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UMA EXPERIÊNCIA DE SONO
NO JARDIM DE INFÂNCIAO sono, ao qual consagramos, em saúde, cerca de um terço da nossa existência, não se limita a ausência do estado de ânimo que
caracteriza a vigília.
O sono é um processo neurofisiológico e comportamental complexo, que serve para reorganizar todas as nossas funções e garantir,
entre outros aspetos, a recuperação física e estabilidade psíquica-emocional e, em última instância, a sobrevivência. Nos mecanismos
do sono estão envolvidos, a renovação celular, a produção de hormonas e anticorpos, a síntese de proteínas e, ativação de vias
essenciais ao controlo endócrino-metabólico e cardiovascular. Nas crianças o sono é ainda determinante para o crescimento e
desenvolvimento.
.
A sesta na criança em idade pré-escolar não está garantida para a maioria das crianças. É aliás frequente que por motivos distintos,
culturais, sociais, financeiros e até religiosos, este seja um comportamento desencorajado por muitos pais e educadores.
Os resultados de vários estudos e consensos defendem que crianças em idade pré- escolar (3 a 5/6 anos de idade) beneficiam com 10
a 13 horas de sono/dia, com 10 a 11 horas de sono cumpridas no período noturno e 1 a 3 horas de sesta, a seguir ao almoço.
Se nos isentarmos de outros motivos que concorrem para um sono inadequado, em tempo e em qualidade, basta analisar o tempo de
atividade diária de uma criança em idade pré-escolar para que não existam dúvidas que, num elevado número de crianças existe, de
facto, uma privação do sono, com interferência no sono noturno e a alterações de comportamento que se repercutem sobre o bem-
estar da criança e da família.
As manifestações da privação de sono infantil
são variadas, desde os vulgares sinais de sonolência,
como esfregar os olhos ou deitar a cabeça sobre a mesa de trabalho,
a comportamentos externalizantes, como aumento da impulsividade, agitação
motora e agressividade, bem como distração e incapacidade para concluir tarefas.
Nas crianças, a privação de sono está, ao contrário dos adultos, mais frequentemente
relacionada com sintomas de impulsividade e pouca atenção que são frequentemente confundidos
com a perturbação de défice de atenção e hiperatividade. Este aspeto é particularmente relevante, não
só pela estigmatização, ainda para mais associada a um erro de diagnóstico, mas também pelo
tratamento inadequado, com recurso a estratégias terapêuticas farmacológicas que têm riscos e efeitos
acessórios no próprio rendimento físico e intelectual.
Além daquelas que são, normalmente referidas, a privação de sono afeta também muitas outras funções
neuro-cognitivas e tem ainda uma relação clara estabelecida com o aumento de lesões acidentais e
quedas frequentes, tendencialmente ao fim da tarde. É também fundamental ter em conta que o défice de
sono durante os primeiros anos de vida tem consequências deletérias a médio e longo prazo na saúde e
bem-estar na adolescência e na idade adulta.
Henrique Santos
Educador de Infância
Miguel Meira e Cruz
Especialista Europeu de Sono
Reconhecendo:
A necessidade das crianças pequenas terem
tempos e espaços de descanso e de pausa nas
atividades letivas,
Que as crianças enfrentam períodos de permanência na
escola que vão frequentemente até 11 horas,
Que a formação académica incide (apenas) nos conhecimentos
técnicos,
Que as famílias, imersas nas suas múltiplas atividades, não dispõem
de “tempo útil” e
Que os modelos sociais se têm alterado…
Tornou-se fundamental encontrar estratégias diversas, como a
participação de docentes e famílias, em momentos recorrentes de
informação e reflexão conjunta, espaços, equipamentos e materiais
específicos que contribuam para a promoção de hábitos saudáveis,
e, sobretudo, a disseminação de informação pertinente.
Como acontece…
“Na sala de jardim-de-infância,
o pós almoço é sempre uma “zona de descanso”.
Depois de regressarmos à sala, e depois da rotina da
escovagem de dentes, inicia-se o tempo de calma.
Baixam-se os estores, liga-se a música ambiente (normalmente uma música
de relaxamento, música de “chill out”…) e começa o tempo de relaxamento.
Tiramos os sapatos, pegamos nas nossas almofadas e instalamo-nos
confortavelmente pelo chão aquecido da sala. Às vezes, “acampamos” debaixo
das mesas ou esticamo-nos no tapete das histórias.
Depois, escolhemos o “tipo” de relaxamento.
Umas vezes escolhemos o Ioga, outras a Meditação, a maior parte das vezes, é
uma história contada pelo Henrique, mas o que gostamos mesmo é o Jogo da Pena
ou o Jogo do Carrinho. No Jogo da Pena, fazemo-nos (uns aos outros) “cócegas
boas”: na cabeça, nas mãos, na cara…
No Jogo dos Carrinhos, que também é a pares, fazemos do nosso corpo
auto-estradas que são ótimas massagens para acalmar…
Com todo o ambiente a chamar por nós, é raro que não
dediquemos 30 ou 40 minutos a um sono reparador.
E quando acordamos, temos ainda mais vontade de brincar.
E estamos muito menos irritados.
E é tão bom!
Resultados
No que concerne aos índices de acidentes e situações de risco,
a escola onde se desenvolveu o projeto apresenta os melhores resultados
concelhios e, em relação ao Agrupamento onde se insere, apresenta valores
diminutos de acionamento do seguro escolar para situações de emergência médica.
Na perspetiva micro, constatamos uma redução do absentismo escolar (por doença), uma
maior disponibilidade para a aprendizagem e também uma crescente procura da escola por
famílias de fora da zona de incidência escolar.
Podemos afirmar que as crianças apresentam maior disponibilidade para a aprendizagem e
aumentam consideravelmente os tempos de atenção, diminuíram substancialmente as
situações de conflituosidade e, na informação que vamos obtendo das famílias, tornou-se
visível uma mudança comportamental evidente: as viagens da escola para casa, o tempo de
“estar” com as famílias e até as atividades extracurriculares apresentam “novas” dinâmicas – mais calmas,
mais concentradas e com maior disponibilidade -.
A par destas observações inferidas, também a dinâmica familiar se foi alterando, com muitas
famílias a compreenderem e a aceitarem a necessidade de tempos regulados de sono e descanso.
Não obstante, e por razões atrás apontadas, mantêm-se alguma dificuldade em ”justificar”, interna e
superiormente, algumas das opções feitas, o que tem, de alguma forma, enfraquecido o alcance e a
sustentabilidade de algumas das alterações que tiveram lugar.

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Uma experiência de sono no jardim de infância

  • 1. UMA EXPERIÊNCIA DE SONO NO JARDIM DE INFÂNCIAO sono, ao qual consagramos, em saúde, cerca de um terço da nossa existência, não se limita a ausência do estado de ânimo que caracteriza a vigília. O sono é um processo neurofisiológico e comportamental complexo, que serve para reorganizar todas as nossas funções e garantir, entre outros aspetos, a recuperação física e estabilidade psíquica-emocional e, em última instância, a sobrevivência. Nos mecanismos do sono estão envolvidos, a renovação celular, a produção de hormonas e anticorpos, a síntese de proteínas e, ativação de vias essenciais ao controlo endócrino-metabólico e cardiovascular. Nas crianças o sono é ainda determinante para o crescimento e desenvolvimento. . A sesta na criança em idade pré-escolar não está garantida para a maioria das crianças. É aliás frequente que por motivos distintos, culturais, sociais, financeiros e até religiosos, este seja um comportamento desencorajado por muitos pais e educadores. Os resultados de vários estudos e consensos defendem que crianças em idade pré- escolar (3 a 5/6 anos de idade) beneficiam com 10 a 13 horas de sono/dia, com 10 a 11 horas de sono cumpridas no período noturno e 1 a 3 horas de sesta, a seguir ao almoço. Se nos isentarmos de outros motivos que concorrem para um sono inadequado, em tempo e em qualidade, basta analisar o tempo de atividade diária de uma criança em idade pré-escolar para que não existam dúvidas que, num elevado número de crianças existe, de facto, uma privação do sono, com interferência no sono noturno e a alterações de comportamento que se repercutem sobre o bem- estar da criança e da família. As manifestações da privação de sono infantil são variadas, desde os vulgares sinais de sonolência, como esfregar os olhos ou deitar a cabeça sobre a mesa de trabalho, a comportamentos externalizantes, como aumento da impulsividade, agitação motora e agressividade, bem como distração e incapacidade para concluir tarefas. Nas crianças, a privação de sono está, ao contrário dos adultos, mais frequentemente relacionada com sintomas de impulsividade e pouca atenção que são frequentemente confundidos com a perturbação de défice de atenção e hiperatividade. Este aspeto é particularmente relevante, não só pela estigmatização, ainda para mais associada a um erro de diagnóstico, mas também pelo tratamento inadequado, com recurso a estratégias terapêuticas farmacológicas que têm riscos e efeitos acessórios no próprio rendimento físico e intelectual. Além daquelas que são, normalmente referidas, a privação de sono afeta também muitas outras funções neuro-cognitivas e tem ainda uma relação clara estabelecida com o aumento de lesões acidentais e quedas frequentes, tendencialmente ao fim da tarde. É também fundamental ter em conta que o défice de sono durante os primeiros anos de vida tem consequências deletérias a médio e longo prazo na saúde e bem-estar na adolescência e na idade adulta. Henrique Santos Educador de Infância Miguel Meira e Cruz Especialista Europeu de Sono Reconhecendo: A necessidade das crianças pequenas terem tempos e espaços de descanso e de pausa nas atividades letivas, Que as crianças enfrentam períodos de permanência na escola que vão frequentemente até 11 horas, Que a formação académica incide (apenas) nos conhecimentos técnicos, Que as famílias, imersas nas suas múltiplas atividades, não dispõem de “tempo útil” e Que os modelos sociais se têm alterado… Tornou-se fundamental encontrar estratégias diversas, como a participação de docentes e famílias, em momentos recorrentes de informação e reflexão conjunta, espaços, equipamentos e materiais específicos que contribuam para a promoção de hábitos saudáveis, e, sobretudo, a disseminação de informação pertinente. Como acontece… “Na sala de jardim-de-infância, o pós almoço é sempre uma “zona de descanso”. Depois de regressarmos à sala, e depois da rotina da escovagem de dentes, inicia-se o tempo de calma. Baixam-se os estores, liga-se a música ambiente (normalmente uma música de relaxamento, música de “chill out”…) e começa o tempo de relaxamento. Tiramos os sapatos, pegamos nas nossas almofadas e instalamo-nos confortavelmente pelo chão aquecido da sala. Às vezes, “acampamos” debaixo das mesas ou esticamo-nos no tapete das histórias. Depois, escolhemos o “tipo” de relaxamento. Umas vezes escolhemos o Ioga, outras a Meditação, a maior parte das vezes, é uma história contada pelo Henrique, mas o que gostamos mesmo é o Jogo da Pena ou o Jogo do Carrinho. No Jogo da Pena, fazemo-nos (uns aos outros) “cócegas boas”: na cabeça, nas mãos, na cara… No Jogo dos Carrinhos, que também é a pares, fazemos do nosso corpo auto-estradas que são ótimas massagens para acalmar… Com todo o ambiente a chamar por nós, é raro que não dediquemos 30 ou 40 minutos a um sono reparador. E quando acordamos, temos ainda mais vontade de brincar. E estamos muito menos irritados. E é tão bom! Resultados No que concerne aos índices de acidentes e situações de risco, a escola onde se desenvolveu o projeto apresenta os melhores resultados concelhios e, em relação ao Agrupamento onde se insere, apresenta valores diminutos de acionamento do seguro escolar para situações de emergência médica. Na perspetiva micro, constatamos uma redução do absentismo escolar (por doença), uma maior disponibilidade para a aprendizagem e também uma crescente procura da escola por famílias de fora da zona de incidência escolar. Podemos afirmar que as crianças apresentam maior disponibilidade para a aprendizagem e aumentam consideravelmente os tempos de atenção, diminuíram substancialmente as situações de conflituosidade e, na informação que vamos obtendo das famílias, tornou-se visível uma mudança comportamental evidente: as viagens da escola para casa, o tempo de “estar” com as famílias e até as atividades extracurriculares apresentam “novas” dinâmicas – mais calmas, mais concentradas e com maior disponibilidade -. A par destas observações inferidas, também a dinâmica familiar se foi alterando, com muitas famílias a compreenderem e a aceitarem a necessidade de tempos regulados de sono e descanso. Não obstante, e por razões atrás apontadas, mantêm-se alguma dificuldade em ”justificar”, interna e superiormente, algumas das opções feitas, o que tem, de alguma forma, enfraquecido o alcance e a sustentabilidade de algumas das alterações que tiveram lugar.