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Toda a magia numa bola de sabão
Inês Araújo Ribeiro Abranches Figueiredo, nº11-6ºA 1
Bem podia ser um jardim igual a todos os outros: rosas, dálias e margaridas…Mas
este é um jardim diferente! As protagonistas desta história são: a dona Rosa, a dona
Dália e a Margarida, uma linda e alta menina de tranças compridas que se acostumara a
olhar o mundo à sua volta.
Numa linda manhã de Outono, em que as folhas se despedem das árvores e passam a
abrigar a Natureza do frio, a D. Rosa estava sentada, ali, no banco do jardim, quando
começou a queixar-se:
– Estou tão velha, vivo nesta solidão há vários anos, desde que o meu falecido
morreu, nunca mais voltei a sorrir, a ouvir o choro dos bebés e a cheirar o aroma das
tílias. A minha família abandonou-me. – dizia, entre lágrimas, a D. Rosa.
A D. Dália escutou-a como se ouvisse o eco do seu coração marcado e ferido pela
solidão e o abandono – um encontro de outonal melancolia… e ficaram-se assim, em
silêncio.
Margarida brincava, animada, pelo jardim. Pulava e corria atrás das bolinhas de
sabão que fazia; não lhe escapava nenhuma. Nenhuma? Ouve uma grande que subiu
mais alto e foi poisar, mansamente, nas mãos enrugadas de D. Dália. Nem queria
acreditar: pensou que a senhora iria ficar muito zangada, por isso, escondeu-se, ali
mesmo, por trás de um arbusto, à espera da reprimenda. Mas que surpresa, ninguém a
castigou!
– Olhe, Rosa, viu o que veio parar às minhas mãos?!
– Vejo, uma bolinha de sabão?
Toda a magia numa bola de sabão
Inês Araújo Ribeiro Abranches Figueiredo, nº11-6ºA 2
– Gostava tanto de fazer bolinhas de sabão com os meus irmãos, quando era
pequenita; bons tempos, bons tempos, Rosa…
– Repare nessa bola, tem um grande arco-íris no seu interior! Porque é que não se
desfez? Não era suposto que desaparecesse num instante?! – perguntou, estranhando a
D. Rosa.
Margarida ouvia-as… Estava curiosa. Queria ver de perto o que se estava a passar. A
voz das senhoras era-lhe cada vez mais familiar.
E pegando no seu brinquedo de fazer bolas de sabão, aproximou-se do banco do
jardim, meia tímida e meia resplandecente por um raio de Sol, que teimosamente,
rompia por entre as nuvens.
– Olá! Olá! Peço desculpa, essa bola de sabão é minha, veio aí parar, mas… que
estranho, porque é que ainda não se desfez?
– Não se preocupe menina. – disse a D. Rosa–Foi uma bênção que chegou até nós.
– Está bem. Já agora, não querem fazer bolinhas de sabão para mim? – indagou a
Margarida.
– Obrigada menina! Apetecia-me mesmo isso! – afirmaram as duas , em coro.
– Mas quem começa? – tentou saber aquela menina com traças de oiro e de olhos
azuis.
– Se a D. Rosa não se importar, eu gostaria de ser a primeira.
– Claro que não me importo!
Toda a magia numa bola de sabão
Inês Araújo Ribeiro Abranches Figueiredo, nº11-6ºA 3
E num gesto de carinho, Margarida, colocou nas mãos envelhecidas da D. Dália, o seu
frasco cheio de sabão. E ela logo começou.
Passaram a manhã toda a criar bolas e mais bolas, com todos os feitios e cores, até o
parque ficar cheio delas. Ouviram-se muitas gargalhadas e suspiros… as idosas nem se
lembravam que o eram. O tempo voou e só quando o relógio da Igreja tocou o meio-dia
é que se consciencializaram disso – já era hora do almoço.
– Meu Deus, nem vi o tempo passar!- disse, espantada, a D. Rosa.
– Querem vir almoçar comigo? – convidou a D. Dália– Gostaria tanto de ter
companhia ao almoço!
– Está bem! Por mim não há problema.- respondeu a D. Rosa, animada.
– Por mim também não. – retorquiu a Margarida.
– Então é melhor começarmos a andar.
E assim foi. Andaram, andaram, mas nunca se cansaram pois iam a conversar umas
com as outras sobre os seus problemas e sobre as suas alegrias… até que finalmente
chegaram à casa da D. Dália, uma casa pobre e pequena, mas o necessário para ter
aconchego e começaram logo a cozinhar, pois já se fazia tarde.
A Margarida pôs a mesa, a D. Rosa estrelou três ovos caseiros e a D. Dália fez arroz
branco com ervilhas… a comida estava mesmo deliciosa!
Estranho, parecia que já se tinham conhecido há muito tempo. Sentiam-se tão bem
juntas! Margarida, por uns instantes, até se esqueceu dos pais e dessa angústia de
estarem quase sempre ausentes e muito preocupados com o trabalho. Ali, na casa da D.
Toda a magia numa bola de sabão
Inês Araújo Ribeiro Abranches Figueiredo, nº11-6ºA 4
Dália, havia tempo para tudo. Margarida sentia-se verdadeiramente em casa! Não era
um palácio como o seu, não tinha piscina, não tinha empregados para lhe fazerem tudo,
não tinha… Mas ali sentia-se como nunca se sentiu.
A D. Rosa e a D. Dália, rapidamente, transformaram os trapos velhos que por ali
jaziam numa linda história de encantar: uma era o Capuchinho Vermelho e outra era o
Lobo Mau. Todas riam a bom rir e a tristeza não morava ali, naquela simples e humilde
casa.
O tempo passou rápido… Havia que voltar à realidade. Cada uma tinha agora de
regressar à vida solitária em que, de forma diferente, viviam. Mas sentiam que já tinham
criado laços, laços que já mais desapareceriam. A solidão já não era mais um medo e um
obstáculo que existia nas suas vidas porque tinham a consciência que doravante nada,
nem ninguém as poderia separar e que se podiam ver quando quisessem, sempre que
fosse possível.
Agradáveis anos passaram e Margarida tornou-se uma linda moça.
Enquanto jovem, tornou-se voluntária e deu a volta ao mundo a ajudar os outros.
Passado alguns anos fundou e tornou-se diretora de uma instituição de apoio a
idosos solitários, onde voltou a ver as suas velhas amigas, a D. Rosa e a D. Dália, que já
não via há bastante tempo, que por sua vez, ficaram surpresas com o seu coração
bondoso que conseguiu transmitir à sua obra.
E esta é a história de flores de nomes iguais a tantos outros, mas diferentes porque
conseguiram, com o perfume da sua bondade, cooperação e solidariedade fazer o seu
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Toda a magia numa bola de sabão

  • 1. Toda a magia numa bola de sabão Inês Araújo Ribeiro Abranches Figueiredo, nº11-6ºA 1 Bem podia ser um jardim igual a todos os outros: rosas, dálias e margaridas…Mas este é um jardim diferente! As protagonistas desta história são: a dona Rosa, a dona Dália e a Margarida, uma linda e alta menina de tranças compridas que se acostumara a olhar o mundo à sua volta. Numa linda manhã de Outono, em que as folhas se despedem das árvores e passam a abrigar a Natureza do frio, a D. Rosa estava sentada, ali, no banco do jardim, quando começou a queixar-se: – Estou tão velha, vivo nesta solidão há vários anos, desde que o meu falecido morreu, nunca mais voltei a sorrir, a ouvir o choro dos bebés e a cheirar o aroma das tílias. A minha família abandonou-me. – dizia, entre lágrimas, a D. Rosa. A D. Dália escutou-a como se ouvisse o eco do seu coração marcado e ferido pela solidão e o abandono – um encontro de outonal melancolia… e ficaram-se assim, em silêncio. Margarida brincava, animada, pelo jardim. Pulava e corria atrás das bolinhas de sabão que fazia; não lhe escapava nenhuma. Nenhuma? Ouve uma grande que subiu mais alto e foi poisar, mansamente, nas mãos enrugadas de D. Dália. Nem queria acreditar: pensou que a senhora iria ficar muito zangada, por isso, escondeu-se, ali mesmo, por trás de um arbusto, à espera da reprimenda. Mas que surpresa, ninguém a castigou! – Olhe, Rosa, viu o que veio parar às minhas mãos?! – Vejo, uma bolinha de sabão?
  • 2. Toda a magia numa bola de sabão Inês Araújo Ribeiro Abranches Figueiredo, nº11-6ºA 2 – Gostava tanto de fazer bolinhas de sabão com os meus irmãos, quando era pequenita; bons tempos, bons tempos, Rosa… – Repare nessa bola, tem um grande arco-íris no seu interior! Porque é que não se desfez? Não era suposto que desaparecesse num instante?! – perguntou, estranhando a D. Rosa. Margarida ouvia-as… Estava curiosa. Queria ver de perto o que se estava a passar. A voz das senhoras era-lhe cada vez mais familiar. E pegando no seu brinquedo de fazer bolas de sabão, aproximou-se do banco do jardim, meia tímida e meia resplandecente por um raio de Sol, que teimosamente, rompia por entre as nuvens. – Olá! Olá! Peço desculpa, essa bola de sabão é minha, veio aí parar, mas… que estranho, porque é que ainda não se desfez? – Não se preocupe menina. – disse a D. Rosa–Foi uma bênção que chegou até nós. – Está bem. Já agora, não querem fazer bolinhas de sabão para mim? – indagou a Margarida. – Obrigada menina! Apetecia-me mesmo isso! – afirmaram as duas , em coro. – Mas quem começa? – tentou saber aquela menina com traças de oiro e de olhos azuis. – Se a D. Rosa não se importar, eu gostaria de ser a primeira. – Claro que não me importo!
  • 3. Toda a magia numa bola de sabão Inês Araújo Ribeiro Abranches Figueiredo, nº11-6ºA 3 E num gesto de carinho, Margarida, colocou nas mãos envelhecidas da D. Dália, o seu frasco cheio de sabão. E ela logo começou. Passaram a manhã toda a criar bolas e mais bolas, com todos os feitios e cores, até o parque ficar cheio delas. Ouviram-se muitas gargalhadas e suspiros… as idosas nem se lembravam que o eram. O tempo voou e só quando o relógio da Igreja tocou o meio-dia é que se consciencializaram disso – já era hora do almoço. – Meu Deus, nem vi o tempo passar!- disse, espantada, a D. Rosa. – Querem vir almoçar comigo? – convidou a D. Dália– Gostaria tanto de ter companhia ao almoço! – Está bem! Por mim não há problema.- respondeu a D. Rosa, animada. – Por mim também não. – retorquiu a Margarida. – Então é melhor começarmos a andar. E assim foi. Andaram, andaram, mas nunca se cansaram pois iam a conversar umas com as outras sobre os seus problemas e sobre as suas alegrias… até que finalmente chegaram à casa da D. Dália, uma casa pobre e pequena, mas o necessário para ter aconchego e começaram logo a cozinhar, pois já se fazia tarde. A Margarida pôs a mesa, a D. Rosa estrelou três ovos caseiros e a D. Dália fez arroz branco com ervilhas… a comida estava mesmo deliciosa! Estranho, parecia que já se tinham conhecido há muito tempo. Sentiam-se tão bem juntas! Margarida, por uns instantes, até se esqueceu dos pais e dessa angústia de estarem quase sempre ausentes e muito preocupados com o trabalho. Ali, na casa da D.
  • 4. Toda a magia numa bola de sabão Inês Araújo Ribeiro Abranches Figueiredo, nº11-6ºA 4 Dália, havia tempo para tudo. Margarida sentia-se verdadeiramente em casa! Não era um palácio como o seu, não tinha piscina, não tinha empregados para lhe fazerem tudo, não tinha… Mas ali sentia-se como nunca se sentiu. A D. Rosa e a D. Dália, rapidamente, transformaram os trapos velhos que por ali jaziam numa linda história de encantar: uma era o Capuchinho Vermelho e outra era o Lobo Mau. Todas riam a bom rir e a tristeza não morava ali, naquela simples e humilde casa. O tempo passou rápido… Havia que voltar à realidade. Cada uma tinha agora de regressar à vida solitária em que, de forma diferente, viviam. Mas sentiam que já tinham criado laços, laços que já mais desapareceriam. A solidão já não era mais um medo e um obstáculo que existia nas suas vidas porque tinham a consciência que doravante nada, nem ninguém as poderia separar e que se podiam ver quando quisessem, sempre que fosse possível. Agradáveis anos passaram e Margarida tornou-se uma linda moça. Enquanto jovem, tornou-se voluntária e deu a volta ao mundo a ajudar os outros. Passado alguns anos fundou e tornou-se diretora de uma instituição de apoio a idosos solitários, onde voltou a ver as suas velhas amigas, a D. Rosa e a D. Dália, que já não via há bastante tempo, que por sua vez, ficaram surpresas com o seu coração bondoso que conseguiu transmitir à sua obra. E esta é a história de flores de nomes iguais a tantos outros, mas diferentes porque conseguiram, com o perfume da sua bondade, cooperação e solidariedade fazer o seu mundo um pouco mais colorido.