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Tambaqui: Características e cultivo da espécie
1. INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E
TECNOLOGIA DO ESTADO DO PARÁ - CAMPUS CONCEIÇÃO
DO ARAGUAIA
Tambaqui (Colossoma macropomum)
Discentes: Marco Da Silva Correa
Viviane Souza Lima
Welinton Kaike Rodrigues De Oliveira
Docente: Marcos Ferreira
Disciplina: Piscicultura E Apicultura
2. Introdução
• Nome popular
O Tambaqui é conhecido popularmente como Pacu
Vermelho.
Nome científico
Colossoma macropomum
• Distribuição geográfica
Sua espécie é distribuída na região Norte, além dos
Estados de Mato Grosso, Goiás, São Paulo, Minas Gerais
e Paraná.
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3. Características
• O Tambaqui é um peixe de escamas, com corpo romboidal, alto,
achatado e serrilhado no peito. Apresenta uma dentição poderosa,
adaptada para quebrar as duras castanhas que fazem parte de sua
dieta. Em suas brânquias, podem ser observados espinhos longos e
finos. Possui nadadeira adiposa curta, com raios na extremidade,
dentes molariformes e rastros branquiais longos e numerosos. Sua
coloração é parda, na metade superior, e preta, na metade inferior
do corpo, mas pode variar para mais clara ou mais escura
dependendo da cor da água..
4. Características
• É uma espécie migratória de água doce da ictiofauna nativa, que
devido a sua rusticidade, fácil manejo e crescimento acelerado
alcançou o recorde de maior produção na aquicultura nacional.
Sendo crescente o seu cultivo nas regiões norte e nordeste do
Brasil. Ó tambaqui é nativo da bacia amazônica, principalmente nos
rios Solimões, figura entre as espécies de maior interesse para a
pesquisa. Madeira e Orinoco, onde devido a suai mportância
ecológica e econômica
5. Dados de produção no Brasil
A produção de tambaqui já chegou 4.200 toneladas. O tambaqui é a
segunda espécie de peixe com a maior produção nacional, a espécie
fica atrás apenas da produção nacional de tilápia, a produção de
tambaqui está nos estados de rondônia, região norte, roraima e
maranhão, o total de produção nacionaldesses estados é de 61,2%,
tem também os municípios do pará, tocantins e roraima que se
destacam.
6. • O crescimento do consumo de Tambaqui ocorre em todas as
regiões do país. No Sul, Sudeste e Nordeste do Brasil ele é
encontrado em feiras e hipermercados.
• O consumo de peixes cultivados de maneira geral ainda é pequeno
(cerca de 3,5 kg/hab/ano) devido a questões culturais e até de
mercado. Nosso objetivo é contribuir para o fomento da oferta e
crescimento da demanda, fornecendo informações importantes aos
consumidores, incluindo as qualidades nutricionais.
Mercado Consumidor
7. • Os produtos derivados de tambaqui
encontrados têm portfólio distribuído entre
peixe inteiro, costela, lombo e posta.
• A origem desse peixe é a Região
Nordeste, 78%, seguido das regiões Norte
e Centro–Oeste com 11% da amostra
cada.
Mercado Consumidor
8. • O produto tambaqui fresco foi
encontrado em 28% dos pontos de
venda analisados em todas as nove
capitais da Região Nordeste.
• A oferta da forma congelada de
tambaqui foi percebida pelo estudo
em apenas 10% dos pontos de venda
de analisados.
Mercado Consumidor
9. • A coleta de dados de oferta foi realizada
em cinco grupos de varejo para o
consumidor final, e um grupo de atacado
para abastecimento dos consumidores
corporativos, a exemplo de bares,
restaurantes e hotéis.
• O tambaqui foi encontrado em 35% da
amostra de PONTOS DE VENDA
analisados nas nove capitais.
Mercado Consumidor
10. • É um peixe omnívoro, com preferência por sementes de castanheiras
e de palmeiras. Alimenta-se também de plâncton, frutas, insetos
aquáticos, caracóis, sementes e grãos de cereais, pequenos peixes,
folhas e brotos de plantas aquáticas.
• Seus dentes molariformes resistentes possibilitam ao tambaqui
consumir diferentes alimentos de acordo com a estação do ano
Habito Alimentar
11. Reprodução
• Realiza migrações reprodutivas (piracema)
• Quando o tambaqui, ou seja o pacu vermelho não se reproduz de
forma espontânea, é necessário aplicar hormônios para que as
matrizes reproduza.
• Dessa forma não causa prejuízo para o produtor e nem para o
consumidor quando comprar essa espécie que não se desenvolveu
de forma correta (não atingiu seu tamanho original)
12. Clima e água
• O tambaqui tem hábito diurno e se desenvolve bem em
criações em todas as regiões do país com clima quente e boa
luminosidade. Vários autores têm relatado efeitos da
luminosidade e temperatura no crescimento e desenvolvimento
dos peixes, sendo que tanto fotoperíodo longo quanto
temperaturas mais elevadas estimulam o crescimento dos
juvenis de tambaqui
13. • Na natureza, os locais de preferência do tambaqui são as águas ricas em
nutrientes, com condições físico-químicas estáveis em toda a coluna de
água, próxima à margem, com temperaturas variando de 25 a 34 º C e pH
entre 7 e A concentração de oxigênio dissolvido nestas águas é superior a
4 mg/L.
• Em cativeiro, Temperatura máxima é de 30°c e mínima de 28°c, ph da
água máxima é de ph 7 e mínima é de ph 5, oxigênio desenvolvido é no
máximo 8 e no mínimo 4.
Clima e água
14. TIPOS DE SISTEMA DE CULTIVO
EMPREGADO PARA
A ESPÉCIE
• O tambaqui pode ser cultivado em:
• Viveiros
• Tanques de rede e misto
• Barragens
15. O cultivo do Tambaqui
• Regularmente o cultivo de tambaqui é dividido em três fases:
• (i) a larvicultura onde os peixes são criados desde a eclosão até o
peso médio individual de 0,5 a 1g com duração de 30 a 45 dias;
• (ii) a produção de juvenis que dura em torno de 60 dias e o peso
médio individual é entre 40 e 50 g;
• (iii) a fase de engorda em que o tempo varia dependendo do peso
desejado para abate
16. Dados de alimentação
• Apesar de o tambaqui conseguir se alimentar do zooplâncton encontrados
na água dos viveiros, a fase de desenvolvimento e crescimento destes
peixes depende da ração ofertada, sendo que para cada fase da
produção (crescimento ou terminação) existem rações com balanços
nutricionais específicos (IZEL et al., 2014). Na fase de terminação, os
peixes devem alcançar o peso comercial de 2,7 kg a 3,3 kg. Alcançado o
peso ideal para a comercialização, a carne desta espécie apresenta ótimo
resultados de venda (VALENTI et al., 2000; IZEL et al., 2014).
17. Dados de alimentação
• Aos peixes destinados a reprodução Streit Junior et al. (2012)
recomendam que a densidade de estocagem deve ser menor, 0,2
peixe/m² para matrizes e reprodutores de menor porte (com até 3
kg) até 0,1 peixe/m² para peixes de maior porte. Para a alimentação
dessas matrizes, recomenda-se que o nível proteico da ração seja
em torno de 28% de proteína bruta para a fase de manutenção e
36% quando estiverem na fase de vitelogênese
20. Nematóides
• Descrição geral
• Em tambaquis foi encontrada uma espécie de
parasito nematóide (ProcamallanusSpirocamallanus
inopinatus)
• Local de Infecção: trato gastro intestinal. Sinais
clínicos e patologia Os peixes não apresentam sinal
clínico externo aparente, mas dependendo da
infecção e resistência do hospedeiro, uma redução
no crescimento pode ser observada, por
comprometer a funcionalidade do intestino devido
às lesões na mucosa do trato digestório.
21. As fêmeas destes nematóides depositam os ovos
ou larvas de primeiro estágio no ambiente, que
são ingeridas por copépodos ( vermes âncora ) de
vida livre. O copépodo, um tipo de zooplâncton
alimenta-se da larva que migra até a sua
hemocele onde desenvolve até o terceiro estágio.
O estágio adulto é atingido quando o copépodo é
ingerido diretamente pelo hospedeiro definitivo ou
se o hospedeiro paratênico (tipo de hospedeiro
intermediário no qual o parasito não se
desenvolve ou reproduz) for predado pelo
hospedeiro definitivo (THATCHER, 1991
Ciclo de vida
22. • Realizar o procedimento de quarentena, o qual permite a
observação dos alevinos e peixes adultos que entram na
propriedade por no mínimo três semanas para realizar análise e
diagnóstico, preparar os viveiros com processo de desinfecção
com cal virgem e realizar eventuais trocas de água visando o
controle de zooplâncton (copépodos) nos viveiros
Profilaxia
23. Protozoários
• Em tambaquis foram encontradas três
espécies de parasitos protozoários, a
Trichodina sp., o Ichthyophthirius
multifiliis e o Ichthyobodo necator.
Quando em altas infestações podem causar
grandes mortalidades em tambaquis jovens.
Fatores de risco
• Temperaturas baixas e condutividade
elétrica de água alta.
24. Sinais clínicos e patologia
• Os peixes se encontram próximos à entrada de água
apresentam aumento na produção de muco e o comportamento
de flashing, movimento este de raspagem nos taludes dos
viveiros, macrófitas ou qualquer substrato mais áspero na
tentativa de retirar o agente agressor, pois os parasitos
encontram-se nas brânquias e pele dos peixes causando
irritação e prurido. Trichodina sp. Prevalência: 3,66%
25. O ciclo de vida
• O ciclo de vida dos tricodinídeos é direto,
ou seja, o parasito precisa de apenas um
hospedeiro para completar o seu ciclo de
vida. Estes protozoários dividem-se por
fissão binária no próprio peixe e dependem
apenas de disponibilidade de alimento e da
temperatura da água para produzirem
grandes populações dentro de curto
espaço de tempo.
26. • Evitar excesso de matéria orgânica no ambiente e mudanças
bruscas de temperatura nos ambientes de criação, pois essas
condições favorecem a reprodução deste protozoário que se
reproduz de forma rápida
Profilaxia
27. Myxosporídeos
• Descrição geral Em tambaquis foram encontrados dois gêneros de myxosporídeos, o
Myxobolus sp. e o Henneguya sp
• Local de infecção: Superfície corporal, brânquias, fígado, rim, bexiga natatória, cecos
pilóricos e tecido muscular.
• Fatores de risco Peixes
• mais jovens são mais susceptíveis ao parasito impossibilidade de troca ou renovação
de água (OR:13,3), favorece a infecção, comunicação de água entre viveiros (OR:2,7),
viveiros que não tem fertilização (OR:3), viveiros que não tem desinfecção e raspagem
do fundo (OR:17,8), uso de alta densidade de estocagem (>1kg/m3 ) (OR:6,8) e
manejo inadequado nas biometrias (OR:5,5).
28. Ciclo de vida
• O ciclo envolve dois hospedeiros:
um vertebrado (peixe) e um
invertebrado (oligoquetos). Em
cada um desses hospedeiros
encontram-se esporos (fase de
desenvolvimento do parasita) com
características diferentes
29. Profilaxia
• Realização de quarentena, compra de alevinos
de locais idôneos que não apresentarem casos
de mortalidade recente, realizar as trocas ou
reposição de água do viveiro sem reutilização
para outro viveiro ao final de cada ciclo de
produção, realizar a secagem, raspagem e
desinfecção dos viveiros. Remover as
macrófitas, pois nelas os oligoquetas, que são
hospedeiros intermediários, podem se alojar.