizando e os seus restos mortais
estão hoje depositados na Basílica de S.António na cidade italiana de Pádua. Era um homem de
hábil e fluido discurso. Os seus sermões eram alvo de interessada assistência que cativados pela
sua voz, ocorriam ao seu encontro. Distinguiu-se como teólogo, místico, asceta e sobretudo como
notável orador e grande taumaturgo. Frei António é também tido como um dos intelectuais mais
notáveis de Portugal. Possuía grande cultura, documentada pela colectânea de sermões escritos
que deixou (Sermões Dominicais e Festivos), onde fica evidente que estava familiarizado tanto
com a literatura religiosa como com diversos aspectos das ciências profanas, referenciando-se em
autoridades clássicas como Plínio, o Velho, Cícero, Séneca, Boécio, Galeno e Aristóteles, entre
muitas outras. S.António de Pádua, nome pelo qual também é comum ser reconhecido, constitui
mais uma daquelas apropriações indevidas que alguns países decidem fazer numa tentativa de
anular ou limpar as origens. S.António de Lisboa infelizmente é mais um destes casos e Itália tenta
reivindicar para si uma “certa propriedade” do santo há mais de oitocentos anos... 13 de Junho, dia
de S.António é o feriado municipal da cidade de Lisboa. O santo casamenteiro, cuja tradição se
mantém viva aos dias de hoje, é celebrada a 13 de Junho numa cerimónia colectiva de casamentos
em Lisboa digna de registo.
Junto à Sé de Lisboa existe a Igreja de S.António no local onde, segundo reza a história, terá sido
a sua residência. No seu interior um dos ossos do santo constitui relíquia de adoração. Talvez seja
oportuno esclarecer das diferenças entre os dois termos Adorar e Venerar. Adorar é prestar um
culto. Venerar, significa mostrar grande respeito, reverenciar, honrar. Adoram-se os Santos e suas
relíquias. As imagens veneram-se.
3 – Painel de Santo António junto à Sé de Lisboa
Hernâni Cidade
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Fig. 1 – Basílica de S.António em Pádua / Ossos mumificados do santo em Pádua -/-/- Igreja de S.António em Lisboa / Relicário contendo um dos ossos do santo em Lisboa
Sobre a Sé de Lisboa
A Sé Catedral de Lisboa, também conhecida como igreja de Santa Maria Maior, é um dos mais
antigos monumentos da cidade. A sua construção começou em 1147 ou 1150 (num lugar onde se
erguia uma mesquita), após a conquista de Lisboa aos árabes, pelo rei D. Afonso Henriques. A
sua edificação seguiu os planos de Mestre Roberto, que a dotou com duas torres e ameias
defensivas. O projecto que se adoptou em muito idêntico ao da Sé de Coimbra, apresenta três
naves, trifório sobre as naves laterais, transepto saliente e cabeceira tripartida. Martirizada ao
longo dos séculos pelos terramotos que abalaram a cidade, a Sé é uma mistura de estilos
arquitectónicos (Românico, Gótico e Neoclássico) e o resultado de sucessivas reconstruções. Uma
janela em rosácea e duas torres sineiras ornamentam a sua fachada românica.
Fig. 2 – Vista exterior da Sé de Lisboa e vista interior da nave central
O claustro gótico da Sé, com duplos arcos decorados com capitéis, foi edificado no século XIV.
Dom Afonso IV foi o primeiro rei sepultado em Lisboa e o seu túmulo está na capela-mor, num
panteão familiar. Ao lado, a capela de Santo Ildefonso abriga os sarcófagos de Lopo Fernandes
Pacheco e mulher, decorados com figuras esculpidas. À esquerda da entrada principal, encontrasse
a pia onde Santo António foi baptizado em 1195. A norte está a capela do mercador Bartolomeu
Joanes, aí sepultado. Depois do sismo de 1755, a capela-mor foi reconstruída em estilo
neoclássico, por D. José I. E na Sé, não esqueçamos, estão depositadas as ossadas de S.Vicente.
Como se verifica, há sempre um elemento de ligação entre os temas dos diversos painéis.
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Fig. 3 – Sé de Lisboa – Vistas do interior: Claustro, Altar-mor (em estilo neoclássico) e da Rosácea no corpo
central da fachada
A figura de S.António, mais do que a própria Sé, embora se “diga por ai” de que ali terá estado
guardado o Cálice do Santo Graal, o santo reúne ao seu redor um florilégio de lendas, de
narrativas de milagres, de cultos em variados locais, caso até do Brasil, é sem margem de dúvida
uma imagem do imaginário colectivo da cidade de Lisboa. O painel de azulejos resume tudo.
Do painel
No eixo central da composição vemos o santo alimentando os pombos. Pombos de cor negra e
branca, em alusão à natureza dual? Ou os pássaros negros serão os dois corvos de S.Vicente? E
que segundo lendas “ainda habitam na Sé”. Curiosamente o santo não tem a envolver a sua cabeça
o halo que na iconografia cristã nos indica a santidade. Mas essa santidade, no meu entender, é-
nos dada pelo enquadramento do portal (nártex) da Sé que envolve o santo e ao mesmo tempo nos
remete para o interior desse espaço sacralizado sobre a forma de pedra. Este enquadramento da Sé
em imagem de fundo e o portal como halo, conferem maior monumentalidade ao culto do santo e
a sua ligação com a cidade de Lisboa. É a memória do santo transporta para a pedra talhada
transformada em Sé.
Fig. 4 – Painel de S.Vicente junto à Sé
No lado esquerdo um eléctrico de Lisboa desce da Freguesia da Graça contornado um edifício que
é uma das esquinas da Igreja de S.António. No troco da árvore uma flâmula com a frase: Sol
nascido a Ocidente.
“Sol nascido a Ocidente” acentua a nacionalidade portuguesa do santo nascido no território mais
ocidental da Europa. O território finisterra, onde a Terra acaba e o Mar começa. O eléctrico que
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desce e de cor amarela (ver fig.2) adquire a representação de um signo solar. Significa a natureza
diurna, o percurso do Sol em Portugal, que nasce a Oriente (que podemos entender a nascer por
detrás da Sé) e que tem o seu ocaso no Atlântico. Ao eléctrico que desce, vindo da Graça também
se lhe associa a “Graça Divina” a que “desce para iluminar o santo” ou para “dar lhe dar as
Graças”.
Do lado direito da composição num plano mais próximo do observador, um par de jovens
namorados em alusão à fama de santo casamenteiro. Uma criança brinca sob a supervisão da mãe,
a maternidade. Noutro plano uma outra árvore e que tem uma escada encostada ao seu tronco.
Alusão à Escada de Jacob? Mais ao fundo, um casal de idosos sentados num banco saboreado a
velhice (a sabedoria ancestral?). Vemos a infância, a meia-idade e a velhice, passado, presente e
futuro, nascimento, vida e morte. Mas também uma natureza alquímica, a criança = albedo, os
namorados = rubedo, os velhos = nigrego , a Sé = Athanor e S.António = O Alquimista.
Nas copas das árvores povoadas por aves, umas pousadas outras voando, todas elas de cor branca,
quiçá representado o “Divino Espírito Santo”?
Na copa da árvore direita uma singular composição geométrica: Um “peixe voando entre os
arvoredos que transporta no dorso um traçado simbólico que invoca a sabedoria mística,
bíblica e numerológica do grande Taumaturgo” nas palavras do Mestre Lima de Freitas. O
Taumaturgo é S.António, aquele que faz milagres. Esta singela composição geométrica é no meu
entender aquela que encerra maior mística e que por isso merece algum detalhe na sua análise,
porquanto nos liga com muitos outros elementos de pendor esotérico.
ig. 5 – Composição do traçado simbólico inscrito numa “Vesica Piscis”
A simbólica de cada uma das partes que compõem todo este conjunto é deveras interessante.
Teçam-se algumas abordagens a esses elementos separadamente:
- O Peixe. O peixe “a voar” remete para o famoso texto - “Sermão de S.António aos Peixes” -
escrito pelo Padre António Vieira, missionário Jesuíta no Brasil (também figura maior de
Portugal e que será abordada mais à frente no painel dedicado a Vieira e o V Império).
O sermão constitui-se como uma alegoria e foi proferido em São Luís do Maranhão no ano de
1654, na sequência de uma disputa com os colonos portugueses no Brasil. É um documento
surpreendente pela imaginação, habilidade oratória e poder satírico do seu autor, que toma vários
peixes como meio para criticar as atitudes e posições viciosas dos colonos portugueses nessa
disputa.
A narrativa do sermão louva as virtudes humanas mas principalmente pretende censurar com
severidade os vícios humanos presentes nos colonos (vaidade, cobiça, hipocrisia e traição). Como
sabemos da história, o Padre António Vieira foi um acérrimo defensor dos direitos dos povos
índios do Brasil e a que hoje chamaríamos “Direitos, Liberdades e Garantias”. Sabe-se que este
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discurso é proferido na véspera da sua partida secreta para Portugal com o intuito de obter uma
legislação favorável à preservação das liberdades dos povos indígenas. De facto um grande
Homem este e que irei abordar mais à frente.
“Vós sois o Sal da Terra” - Mateus 5-13; Trata-se de uma metáfora usada no Sermão de
S.António aos Peixes e em que o Pregador é S.António, por isso ele se constitui metaforicamente
neste contexto como sendo o Sal. Com os seus discursos e sermões pretende anular os vícios
presentes nos Homens (a Terra/Material). O Sal conserva assim o que é são, preservando-o para
que nada se corrompa. E foi essa a sua missiva enquanto Homem que pregou o Bem e as Virtudes
e que a sua santificação preservou. Ele é pois o Sal da Terra.
Fig. 6 – Painel de azulejos alusivo ao Sermão de S.António aos peixes. Os peixes que não falam mas apenas escutam. Os homens que
não querem ouvir o Verbo do Santo
O Peixe ou Piscis em Latim, alude também à Era de Peixes. Os cristãos como sabemos, ao tempo
dos Romanos utilizavam uma figura estilizada do peixe para identificarem a sua condição
religiosa de cristãos. Esta figura ainda hoje mantém essa associação iconográfica em resultado de
um traçado geométrico do qual resulta a Vesica Piscis (fig.7) e sobre a qual falaremos um pouco
mais á frente.
a) b)
Fig. 7 – a)Traçado para obtenção da Vesica Piscis (a verde. B) Figura do peixe (a vermelho) na iconografia cristã. Símbolo de Jesus,
O Pescador
As chagas de Cristo – É a figura representada na parte superior do traçado. Segundo o Mestre
Lima de Freitas alude ao Livro de Isaías, representa as “cinco cidades do país do Egipto que um
dia falarão a língua de Canaan e prestarão juramento ao Iahvé dos exércitos. Dir-se-á de numa
delas Cidade do Sol. Nesse dia haverá um altar consagrado a Iahvé. No meio do país do Egipto e,
nas proximidades da fronteira do mesmo, haverá uma estela consagrada a Iahvé – XX-18-20”.
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b)
Fig. 8 – a)As Cinco Chagas de Cristo representadas no painel. b) Armas de Portugal (a azul cinco escudetes com os cinco
pontos que são as chagas de Cristo)
Esta figura também nos remete para o Sermão de S.António aos Peixes, onde há um peixe que
possuí “quatro olhos”. Reparando na figura mais em detalhe (fig.8a), vemos de facto as chagas
que se assemelham a olhos, dois olhos em cima e dois em baixo. Tratam-se dos “Olhos Divinos”
associados ao poder divino. São os “Olhos Divinos” que tanto vêem para cima como para baixo
em simultâneo. Em cima o Céu e em baixo o Inferno. Significa também ter a capacidade de
distinguir o bem do mal, a Vigilância = Divino e a Prudência = o Homem, as dualidades. Mas é
também uma chamada de atenção para vermos mais do que olhos vêem, “uma dupla visão” ou um
apelo à dupla natureza das coisas. No meio, uma chaga que se assemelha a uma boca, trata-se, no
meu entender, uma alusão ao Verbo na sua forma oral. A voz = boca (os sermões) de Santo
António na sua dupla condição situada entre o terreno/material e o divino/espiritual, o que ele foi
capaz de transformar usando a sua oratória. Mas é também uma alusão ao número 5… e aos
escudetes existentes na heráldica do escudo do Brasão das Armas de Portugal que assim se
acentua de forma indelével e subliminar a mensagem sobre a afirmação da nacionalidade
portuguesa de S.António.
A figura das chagas foi inspirada numa existente no remate no topo do tríptico vitral da Sala do
Capítulo do Mosteiro de Santa Maria da Vitória na vila da Batalha. Este tríptico é de inspiração
flamenga e apresenta três cenas da Paixão (fig.9), no da esquerda, Jesus a ser crucificado, ao
centro crucificado na Cruz e do lado direito a ser descido da cruz tendo Maria Magdalena a seus
pés. A figura das chagas a que se alude, surge a rematar o topo de toda a composição do vitral
inserindo-se numa Vesica Piscis (fig. 9b) e sob a qual convido a observar que nela se insere uma
estilização da Cruz de Cristo… Inspirando-se neste vitral e em particular na figura de topo, Lima
de Freitas invoca e homenageia de forma subtil e convida à reflexão, toda a simbólica associada à
Geometria Sagrada que está subjacente ao Mosteiro de Santa Maria da Vitória, um dos
monumentos herméticos de excelência do que foi a Idade de Ouro Portuguesa. O mosteiro em
todas as suas dimensões artísticas foi um verdadeiro laboratório de ensaios de todo o tipo de
técnicas, quer de construção, quer na escultura, quer na arte funerária e também do vitral, a
“ourivesaria feita pedra” como refere um historiador de arte. No que diz respeito ao vitral, aqui se
deram início aos primeiros ensaios desta arte de transmutação da Luz do exterior para o interior.
Aqui estiveram mestres pintores flamengos que ensinaram a sua arte aos mestres portugueses e do
qual se destaca o Mestre Português Francisco Henriques, a quem os historiadores de arte
atribuem a suposta autoria deste tríptico vitral. Mas também se invoca D.João I, Mestre de Avis,
O de Boa Memória (1356-1433) e Dona Filipa de Lencastre (1360-1415) e à Ínclita Geração,
nos quais assenta a razão para a construção deste magno monumento. É com D.João I que se
inicia a Dinastia de Avis. Mas esta subtil alusão a D.João I, constitui o elemento de passagem
para o tema do próximo painel de azulejos, o quarto da série sobre “O Santo Condestável”, ou
terceiro. Lá iremos a seguir.
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a) b) c)
Fig. 9 – a)Vista geral do vitral. B)A imagem da vesica piscis. c) As cinco chagas presentes no painel de S.António ao pé da Sé
O Mosteiro de Santa Maria da Vitória pela sua dimensão hermética-simbólica, pode ser
considerado como uma “Grande Loja de Pedreiros-Livres de Portugal”. Mais não direi
mas o mosteiro pelo que ele representa de simbólico, certamente merece uma abordagem
detalhada num outro texto. A isso aludirei numa próxima publicação do JBnews, fica a
promessa de retomar este tema.
A Vesica Piscis – A Vesica Piscis é um traçado geométrico deveras fascinante. Obviamente
não irei estender muito a sua explicação dado que este não é o tema a tratar mas a figura,
pela sua carga simbólica merece nota de destaque.
Esta figura resulta da intercessão de dois círculos com a mesma medida de diâmetro, que se
intersectam de forma a que o centro de cada circulo se encontre sobre a linha da
circunferência do outro. Trata-se de um símbolo que pode ser considerado como um
arquétipo de todas as formas de existência do Mundo Imanente – Mundo Criado, sendo
um desenho simbólico composto por um ovóide vertical, com dois vértices nas suas
extremidades, lembrando o desenho esquemático de um peixe e também de uma bolsa de ar
que os peixes têm no abdómen destinada a facilitar a sua flutuação e de onde deriva o seu
nome latim Vesica (vesícula) Piscis (peixe).
A Vesica Piscis é um dos símbolos que constitui a base da Geometria Sagrada, tratando-se
assim de um desenho representativo da manifestação do próprio Universo; uma forma que
resulta da intersecção de dois círculos perfeitos. É pois um arquétipo da Geometria
Sagrada.
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Fig. 10 – Traçados da Vesica Piscis e sua aplicação prática na construção de portais de catedrais góticas
Naturalmente não se perde a dimensão da representação da Chagas de Cristo mas todo este
conjunto geométrico ganha uma dimensão divina que a Vesica Piscis sintetiza no seu
interior. Parece ser um pormenor no painel mas no meu entender é a sua mensagem mais
esotérica, por remeter-nos para uma reflexão mais profunda, é o “ver mais do que os olhos
vêem”. É estabelecer a ligação com o que há de hermético, de mistérios, de lendas e mitos
em Portugal. É subtil da parte do Mestre Lima de Freita, de facto o é.
Certamente fica muito por dizer. Confesso que sim. Mas deixo sempre a oportunidade de
cada um de vós reflectir sobre o tema. Além do mais, na nossa “humilde sabedoria”
devemos ter ser presente que nunca sabemos tudo.
Em resumo, temos assim representado neste painel uma síntese da dimensão espiritual de
Santo António. Termino este tema, relembrando que o actual Papa Francisco, um
Franciscano assumido como já o afirmou, é aos dias de hoje uma espécie de encarnação
do Português, Fernando de Bulhões, ou melhor, Santo António de Lisboa. O Santo que na
sua Humildade criou um movimento espiritual ímpar, sendo o actual Papa o exemplo dessa
dimensão espiritual.
Professor Hernâni Cidade (1887-1975)
Irmão Hernâni Cidade (Nome Histórico)
Lisboa – Portugal
adon.hernani.cidade@gmail.com
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Silvério Ribeiro *
O legado do Ir George Washington
Estudioso da história, sempre me interessei pela avaliação dos homens públicos ao
longo dos séculos e, por consequência, um ávido leitor de biografias. Em especial, desde os
tempos da faculdade, uma figura histórica passou a chamar minha atenção e depois consolidou a
minha admiração: estou me referindo a George Washington.
Washington nasceu em 22 de fevereiro de 1732 em Wakefield, na colônia britânica da
Virgínia, na América do Norte. Descendia de família aristocrática da colônia, mas a sorte não lhe
foi grata nos primeiros anos de vida e ainda criança perdeu o pai. O irmão mais velho lhe foi
referência, mas também morreu jovem.
Entretanto, Washington foi criado dentro de valores rígidos de uma sociedade que
pautava suas ações pela verdade e pela dignidade. Muito jovem, alistou-se nas milícias coloniais e
fez carreira militar, alcançado a patente de Coronel, tendo se tornado um militar exemplar para os
colonos. Aos 27 anos se casou com Martha Custis, uma jovem viúva e com ela consolidou fortuna
nas fazendas que ambos herdaram. Washington se desiludiu com as ações militares da Inglaterra
nas fronteiras da Virgínia e passou a se dedicar às atividades agrícolas, se tornando próspero e
respeitado fazendeiro.
Na vida pública foi juiz do Condado de Fairfaix, cuja função naquela época este cargo
exigia, além das tarefas do júri, também as responsabilidades administrativas tais como
manutenção de estradas, conservação de pontes, fiscalização da navegação fluvial e controle
aduaneiro. Não demorou para que dentro de alguns anos fosse eleito representante de seu condado
na Assembleia Legislativa da Virgínia.
Em 1774 foi eleito para representar esta colônia no 1º Congresso Continental realizado
pelos colonos britânicos na América para exigir igualdade comercial e política dos americanos
junto ao governo metropolitano da Inglaterra, que havia decidido cobrar mais impostos e servidão
de seus colonos.
A insatisfação tomou conta da América Britânica e, principalmente na Colônia de
Massachusetts teve início os primeiros enfrentamentos militares entre colonos e britânicos.
Considerada uma colônia hostil, Massachusetts teve sua principal cidade portuária, Boston,
cercada pelos ingleses e, por deliberação do 2º Congresso Continental realizado em Filadélfia, em
1775, foi constituído o Exército Continental das Colônias, cujo principal objetivo era garantir a
4 – O legado do Irmão George Washington
Silvério Ribeiro
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libertação de Boston e impedir o avanço das tropas inglesas em território americano, até que as
negociações chegassem a um bom termo. George Washington foi escolhido para liderar este
exército, recebendo a patente colonial de General. O Congresso queria definir um soldo para o seu
cargo, mas apresentou as suas condições, que somente assumiria este dever sem remuneração,
porque o fazia por princípios e não por carreira. Assim serviu como comandante do Exército de
Independência, sem salário, apenas com a condição de ser restituído nos gastos que tivesse por
força da função.
Mas, em 4 de julho de 1776, cessadas todas as possibilidades de negociação com a
Inglaterra, os colonos americanos declararam independência, criando os Estados Unidos da
América, em uma base política democrática e republicana. A Inglaterra decretou guerra às
colônias revoltosas e George Washington passou a ser a principal figura política e militar do
processo de independência dos Estados Unidos. A guerra durou seis anos e, em seus mais difíceis
momentos, Washington foi perseverante, ao ponto de gastar parte da própria fortuna pagando
soldo aos soldados, quando este faltava, ou não chegava a tempo. Comandou durante estes anos
um exército de maltrapilhos, cuja parte constituía-se de mercenários e outro tanto apenas de
voluntários civis que lutavam pela liberdade. Soube dosar os momentos em que devia ser firme e
nos momentos em que podia ser brando com os soldados.
Washington não governava este exército sozinho. A estrutura americana se baseava nas
decisões do Congresso Continental e, mesmo este, nos momentos mais críticos da Guerra de
Independência, tendo autorizado Washington a agir de forma autocrática, este, jamais tomou as
principais e mais importantes decisões da guerra sem consultar seus oficiais e informar o
Congresso sobre suas intenções e movimentações.
Enfim, em 1779, a França, rival militar e política da Inglaterra na Europa apoia a
independência americana e envia apoio militar e naval à América. Entretanto, as principais
derrotas e vitórias ficaram sob responsabilidade dos americanos liderados por Washington. Após
anos de vitórias e derrotas sucessivas, em outubro de 1781, as tropas americanas e francesas,
comandadas por Washington em Yorktown desfecham uma poderosa derrota ao Comandante
Britânico Cornwallis, levando a Inglaterra dentro de alguns meses a aceitar as condições de
rendição e a independência dos Estados Unidos.
Ainda com o Exército constituído, aguardando as negociações de paz, Washington,
reconhecidamente um herói nacional, se deparou com um movimento de oficiais que sugeriam
torna-lo Rei da América, ou o Ditador dos Estados Unidos. Tomando conhecimento deste fato,
reuniu todos os oficiais e os fez assinar um documento que redigiu, termos registrados que ele,
pessoalmente, abominava tal ideia, e que os fazia lembrar que a luta que empreenderam foi por
um país livre e democrático e, uma vez posto o plano em ação, ele os levaria à corte marcial. O
documento foi assinado e nunca mais se falou em tal intento.
Em dezembro 1783, o Exército Continental foi desmobilizado e na pequena cidade de
Annapolis, George Washington entregou seu cargo ao Congresso Continental. Voltava à vida
privada. Retornou à sua principal propriedade, Mount Vernon, voltando às lides agrícolas e senhor
de escravos. Dali acompanhou a movimentação pela organização do novo país.
Como nação jovem, as treze antigas colônias estavam na iminência de se desintegrarem
e, a formação de um governo central, conforme previsto, em moldes republicanos era necessária.
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O Congresso Continental, que fazia desde o início da guerra da independência, o papel de
Executivo, Legislativo e Judiciário das treze colônias, convocou a Constituinte de 1787. Os
políticos não titubearam em chamar Washington para presidir a formação da nova república.
Como presidente da Constituinte Americana em 1788, em quase nada influiu nas decisões, tendo
opinado apenas quando consultado e foi um exemplar presidente na condução dos trabalhos.
Encerrada a Assembleia que estabeleceu a ainda vigente Constituição Norte-Americana, entregou
o seu cargo e retorno para Mount Vernon.
Um ano depois, os principais homens públicos retornaram à propriedade do herói
militar mais famoso das Américas para lhe solicitar autorização, de que seu nome pudesse ser
apresentado ao cargo de primeiro presidente dos Estados Unidos. Consideravam que, apenas a
força de seu nome e a equidade de suas ações poderia garantir a unidade nacional e assim,
Washington foi eleito por unanimidade pelo Colégio Eleitoral para o cargo, tomando posse em 30
de abril de 1789. O Congresso definiu um salário para o presidente, mas Washington não aceitou.
Seria presidente por dever, não aceitaria salário, apenas que fosse restituído os gastos que
porventura tivesse nas funções do ofício.
No evento de posse, depois do juramento pré-estabelecido, disse as palavras “Que Deus
me Ajude”. Possuía o espírito de responsabilidade e recebia os cargos públicos com um elevado
grau de maturidade. Governou por quatro anos, na condição de primeiro mandatário da jovem
nação. Jamais decidiu sem antes consultar seu secretariado. A Constituição Americana ainda não
possuía a recente emenda que restringe a reeleição do presidente a apenas dois mandatos. Antes
mesmo do fim de seu primeiro mandato, Washington pretendia não mais continuar no cargo,
apesar da excelente administração que fez. Os políticos solicitaram seu apoio para que governasse
por mais quatro anos, porque o meio político estava se dividindo em partidos e apenas a sua figura
era capaz de equilibrar as diferenças e manter a jovem nação em Unidade. Assim, perseverante,
foi eleito para mais quatro anos.
Neste meio tempo, eclodiu a Revolução Francesa, O Rei Luiz XVI foi decapitado e a
antiga monarquia deposta na França, que se tornou uma república revolucionária. Os americanos
se dividiam entre adeptos da França, outros da Inglaterra. O país se dividia e os franceses exigiam
o apoio militar dos norte-americanos contra a Inglaterra, que entrava em guerra com a França,
juntamente com outras monarquias europeias.
A Inglaterra já havia aceitado a independência americana e possuíam ambos os países
um tratado de paz. Apesar de pressionado por populares e pelo embaixador francês nos EUA,
George Washington liderou o movimento político pela neutralidade americana no conflito
europeu, gerando enorme insatisfação dos adeptos da França. Foi seu momento mais difícil no
governo, o mais impopular, entretanto, o mais acertado. Levar os EUA mais uma vez à guerra
seria assinar a ruína do jovem país.
Em 1797, tendo completado oito anos de mandato, constitucionalmente livre para tentar
mais uma reeleição e ainda figura popular e respeitada na América, George Washington se decidiu
por voltar à vida particular. Alegava idade (apenas 65 anos) e também cansaço na função do
cargo. No íntimo, entendia que para fortalecer a jovem república, era necessário, antes de tudo, a
renovação dos titulares e dos cargos. Vivia e praticava a democracia em toda a sua essência. Não
tinha apego ao poder e sempre o encarou antes de tudo como um dever.
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Esta figura histórica ímpar, sempre esteve na mira de minhas pesquisas. Possuo
inúmeras biografias dele que vim acumulando ao longo de muitos anos. Em pleno século XVIII,
um mundo povoado por monarcas absolutos, por déspotas e tiranos, Washington se tornou o
primeiro presidente de uma república nos tempos modernos e, principalmente, comparado a tantos
outros presidentes de outras repúblicas, décadas depois, jamais foi autocrático, muito menos
autoritário e, jamais se tornou um ditador. Esta firmeza de caráter, sempre me fez pesquisar esta
importante figura.
Antes mesmo, de fazer parte da Maçonaria, eu já sabia que George Washington havia
sido maçom. Conheço mais detalhes de sua vida maçônica, agora, que faço parte da Ordem.
Entretanto, o ciclo de pesquisas sobre o Ir:. George Washington se fechou. Hoje sei, porque foi
figura ímpar no cenário político de independência americana e se tornou exemplo de republicano
em nível internacional.
Iniciou-se na Maçonaria em 4 de novembro de 1752, tendo sido elevado ao grau de
companheiro em 1753 e a Mestre em agosto de 1754, com apenas 22 anos de idade. Chegou a
Venerável da Loja a que pertencia em Alexandria na Virgínia. Sempre foi um homem justo e
honesto. Poucos americanos sabem que aos 17 anos de idade se apaixonou pela jovem esposa de
seu amigo, mas jamais atentou contra a sagrada instituição do matrimônio e mesmo tendo
declarado seu amor à jovem, registrou em carta a ela, que o destino já havia definido que ambos
não podiam se amar e que se a Providência assim havia definido, assim seria.
Outros tantos norte-americanos desconhecem que George Washington se casou com a
viúva Martha Custis e com ela não teve filhos legítimos, porque os historiadores julgam que,
vítima da caxumba na juventude, era um homem estéril. Entretanto assumiu os dois filhos de sua
esposa e os tratou como se fossem seus. A filha de Martha, sua enteada, morreu jovem, aos 17
anos, vítima da epilepsia. Washington sofreu a morte de Patsy, como se filha sua fosse.
O mundo não conhece os detalhes deste importante homem público que, apesar de dono
de escravos, fazia questão de manter as melhores condições de trabalho e de vida para todos eles.
Os seus diários registram a preocupação diária com o bem estar e a saúde dos escravos e de seus
filhos. Quando Fairfaix, seu vizinho de fazenda, deixou a América e foi para a Inglaterra, muitos
de seus escravos seriam vendidos. Washington não permitiu que isto ocorresse, porque os
escravos de Fairfax possuíam parentesco com os escravos de sua fazenda. Mesmo não possuindo
recursos imediatos para comprar todos os escravos do vizinho, o fez por compaixão das crianças e
das mulheres, que seriam separados de seus entes.
Poucos norte-americanos sabem que, durante seu governo, muitos se tornaram desafetos
seus, porque não aderiu ao pensamento revolucionário francês, por cautela, preferindo a
neutralidade americana no conflito, com o único intuito de salvaguardar a integridade da jovem
república americana. Pois bem, terminada a revolução francesa que se autodestruiu, muitos
revolucionários acorreram aos Estados Unidos, na condição de refugiados, dentre estes, o antigo
embaixador francês Sr. Genet, que chegou a incentivar motins em território americano e a insuflar
o povo contra Washington e seu governo. Pois bem, o Sr. de Mount Vernon não tibubeou em
perdoar as ações do inconsequente ex-embaixador e permitir que passasse o restante de sua vida
na América.
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Poucos sabem que chave da Bastilha encontra-se ainda hoje guardada na antiga fazenda
de Washington. Ele a recebeu de presente do Marquês de Lafayette, um dos revolucionários
franceses que haviam participado com Washington da guerra de independência americana.
Ambos, movimentos articulados pela Maçonaria: o processo bem sucedido de independência
norte-americana e a revolução francesa, que alteraram todo o pensamento político e social do
mundo contemporâneo, cujos princípios de liberdade, igualdade e fraternidade, são indeléveis.
Poucos sabem que os ventos revolucionários iniciados na América do Norte varreram o
absolutismo na Europa e acenderam as chamas da liberdade tardia na América Latina. Tomando
conhecimento da revolução americana, através da Maçonaria, foi que Tiradentes e os
Inconfidentes resolveram realizar o movimento de sedição em Minas Gerais pela independência
brasileira. Poucos sabem que Tiradentes se inspirou na vida de George Washington que, ao tempo
da Inconfidência Mineira já era presidente dos Estados Unidos.
E agora, é fácil entender porque Washington é pouco conhecido pelo mundo. Diferente
de todos os tiranos, que o mais imbecil dos seres humanos sabe identificar pelos horrores que
fizeram ao mundo, Washington passa despercebido aos olhos menos detalhistas no estudo da
história. Os homens bons são pouco lembrados, mas porque os homens bons são homens que
cumprem o seu dever e não buscam colher louros.
Como bom maçom, Washington foi assim. Combateu o bom combate, cumpriu com as
suas obrigações, e com discernimento e equilíbrio soube saber a hora exata de se retirar de cena.
Após a sua morte foi definido pelos americanos como o “Pai da Pátria”.
Washington faleceu em 14 de dezembro, do rigoroso inverno de 1799, em Mount
Vernon, sua fazenda no estado da Virgínia. Três dias depois, foi enterrado após uma celebração
fúnebre maçônica. Dias depois é que todos os Estados Unidos tomaram conhecimento da morte de
seu mais importante líder da independência. Como definido pelo Congresso dos EUA foi o
Primeiro na Guerra, o Primeiro na Paz e o Primeiro no Governo. Credor, George Washington.
Devedor, os Estados Unidos da América.
Na Reunião Anual dos Grãos- Mestres das Lojas da América do Norte (Canadá, México
e Estados Unidos), realizada nos dias 20, 21 e 22 de fevereiro de 1994, o Grão-Mestre Fernando
Paes Coelho Teixeira, da Grande Loja Regular de Portugal, sugeriu aos irmãos que no dia 22 de
fevereiro fosse comemorado o Dia Internacional do Maçom. A data foi escolhida em homenagem
ao aniversário do Irmão George Washington.
Na sessão, estiveram presentes as Grandes Lojas Unidas da Inglaterra, Grande Lojas
Regulares de Portugal, Grande Loja Nacional Francesa, Grande Oriente da Itália, Grande Loja das
Filipinas, Grande Loja Regular da Grécia, Grande Loja do Irã e a participação do Grão-Mestre
Francisco Murilo Pinto, do Grande Oriente do Brasil.
Ao final da assembleia, todos os maçons concordaram com a homenagem, que há 22
anos é comemorada: O Dia Internacional do Maçom – 22 de fevereiro.
Barbacena, 18 de fevereiro de 2016.
* Silvério Ribeiro - Mestre Maçom da Loja Epaminondas Souza Costa nº 260 - Oriente de
Barbacena-MG
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Irmão Carlos Basílio Conte
In “Em Busca da Cultura e Perfeição Maçônicas”
De Adalberto Rigueira Viana
Cargos em Loja – O Orador
Um dos mais belos e importantes cargos de uma Loja Maçônica é o cargo de Orador, ou,
como agora também é denominado, o cargo de Membro do Ministério Público Maçônico na Loja.
A importância do Orador é fundamental na performance de toda e qualquer Oficina e os
requisitos essenciais para o seu bom desempenho são múltiplos, devendo a escolha dos Irmãos
recair, sempre que possível, em um Mestre Instalado que, pela sua vivência e experiência
maçônicas, já enfrentou e solucionou praticamente todos os problemas que as Lojas costumam
apresentar.
Também é desejável, embora não seja obrigatório, que o Irmão escolhido para esse cargo
eletivo seja versado em ciências jurídicas, que tenha familiaridade com leitura e interpretação de
textos legais, leis, regulamentos e regimentos, e que saiba diferenciar, por exemplo, o que vem a
ser uma lei, um ato ou um decreto.
O Orador, nos Ritos que dispõem desse cargo, é a quarta Dignidade na hierarquia da Loja,
toma assento no Oriente, à direita ou à esquerda do V.’.M.’., conforme o Rito e pede a palavra
diretamente a ele.
Apenas para fins didáticos, vamos dividir as funções do Orador em três grandes grupos:
Primeiro: como membro do M.’.P.’. Maçônico.
Segundo: como Orador propriamente dito, isso é, como aquele Irmão encarregado de discursar,
ou, como se diz no linguajar maçônico, de apresentar peças de arquitetura nas solenidades da
Loja, sessões magnas, festivas e públicas.
Terceiro: como partícipe das atividades ritualísticas nas sessões litúrgicas, na abertura e
fechamento do L.’.L.’., na conferência do saco de PP.’. e Inf.’. e na Cadeia de União. Esses
procedimentos ritualísticos, diga-se de passagem, variam de acordo com o Rito adotado pela
Oficina.
Vamos examinar, agora, essas funções separadamente:
Primeira:
O Orador, como membro do M.’.P.’., tem suas atribuições definidas no
art. 122 do RGF. São elas:
I – Observar, promover e fiscalizar o rigoroso cumprimento das leis maçônicas e dos rituais,
lembrando que, tal como no mundo profano, não há crime sem lei anterior que o defina.
II – Cumprir e fazer cumprir os deveres e obrigações a que se comprometeram os membros da
Loja, à qual comunicará qualquer infração e promoverá a denúncia do infrator. Percebam aqui que
o Orador não pode coibir o erro eventualmente cometido, mas apenas advertir e, em último caso,
denunciar.
III – Ler os textos de leis e decretos, permanecendo todos sentados, inclusive o Orador.
IV – Verificar a regularidade dos documentos maçônicos que lhe forem apresentados, inclusive
conferir a assinatura, ou ne varietur, dos visitantes, apostas no livro de presença, com os
documentos profanos que esses deverão lhe apresentar.
5 – Cargos em Loja – O Orador
Carlos Basília Conte
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V – Apresentar suas conclusões no encerramento das discussões, sob o ponto de vista legal,
qualquer que seja a matéria.
VI – Opor-se, de ofício, a qualquer deliberação contrária à lei e, em caso de insistência na matéria,
formalizar denúncia ao poder competente. Cabe aqui lembrar que, ao constatar um erro, ou uma
decisão equivocada da Loja, ele deverá se opor, não de um modo brutal ou prepotente, mas de
uma maneira esclarecedora e fraternal, dizendo um não tão delicadamente como se dissesse um
sim.
VII – Manter arquivo atualizado de toda a legislação maçônica. Lembrando aqui da importância
de estar sempre atualizado o seu arquivo com as emendas constitucionais e alterações do RGF
publicadas nos boletins oficiais.
VII – Assinar as atas da Loja, tão logo sejam aprovadas.
IX – Acatar ou rejeitar denúncias formuladas à Loja, representando aos poderes constituídos. Em
caso de rejeição, recorrer de oficio ao tribunal competente.
Para o bom desempenho dessas atribuições específicas, é sim necessário que aquele que a
exerça tenha amplo conhecimento de todo o arcabouço legal da Maçonaria, ou seja:
Constituição do GOB
RGF
Código Eleitoral Maçônico
Código Penal Maçônico
Lei Penal Maçônica
Constituição Estadual do G.’.O.’. Estadual à que pertença sua Loja
Regimento Interno de sua própria Loja
No desempenho dessas atribuições, o Irmão que ocupa esse cargo deverá ser ponderado,
sereno, conciliador e justo.
Para isso, é importante e necessário que conheça alguns princípios jurídicos básicos, tais como a
hierarquia das leis, isto é, quando conflitantes, leis federais prevalecem sobre as estaduais, e
ambas prevalecem sobre o Regimento Interno da Loja.
Como Membro do M.’.P.’.M.’. o Orador pode e deve falar sentado, por analogia com o
Secretário da Loja, pois sua fala é quase sempre acompanhada de consultas ou citações das leis ou
dos rituais.
É oportuno esclarecer também que o Membro do Ministério Público pertence ao Poder
Executivo e não ao Judiciário, como equivocadamente alguns imaginam.
Finalizando essa primeira parte, é bom lembrar que o Guardião da Lei deve ser um dos
espelhos da Loja, esforçando-se por apresentar uma conduta impecável e um compromisso
inarredável com a verdade e a lei.
Examinemos, agora, a segunda função do Orador de Loja, ou seja, como Orador
propriamente dito: Segundo os dicionários, orador é aquele que ora ou discursa em público e aqui
cabe uma primeira observação: quando discursa, o Orador deve permanecer em pé, como sempre
o fizeram os grandes oradores.
Falando em pé, o Orador pode utilizar melhor seus braços e suas mãos para dar ênfase e
dramatização à sua fala, além de melhor aproveitar a sua aparelhagem respiratória e vocal.
O bom Orador saberá ser eloqüente em seus discursos e conciso em suas conclusões como
guardião da lei. Para isso, a nobre arte da oratória exige, daqueles que a ela se dedicam, o domínio
de três grandes ciências e artes: a lógica, a gramática e a retórica, o trivium. (os Irmãos ainda se
lembram das sete ciências e artes liberais da antiguidade, ministradas no grau de companheiro?)
Vamos recordar?
23. JB News – Informativo nr. 1.970 – Florianópolis (SC) – terça-feira, 23 de fevereiro de 2016 Pág. 23/35
A lógica, que nos ensina a pensar corretamente. A gramática, que nos ensina a escrever
corretamente. E a retórica, que nos ensina a falar corretamente.
Somente quem pensa e escreve corretamente conseguirá se expressar corretamente,
desenvolvendo um raciocínio e uma seqüência lógica na exposição de suas idéias, fazendo com
que elas tenham clareza e se organizem linearmente, tendo princípio, meio e fim.
A terceira atribuição do Orador é participar de atividades ritualísticas, como já foi
mencionado. Nessas atividades, ele deverá ser um verdadeiro exemplo e espelho para a Loja,
obedecendo rigorosamente ao que prescreve o Ritual, nada lhe acrescentando ou suprimindo. Nas
Lojas que adotam o R.’.E.’.A.’. A.’. o Orador tem, ainda, outra atribuição, quase esquecida, mas
que consta nos rituais:
O Tempo de Estudos será preenchido pelo V.’.M.’. ou pelo Orador, ou ainda por um Irmão
previamente designado.Mas dificilmente vemos na prática isso acontecer. O V.’.M.’. ou o Orador
preenchendo o Tempo de Estudos.
E muito difícil ser Orador de Loja? É difícil! Vale à pena? Vale.
Como disse Fernando Pessoa: “tudo vale a pena, quando a alma não é pequena.”
Trabalho elaborado pelo Irmão Carlos Basílio Conte
Autor de: “O Livro do Orador” - Madras Editora
24. JB News – Informativo nr. 1.970 – Florianópolis (SC) – terça-feira, 23 de fevereiro de 2016 Pág. 24/35
Murilo Juchem,
In “Em Busca da Cultura e Perfeição Maçônicas”
De Adalberto Rigueira Viana
Por que as Joias devem ser móveis?
A Fraternidade constitui a relação existente entre irmãos, sendo que, da mesma forma, a
Maçonaria constitui a grande relação entre todos os maçons.
Uma vez que relações fraternais pressupõem a inexistência de barreiras discriminatórias,
é necessário que exista Igualdade para que os maçons possam ser denominados Irmãos. Portanto,
sendo a Fraternidade um predicado fundamental da Maçonaria, também o é a Igualdade.
Igualdade significa não diferenciação, sendo que, sob o aspecto maçônico, significa a não-
diferenciação entre os Irmãos. Considera-se, pois, que os maçons podem ser considerados iguais
quando entre eles inexiste qualquer diferenciação em termos de condições de tratamento e
oportunidades.
Na Maçonaria, as oportunidades apresentam-se das mais variadas formas, sendo que uma
delas é a de exercer papéis ritualísticos dentro da oficina, maçonicamente denominados “Cargos
em Loja”. Eis aí a importância da rotatividade dos cargos em uma Loja Maçônica, de forma a
oferecer oportunidades para o exercício de todas as funções ritualísticas da oficina. Isto contribui
tanto para a formação do maçom, ao oportunizar a participação efetiva nas atividades da Loja,
renovando-a e favorecendo o senso de igualdade e, consequentemente, a formação de uma
egrégora harmônica.
Uma Loja que, na medida do possível e progressivamente, dá a todos os Irmãos do
quadro a oportunidade de exercer todos os cargos é efetivamente uma Loja de iguais. Logo, uma
Loja de iguais é também uma Loja de homens livres, já que liberdade e igualdade são termos
intrinsecamente dependentes. É impossível ser livre sem ser igual, pois a desigualdade cria
barreiras intransponíveis entre os seres humanos, gerando cadeias de dependência entre eles e,
consequentemente, cerceando-lhes a liberdade.
Assim, sabiamente, criou-se o termo “Jóias Móveis”, que faz referência ao aspecto
rotativo dos cargos que governam uma Loja Maçônica. Se as Jóias são móveis, quer dizer que
ninguém pode perpetuar-se no poder, o que tem consonância com o fato de ser a Maçonaria uma
sociedade de iguais.
Isto indica que ninguém na Maçonaria pode ser governo, mas sim estar no governo,
sendo que, imediatamente após o exercício de seu mandato, deve retornar à condição comum,
oferecendo aos demais Irmãos a mesma oportunidade que lhe fora oferecida.
Sob este aspecto, a Maçonaria não admite reeleições, embora os regulamentos das
instituições nem sempre sigam este sábio desígnio da tradição iniciática, que nos ensina que
aquele que despontou no Oriente como o Sol da Sabedoria, deve retornar ao Ocidente para
humildemente guardar a porta do templo.
A Potência Maçônica – seja ela uma Grande Loja ou um Grande Oriente – é, no sentido
exato do termo, uma grande Loja Maçônica que congrega um conjunto maior de Irmãos. Ela
existe porque é inviável na prática reunir todos os Irmãos de vários Orientes e Lojas em uma só
oficina. Desta forma, eles reúnem-se em várias oficinas e estas, por sua vez, congregam-se em
6 – Por que as joias devem ser móveis?
Murilo Juchem
25. JB News – Informativo nr. 1.970 – Florianópolis (SC) – terça-feira, 23 de fevereiro de 2016 Pág. 25/35
uma Grande Loja ou Grande Oriente.
A Grande Loja ou Grande Oriente, por sua vez, também possuem suas Jóias Móveis,
representadas pelos cargos de Grão-Mestre, Primeiro e Segundo Grandes Vigilantes.
Evidentemente não é possível que tais cargos sejam exercidos por todos os Irmãos da
Grande Loja, tanto pelo número de Irmãos existentes, quanto pelas qualificações exigidas pelo
cargo. No entanto, dado ser improvável inexistir uma quantidade razoável de Irmãos qualificados
ao exercício do Grão-Mestrado e das Grandes Vigilâncias, é ainda menos admissível que haja
reeleição para estes cargos.
A renovação é um fator não só importante como também fundamental para o exercício
da Maçonaria. Reeleições para o exercício de cargos, independentemente de serem legalmente
viáveis, não são apenas indesejáveis como também ferem os princípios de igualdade e humildade
inclusos nos ensinamentos de nossa Ordem. Do contrário, corremos o risco de fazer brotar em
nosso seio os despotismos contra os quais sempre lutamos.
É mister fazer da Maçonaria-instituição um reflexo mais perfeito possível da Maçonaria
enquanto ordem iniciática tradicional.
Autoria do Irmão Murilo Juchem,
A.'.M.'., A.'.R.'.L.'.S.'. Hermanubis nº 34, Porto Alegre - RS - Brasil.
26. JB News – Informativo nr. 1.970 – Florianópolis (SC) – terça-feira, 23 de fevereiro de 2016 Pág. 26/35
(as letras em vermelho significam que a Loja completou
ou está completando aniversário)
GOSC
https://www.gosc.org.br
Data Nome Oriente
11/02/1980 Toneza Cascaes Orleans
13/02/2011 Entalhadores de Maçaranduba Massaranduba
17/02/2000 Samuel Fonseca Florianópolis
21/02/1983 Lédio Martins São José
21/02/2006 Pedra Áurea do Vale Taió
22/02/1953 Justiça e Trabalho Blumenau
GOB/SC –
http://www.gob-sc.org.br/gobsc
Data Nome Oriente
06.02.06 Ordem e Progresso - 3797 Navegantes
11.02.98 Energia e Luz -3130 Tubarão
29.02.04 Luz das Águas - 3563 Corupá
Lojas Aniversariantes de Santa Catarina
Mês de fevereiro
7 – Destaques JB
Resenha Final
27. JB News – Informativo nr. 1.970 – Florianópolis (SC) – terça-feira, 23 de fevereiro de 2016 Pág. 27/35
GLSC -
http://www.mrglsc.org.br
Sensatez
“Hoje pergunte-se: Que tipo de pensamento me dá força e que
tipo de pensamento tira minha força? Aprenda a criar
pensamentos puros. Veja que, a medida que você entra em si
mesmo, aquela honestidade verdadeira e profunda aparece. É
quando a alma se torna honesta que o conhecimento espiritual
entra na alma. E quando isso acontece você descobre uma mina
de joias dentro de si. Portanto, tenha a sensatez de usar sua
mente de forma correta. Independente do que os outros estão
fazendo, eu tenho de ser feliz comigo e feliz com todos.”
Dadi Janki
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"Tudo o que somos é o resultado dos nossos pensamentos".
Data Nome da Loja Oriente
15.02.2001 Pedreiros da Liberdade nr. 79 Florianópolis
21.02.1903 Fraternidade Lagunense nr. 10 Laguna
25.02.1997 Acácia Blumenauense nr. 67 Blumenau
25.02.2009 Caminho da Luz nr. 99 Brusque
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300 Irmãos participam em Ribeirão Preto da palestra
do Irmão Arturo DeHoyos
(da Secretaria Estadual de Comunicação e Imprensa do GOSP):
No dia 15 de Fevereiro de 2016, às 20h, o Eminente Irmão Benedito Marques Ballouk Filho,
comandou a reunião conjunta da ARLS União e Trabalho De Ribeirão Preto – nº 2866, ARLS
Estrella D’Oeste Nº 418, ARLS Abolição e Independência nº 2310 e ARLS União e Liberdade n°
2453, todas do Oriente de Ribeirão Preto, no Templo da Loja Estrela dos Campos Elíseos, à Rua
Professor Mario Autuori, 850, Oriente de Ribeirão Preto, SP, da histórica Sessão de Palestra do
Irmão Arturo DeHoyos, vindo especialmente dos Estados Unidos, um dos maiores senão o maior
dos historiadores sobre Rito Escocês Antigo e Aceito, tendo publicado cerca de 50 Obras sobre
este Rito. A palestra foi proferida no idioma Inglês e traduzida pelo Amado Irmão Max Hager, da
ARLS GM Alberto Mansur 3196 – GOB-RJ.
Destaque-se a presença de aproximadamente 300 Maçons de vários Orientes, sendo que a Sexta
Macrorregião estava representada por 40 Lojas.
Participaram da Sessão Conjunta o Eminente Irmão Benedito Maques Ballouk Filho, Grão-Mestre
Estadual do Grande Oriente de São Paulo e o Grão-Mestre Estadual Adjunto, Poderoso Irmão
Kamel Aref Saab.
Também se fizeram presentes o Eminente Irmão Coronel Mendes, chefe de Gabinete do GME;
Poderosos Irmãos Ricardo de Méo Fernandes – Secretário Adjunto de Orientação Ritualística para
o REAA; Antonio Francisco Macarenhas – Secretário Estadual Adjunto de Comunicação e
Imprensa; Francisco Paolillo Neto – Secretário Estadual Adjunto de Relações Internas da 5ª
Macrorregião; Antonio Carlos Rossete – Secretário Estadual Adj. da 1ª Macrorregião e; Renato
José Garcia de Almeida – Secretário Adjunto de Relações Internas da Sexta Macrorregião do
GOSP.
Prestigiaram a palestra, ainda, os Veneráveis Irmãos Geraldo Marques Souza e João Geraldo De
Alice, membros do Ilustre Conselho Estadual (ICE) do GOSP, Poderosos Irmãos Deputados
Federais, Veneráveis Irmãos Deputados Estaduais e vários Veneráveis Mestres.
Ainda do Executivo Estadual estavam o Irmão Carlos Daniel Fernandes – Relações Publicas da 6ª
Macrorregião, o Coordenador de Comunicação e Imprensa da 6ª Macro, Irmão Enilson Sanches
Martins e o Coordenador do Departamento de Ações para com o Governo Estadual, Irmão Paulo
Roberto Marques.
Também se fizeram presentes os Respeitáveis Irmãos Coordenadores da Sexta Macrorregião: José
Germano Tipaldi, Laerte José Casadio, Fernando Santarelli Mendonça, Luiz Ferranti Neto, José
Eduardo Mirandola Barbosa, Wagner Chiodi, Paulo Sérgio Fávaro, José Carlos Martins de Souza,
Edson Santiago, Julio Cesar Cheade, Ivan Celso Cassiano, João Leonardo Della Libera Filho, José
Artur Longhini, José Felipe Meciano, Thiago Carelli e Miguel Cimatti, mais o Irmão José Ricardo
Tunussi, Coordenador da Sétima Macrorregião, além dos Irmãos Oficiais de Comunicação e
Imprensa Antônio Elói Berto e Paulo Peres Rinaldi, além de Mestres, Companheiros e
Aprendizes.
Fonte: Irmão Enilson Sanches Martins
Coordenador Estadual de Comunicação e Imprensa da 6ª Macrorregião
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Cerimônia de Instalação e Posse da Nova Gestão
Capítulo DeMolay XV de Novembro n. 756
(do Irmão Fernando Fernandes da Loja Ciência e Misticismo n. 4177 – GOB/SC - Correspondente JBNews)
Instalação e Posse Nova Gestão do Capítulo DeMolay XV de Novembro n. 756, Conselho
Consultivo e Posse da Nova Diretoria do Colégio DeMolay Alumni Florianópolis
No último domingo, no templo da Loja Maçônica “Padre Roma II” n. 34 – MRGLSC, o Capítulo
XV de Novembro n. 756, da Ordem DeMolay, realizou cerimônia de Instalação e Posse de sua
nova gestão, bem como de seu conselho consultivo. A gestão ficou preenchida da seguinte forma:
Mestre Conselheiro: Lucas Ricardo Zanette
1ºC: João Bracht
2ºC: Guilherme Zanoni
Presidente do Conselho Consultivo: Irmão Cesar Musa da Loja Voluntas n. 75 – MRGLSC
Na ocasião, também foi instalado a nova administração do Colégio DeMolay Alumni
Florianópolis.
Presidente: Celso Martins
Vice-Presidente: Ernani Neto
Secretário: Luiz Nery
Secretário de assistência social: Luis Gustavo Debiase
O JBNews congratula a nova gestão do Capítulo DeMolay, estendendo as felicitações ao novo
Conselho Consultivo, bem como à nova diretoria do Colégio DeMolay Alumni Florianópolis. Aos
sobrinhos e Irmãos, mãos à obra, que 2016 seja um ano de muito trabalho e grandes realizações.
Veja os demais registros:
https://picasaweb.google.com/116472116337344432253/210216InstalacaoEPosseCapDeMola
yXVDeNovembroN756
32. JB News – Informativo nr. 1.970 – Florianópolis (SC) – terça-feira, 23 de fevereiro de 2016 Pág. 32/35
Loja Deus, Justiça e Fraternidade nr. 5 – São Luiz - GLEMA
Resgate dos passageiros do avião que caiu no Rio Hudson em N.York
33. JB News – Informativo nr. 1.970 – Florianópolis (SC) – terça-feira, 23 de fevereiro de 2016 Pág. 33/35
Os vídeos são pesquisados ou repassados, em sua maioria, por irmãos colaboradores do JB News.
1 – BOLETIM FILATÉLICO:
5 - EDIÇÃO MAR - ABR 2016.pdf
2 – O melhor do Alentejo:
o-melhor-do-alentejo.pdf
3 – Terceira idade:
terceira_idade.pps
4 – O balão de Beny:
O BALAO DE BENY.pps
5 – Irlanda:
recorriendo-irlanda.pps
6 – Canal de Corinto:
canal-de-Corinto Grecia.pps
7 – Filme do dia: (A arte de roubar) – dublado
A Arte de Roubar Dublado 2014 Online Crunch Calhoun (Kurt Russell), um motociclista e
ocasionalmente ladrão, é preso após ser traído por Nicky Calhoun (Matt Dillon), seu irmão e
parceiro no crime. Algum tempo depois, ele deixa a cadeia e logo se reúne com Nicky para um
novo e audacioso golpe: O roubo dos livros mais valiosos do mundo.1 like :)
https://www.youtube.com/watch?v=Tnz63P2ENJk
34. JB News – Informativo nr. 1.970 – Florianópolis (SC) – terça-feira, 23 de fevereiro de 2016 Pág. 34/35
Ir Raimundo Augusto Corado
MI e Deputado Federal pela Loja Templo de Salomão nº 2737
Membro das Lojas União e Trabalho Mimosense nr. 3.170 e
Irmão Paulo Roberto Machado nr. 3.182
Barreiras – GOB/BA. Escreve às terças e quintas-feiras
raimundoaugusto.corado@gmail.com
FITO-TE E LOUVO-TE
-última sessão sob o malhete de Vitor-
Autor: Raimundo A. Corado
Barreiras, 12 de junho de 2015
Hoje não, atenda-me, não vai;
Fique e faça intuitivo registro;
Aos bons filhos, a presença do pai;
Desencarnado o assisto.
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Temos muito em comum;
Com poucos diferenciais;
Hoje somos apenas um;
Nivelados pelos aventais.
Teus olhos não me podem vir;
Mas Tua alma pode me sentir;
Minha presença te acalma.
Percebi tua inquietude;
Trago-te a maior virtude;
A tranquilidade da alma.