As irmãs Rosa Branca e Rosa Vermelha acolhem um cão no inverno e ajudam uma coelha má que na verdade é uma mulher amaldiçoada. O cão é transformado num príncipe que quebra a maldição e todos vivem felizes para sempre.
1. Rosa Branca e Rosa Vermelha
Era uma vez duas gémeas chamadas Rosa Branca e Rosa Vermelha
que viviam num prédio alto no meio de uma cidade com a sua mãe, que era
viúva e com necessidades económicas.
As irmãs eram muito amigas e ambas gostavam de ajudar a mãe.
Elas eram muito parecidas fisicamente, mas a sua personalidade era
bastante diferente. Rosa Branca era mais sossegada, gostava de ficar no
computador a ouvir música, estar no facebook, hi5 …, enquanto Rosa
Vermelha ia para a cidade com a sua mota renovar o seu guarda-roupa.
Em casa, elas eram muito amigas da mãe e ajudavam-na nas tarefas
domésticas.
Apesar das duas meninas terem personalidades diferentes, gostavam de
ir passear, ir ao shopping, ao cinema e ir ter com os amigos. A mãe não se
preocupava quando saíam de noite e não voltavam, porque normalmente iam
para casa dos amigos e acabavam por ficar lá, pois era escuro e não queriam
conduzir a sua mota.
As duas irmãs tratavam muito bem a mãe, mimavam-na muito. No verão,
Rosa Vermelha ia sempre levar-lhe o pequeno-almoço, waffles com Nutela e
um copo de sumo natural de laranja.
Rosa Branca, no inverno, logo de manhã cedo, nunca se esquecia de
ligar o aquecimento para que quando a mãe se levantasse, estivesse a casa
quente para não se constipar.
Numa noite de inverno, alguém tocou à campainha.
– Depressa, Rosa Vermelha, vai ver quem é! - ordenou a mãe.
Rosa Vermelha foi ver quem era e gritou:
– Um focinho! Está um cão à porta! O que faço?
– Abre a porta, pois pode precisar de um abrigo e de comida! -
respondeu Rosa Branca.
Rosa Vermelha abriu a porta.
– Coitado! - disse a mãe - Entra, entra.
– Muito obrigado, estava um gelo lá fora, eu quase morria de frio.
2. – Vai tomar um banho para ficares quentinho e depois vai para perto do
aquecedor.
Desde então, o cão passou a ir lá dormir todas as noites.
As meninas deliciavam-se quando ele se deitava de barriga para cima,
pedindo festinhas.
Quando era hora de ir para a cama, deitava-se perto do aquecedor para
ficar mais quente.
De manhãzinha, as duas irmãs abriam-lhe a porta e ele corria até às
suas terras repletas de neve.
Quando chegou o fim do inverno, o cão disse para Rosa Branca:
– Tenho de ir embora e não voltarei mais durante o verão.
– Mas, para onde é que vais?
– Tenho que ficar nas minhas terras para guardar as minhas cenouras
das malvadas coelhas.
A pequena família ficou muito triste com a partida do cão, mas deixou-o
ir.
Precipitado, o cão não esperou que lhe abrissem a porta e por isso
arranhou-se no trinco. Rosa Branca julgou ter visto um brilho doirado na ferida,
mas o cão ia tão apressado que não conseguiu ter a certeza do que estava a
ver.
Alguns dias depois, a mãe pediu às filhas para irem comprar à cidade
cobertores e alguma mercearia de que necessitavam.
Ao passarem por uma rua muito antiga, deram conta de uma coelha que
estavam num banco de madeira. Então a coelha ordenou-lhes:
– Venham já ajudar-me! O que é que estão a fazer aí especadas?
– O que é que lhe aconteceu?- perguntou Rosa Vermelha.
– És curiosa e estúpida! Não percebes que queria descansar um pouco
e fiquei presa?
As duas meninas tentaram tirar o rabo do banco, cuidadosamente, mas
mesmo assim aleijaram-na.
– Suas brutas! Não sabiam ter mais cuidado? Aleijaram-me e ainda para
mais arrancaram-me pelo do rabo! Agora as minhas amigas vão achar-me feia
porque já não tenho pelo!
3. De seguida, a coelha apanhou uma cenoura que tinha deixado ao lado
do banco e foi-se embora sem agradecer.
Numa agradável tarde de sol, as duas irmãs foram ao cinema. No
intervalo do filme, Rosa Vermelha foi à casa de banho e encontrou novamente
a coelha, que estava presa pela cauda, na porta da casa de banho, impedindo
a passagem. Rosa Vermelha perguntou à coelha:
– Boa tarde, precisa de ajuda?
– Claro que sim! Não vês? És mesmo ignorante!
– Vou chamar a minha irmã, espere um pouco! - disse Rosa Vermelha.
– Não espero nada! Tira-me imediatamente daqui!
Rosa Vermelha, atrapalhada, tirou uma tesoura do seu estojo de
emergência de manicure e cortou um pouco de pelo.
Mal humorada, a coelha disse:
– Sua bruta! Queres que fique com o rabo careca? Da outra vez já me
tiraste um pouco de pelo! Agora também!
– Desculpe, não foi por mal!
– Vai para o diabo!
Ao dizer isto, a coelha pegou num saco cheio de diamantes e foi-se
embora sem agradecer outra vez.
Numa tarde, quando as meninas foram passear no parque temático da
cidade viram uma coelhinha muito fofinha que estava dentro de uma montra.
– Acho que aquela coelhinha está a chamar por nós! - disse Rosa
Branca.
– É muito fofinha!
De repente, a coelha bateu no vidro com brutalidade e chamou as irmãs:
– Meninas, venham ajudar-me imediatamente! Não veem que estou em
apuros?
– Já vamos, tem calma!
Rosa Branca tentou tirar a coelha daquela montra, em vão. Então,
engendrou um plano para a tirar dali.
– Rosa Vermelha, Rosa Vermelha, chega aqui! Tenho uma ideia! Eu
distraio o senhor que está a usufruir da montra e tu vais buscar a coelha.
O plano correu muito bem.
4. A coelha, mais uma vez, saiu de lá sem agradecer, levando consigo um
saco de rubis.
As irmãs, sem se importarem com a atitude dela, voltaram para sua
casa.
No caminho, encontraram de novo a coelha, que tinha um saco de
esmeraldas na mão e estava a espalhá-las nas terras do cão. Entretanto, este
apareceu e começou a ladrar, pegou numa pá e deu com ela na cabeça da
coelha.
Um brilho inesperado transformou o cão num rapaz charmoso e de boas
famílias.
As meninas ficaram logo confusas e então ele explicou:
– Esta coelha não é uma coelha, é uma senhora velha, viúva e sem
ninguém, que há muito tempo inveja a minha família, por isso, amaldiçoou-me
e a maldição só se quebraria quando ela morresse. Mas, o meu pai, outrora,
também a amaldiçoou e ela ficou para sempre uma coelha má e invejosa.
Finalmente, consegui quebrar a maldição! A velha andava a tentar roubar as
minhas cenouras que por dentro têm rubis, pérolas preciosas, ouro, prata ou
esmeraldas. Dar-vos-ei parte da minha herança por me terem dado abrigo
quando precisei.
Passados alguns dias, ele apresentou-as à família e os quatro, ele, o
seu irmão e as duas gémeas ficaram bons amigos!
A mãe das meninas foi viver com elas para uma mansão, levando
consigo as duas roseiras do jardim que plantou em frente à sua janela.
Todos os anos as roseiras davam as rosas mais belas, rosas brancas e
rosas vermelhas.
Trabalho realizado por:
Bárbara Ferreira - nº 2
Beatriz Duarte - nº 3
Constança Saraiva - nº 6
Francisca Duarte - nº 8
Inês Gouveia - nº 11
7º G