O documento discute a visão do teólogo católico Karl Rahner sobre a graça divina na vida humana. Aborda a biografia e pensamento de Rahner, que via a graça como auto-revelação de Deus presente em todos os seres humanos. Também analisa os desafios de viver a graça no contexto da modernidade líquida e a necessidade de uma mensagem evangelizadora renovada centrada em Jesus Cristo.
1. A Graça Divina na vida do ser
humano na visão do Teólogo
Karl Rahner.
2. Objetivo.
O objetivo do meu trabalho é demonstrar a
graça de Deus na vida do ser humano de
acordo com a visão do teólogo católico Karl
Rahner.
A realidade inspiradora surgiu com os pais dos
catequizandos da paróquia Santa Teresinha
do Menino Jesus.
3. Divisão da pesquisa:
Primeiro capítulo: será apresentado a graça
escrita no coração humano, tendo por base o
conceito de graça no Antigo Testamento e no
Novo Testamento;
Segundo capítulo: pensamento de Karl Rahner.
Inicia-se com uma breve biografia; passa-se a
ver a graça como revelação; a graça no ser
humano.
4. Terceiro capítulo: aprofundar a graça no
contexto contemporâneo: Qual seria a
receptividade da ação de Deus? No meio de
tantas transformações, onde Deus está?
6. O homem quando nasce já recebe no seu
coração a graça do amor Deus.
O Ser humano, usando da inteligência
dada por Deus, proclama de várias
maneiras como buscar a Deus,
seja através de orações,
cantos, gestos, cultos e sacrifícios.
7. Graça no Antigo Testamento:
A Sagrada Escritura apresenta o tema da graça
desde o primeiro livro até o último. Contudo,
não há especificamente o conceito de graça
no Antigo Testamento. As promessas que
Deus faz sempre têm sentido de libertação,
um reino de paz e de felicidade. Deus procura
libertar o ser humano do mal, Ele quer vê-lo
livre e comprometido com o YAHWEH.
8. O profeta Oséias trabalha a graça de Deus no ser
humano com o aspecto do amor e da aliança
(OSEIAS 2:16-25);
Jeremias realça a amizade entre Deus e o
homem;
Em Isaias é muito forte a promessa e a volta da
amizade e fidelidade a Deus com o exemplo
do próprio Messias (Is 9:1-6) ;
Ezequiel mostra a complacência que dá graça ao
homem (EZEQUIEL 36:24-28).
9. Graça no Novo Testamento.
No Novo Testamento, o ponto-chave da
temática da graça está na atividade e na
pessoa de Jesus Cristo. Cada evangelho tem
uma característica específica da temática da
graça. No evangelho de Lucas a noção de
graça, em grego charis, submete a
misericórdia de Deus (LUCAS 15).
10. O evangelho de Mateus caracteriza-se pela
graça na felicidade e na bênção.
Em Marcos, Jesus é o Deus da graça que oferece
a todos a salvação, o reino de Deus (MARCOS
15:1).
No quarto evangelho, a graça é caracterizada
pela fé no Filho de Deus, Cristo (JOÃO 3).
No prólogo de São João, aparece um Jesus que
se relaciona com o ser humano, mostrando-se
a este como caminho, verdade e vida.
11. 2. A GRAÇA DE DEUS NO SER HUMANO NO
PENSAMENTO DO TEOLOGO KARL RAHNER.
12. Bibliografia
Karl Rahner nasceu em 5 de Março de 1904, em
Freiburg na Alemanha, como quarto membro
de uma família de sete filhos. O pai (18681934) era professor de alemão, de história e
de francês, e com ele os filhos aprenderam o
sentido e o valor da verdade histórica. A mãe,
Luise Trescher, doméstica, morreu aos
101 anos (1875-1976).
13. “Por que ter vergonha de poder afirmar que nascemos
em uma família normal, piedosamente Cristã,
acostumada a trabalhar duro, e na qual tudo estava
mais ou menos em ordem? As crianças podem ser
preguiçosas ou então brigar entre si.
Mas no domingo há bolo e vai-se a casa da avó na
montanha, perto de Friburgo. Em suma, essa família
é realmente sã, as crianças se desenvolvem como
seres normais, vão à escola, se formam na
universidade, mesmo que haja uma diferença de
quatorze anos entre o mais velho e a caçula.”
(SESBOÜE, 2004. p. 9)
14. Em 1922, três semanas após ter concluído os
estudos a nível do ensino secundário, Karl
Rahner entra também na Companhia de Jesus e
inicia o noviciado numa das comunidades
jesuítas na Áustria. Enquanto noviço, escreve o
seu primeiro artigo, publicado em 1924,
abordando um assunto sobre o qual voltará
repetidamente ao longo da sua vida: «Porque
temos necessidade de rezar?
15. Em 1932 é ordenado sacerdote na Companhia
de Jesus. Em 1936, obteve um doutoramento
em Teologia, com o tema: “O pensamento
patrístico sobre o Coração Transpassado
Salvador como fonte da Igreja” .
16. Foi um dos principais assessores do Concilio
Vaticano II. O papa João XXIII nomeia Ranher
como participante da comissão dos
sacramentos, participou da comissão de
preparação da Lumem Gentium, Dei Verbum e
da preparação da Gaudium et Spes.
Em1935 publicou a revista Concilium, revista
internacional de teologia. Nesta revista teve a
colaboração de Yves Congar e Edwuard
Schillebeechx.
17. Ranher afirma que duas são as formas em que
Deus se auto-comunica:
A Encarnação e a Graça, pois através
delas nascem à decisão livre de Deus,
de fazer a comunicação
com o ser humano.
18. A graça de Deus habita em todos os lugares, não
importa como a pessoa se encontra, mesmo
se o ser humano deixou-se levar pelo pecado,
a graça está com ele, pois na raiz de seu ser
pessoal está Deus.
Na auto- comunicação o ser humano tem duas
escolhas; ele aceita ou se fecha a graça, pois
assim como Deus quis livremente dar a graça
a ele, ele pode livremente dizer sim ou não.
19. Rahner sempre esteve presente na realidade
atual, nos desafios, nas dificuldades
no que lhe é oferecido,
no que o ser humano absorve,
por isso ele procurou em seu
pensamento teológico,
oferecer respostas.
20. O teólogo afirma que quando Deus entra em
comunhão com o homem ele procura entrar
diretamente em relação com a criatura, com
isso ele observa que essa comunhão é
fundamental para a missão apostólica. Ele
segue a idéia de que o homem está carente da
presença do mistério, e quer conduzi-lo ao
conhecimento do anônimo de Deus, pois Ele
está no interior de cada ser humano.
21. Qual a característica da teoria de Rahner,
referente a graça?
Karl Rahner, ao fala da experiência de Deus,
parte da antropologia, do ser humano,
pois Deus habita no ser humano.
22. 3. O ALCANCE DA GRAÇA DE DEUS NO
CONTEXTO CONTEMPORÂNEO.
23. O filosofo Zigmund Bauman utiliza o termo
modernidade líquida ao invés de pósmodernidade, pois afirma “que os preceitos
duros, sólidos e sedimentados da
modernidade derretem-se.”
(BAUMAN, 2001, p. 7).
24. O que marca mais é o vazio existencial próprio
da cultura fragmentada e pulverizada por
muitas e variadas ofertas no amplo mercado
de opções. Neste comércio tudo se oferta,
menos certezas que sejam firmes e seguras,
algo definitivo por assim dizer. Isso por que a
crise do nosso tempo é globalizada da
humanidade [...] (MAIA, 2001, p. 46)
Pluralidade como um supermercado.
25. No meio de tudo isso onde está a ação divina?
Afonso Rúbio Garcia nos diz que é necessário
“continuar a missão da evangelização, a
mensagem do evangelho, não de tempos
atrás, mas de um modo novo”.
26. Três meios para vivenciar a graça na atualidade:
A fé que não é acreditar em algo vazio e sim
acreditar numa pessoa, essa pessoa é
Jesus Cristo;
A esperança não é algo ou alguma coisa, mas é
uma pessoa, a pessoa de
Jesus Cristo;
Amor que não é somente um sentir ou uma
satisfação egoísta, mas é uma pessoa, a pessoa
de
Jesus cristo.
27. “O cristão do futuro,
ou será místico ou não será cristão”.
Karl Ranher