3. PROPOSITO: Apresentar um relato preciso da vida de
Cristo, Homem e Salvador perfeito.
Autor: Lucas, um medico grego, um cristão gentio( Cl
4.14). ele é o único autor gentio conhecido do novo
testamento. Lucas era um companheiro e amigo intimo
de Paulo. Ele tambem escreveu Atos; os dois livros
estão em harmonia.
Destinatários: Teófilo, os gentios, as pessoas em toda
parte.
Data: Por volta de 60 d.C.
Panorama: Roma ou Cesareia.
4. VERSICULO-CHAVE : Hoje veio a Salvação a esta casa, pois
também este é filho de Abraão. Porque o Filho do homem veio
buscar e salvar o que se havia perdido. Lc 19: 9 e 10.
Pessoas-Chave: Jesus, Isabel,Zacarias, João Batista, Maria,
José, os discípulos, Herodes o grande, pilatos e Maria
Madalena.
CARACTERISTICAS PARTICULARES: Este é o mais completo
dos Evangelhos. O vocabulário e o estilo demonstram que o
autor era letrado. Ele fez muitas referencias a enfermidade e
diagnósticos. Lucas enfatizou o relacionamento de jesus com
as pessoas, a oração, os milagres; registrou a participação dos
Anjos no episódio do nascimento do Messias , deu um lugar
proeminente ás mulheres.
5. Considerações Preliminares: O Evangelho segundo Lucas é o primeiro
dos dois livros,Lucas e Atos, endereçados a um certo Teófilo ( Lc 1.3 e At
1.1). O tratamento que Lucas lhe dispensa: "excelente", "excelentíssimo"
ou "digníssimo", conforme a versão que se utilize, tem levado a crer que
Teófilo era uma autoridade pública, um oficial romano. Tem-se deduzido
que Lucas viu naquele homem a pessoa adequada para publicar sua obra
entre os gentios, o que ocorreu com pleno êxito. Embora o autor não se
identifique pelo nome em nenhum dos dois livros, o testemunho unânime
do cristianismo primitivo e as evidências internas indicam a autoria de
Lucas nos dois casos. Segundo parece, Lucas era um gentio convertido,
sendo o único autor humano não-judeu de um livro da Bíblia. O Espírito
Santo o moveu a escrever a Teófilo (cujo nome significa “aquele que ama a
Deus”) a fim de suprir uma necessidade da igreja gentia, de um relato
completo do começo do cristianismo. A obra tem duas partes: (1) o
nascimento, vida e ministério, morte, ressurreição e ascensão de Jesus
(Lucas), e (2) o derramamento do Espírito em Jerusalém e o
desenvolvimento subseqüente da igreja primitiva (Atos).
6. Esses dois livros perfazem mais de uma quarta parte do NT. Pelas
epístolas de Paulo sabemos que Lucas era um “médico amado” (Cl 4.14) e
um leal cooperador do apóstolo (2Tm 4.11; Fm 24; Pelos escritos de Lucas,
vemos que ele era um escritor culto e hábil, um historiador atento e teólogo
inspirado. Segundo parece, quando Lucas escreveu o seu Evangelho, a
igreja gentia não tinha nenhum desses livros completo ou bem conhecido, a
respeito de Jesus. Primeiramente Mateus escreveu um Evangelho para os
judeus, e Marcos escreveu um Evangelho conciso para a igreja em Roma.
O mundo gentio de língua grega dispunha de relatos orais de Jesus, dados
por testemunhas oculares, bem como breves tratados escritos, mas
nenhum Evangelho completo com os fatos na devida ordem . Daí, Lucas se
propôs a investigar tudo cuidadosamente “desde o princípio” ( Lc 1.3), e,
provavelmente, fez pesquisas na Palestina enquanto Paulo esteve na
prisão em Cesaréia (At 21.17; 23.23—26.32) e terminou o seu Evangelho
perto do fim daquele período, ou pouco depois de chegar a Roma com
Paulo (At 28.16
7. Frase Chave – "O Filho do Homem".
Tal terminologia não é exclusiva de Lucas. Ezequiel traz a expressão 91
vezes. Esta era a forma como Deus chamava o profeta. Mateus, Marcos e
João também se referem a Jesus através deste título. O próprio Lucas usa
o mesmo tratamento em Atos.7.56. Esse foi um título que Jesus deu a si
mesmo. Observa-se nesse detalhe a humildade do Mestre. Podendo usar
nomes gloriosos, ele se chamava apenas de "Filho do Homem". Apesar da
ausência de exclusividade para o uso do título, o mesmo é apresentado
como frase chave do livro de Lucas porque o autor apresenta Jesus como
homem, destacando assim a humanidade de Cristo sem omitir sua
divindade. Sendo perfeitamente humano, Jesus estava habilitado a ser o
representante legítimo dos seres humanos.
- Só Lucas menciona o choro de Jesus por Jerusalém, numa demonstração
de sensibilidade humana.
- Em sua apresentação de Jesus como homem, Lucas menciona a
genealogia do Senhor até Adão. Fica demonstrada a humanidade de
Cristo. A genealogia é uma forma de demonstrar que Cristo não apareceu
8. Propósito. Lucas escreveu este Evangelho aos gentios para
proporcionar-lhes um registro completo e exato de “tudo que Jesus
começou, não só a fazer, mas a ensinar, até ao dia que foi recebido
em cima” (At 1.1b,2a). Escrevendo sob a inspiração do Espírito
Santo, sua intenção foi transmitir a Teófilo e outros convertidos e
interessados gentios, com certeza, a plena verdade sobre o que já
tinham sido oralmente inteirados (1.3,4). Lucas no seu Evangelho
deixa claro que ele escreveu para os gentios. Por exemplo, ele
apresenta a genealogia humana de Jesus, recuando-a até Adão
(3.23-38) e não até Abraão, conforme fez Mateus ( Mt 1.1-17). Em
Lucas, Jesus é visto claramente como o Salvador divino-humano,
que veio como a provisão divina da salvação para todos os
descendentes de Adão.
9. Visão Panorâmica. O Evangelho segundo Lucas começa com as
narrativas mais completas da infância de Jesus (1.5—2.40), bem como
apresenta o único vislumbre, nos Evangelhos, da juventude de Jesus (2.41-
52). Depois de descrever o ministério de João Batista e apresentar a
genealogia de Jesus, Lucas divide o ministério de Jesus em três seções
principais: (1) seu ministério na Galiléia e arredores (4.14—9.50), (2) seu
ministério durante a viagem final a Jerusalém (9.51—19.27); e (3) sua
última semana em Jerusalém (19.28—24.43). Embora os milagres ocupem
lugar de destaque no registro de Lucas sobre o ministério de Jesus na
Galiléia, o enfoque principal deste Evangelho consiste nos ensinos e
parábolas de Jesus durante seu extenso ministério a caminho de
Jerusalém (9.51—19.27). Esta é a maior seção de assuntos exclusivos de
Lucas, e inclui muitas histórias e parábolas prediletas. O versículo
determinante (9.51) e o versículo-chave (19.10) do Evangelho ocorrem no
início e perto do fim dessa seção especial.
10. Características Especiais. São oito as características principais do
Evangelho segundo Lucas. (1) Seu amplo alcance no registro dos eventos
na vida de Jesus, desde a anunciação do seu nascimento até a sua
ascensão. (2) A qualidade excepcional do seu estilo literário, empregando
um vocabulário rico e escrito com um domínio excelente da língua grega.
(3) O alcance universal do Evangelho — que Jesus veio para salvar a
todos: judeus e gentios igualmente. (4) Ele salienta a solicitude de Jesus
para com os necessitados, inclusive mulheres, crianças, os pobres e os
socialmente marginalizados. (5) Sua ênfase na vida de oração de Jesus e
nos seus ensinos a respeito da oração. (6) O notável título de Jesus neste
Evangelho, a saber: “Filho do Homem”.Seu enfoque sobre a alegria que
caracteriza aqueles que aceitam a Jesus e a sua mensagem. Sua ênfase
na importância e proeminência do Espírito Santo na vida de Jesus e do seu
povo .
11. Exclusividades. Como no caso dos outros três Evangelhos, o relato de
Lucas fornece evidência abundante de que Jesus deveras é o Cristo, o
Filho de Deus. Revela Jesus como homem de oração, que se estribava
plenamente no seu Pai celestial. (Lc 3:21; 6:12-16; 11:1; 23:46) Contém
numerosos pormenores suplementares, os quais, conjugados com o que se
encontra nos outros três Evangelhos, oferecem um quadro mais completo
dos acontecimentos associados com Cristo Jesus. Quase os inteiros
capítulos 1 e 2 não têm paralelo nos outros Evangelhos. Pelo menos seis
milagres específicos e mais de duas vezes este número, em ilustrações,
são exclusivos deste livro. Os milagres são: Jesus fez com que seus
discípulos tivessem uma pesca milagrosa (5:1-6), ressuscitou o filho duma
viúva de Naim (7:11-15), e também curou uma mulher encurvada (13:11-
13), um homem que padecia de hidropisia (14:1-4), dez leprosos (17:12-14)
e a orelha do escravo do sumo sacerdote (22:50, 51).
12. Entre as ilustrações há as seguintes: os dois devedores (7:41-47), o
prestativo samaritano (10:30-35), a figueira estéril (13:6-9), Parábola da
grande ceia (14:16-24), a moeda de dracma perdida (15:8, 9), o filho
pródigo (15:11-32), o mordomo injusto (16:1-8), o rico e Lázaro (16:19-31),
e a viúva e o juiz injusto (18:1-8).
A matéria cronológica que aparece neste Evangelho ajuda a
determinar quando João, o Batizador, e Jesus nasceram e quando
começaram seus respectivos ministérios.
Lc:1:24-27;
Lc 2:1-7;
Lc 3:1,2,23
13. Aplicação Pessoal: Ninguém que lê este livro deve achar que está além
do alcance do evangelho da salvação. Por todo livro, Lucas apresenta
Jesus como o Salvador do mundo todo. Isso é verdadeiro a partir do
cântico de Simeão a respeito de Jesus sendo a "luz para... as nações"
(2.32) até as instruções finais do Cristo ressuscitado a seus discípulos, em
que Ele lhes disse que "em seu nome, se pregasse o arrependimento e a
remissão dos pecados, em todas as nações" (24.47). Lucas enfatiza o fato
de que o evangelho não é apenas para os judeus, mas para todos os
povos - gregos, romanos, samaritanos e todos os outros, sem levar em
conta raça ou condição. Não é só para homens, mas também para
mulheres, incluindo viúvas e prostitutas, bem como os proeminentes
socialmente. Não é só para homens livres , mas também para escravos e
todos os fracos indefesos, o ladrão crucificado, o pecador proscrito, o
publicano desprezado.