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Agrupamento de Escolas Aurélia de Sousa
4. O conhecimento e a racionalidade científica e tecnológica
2. Estatuto do conhecimento científico
2.2. Ciência e construção – validade e verificabilidade das
hipóteses
______________________________________________________
Regência nº 18
3º Período
11º B
Supervisora: Dr.ª Lídia Pires
Orientadora Cooperante: Dr.ª Blandina Lopes
Professora Estagiária:Rafaela Francisca Cardoso
Porto, 2016
Dados de Identificação
Disciplina: Filosofia Ano de Escolaridade: 11º Turma: B
Tema: O conhecimento e a racionalidade científica e tecnológica
Unidade: Estatuto do conhecimento científico
Subunidade: Ciência e construção – validade e verificabilidade das
hipóteses
Sumário: Correção de uma ficha de trabalho como sistematização do estudo
relativo ao indutivismo.
Introdução à conceção de ciência de Karl Popper – o método conjetural. Análise
de textos e elaboração de uma ficha de trabalho.
Data: 11/05/2016 Duração: 50 minutos Regência nº: 18 Lição nº: 86
Objetivos gerais:
 Refletir sobre a evolução da ciência;
 Compreender a importância das posições críticas de Karl Popper
em relação ao método e ao valor do conhecimento científico.
Objetivos específicos:
 Concluir o estudo relativo às criticas ao indutivismo;
 Explicitar a perspetiva de Popper sobre a verdade do
conhecimento;
 Reconhecer o papel da crítica na evolução da ciência;
 Compreender em que medida, para Popper, apenas podemos
mostrar a verosimilhança de uma dada teoria;
Conteúdos
Programáticos
Objetivos/Competências
Conceitos
nucleares
Recursos/Estratégias Avaliação Tempo
4. O conhecimento e a
racionalidade
científica e tecnológica
2. Estatuto do
conhecimento científico
2.2. Ciência e
construção – validade e
verificabilidade das
hipóteses
 Sistematizar as criticas
prestadas ao
indutivismo;
 Compreender a
importância da
conceção de ciência de
Karl Popper;
 Analisar os princípios
básicos/etapas que
constituem o seu
método hipotético-
dedutivo;
Teoria;
Objetividade
Científica;
Conjetura;
Validade;
Racionalidade
Científica;
Hipótese;
Falsificabilidade;
Verosimilhança;
Utilização do programa
Microsoft PowerPoint
(ANEXO II);
Recurso ao manual adotado
(ANEXO I);
Correção da ATIVIDADE
presente no manual adotado
(ANEXO III);
Pontualidade;
Material;
Integração com os
colegas;
Comportamento;
Participação
pertinente
(autónoma e
apropriada);
20 min
10 min
5 min
 Compreender o critério
de cientificidade das
teorias –
falsificabilidade;
 Confrontar o
verificacionismo em
relação ao
falsificacionismo;
 Reconhecer as críticas
tecidas à teoria
Popperiana;
Análise de textos (ANEXO
IV);
Elaboração de uma ficha de
trabalho (ANEXO V);
Adequação e
articulação dos
conceitos
previamente
adquiridos;
Rigor e qualidade
das respostas
dadas.
15 min.
Fundamentação Científica
A presente regência tem como objetivo dar continuidade à transposição e lecionação
dos conteúdos relativos ao estatuto do conhecimento científico: O conhecimento e a
racionalidade científica e tecnológica, mais especificamente – Ciência e construção –
validade e verificabilidade das hipóteses. Nesta medida, daremos continuidade às criticas
prestadas ao método indutivista, através da correção dos trabalhos de casa e da análise de um
dos slides do PowerPoint, onde o que importa salientar, de modo sistematizador é o facto de
o indutivismo ter sido alvo de inúmeras críticas, das quais se destacam duas: a importância
atribuída à observação, usando-a como ponto de partida aquando da investigação científica, e
a segunda tem que ver com o processo em curso (de índole indutiva) que se transpõe
rapidamente em proposições gerais, partindo de proposições particulares, o que lhe confere
uma notável perda de rigor, isto porque, é facto que as observações nunca são completamente
imparciais, existe assim um contexto e, desta forma, o cientista é envolvido até nas suas
expectativas.
Através do filósofo Karl Popper, filósofo britânico de origem austríaca e crítico do
indutivismo, que procurou justificar o problema da indução, propondo um outro método,
baseado em conjeturas e refutações, por forma a ressaltar outro critério da cientificidade,
denominado por – critério da falsificabilidade. Este critério baseou-se, essencialmente, num
processo construtivo de hipóteses ou conjeturas que visa-se responder a problemas, partindo
assim deles mesmos (dos factos/problemas), começando as teorias por ser hipóteses
(conjeturas) que serão, num momento posterior, submetidas a testes rigorosos com vista à
refutação. Este foco na refutação tem que ver com o filósofo Karl Popper ter rejeitado o
critério da verificabilidade, associado à confirmação das teorias científicas, acrescentando
que as teorias científicas não são empiricamente verificáveis e afirmando até que “[a] crença
Poderia dizer-se que, ao rejeitar o método de indução, privo a ciência empírica
daquilo que constitui, aparentemente, a sua característica mais importante; isto
quer dizer que afasto as barreiras que separam a ciência da especulação
metafísica. A minha resposta é a de que a razão principal para eu rejeitar a Lógica
indutiva consiste, precisamente, (...) em ela não proporcionar um adequado
“critério de demarcação”.
Karl Popper
de que a Ciência procede da observação para a teoria é ainda tão firme e generalizada que a
minha recusa em subscrevê-la é frequentemente acolhida com incredulidade”1. Assim, no
método Popperiano de ciência, para que uma hipótese tenha verificação empírica é preciso
refutá-la, ou seja, falsificá-la –propondo assim, o critério da falsificabilidade, ou de outra
forma: uma hipótese é científica, apenas se for falsificável. Sendo uma teoria científica, na
medida em que, for sobrevivendo à tentativa de a falsificar empiricamente, sendo mais forte
quanto mais lhe resistir, por forma a que “[à] medida que vamos aprendendo com os erros
que cometemos, o nosso conhecimento aumenta, embora possamos nunca vir a saber – isto é,
a saber com certeza. Uma vez que o nosso conhecimento pode crescer, não pode haver aqui
razão para desesperar da razão.”2
O critério da falsificabilidade presente na conceção de ciência de Karl Popper
pretende responder ao critério da demarcação, referindo que as teorias científicas são
diferentes das não-científicas ou pseudocientíficas, uma vez que são falsificáveis. Adiantando
Popper “[c]ontudo, só reconhecerei um sistema como empírico ou científico se ele for
passível de comprovação pela experiência. Essas considerações sugerem que deve ser tomado
como critério de demarcação, não a verificabilidade, mas a falseabilidade de um sistema (...)
exigirei, porém, que a sua forma lógica seja tal que se torne possível validá-lo através de
recurso a provas empíricas, em sentido negativo: deve ser possível refutar, pela experiência,
um sistema científico empírico”3. Assim, nem a indução nem a verificabilidade, isto é, a
característica de ser verificável, funcionam como critério de demarcação. Outro aspeto
importante é que nesta resposta ao critério da demarcação dado por Popper, a saber, a
falsificabilidade, existem graus no que se refere a essa falsificabilidade, desta forma,
podemos avaliar o seu grau da seguinte forma: quanto mais coisas a teoria proibir mais
conteúdo empírico e então maior é o seu grau de falsificabilidade; o conteúdo empírico de
uma teoria ou proposição é a informação que ela dá sobre o mundo que observamos.
Além do seu grau de falsificabilidade é importante ressaltar que as que não forem
falsificáveis não são tão pouco científicas, sendo que esta condição é necessária, mas não
suficiente para a cientificidade de uma teoria, na medida em que, as teorias ou proposições
científicas devem proporcionar boas explicações e, ainda, alcançar determinadas formas de
previsão e que estas, se traduzam com consistência. Quando estamos perante uma hipótese
1 Popper, K. (2003). Conjecturas e Refutações. p. 72. Coimbra: Almedina.
2 Idem, p. 9.
3 Popper, K. (1998). A Lógica da Pesquisa Científica. p. 42. São Paulo: Cultrix.
que chega, efetivamente, a ser refutada, o filósofo Karl Popper responde que esta terá de ser
substituída por uma melhor que responda ao mesmo problema e que esteja predisposta a
responder ao mesmo problema mas que não enfrente as mesmas dificuldades da anterior –
processo de substituição por teorias cada vez mais consistentes e capazes, por forma a
responderem com mais eficácia aos testes de falsificação. E se a hipótese não for refutada, o
autor responde que esta tem de continuar a ser submetida a testes de refutação e estes têm de
ser cada vez mais rigorosos.
É importante ressaltar, que a teoria de Karl Popper por ser tão inovadora, sofreu
algumas criticas e essas criticas foram essencialmente apontadas por uma considerável
quantidade de cientistas que viam este um processo como pouco comum e, portanto, levava à
desconfiança dos seus resultados, até porque, estes (resultados) eram de um grau mais
escasso, devido a todo o processo rigoroso com que se deparavam as hipóteses. Estas criticas
podem resumir-se essencialmente em duas: O processo de refutação ou falsificação não ser,
precisamente, o meio mais comum entre o cientistas, até porque é mais habitual que o
cientista atenda ao sucesso, ou seja, atenda às previsões bem sucedidas do que naquelas que
formem em fracasso. Já em segunda ordem, uma outra crítica de proporção elevada é a de
que atendendo à história das ciências, não parece que esta possa evoluir por um processo
assente em refutações, afinal são exemplos: Galileu. Copérnico e Newton que não
abandonaram as suas teorias na presença de factos que, à partida, as poderiam falsificar.
É de notar que a evolução da ciência se faz, precisamente, nestes conjuntos
diferenciados de leis, teorias e modelos de consideram a ciência, isto leva a que todos se
esforcem e fiquem mais aptos a responder aos fenómenos do mundo, atendendo à
flexibilidade que o mundo nos exige, “[a] vida não nos é dada já feita, mas tem que fazê-la
cada homem e o espírito do homem não é primariamente espectador da sua existência mas
antes autor desta.”4
4 Ortega, G. (1994). O que é a Filosofia. p. 202. Lisboa: Edições Cotovia.
Fundamentação Pedagógica
Na medida em que compete ao professor um cuidado didático-pedagógico que vise
um ensino-aprendizagem mais capaz, serão aqui discriminados os recursos/estratégias de que
a presente regência se irá servir, bem como a justificação da pertinência dos mesmos no que
se refere aos conteúdos programáticos a lecionar. Assim, esta aula tem como objetivo dar
continuidade à transposição e lecionação dos conteúdos relativos ao estatuto do
conhecimento científico: O conhecimento e a racionalidade científica e tecnológica, mais
especificamente – Ciência e construção – validade e verificabilidade das hipóteses. Será
tomada em atenção uma variabilidade de recursos, por forma a “privilegiar uma lógica de
aprendizagem, que tenha em conta os diferentes estilos de aprendizagem próprios de cada
jovem”5.
Nesta medida, daremos continuidade às criticas prestadas ao método indutivista,
através da correção dos trabalhos de casa e da análise de um dos slides do PowerPoint, no
que se refere à correção dos trabalhos de casa, é de ressaltar que este processo permite
“apreciar a qualidade da precisão conceptual e da clareza discursiva, a capacidade da
comunicação e o valor da argumentação”6, sendo fundamental atender a estes parâmetros
aquando da lecionação de uma aula, já relativamente ao uso do PowerPoint este recurso-
estratégia possibilita a inserção e, posterior, utilização de ficheiros como vídeos e imagens
(recursos diversos) que se consideram de extrema importância nos conteúdos em questão,
(facilitando a transposição de conteúdos – com o objetivo, sempre primário, de que os
estudantes alcancem uma maior assimilação dos conteúdos). O presente PowerPoint serve de
auxílio ao recurso sucessivo que será feito do manual, deste modo, ambos os recursos se
complementarão, com vista, a uma mais clara assimilação da conceção de ciência de Popper,
a saber, o método conjetural.
5 Henriques, F., Vicente, J., Barros, M. (2001). Programa de Filosofia 10 e 11º Anos. p. 17.
6 Idem, p. 23.
“As interpelações que o mundo contemporâneo faz à escola
são inúmeras e os professores não se podem, se o seu
objetivo é a educação e a formação do jovem, delas alhear.”
Maria Teresa Ximenez
Como foi acima descrito, a aula decorrerá neste balanço entre o manual adotado,
sendo que este é um recurso possível a todos os estudantes (sendo de fácil acesso), e
PowerPoint. Posteriormente, serão lidos e analisados alguns textos, nos quais a sua
importância se inscreve no facto de, pelas próprias palavras de Karl Popper, abrangerem com
mais clareza e um maior rigor a sua teoria acerca da ciência, sendo que os presentes textos
foram recolhidos com vista à sua simplicidade, de modo, a possibilitarem uma melhor
compreensão por parte dos estudantes e nunca o contrário. É, ainda, de lembrar que o
trabalho de texto constante nas aulas de Filosofia é um trabalho que deve ser pensado, “na
medida em que eles podem constituir-se como matéria mesma sobre a qual a actividade
filosófica, como actividade interpretativa, se pode exercer (...) podendo funcionar como
indutor de conteúdos, levando alunas e alunos a sair de si e confrontar-se com essa perspetiva
de viver, pensar e ser que lhes é proposta”.
Por fim, será entregue aos estudantes uma ficha de trabalho relativa aos conteúdos
lecionados na presente aula que tem como objetivo primário percepcionar se a turma
assimilou com clareza os conteúdos transpostos e, ainda, permitir esclarecer alguma dúvida
com a qual o estudante se depare na realização de algum dos exercícios. É de esclarecer que
os exercícios são de uma índole de resposta curta, na medida em que, a presente aula tem a
duração de 50 minutos. De forma conclusiva é, também importante esclarecer a importância
de um momento particular de avaliação, pois esta “tem por função prioritária regular e
optimizar o processo de ensino e de aprendizagem, ajudando o aluno a aprender e o professor
a ensinar”7.
Posto isto e, em jeito de remate, é sempre importante enquanto, não só professores,
mas seres humanos, lembrar a importância do diálogo que acompanha necessariamente o
decorrer de uma aula (quando preconizado com fundamento), até porque, “[a] abordagem
dialógica como método para o desenvolvimento de atitudes, do pensamento crítico e criativo,
não é um método de troca espontânea entre os elementos da comunidade; requer uma
aprendizagem lenta e progressiva, pela qual a discussão filosófica, quando se efetiva, vai
revelando um modo de ser e estar no mundo, onde não se confunde autonomia com
individualismo ou relativismo”8. Ora, torna-se emergente esta atenção ao que dizemos, bem
como ao que é pelo outro dito, vivemos em comunidade fora e dentro da sala de aula, deve
assim ser nosso princípio agir na base do respeito e num sentido, sistemático, de seriedade
7 Idem, p. 21.
8 Idem, p. 77.
para com o outro, recordando que “[s]er bem sucedido quer dizer levar a sério o qua as ideias
implicam”9.
9 Blackburn, S. (2001). Pense: Uma introdução à Filosofia. p. 15. Lisboa: Gradiva.
Bibliografia
Abagnano, N. (1998). Dicionário de Filosofia. Ed. Martins Fontes. São Paulo.
Abrunhosa, M., Leitão, M. (2008). Um outro olhar sobre o mundo. Porto: Edições
ASA.
Almeida, A. (2003). Dicionário Escolar de Filosofia. Lisboa: Plátano Editora.
Almeida, A. (2007). Arte de Pensar 11º ano – Vol. 2. Lisboa: Didática Editora.
Almeida, A., Murcho, D. (2014). 50 Lições de Filosofia 11.º Ano. Didática Editora.
Amorim, C., Pires, C. (2012). Percursos 11º Ano. Areal Editores.
Baraquin, N., Laffitte, J. (2007). Dicionário de Filósofos. Lisboa: Edições 70.
Boavida, J. (2010). Educação Filosófica – Sete Ensaios. Coimbra: Imprensa da
Universidade de Coimbra.
Borges, J.F., Paiva, M., &Tavares, O. (2014). Novos Contextos 11º Ano. Porto: Porto
Editora.
Henriques, F., Vicente, J., Barros, M. (2001). Programa de Filosofia 10 e 11º Anos.
Khun, T. (1996). A Estrutura da revolução científica. São Paulo: Perspectiva.
Popper, K. (1998). A Lógica da Pesquisa Científica. São Paulo: Cultrix.
Popper, K. (2003). Conjecturas e Refutações. Coimbra: Almedina.
Warburton, N. (1998). Elementos Básicos de filosofia. Lisboa: Gradiva.
Anexos
ANEXO I – Páginas do manual adotado
ANEXO II – Slides presentes no PowerPoint
ANEXO III – Trabalhos de casa e respetiva correção da atividade 1. e 2.
ANEXO IV – Textos analisar em aula
ANEXO V – Ficha de trabalho e respetiva sugestão de correção
ANEXO VI – Grelha de observação/avaliação
ANEXO I – Páginas do manual adotado
ANEXO II – Slides presentes no PowerPoint
A G RU PA M EN TO D E ESC O LA S A U RÉLI A D E SO U SA –
A N O LETI V O 2 0 1 5 / 2 0 1 6
11ºano
u O conhecimento e a racionalidade científica e tecnológica
u Ciência e construção – validade e verificabilidade das hipóteses
O CRITÉRIO DA VERIFICABILIDADE
Resp ond e a o problema da demarcação, d a seguinte forma :
üO critério para distinguir o que é científico do que não o é
p rend e-se c om a verific a ç ã o emp íric a ;
VERIFICABILIDADE
Toma nd o o luga r d e teoria científica
q ua nd o é p ossível verificar
empiricamente, ou seja , a tra vés d a
exp eriênc ia , aquilo que ela propõe.
Se for p ossível
d etermina -la
p ela
observação
empírica .
PRINCIPAIS CRÍTICAS AO INDUTIVISMO
Críticas ao indutivismo
A observação não é
o ponto de partida
d o métod o c ientífic o
e, a ind a q ue o
c ientista rec orra à
ob serva ç ã o, ela nã o
é tota lmente neutra
e insenta .
O ra c ioc ínio ind utivo
não confere o rigor
lógico nec essá rio à s
teoria s c ientific a s
A ob serva ç ã o d os
fenómenos é
limitativa.
A ind uç ã o c onstitui, em
termos lógic os, uma
op era ç ã o q ue ob riga a um
sa lto d o c onhec id o(de
proposições particulares)
p a ra o d esc onhec id o (para
proposições gerais).
O MÉTODO CIENTÍFICO:
O FALSIFICACIONISMO E A CRÍTICA DE KARL POPPER AO
MÉTODO INDUTIVO
Métodos de abordagem
Ind utivo Hip otétic o Ded utivo
Atra vés d e
ob serva ç ões
p a rtic ula res,
c hega -se à
a firma ç ã o d e
um p inc íp io
gera l
As teoria s sã o
testa d a s
a tra vés d e
hip óteses
a lterna tiva s e
fa lsific á veis
Francis Bacon – Séc. XVII Karl Popper – Séc. XX
DESENVOLVIMENTO DA ATIVIDADE CIENTÍFICA -
O CRITÉRIO DA FALSIFICABILIDADE
• Pa ra Ka rl Pop p er, o critério que permite distinguir o conhecimento científico
(c iênc ia ) de outras formas de conhecimento (p seud oc iênc ia – Ex: teoria d o
inc onsc iente d e Freud ou o ma rxismo) é o c ritério d e fa lsific a b ilid a d e.
• O p rob lema d a d ema rc a ç ã o entre c iênc ia s e p seud oc iênc ia s é resolvid o
a tra vés d este c ritério.
• Pa ra Pop p er, o tra b a lho d os c ientista s nã o se d eve c entra r na verific a ç ã o e
c onfirma ç ã o d a s c onseq uênc ia s d a hip ótese. Em vez d isso, o cientista deve
trabalhar no sentido de falsificar/ refutar a hipótese.
• O tra b a lho d o c ientista d eve servir p a ra testar a resistência da hipótese à
falsificação. A teoria será ta nto mais válida quanto mais resistir à sua
falsificação.
q A TER EM CONTA SOBRE O CRITÉRIO DA
FALSIFICABILIDADE:
FALSIFICABLIDADE
Pro p ri e d a d e d o q u e é
fa lsificá vel. Um a te o ria o u
p ro p o siç ã o é f a lsif ic á v e l
quando pode ser submetida a
t e st e s e m p í r i c o s q u e
a possa m re futa r. E um a
teoria está fa lsific a d a q ua nd o
é re a lme nte re futa da p o r
d a d os emp íric os q ua nd o se
mostra q ue é fa lsa .
FALSIFICAÇÃO
Nã o se p o d e c o nfund ir a
noç ã o d e fa lsific a d o c om a
d e fa lsific á vel. Se uma teoria
foi falsificada, então é falsa.
To d a s a s b o a s t e o r i a s
c ie ntífic a s sã o fa lsific á ve is,
m a s nã o sã o , c la ro e stá ,
tod a s fa lsa s.
«Como exemp lo d e uma teoria nã o c ientífic a p od emos toma r a a strolog ia .
É c la ro q ue se tra ta d e uma teoria nã o fa lsific á vel. As p revisões a strológic a s
sã o sufic ie nte m e nte va g a s p a ra nunc a a d m itire m um te ste d e
fa lsific a b ilid a d e (“ este a no tenha a tenç ã o à sua sa úd e” ou “ em ma rç o
morrerá uma fig ura mund ia lmente c onhec id a ” , em vez d e “ a 15 d e a b ril va i
p a rtir uma p erna ” ou “ o p a p a va i morrer entre 10 e 17 d e ma rç o” ). No c a so
(a lta mente imp rová vel) d e a lguma vez a lg um a strólogo emitir uma p revisã o
fa lsific á vel nã o verific a d a , ouve-se um c oro d e exp lic a ç ões a d hoc [...]. As
ma is c omuns sã o ob serva ç ões c omo “ a a strolog ia func iona na lg uns c a sos” .
Em q ue c a sos nã o func iona ? Ninguém sa b e. Em q ue c a sos func iona ?
Ninguém sa b e. O q ue os d istingue [...]? Ninguém sa b e. Assim, a a strologia
está legitima d a , q uer a c erte q uer fa lhe a s p revisões. Ou seja, não é
falsificável. Portanto, não é científica. É uma pseudociência.»
Jorge Buesc u, O Mistério d o Bilhete d e Id entid a d e e Outra s História s, Lisb oa , Gra d iva ,
2004, 9.ª ed iç ã o, p . 13.
Caso prático de uma teoria não científica :
ETAPAS DO MÉTODO HIPOTÉTICO-DEDUTIVO:
Acerca do presente exemplo Popper diria:
Ac red ito q ue tod os os ga nsos sã o b ra nc os, ma s numa visita à Nova
Zelâ nd ia , vejo um ga nso negro. A minha ob serva ç ã o d e q ue existe um
ga nso negro falsifica , torna falsa a minha teoria origina l d e q ue “ tod os
os ga nsos sã o b ra nc os” .
Prob lema
Hip ótese
(c onjetura )
Testes
(refuta ç ã o)
Ded uç ã o d a s
c onseq uênc ia s
Exemplo:
Se ob servo mil ga nsos e se tod os eles sã o b ra nc os, c onc luo q ue
tod os os ga nsos sã o b ra nc os.
DIZ-NOS KARL POPPER:
“ O métod o d a c iênc ia é o método de conjeturas
audazes e engenhosas seguid a s d e tentativas rigorosas
de falseá-las. Só sob revivem a s teoria s ma is a p ta s.
Nunc a se p od e d izer licitamente q ue uma teoria é
verd a d eira , p od e-se d izer c om otimismo q ue é a
melhor d isp onível, que é melhor do que qualquer das
que existiam antes.”
K. Pop p er, Conhec imento Ob jetivo (1975)
CRÍTICAS A POPPER
1.
• O PROCESSO DE REFUTAÇÃO OU
FALSIFICAÇÃO NÃO É O PROCEDIMENTO
MAIS COMUM ENTRE OS CIENTISTAS.
2.
• CONSIDERANDO A HISTÓRIA DA
CIÊNCIA, NÃO PARECE QUE ELA POSSA
EVOLUIR POR UM PROCESSO ASSENTE NAS
REFUTAÇÕES.
ANEXO III – Trabalhos de casa e respetiva correção da atividade 1. e 2.
ANEXO IV – Textos analisar em aula (inseridos no PowerPoint)
«Como exemplo de uma teoria não c ientífic a podemos tomar a astrologia.
É c laro que se trata de uma teoria não falsific ável. As previsões astrológic as
sã o sufic ie nte m e nte va g a s p a ra nunc a a d m itire m um te ste d e
falsific abilidade (“ este ano tenha atenç ão à sua saúde” ou “ em març o
morrerá uma figura mundialmente c onhec ida” , em vez de “ a 15 de abril vai
partir uma perna” ou “ o papa vai morrer entre 10 e 17 de març o” ). No c aso
(altamente improvável) de alguma vez algum astrólogo emitir uma previsão
falsific ável não verific ada, ouve-se um c oro de explic aç ões ad hoc [...]. As
mais c omuns são observaç ões c omo “ a astrologia func iona nalguns c asos” .
Em que c asos não func iona? Ninguém sabe. Em que c asos func iona?
Ninguém sabe. O que os distingue [...]? Ninguém sabe. Assim, a astrologia
está legitimada, quer ac erte quer falhe as previsões. Ou seja, não é
falsificável. Portanto, não é científica. É uma pseudociência.»
Jorge Buesc u, O Mistério do Bilhete de Identidade e Outras Histórias, Lisboa, Gradiva,
2004, 9.ª ed iç ã o, p. 13.
Caso prático de uma teoria não científica:
DIZ-NOS KARL POPPER:
“ O métod o da c iênc ia é o método de conjeturas
audazes e engenhosas seguidas de tentativas rigorosas
de falseá-las. Só sobrevivem as teorias mais aptas.
Nunc a se pode dizer licitamente que uma teoria é
verdad eira, pode-se d izer c om otimismo que é a
melhor disponível, que é melhor do que qualquer das
que existiam antes.”
K. Popper, Conhec imento Objetivo (1975)
ANEXO V – Ficha de trabalho e respetiva sugestão de correção
Ficha de Trabalho – Filosofia – 11º ano
Ciência e construção – validade e verificabilidade das hipóteses
1. Seleciona a única opção que permite obter uma afirmação correta.
Pode-se criticar o método indutivo porque:
a) É experimental.
b) A ciência não dispõe de uma teoria prévia à observação dos fenómenos.
c) Não é científico.
d) A simples acumulação de casos não permite lidar com a possibilidade de
contraexemplo.
2. Classifica as seguintes afirmações como verdadeiras (V) ou falsas (F).
A. Popper substitui o verificacionismo pelo falsificacionismo. (V)
B. Para Popper, se passar pelo teste da falsificabilidade, uma teoria passa a ser
considerada verdadeira. (F)
C. Popper defende que não há progresso científico porque todas as teorias podem ser
falsificadas. (F)
D. Popper procura um critério que demonstre claramente o que é científico e o que é
pseudocientífico. (V)
E. O método de Popper também é denominado como método das conjeturas e
refutações. (V)
F. Popper valoriza a eliminação do erro como fator de progresso científico. (V)
Nome: _________________________________________________ Ano: ____Turma: ____
3. Estabelece a correspondência entre os conceitos e as respetivas definições.
Coluna A
1. Verificabilidade
2. Hipótese
3. Critério de demarcação
4. Falsificabilidade
Coluna B
A. É o critério tradicional para considerar um
enunciado científico como verdadeiro a partir
da sua verificação empírica pela
experimentação.
B. É o termo utilizado desde Karl Popper e que
tem como objetivo estabelecer a distinção
entre hipóteses científicas e não científicas.
C. É o momento criativo da atividade científica
que corresponde a uma ideia, especulação ou
conjetura que é proposta como possível
solução para o problema.
D. É o critério proposto por Karl Popper para
distinguir enunciados científicos de não
científicos. Uma teoria só é considerada científica
se, e apenas se, for passível de falsificação ou
refutação.
BOM TRABALHO!
ANEXO VI – Grelha de observação/avaliação
Ser e Saber Estar Saber e Saber Fazer
Alunos Pontualidade Material
Comportamento
adequado à sala
de aula
Realiza as
atividades
propostas
Participa
ativamente nas
atividades
propostas
Cuidado na
argumentação
Qualidade e
pertinência nas
respostas solicitadas
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
8.
9.
10.
11.
12.
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  • 1. Agrupamento de Escolas Aurélia de Sousa 4. O conhecimento e a racionalidade científica e tecnológica 2. Estatuto do conhecimento científico 2.2. Ciência e construção – validade e verificabilidade das hipóteses ______________________________________________________ Regência nº 18 3º Período 11º B Supervisora: Dr.ª Lídia Pires Orientadora Cooperante: Dr.ª Blandina Lopes Professora Estagiária:Rafaela Francisca Cardoso Porto, 2016
  • 2. Dados de Identificação Disciplina: Filosofia Ano de Escolaridade: 11º Turma: B Tema: O conhecimento e a racionalidade científica e tecnológica Unidade: Estatuto do conhecimento científico Subunidade: Ciência e construção – validade e verificabilidade das hipóteses Sumário: Correção de uma ficha de trabalho como sistematização do estudo relativo ao indutivismo. Introdução à conceção de ciência de Karl Popper – o método conjetural. Análise de textos e elaboração de uma ficha de trabalho. Data: 11/05/2016 Duração: 50 minutos Regência nº: 18 Lição nº: 86 Objetivos gerais:  Refletir sobre a evolução da ciência;  Compreender a importância das posições críticas de Karl Popper em relação ao método e ao valor do conhecimento científico. Objetivos específicos:  Concluir o estudo relativo às criticas ao indutivismo;  Explicitar a perspetiva de Popper sobre a verdade do conhecimento;  Reconhecer o papel da crítica na evolução da ciência;  Compreender em que medida, para Popper, apenas podemos mostrar a verosimilhança de uma dada teoria;
  • 3. Conteúdos Programáticos Objetivos/Competências Conceitos nucleares Recursos/Estratégias Avaliação Tempo 4. O conhecimento e a racionalidade científica e tecnológica 2. Estatuto do conhecimento científico 2.2. Ciência e construção – validade e verificabilidade das hipóteses  Sistematizar as criticas prestadas ao indutivismo;  Compreender a importância da conceção de ciência de Karl Popper;  Analisar os princípios básicos/etapas que constituem o seu método hipotético- dedutivo; Teoria; Objetividade Científica; Conjetura; Validade; Racionalidade Científica; Hipótese; Falsificabilidade; Verosimilhança; Utilização do programa Microsoft PowerPoint (ANEXO II); Recurso ao manual adotado (ANEXO I); Correção da ATIVIDADE presente no manual adotado (ANEXO III); Pontualidade; Material; Integração com os colegas; Comportamento; Participação pertinente (autónoma e apropriada); 20 min 10 min 5 min
  • 4.  Compreender o critério de cientificidade das teorias – falsificabilidade;  Confrontar o verificacionismo em relação ao falsificacionismo;  Reconhecer as críticas tecidas à teoria Popperiana; Análise de textos (ANEXO IV); Elaboração de uma ficha de trabalho (ANEXO V); Adequação e articulação dos conceitos previamente adquiridos; Rigor e qualidade das respostas dadas. 15 min.
  • 5. Fundamentação Científica A presente regência tem como objetivo dar continuidade à transposição e lecionação dos conteúdos relativos ao estatuto do conhecimento científico: O conhecimento e a racionalidade científica e tecnológica, mais especificamente – Ciência e construção – validade e verificabilidade das hipóteses. Nesta medida, daremos continuidade às criticas prestadas ao método indutivista, através da correção dos trabalhos de casa e da análise de um dos slides do PowerPoint, onde o que importa salientar, de modo sistematizador é o facto de o indutivismo ter sido alvo de inúmeras críticas, das quais se destacam duas: a importância atribuída à observação, usando-a como ponto de partida aquando da investigação científica, e a segunda tem que ver com o processo em curso (de índole indutiva) que se transpõe rapidamente em proposições gerais, partindo de proposições particulares, o que lhe confere uma notável perda de rigor, isto porque, é facto que as observações nunca são completamente imparciais, existe assim um contexto e, desta forma, o cientista é envolvido até nas suas expectativas. Através do filósofo Karl Popper, filósofo britânico de origem austríaca e crítico do indutivismo, que procurou justificar o problema da indução, propondo um outro método, baseado em conjeturas e refutações, por forma a ressaltar outro critério da cientificidade, denominado por – critério da falsificabilidade. Este critério baseou-se, essencialmente, num processo construtivo de hipóteses ou conjeturas que visa-se responder a problemas, partindo assim deles mesmos (dos factos/problemas), começando as teorias por ser hipóteses (conjeturas) que serão, num momento posterior, submetidas a testes rigorosos com vista à refutação. Este foco na refutação tem que ver com o filósofo Karl Popper ter rejeitado o critério da verificabilidade, associado à confirmação das teorias científicas, acrescentando que as teorias científicas não são empiricamente verificáveis e afirmando até que “[a] crença Poderia dizer-se que, ao rejeitar o método de indução, privo a ciência empírica daquilo que constitui, aparentemente, a sua característica mais importante; isto quer dizer que afasto as barreiras que separam a ciência da especulação metafísica. A minha resposta é a de que a razão principal para eu rejeitar a Lógica indutiva consiste, precisamente, (...) em ela não proporcionar um adequado “critério de demarcação”. Karl Popper
  • 6. de que a Ciência procede da observação para a teoria é ainda tão firme e generalizada que a minha recusa em subscrevê-la é frequentemente acolhida com incredulidade”1. Assim, no método Popperiano de ciência, para que uma hipótese tenha verificação empírica é preciso refutá-la, ou seja, falsificá-la –propondo assim, o critério da falsificabilidade, ou de outra forma: uma hipótese é científica, apenas se for falsificável. Sendo uma teoria científica, na medida em que, for sobrevivendo à tentativa de a falsificar empiricamente, sendo mais forte quanto mais lhe resistir, por forma a que “[à] medida que vamos aprendendo com os erros que cometemos, o nosso conhecimento aumenta, embora possamos nunca vir a saber – isto é, a saber com certeza. Uma vez que o nosso conhecimento pode crescer, não pode haver aqui razão para desesperar da razão.”2 O critério da falsificabilidade presente na conceção de ciência de Karl Popper pretende responder ao critério da demarcação, referindo que as teorias científicas são diferentes das não-científicas ou pseudocientíficas, uma vez que são falsificáveis. Adiantando Popper “[c]ontudo, só reconhecerei um sistema como empírico ou científico se ele for passível de comprovação pela experiência. Essas considerações sugerem que deve ser tomado como critério de demarcação, não a verificabilidade, mas a falseabilidade de um sistema (...) exigirei, porém, que a sua forma lógica seja tal que se torne possível validá-lo através de recurso a provas empíricas, em sentido negativo: deve ser possível refutar, pela experiência, um sistema científico empírico”3. Assim, nem a indução nem a verificabilidade, isto é, a característica de ser verificável, funcionam como critério de demarcação. Outro aspeto importante é que nesta resposta ao critério da demarcação dado por Popper, a saber, a falsificabilidade, existem graus no que se refere a essa falsificabilidade, desta forma, podemos avaliar o seu grau da seguinte forma: quanto mais coisas a teoria proibir mais conteúdo empírico e então maior é o seu grau de falsificabilidade; o conteúdo empírico de uma teoria ou proposição é a informação que ela dá sobre o mundo que observamos. Além do seu grau de falsificabilidade é importante ressaltar que as que não forem falsificáveis não são tão pouco científicas, sendo que esta condição é necessária, mas não suficiente para a cientificidade de uma teoria, na medida em que, as teorias ou proposições científicas devem proporcionar boas explicações e, ainda, alcançar determinadas formas de previsão e que estas, se traduzam com consistência. Quando estamos perante uma hipótese 1 Popper, K. (2003). Conjecturas e Refutações. p. 72. Coimbra: Almedina. 2 Idem, p. 9. 3 Popper, K. (1998). A Lógica da Pesquisa Científica. p. 42. São Paulo: Cultrix.
  • 7. que chega, efetivamente, a ser refutada, o filósofo Karl Popper responde que esta terá de ser substituída por uma melhor que responda ao mesmo problema e que esteja predisposta a responder ao mesmo problema mas que não enfrente as mesmas dificuldades da anterior – processo de substituição por teorias cada vez mais consistentes e capazes, por forma a responderem com mais eficácia aos testes de falsificação. E se a hipótese não for refutada, o autor responde que esta tem de continuar a ser submetida a testes de refutação e estes têm de ser cada vez mais rigorosos. É importante ressaltar, que a teoria de Karl Popper por ser tão inovadora, sofreu algumas criticas e essas criticas foram essencialmente apontadas por uma considerável quantidade de cientistas que viam este um processo como pouco comum e, portanto, levava à desconfiança dos seus resultados, até porque, estes (resultados) eram de um grau mais escasso, devido a todo o processo rigoroso com que se deparavam as hipóteses. Estas criticas podem resumir-se essencialmente em duas: O processo de refutação ou falsificação não ser, precisamente, o meio mais comum entre o cientistas, até porque é mais habitual que o cientista atenda ao sucesso, ou seja, atenda às previsões bem sucedidas do que naquelas que formem em fracasso. Já em segunda ordem, uma outra crítica de proporção elevada é a de que atendendo à história das ciências, não parece que esta possa evoluir por um processo assente em refutações, afinal são exemplos: Galileu. Copérnico e Newton que não abandonaram as suas teorias na presença de factos que, à partida, as poderiam falsificar. É de notar que a evolução da ciência se faz, precisamente, nestes conjuntos diferenciados de leis, teorias e modelos de consideram a ciência, isto leva a que todos se esforcem e fiquem mais aptos a responder aos fenómenos do mundo, atendendo à flexibilidade que o mundo nos exige, “[a] vida não nos é dada já feita, mas tem que fazê-la cada homem e o espírito do homem não é primariamente espectador da sua existência mas antes autor desta.”4 4 Ortega, G. (1994). O que é a Filosofia. p. 202. Lisboa: Edições Cotovia.
  • 8. Fundamentação Pedagógica Na medida em que compete ao professor um cuidado didático-pedagógico que vise um ensino-aprendizagem mais capaz, serão aqui discriminados os recursos/estratégias de que a presente regência se irá servir, bem como a justificação da pertinência dos mesmos no que se refere aos conteúdos programáticos a lecionar. Assim, esta aula tem como objetivo dar continuidade à transposição e lecionação dos conteúdos relativos ao estatuto do conhecimento científico: O conhecimento e a racionalidade científica e tecnológica, mais especificamente – Ciência e construção – validade e verificabilidade das hipóteses. Será tomada em atenção uma variabilidade de recursos, por forma a “privilegiar uma lógica de aprendizagem, que tenha em conta os diferentes estilos de aprendizagem próprios de cada jovem”5. Nesta medida, daremos continuidade às criticas prestadas ao método indutivista, através da correção dos trabalhos de casa e da análise de um dos slides do PowerPoint, no que se refere à correção dos trabalhos de casa, é de ressaltar que este processo permite “apreciar a qualidade da precisão conceptual e da clareza discursiva, a capacidade da comunicação e o valor da argumentação”6, sendo fundamental atender a estes parâmetros aquando da lecionação de uma aula, já relativamente ao uso do PowerPoint este recurso- estratégia possibilita a inserção e, posterior, utilização de ficheiros como vídeos e imagens (recursos diversos) que se consideram de extrema importância nos conteúdos em questão, (facilitando a transposição de conteúdos – com o objetivo, sempre primário, de que os estudantes alcancem uma maior assimilação dos conteúdos). O presente PowerPoint serve de auxílio ao recurso sucessivo que será feito do manual, deste modo, ambos os recursos se complementarão, com vista, a uma mais clara assimilação da conceção de ciência de Popper, a saber, o método conjetural. 5 Henriques, F., Vicente, J., Barros, M. (2001). Programa de Filosofia 10 e 11º Anos. p. 17. 6 Idem, p. 23. “As interpelações que o mundo contemporâneo faz à escola são inúmeras e os professores não se podem, se o seu objetivo é a educação e a formação do jovem, delas alhear.” Maria Teresa Ximenez
  • 9. Como foi acima descrito, a aula decorrerá neste balanço entre o manual adotado, sendo que este é um recurso possível a todos os estudantes (sendo de fácil acesso), e PowerPoint. Posteriormente, serão lidos e analisados alguns textos, nos quais a sua importância se inscreve no facto de, pelas próprias palavras de Karl Popper, abrangerem com mais clareza e um maior rigor a sua teoria acerca da ciência, sendo que os presentes textos foram recolhidos com vista à sua simplicidade, de modo, a possibilitarem uma melhor compreensão por parte dos estudantes e nunca o contrário. É, ainda, de lembrar que o trabalho de texto constante nas aulas de Filosofia é um trabalho que deve ser pensado, “na medida em que eles podem constituir-se como matéria mesma sobre a qual a actividade filosófica, como actividade interpretativa, se pode exercer (...) podendo funcionar como indutor de conteúdos, levando alunas e alunos a sair de si e confrontar-se com essa perspetiva de viver, pensar e ser que lhes é proposta”. Por fim, será entregue aos estudantes uma ficha de trabalho relativa aos conteúdos lecionados na presente aula que tem como objetivo primário percepcionar se a turma assimilou com clareza os conteúdos transpostos e, ainda, permitir esclarecer alguma dúvida com a qual o estudante se depare na realização de algum dos exercícios. É de esclarecer que os exercícios são de uma índole de resposta curta, na medida em que, a presente aula tem a duração de 50 minutos. De forma conclusiva é, também importante esclarecer a importância de um momento particular de avaliação, pois esta “tem por função prioritária regular e optimizar o processo de ensino e de aprendizagem, ajudando o aluno a aprender e o professor a ensinar”7. Posto isto e, em jeito de remate, é sempre importante enquanto, não só professores, mas seres humanos, lembrar a importância do diálogo que acompanha necessariamente o decorrer de uma aula (quando preconizado com fundamento), até porque, “[a] abordagem dialógica como método para o desenvolvimento de atitudes, do pensamento crítico e criativo, não é um método de troca espontânea entre os elementos da comunidade; requer uma aprendizagem lenta e progressiva, pela qual a discussão filosófica, quando se efetiva, vai revelando um modo de ser e estar no mundo, onde não se confunde autonomia com individualismo ou relativismo”8. Ora, torna-se emergente esta atenção ao que dizemos, bem como ao que é pelo outro dito, vivemos em comunidade fora e dentro da sala de aula, deve assim ser nosso princípio agir na base do respeito e num sentido, sistemático, de seriedade 7 Idem, p. 21. 8 Idem, p. 77.
  • 10. para com o outro, recordando que “[s]er bem sucedido quer dizer levar a sério o qua as ideias implicam”9. 9 Blackburn, S. (2001). Pense: Uma introdução à Filosofia. p. 15. Lisboa: Gradiva.
  • 11. Bibliografia Abagnano, N. (1998). Dicionário de Filosofia. Ed. Martins Fontes. São Paulo. Abrunhosa, M., Leitão, M. (2008). Um outro olhar sobre o mundo. Porto: Edições ASA. Almeida, A. (2003). Dicionário Escolar de Filosofia. Lisboa: Plátano Editora. Almeida, A. (2007). Arte de Pensar 11º ano – Vol. 2. Lisboa: Didática Editora. Almeida, A., Murcho, D. (2014). 50 Lições de Filosofia 11.º Ano. Didática Editora. Amorim, C., Pires, C. (2012). Percursos 11º Ano. Areal Editores. Baraquin, N., Laffitte, J. (2007). Dicionário de Filósofos. Lisboa: Edições 70. Boavida, J. (2010). Educação Filosófica – Sete Ensaios. Coimbra: Imprensa da Universidade de Coimbra. Borges, J.F., Paiva, M., &Tavares, O. (2014). Novos Contextos 11º Ano. Porto: Porto Editora. Henriques, F., Vicente, J., Barros, M. (2001). Programa de Filosofia 10 e 11º Anos. Khun, T. (1996). A Estrutura da revolução científica. São Paulo: Perspectiva. Popper, K. (1998). A Lógica da Pesquisa Científica. São Paulo: Cultrix. Popper, K. (2003). Conjecturas e Refutações. Coimbra: Almedina. Warburton, N. (1998). Elementos Básicos de filosofia. Lisboa: Gradiva.
  • 12. Anexos ANEXO I – Páginas do manual adotado ANEXO II – Slides presentes no PowerPoint ANEXO III – Trabalhos de casa e respetiva correção da atividade 1. e 2. ANEXO IV – Textos analisar em aula ANEXO V – Ficha de trabalho e respetiva sugestão de correção ANEXO VI – Grelha de observação/avaliação
  • 13. ANEXO I – Páginas do manual adotado
  • 14.
  • 15.
  • 16.
  • 17.
  • 18.
  • 19.
  • 20. ANEXO II – Slides presentes no PowerPoint A G RU PA M EN TO D E ESC O LA S A U RÉLI A D E SO U SA – A N O LETI V O 2 0 1 5 / 2 0 1 6 11ºano u O conhecimento e a racionalidade científica e tecnológica u Ciência e construção – validade e verificabilidade das hipóteses O CRITÉRIO DA VERIFICABILIDADE Resp ond e a o problema da demarcação, d a seguinte forma : üO critério para distinguir o que é científico do que não o é p rend e-se c om a verific a ç ã o emp íric a ; VERIFICABILIDADE Toma nd o o luga r d e teoria científica q ua nd o é p ossível verificar empiricamente, ou seja , a tra vés d a exp eriênc ia , aquilo que ela propõe. Se for p ossível d etermina -la p ela observação empírica .
  • 21. PRINCIPAIS CRÍTICAS AO INDUTIVISMO Críticas ao indutivismo A observação não é o ponto de partida d o métod o c ientífic o e, a ind a q ue o c ientista rec orra à ob serva ç ã o, ela nã o é tota lmente neutra e insenta . O ra c ioc ínio ind utivo não confere o rigor lógico nec essá rio à s teoria s c ientific a s A ob serva ç ã o d os fenómenos é limitativa. A ind uç ã o c onstitui, em termos lógic os, uma op era ç ã o q ue ob riga a um sa lto d o c onhec id o(de proposições particulares) p a ra o d esc onhec id o (para proposições gerais). O MÉTODO CIENTÍFICO: O FALSIFICACIONISMO E A CRÍTICA DE KARL POPPER AO MÉTODO INDUTIVO Métodos de abordagem Ind utivo Hip otétic o Ded utivo Atra vés d e ob serva ç ões p a rtic ula res, c hega -se à a firma ç ã o d e um p inc íp io gera l As teoria s sã o testa d a s a tra vés d e hip óteses a lterna tiva s e fa lsific á veis Francis Bacon – Séc. XVII Karl Popper – Séc. XX
  • 22. DESENVOLVIMENTO DA ATIVIDADE CIENTÍFICA - O CRITÉRIO DA FALSIFICABILIDADE • Pa ra Ka rl Pop p er, o critério que permite distinguir o conhecimento científico (c iênc ia ) de outras formas de conhecimento (p seud oc iênc ia – Ex: teoria d o inc onsc iente d e Freud ou o ma rxismo) é o c ritério d e fa lsific a b ilid a d e. • O p rob lema d a d ema rc a ç ã o entre c iênc ia s e p seud oc iênc ia s é resolvid o a tra vés d este c ritério. • Pa ra Pop p er, o tra b a lho d os c ientista s nã o se d eve c entra r na verific a ç ã o e c onfirma ç ã o d a s c onseq uênc ia s d a hip ótese. Em vez d isso, o cientista deve trabalhar no sentido de falsificar/ refutar a hipótese. • O tra b a lho d o c ientista d eve servir p a ra testar a resistência da hipótese à falsificação. A teoria será ta nto mais válida quanto mais resistir à sua falsificação.
  • 23. q A TER EM CONTA SOBRE O CRITÉRIO DA FALSIFICABILIDADE: FALSIFICABLIDADE Pro p ri e d a d e d o q u e é fa lsificá vel. Um a te o ria o u p ro p o siç ã o é f a lsif ic á v e l quando pode ser submetida a t e st e s e m p í r i c o s q u e a possa m re futa r. E um a teoria está fa lsific a d a q ua nd o é re a lme nte re futa da p o r d a d os emp íric os q ua nd o se mostra q ue é fa lsa . FALSIFICAÇÃO Nã o se p o d e c o nfund ir a noç ã o d e fa lsific a d o c om a d e fa lsific á vel. Se uma teoria foi falsificada, então é falsa. To d a s a s b o a s t e o r i a s c ie ntífic a s sã o fa lsific á ve is, m a s nã o sã o , c la ro e stá , tod a s fa lsa s.
  • 24. «Como exemp lo d e uma teoria nã o c ientífic a p od emos toma r a a strolog ia . É c la ro q ue se tra ta d e uma teoria nã o fa lsific á vel. As p revisões a strológic a s sã o sufic ie nte m e nte va g a s p a ra nunc a a d m itire m um te ste d e fa lsific a b ilid a d e (“ este a no tenha a tenç ã o à sua sa úd e” ou “ em ma rç o morrerá uma fig ura mund ia lmente c onhec id a ” , em vez d e “ a 15 d e a b ril va i p a rtir uma p erna ” ou “ o p a p a va i morrer entre 10 e 17 d e ma rç o” ). No c a so (a lta mente imp rová vel) d e a lguma vez a lg um a strólogo emitir uma p revisã o fa lsific á vel nã o verific a d a , ouve-se um c oro d e exp lic a ç ões a d hoc [...]. As ma is c omuns sã o ob serva ç ões c omo “ a a strolog ia func iona na lg uns c a sos” . Em q ue c a sos nã o func iona ? Ninguém sa b e. Em q ue c a sos func iona ? Ninguém sa b e. O q ue os d istingue [...]? Ninguém sa b e. Assim, a a strologia está legitima d a , q uer a c erte q uer fa lhe a s p revisões. Ou seja, não é falsificável. Portanto, não é científica. É uma pseudociência.» Jorge Buesc u, O Mistério d o Bilhete d e Id entid a d e e Outra s História s, Lisb oa , Gra d iva , 2004, 9.ª ed iç ã o, p . 13. Caso prático de uma teoria não científica : ETAPAS DO MÉTODO HIPOTÉTICO-DEDUTIVO: Acerca do presente exemplo Popper diria: Ac red ito q ue tod os os ga nsos sã o b ra nc os, ma s numa visita à Nova Zelâ nd ia , vejo um ga nso negro. A minha ob serva ç ã o d e q ue existe um ga nso negro falsifica , torna falsa a minha teoria origina l d e q ue “ tod os os ga nsos sã o b ra nc os” . Prob lema Hip ótese (c onjetura ) Testes (refuta ç ã o) Ded uç ã o d a s c onseq uênc ia s Exemplo: Se ob servo mil ga nsos e se tod os eles sã o b ra nc os, c onc luo q ue tod os os ga nsos sã o b ra nc os.
  • 25. DIZ-NOS KARL POPPER: “ O métod o d a c iênc ia é o método de conjeturas audazes e engenhosas seguid a s d e tentativas rigorosas de falseá-las. Só sob revivem a s teoria s ma is a p ta s. Nunc a se p od e d izer licitamente q ue uma teoria é verd a d eira , p od e-se d izer c om otimismo q ue é a melhor d isp onível, que é melhor do que qualquer das que existiam antes.” K. Pop p er, Conhec imento Ob jetivo (1975)
  • 26. CRÍTICAS A POPPER 1. • O PROCESSO DE REFUTAÇÃO OU FALSIFICAÇÃO NÃO É O PROCEDIMENTO MAIS COMUM ENTRE OS CIENTISTAS. 2. • CONSIDERANDO A HISTÓRIA DA CIÊNCIA, NÃO PARECE QUE ELA POSSA EVOLUIR POR UM PROCESSO ASSENTE NAS REFUTAÇÕES.
  • 27. ANEXO III – Trabalhos de casa e respetiva correção da atividade 1. e 2.
  • 28. ANEXO IV – Textos analisar em aula (inseridos no PowerPoint) «Como exemplo de uma teoria não c ientífic a podemos tomar a astrologia. É c laro que se trata de uma teoria não falsific ável. As previsões astrológic as sã o sufic ie nte m e nte va g a s p a ra nunc a a d m itire m um te ste d e falsific abilidade (“ este ano tenha atenç ão à sua saúde” ou “ em març o morrerá uma figura mundialmente c onhec ida” , em vez de “ a 15 de abril vai partir uma perna” ou “ o papa vai morrer entre 10 e 17 de març o” ). No c aso (altamente improvável) de alguma vez algum astrólogo emitir uma previsão falsific ável não verific ada, ouve-se um c oro de explic aç ões ad hoc [...]. As mais c omuns são observaç ões c omo “ a astrologia func iona nalguns c asos” . Em que c asos não func iona? Ninguém sabe. Em que c asos func iona? Ninguém sabe. O que os distingue [...]? Ninguém sabe. Assim, a astrologia está legitimada, quer ac erte quer falhe as previsões. Ou seja, não é falsificável. Portanto, não é científica. É uma pseudociência.» Jorge Buesc u, O Mistério do Bilhete de Identidade e Outras Histórias, Lisboa, Gradiva, 2004, 9.ª ed iç ã o, p. 13. Caso prático de uma teoria não científica: DIZ-NOS KARL POPPER: “ O métod o da c iênc ia é o método de conjeturas audazes e engenhosas seguidas de tentativas rigorosas de falseá-las. Só sobrevivem as teorias mais aptas. Nunc a se pode dizer licitamente que uma teoria é verdad eira, pode-se d izer c om otimismo que é a melhor disponível, que é melhor do que qualquer das que existiam antes.” K. Popper, Conhec imento Objetivo (1975)
  • 29. ANEXO V – Ficha de trabalho e respetiva sugestão de correção Ficha de Trabalho – Filosofia – 11º ano Ciência e construção – validade e verificabilidade das hipóteses 1. Seleciona a única opção que permite obter uma afirmação correta. Pode-se criticar o método indutivo porque: a) É experimental. b) A ciência não dispõe de uma teoria prévia à observação dos fenómenos. c) Não é científico. d) A simples acumulação de casos não permite lidar com a possibilidade de contraexemplo. 2. Classifica as seguintes afirmações como verdadeiras (V) ou falsas (F). A. Popper substitui o verificacionismo pelo falsificacionismo. (V) B. Para Popper, se passar pelo teste da falsificabilidade, uma teoria passa a ser considerada verdadeira. (F) C. Popper defende que não há progresso científico porque todas as teorias podem ser falsificadas. (F) D. Popper procura um critério que demonstre claramente o que é científico e o que é pseudocientífico. (V) E. O método de Popper também é denominado como método das conjeturas e refutações. (V) F. Popper valoriza a eliminação do erro como fator de progresso científico. (V) Nome: _________________________________________________ Ano: ____Turma: ____
  • 30. 3. Estabelece a correspondência entre os conceitos e as respetivas definições. Coluna A 1. Verificabilidade 2. Hipótese 3. Critério de demarcação 4. Falsificabilidade Coluna B A. É o critério tradicional para considerar um enunciado científico como verdadeiro a partir da sua verificação empírica pela experimentação. B. É o termo utilizado desde Karl Popper e que tem como objetivo estabelecer a distinção entre hipóteses científicas e não científicas. C. É o momento criativo da atividade científica que corresponde a uma ideia, especulação ou conjetura que é proposta como possível solução para o problema. D. É o critério proposto por Karl Popper para distinguir enunciados científicos de não científicos. Uma teoria só é considerada científica se, e apenas se, for passível de falsificação ou refutação. BOM TRABALHO!
  • 31. ANEXO VI – Grelha de observação/avaliação Ser e Saber Estar Saber e Saber Fazer Alunos Pontualidade Material Comportamento adequado à sala de aula Realiza as atividades propostas Participa ativamente nas atividades propostas Cuidado na argumentação Qualidade e pertinência nas respostas solicitadas 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. 13. 14. 15.