2. Criação em tanques-rede
• Moçambique reúne condições
extremamente favoráveis à aquacultura,
apresentando grande potencial de
mercado, clima favorável, boa
disponibilidade de áreas para a produção,
e acima de tudo um INVEJÁVEL
POTENCIAL HÍDRICO.
• Só em Gaza mais de 150 lagoas
naturais (DPP Gaza).
3. CARACTERÍSTICAS DA
PRODUÇÃO
• Aproveitamento de ambientes aquáticos já
existentes:
– Lagoas Naturais;
– Rios;
– Oceanos;
– Estuarios;
– Albufeiras;
• Baixo custo;
• Alta Produtividade.
4. Tanques-rede
• Unidades de cultivo formadas por uma
estrutura que confere o formato único,
podendo esta estrutura ser de madeira,
ferro galvanizado ou alumínio e para a
contenção dos peixes geralmente são
usados redes de multifilamento revestidos
ou não de PVC, com malhas de abertura
diversas, com ou sem nós.
5.
6. Gaiolas
• Apresentam formato fixo, apresentando uma
armação que pode ser de madeira, barras de
ferro ou alumínio. O fechamento lateral e do
fundo é feito com material de contenção rígido,
geralmente telas de aço inox ou ferro
galvanizado, revestidas ou não de PVC, sendo
utilizadas também telas de polietileno
apropriadas para este fim.
8. Equipamento Básico
• Redes unifilares ou multifilares
(Nylon)
• Cordas multifilares
( tamanhos) ou de Aço;
• Tubos de PVC;
• Boias (fibra de vidro/bidões);
• Tubos
galvanizados/cantoneiras;
• Estacas;
• Madeiras;
• Poitas;
• Telas de aluminio e arrames
galvanizados;
9. • Os materiais nas estruturas dos tanques-rede e
gaiolas devem apresentar:
• Boa resistência ao esforço mecânico e à
corrosão;
• Resistência mínima à passagem de água;
• Leve possível e de baixo custo;
• Material não abrasivo e que não cause injúrias
aos peixes;
• Fácil manuseio e reparos.
Equipamento Básico
15. • Em relação ao espaçamento entre as gaiolas, no caso
de gaiolas ou tanques-redes que apresentam um
volume útil entre 4 e 8 m3, como é o caso da grande
maioria dos projetos, o ideal é que a distância entre uma
gaiola e outra seja de pelo menos 3m de distância.
• A linha de tanques-redes ou gaiolas deve ser
posicionada perpendicularmente ao sentido do vento
predominante e do fluxo da água, de modo a garantir
condição adequada de troca da água para todas as
gaiolas com minimo de 10 m.
• A profundidade recomendada é de apartir de 3m sendo
de 2 m toleravel.
Montagem da Infra-estrutura
16. LOCAL DE INSTALAÇÃO
• Áreas de conflito de interesse com outras actividades (pesca,
turismo e navegação);
• Áreas protegidas da acção dos ventos e das correntes, como
baías, e áreas que não promovam boa circulação de água;
• Áreas de pouca profundidade (inferior a 3m);
• Áreas com a capacidade de suporte do ambiente reduzida
devido a factores como excesso de peixes soltos, renovação
de água restrita e excesso de matéria orgânica em
decomposição;
• Áreas com riscos de contaminação da água por produtos
tóxicos como indústrias que lançam efluentes em corpos
d’água, matadouros, áreas de agricultura e fruticultura que
utilizam pesticidas e herbicidas.
17. CULTIVO EM RIOS
• Os cuidados quanto à instalação de tanques-rede em
rios se devem ao risco de
• Fluxo muito intenso, principalmente em períodos de
chuvas, podendo arrastar os tanques-rede, além de
poder causar danos nos mesmos através de sujidade e
troncos que podem ser carregados pelas correntes.
• Neste caso os tanques-rede devem ser instalados nas
margens, afastados do leito principal, onde haja
circulação de água, porém onde fluxo de água não seja
tão intenso.
18. CULTIVO EM RESERVATÓRIOS
DE BARRAGENS
• Áreas muito abertas, facilidade maior de acção das
ondas;
• Dificuldade de acesso das embarcações como a
alimentação dos peixes.
• Acúmulo muito grande de água no reservatório e este é
descarregado com muita pressão quando as comportas
são abertas, podendo provocar tanto a suspensão do
sedimento e matéria em decomposição do fundo do
reservatório
• Incorporação de gases provocando a supersaturação
destes na água, que podem provocar mortalidades
massivas por embolia gasosa.
19. CULTIVO EM LAGOAS
NATURAIS
• Os cuidados quanto à instalação de tanques-rede em
lagoas se devem principalmente quanto ao risco da
presença de piranhas e pirambebas que podem cortar a
tela a depender do material empregado. Outro cuidado
deve ser quanto à quantidade de tanques-rede
instalados numa área de pouca troca de água e em
lagoas em que a profundidade reduz significativamente
no período seco.
• Podendo ocorrer limitação de oxigênio. Outro aspecto
que pode ocorrer neste tipo de ambiente é quanto à
possibilidade de surgimento de determinadas algas
20. • quando há um acúmulo de matéria orgânica no
ambiente. Certas espécies de algas ao serem ingeridas
pelos peixes provocam um gosto de terra na carne,
sendo necessário nesta ocasião, realizar um processo
chamado depuração dos peixes, ou seja, estes os
peixes antes de serem comercializados para o consumo
devem ser transferidos para um tanque (cimento ou
revestido) com água limpa sob constante aeração e
troca de água durante 24 a 72 horas, a depender do
caso, para eliminar este gosto desagradável.
CULTIVO EM LAGOAS
NATURAIS
21. • Fixação de algas
nas telas
• Fixação de moluscos,
entre outros
organismos nas telas
• No caso de cultivo em áreas estuarinas, por serem áreas
que sofrem influência das marés. Salinidade
CULTIVO EM ESTUÁRIOS
22. ETAPAS DE PRODUÇÃO
• É recomendado que o cultivo seja realizado em pelo
menos três etapas (cultivo trifásico), sendo mais
recomendado, no entanto, o cultivo em quatro etapas.
Etapas de Cultivo Faixa de Peso dos
Peixes
Abertura das malhas
1 1 a 30g 4 a 5 mm
2 30 a 200g 15 a 20 mm
3 200 a 1000g 20 a 25 mm
Quadro 1 – Cultivo de tilápia em tanque-rede em três etapas.
23. Etapas de Cultivo Faixa de Peso dos
Peixes
Abertura das malhas
1 1 a 10 g 4 a 5 mm
2 10 a 50 g 10 a12 mm
3 50 a 200 g 20 a 25 mm
4 200 a 1000 g 20 a 25 mm
Quadro 2 – Cultivo de tilápia em tanque-rede em quatro etapas.
ETAPAS DE PRODUÇÃO
24. VANTAGENS
• Aproveitamento de grandes corpos de
água como rios, lagoas, reservatórios,
albufeiras e estuários;
• Menor investimento inicial (50 a 70% em
relação a viveiros escavados);
• Praticidade e rapidez em sua
implantação;
• Produtividade elevada;
• Permite a produção escalonada num
mesmo corpo d’água;
25. • Dificulta a acção de predadores,;
• Facilidade de observação dos peixes;
• Possibilita a separação em lotes
homogêneos;
• Facilidade na captura dos peixes para
monitoramento e despesca;
• Facilita o controlo da alimentação,.
VANTAGENS
26. • Maior condição de estresse devido à
elevada densidade de estocagem;
• Maior susceptibilidade a patologias;
• Facilita a disseminação de doenças;
• Maior custo de produção quanto à
alimentação, que deve ser completa, pois
neste caso, os peixes não têm acesso à
alimentação natural como no sistema de
cultivo em viveiros escavados.
DESVANTAGENS