Uma introdução à mecânica do ensino superior. Aprenda da melhor forma a base dos estudos mecanicistas da engenharia.
Recomendado para iniciantes na disciplinas e leigos.
2. Apresentação
Olá meu nome é Helder Guerreiro aluno do curso de Engenharia Química na Universidade
Federal do Amazonas (UFAM). Esta apostila é somente uma introdução básica para que você
inicie seus estudos com o pé direito. Esta apostila irá lhe ajudar a ter uma base para entender os
estudos da mecânica e então poderá prosseguir com as suas próprias pernas utilizando um livro
de mecânica.
O importante é conseguir entender as metodologias desta disciplina sempre ficando de olho nos
mínimos detalhes relacionados a sinais e direções. Lembre-se: estamos trabalhando com vetores
e então direção, módulo e sentido devem sempre fazer parte do seu foco para encontrar o valor
desejado.
Bons estudos e vamos à luta!
3. Sumário
Dia 1 – Vetores
Dia 2 – Componentes Cartesianas
Dia 3 – Exercícios
Dia 4 – Momento de Força e Binário
Dia 5 – Resultante de um Corpo Rígido
Dia 6 – Sistemas de Forças no Espaço
Dia 7 – Produto Escalar e Vetorial
Dia 8 – Equilíbrio dos Corpos
Dia 9 – Grau de Estaticidade
Dia 10 – Análise Estrutural
5. Exemplo 1
1. Duas forças são aplicadas no ponto A. Determine a intensidade, a direção e o sentido da
resultante, através da regra do triângulo.
Regra do triângulo
-Escolhendo Ԧ𝐴 como vetor inicial.
Encontrando ângulos
25°
20°
Ԧ𝐴 = 60𝑁
𝐵 = 40 𝑁
Passo 1
Ԧ𝐴
𝐵
𝑅
Passo 2
Ԧ𝐴
𝐵
𝑅
25°
A não foi modificado, ângulo permanece.
Ԧ𝐴
𝐵25°
𝛼
𝛼 = 180° − 25° = 155°
6. - Dessa forma
Módulo (intensidade)
Para encontrar módulo pelas leis, temos os casos:
-Lei dos cossenos: 1 ângulo, dois valores.
-Lei dos senos: 2 ângulos, um valor.
𝑅2 = 𝐴2 + 𝐵2 − 2𝐴𝐵 cos 155°
𝑅2
= 402
+ 602
− 2.40.60. cos 155°
𝑅 = 97,726 𝑁
Ԧ𝐴
𝐵
𝑅
155° Dados suficientes para encontrar 𝑅
Passo 3
7. Sentido (ângulo)
No início tínhamos:
Para encontrar o sentido pelas leis, temos os casos:
-Lei dos cossenos: sem ângulo, três valores.
-Lei dos senos: 1 ângulo, dois valores.
𝐵
sen 𝛽
=
𝑅
sen 155°
→ 𝛽 = arcsen
𝐵 sen 155°
𝑅
→ 𝛽 = 9,96°
𝜎 = 45° − 9,96° = 35,0°
Passo 4
Ԧ𝐴
𝐵
𝑅
155°
𝛽
𝛾
𝜎
Usando eixo abscissa como referência.
25°
20°
Ԧ𝐴
𝐵 A não foi modificado, ângulo permanece. 25° + 20°
Ԧ𝐴
Logo, 45° é a angulação total de Ԧ𝐴.
𝜎 é menor que isso, então: 𝜎 = 45° − 𝛽.
8. Exemplo 2
2. Uma barcaça é puxada por dois rebocadores. Se a resultante das forças exercidas pelos
rebocadores é uma força de 22250 N dirigida ao longo do eixo da barcaça, determine a força
de tração em cada cabo, para 𝛼 = 45°.
Regra do triângulo
-Escolhendo 𝑇2 como vetor inicial.
30°
𝛼
𝐴
𝐵
𝐶
𝑇1
𝑇2
Passo 1
𝑇2
𝑇1
𝑅
9. Encontrando ângulos
Primeiro vetor
- Encontrando 𝑇1, qualquer lei pode ser usada.
𝑇1
sen 45°
=
𝑅
sen 105°
→ 𝑇1 =
𝑅
sen 105°
sen 45° → 𝑇1 = 16288,131 𝑁
Segundo vetor
- Encontrando 𝑇2, qualquer lei pode ser usada.
𝑇2
sen 30°
=
𝑅
sen 105°
→ 𝑇2 =
𝑅
sen 105°
sen 30° → 𝑇2 = 11517,448 𝑁
Passo 2
𝑅
45° 30°𝛽 𝛽 = 45° + 30° − 180° = 105°
Passo 3
Passo 4
45° 30°
Método utilizado quando a linha de referência
está entre os ângulos.
10. Exercício
1. Duas forças são aplicadas no ponto B da viga AB. Determine a intensidade, a direção e o
sentido da resultante usando o eixo abscissa como referência.
Regra do triângulo
-Escolhendo Ԧ𝐴 como vetor inicial.
𝐴 𝐵
40° 60°𝐵 = 2 𝑘𝑁
Ԧ𝐴 = 3 𝑘𝑁
Passo 1
𝑅
𝐵
Ԧ𝐴
11. Encontrando ângulos
Módulo (intensidade)
Para encontrar módulo pelas leis, temos os casos:
-Lei dos cossenos: 1 ângulo, dois valores.
-Lei dos senos: 2 ângulos, um valor.
𝑅2 = 𝐴2 + 𝐵2 − 2𝐴𝐵 cos 80°
𝑅2 = 10,916 𝑘𝑁
𝑅 = 3,304 𝑘𝑁
Passo 2
𝑅
𝐵
Ԧ𝐴
𝛼
40°
60°
Considerando ângulo de 90°
30°
𝛼 = 60° + 40° − 180° = 80°
𝛽
𝛾
Sabendo que dentro de um triângulo temos
180° encontramos 30° no canto superior esquerdo.
Esse valor mais o ângulo 𝛽 que está ao lado, formam
o ângulo do vetor resultante, então é por isso que
encontramos logo esse valor de 30°.
Passo 3
12. Sentido (ângulo)
Para encontrar o sentido pelas leis, temos os casos:
-Lei dos cossenos: sem ângulo, três valores.
-Lei dos senos: 1 ângulo, dois valores.
𝐵
sen 𝛽
=
𝑅
sen 80°
→ 𝛽 = arcsen
𝐵 sen 80°
𝑅
→ 𝛽 = 36,6°
𝜎 = 36,6° + 30° = 66,6°
Passo 4
𝑅
𝐵
Ԧ𝐴
80°
30°
𝛽
𝛾
Então temos um 𝜎 = 𝛽 + 30° que é o
ângulo do vetor resultante, em relação
ao eixo abscissa.
16. Exemplo 1
1. Sabendo que a força F tem intensidade de 600 N, expresse F como um vetor, em termos dos
vetores unitários i e j.
40°
17. Componentes
𝐹𝑥 = 𝐹 cos 40° = 600 cos 40° = 459,627 𝑁
𝐹𝑦 = −𝐹 sen 40° = −600 sen 40° = −385,673 𝑁
Resultado em vetores unitários
𝐹 = 459,627 𝑖 𝑁 − 385,673 𝑗 𝑁
Aqui já não se pode haver mais cálculos. Estamos em um cálculo vetorial, os termos em i não se
misturam ao j.
Passo 1
Passo 2
18. Exemplo 2
2. A força F de 1800 N é aplicada à extremidade da viga I. Expresse F como um vetor em termos
dos vetores unitários i e j.
𝑦
𝑥
𝑧
4
3
𝐹1
21. Exemplo 3
3. Determine as componentes cartesianas em x e y, de cada uma das forças indicadas na figura.
600 𝑁 = 𝐹1
500 𝑁 = 𝐹2
0,3 𝑚
4
3
800 𝑁 = 𝐹3
𝐴
0,1 𝑚
0,2 𝑚
35°
28. Exemplo 5
5. Dois cabos sujeitos a trações conhecidas estão presos ao ponto A. Um terceiro cabo AC, é
usado para sustentação. Determine a tração em AC sabendo que a resultante das três forças
aplicadas em A deve ser vertical.
12 𝑘𝑁 = 𝐹2
30 𝑘𝑁 = 𝐹1
𝑇𝐴𝐶
20 𝑚
15 𝑚
𝛼
𝛽
10°25°
𝐵 𝐶
𝐴
32. Exercício 1
1. Para as duas forças indicadas na figura abaixo, determine a resultante das forças e o ângulo α
que a resultante faz com o eixo x positivo.
30°
𝐹2 = 2 𝑘𝑁𝐹1 = 3 𝑘𝑁
4
3
35. Exercício 2
2. Três hastes estão fixadas ao suporte em O. Considere que a resultante das forças esteja
verticalmente para baixo e tenha uma amplitude de 6 kN. Determine a intensidade F e a
direção θ.
30°
𝐹2 = 2,5 𝑘𝑁𝐹1 = 5 𝑘𝑁
45°
𝜃
𝐹
𝑅 = 6 𝑘𝑁
41. Exercício 4
4. Deseja-se remover o pino de uma madeira pela aplicação de uma força horizontal. Um
obstáculo impede que esse movimento seja realizado, sendo assim, para retirar o pino será
aplicado uma força de 1,6 kN e P, nas direções indicadas na figura.
Determine:
a) O valor de P para que a resultante esteja localizada ao longo do eixo do pino.
b) A resultante das forças.
𝑃
1,6 𝑘𝑁
200 𝑚𝑚
100 𝑚𝑚
150 𝑚𝑚
43. Exercício 5
5. Para a estrutura mostrada, analise as seguintes situações:
a) Sabendo que a tração no cabo BC é 725 N, determine a resultante das forças sobre o
ponto B.
b) Considere que a resultante do sistema exercida no ponto B seja vertical, determine a
tração no cabo BC e a respectiva resultante.
𝐴
𝐵
𝐶
780 𝑁 = 𝐹1
500 𝑁 = 𝐹2
800 𝑚𝑚
840 𝑚𝑚 5
13
12
4
3
5
48. Momento de Força
𝑀 = Ԧ𝑟 × Ԧ𝐹
𝑀 = Momento de uma força em relação a um ponto específico
Ԧ𝑟 = Vetor posição do ponto escolhido
Ԧ𝐹 = Força aplicada no ponto escolhido
𝐴
𝐵 𝛼
𝑀
𝑂
𝑟
ቊ
𝑀 = 𝐹. 𝑟 sen 𝛼
𝑀 = 𝐹. 𝑑 𝑎 𝑑𝑖𝑠𝑡â𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑑𝑒𝑣𝑒 𝑠𝑒𝑟 𝑝𝑒𝑟𝑝𝑒𝑛𝑑𝑖𝑐𝑢𝑙𝑎𝑟
49. Teorema de Varigon
- O momento de uma força em relação a qualquer ponto é igual à soma dos momentos dos
componentes desta força em relação ao mesmo ponto.
𝑂
𝐵
𝑟
𝑅
𝑄
𝑃
𝑂
𝐵
𝑅
𝑄
𝑃
𝑝
𝑑
𝑀𝑜 = 𝑅. 𝑑 = −𝑝. 𝑃 + 𝑞. 𝑄
𝑞
Deve-se adotar o sentido positivo do giro dos
vetores ao ponto especificado
50. Exemplo 1
1. Uma força de 800 N é aplicada como ilustrado. Determine o momento da força em relação a
B.
51. Componentes
Sentido
Momento em B
𝑀 𝐵 = 𝑝𝑦. 0,2 + 𝑝𝑥. 0,16 = 692,82 0,2 + 400 0,16 = 202,564 𝑁𝑚
Passo 1
60°
𝑃𝑥 = 𝐹 cos 60° = 400 𝑁
𝑃𝑦 = 𝐹 sen 60° = 692,820 𝑁
+ +
Passo 2
𝑃𝑦
𝑃𝑥
Melhor movimento até B
Passo 3 Resposta positiva, sentido de curva positivo
𝑀 𝐵 = 202,564 𝑁𝑚
52. Exemplo 2
2. Uma força de 150 N é aplicada à alavanca de controle AB, como ilustrado. O comprimento da
alavanca é igual a 0,20 m e α = 30°. Determine o momento da força em relação a B
decompondo a força em componentes horizontal e vertical.
65°
𝛼
150 𝑁
𝐴
𝐵
53. Componentes
Sentido
Distâncias
Passo 1
𝑃𝑥 = 𝐹 cos 30° = 129,904 𝑁
𝑃𝑦 = 𝐹 sen 30° = 75 𝑁
+ +
Passo 2
𝑃𝑦
𝑃𝑥
Melhor movimento até B
Passo 3
30°
𝑃𝑦
𝑃𝑥𝐴
𝐵
0,2 𝑚
65°
sin 65° =
𝑦
0,2
→ 𝑦 = 0,181 𝑚
cos 65° =
𝑥
0,2
→ 𝑥 = 0,085 𝑚
𝑦
𝑥
54. Momento em B
𝑀 𝐵 = 𝑝𝑦. 𝑥 − 𝑝𝑥. 𝑦 = 75 0,085 − 129,904 0,181 = −17,138 𝑁𝑚
Passo 4
𝑀 𝐵 = 17,138 𝑁𝑚
55. Binário
- É o momento produzido por forças não colineares, iguais e opostas.
A influência do momento no ponto se deve a distância entre as forças, a distância da força ao ponto não
influenciará.
𝑀 𝑜 = 𝐹. 𝑑
↑
↓
𝑑
𝑑 𝑑
Ante Horário Horário
56. Exemplo 1
1. Calcule o momento produzido pelas duas porcas 400 N no ponto A e O.
400 𝑁
200 𝑚𝑚 100 𝑚𝑚 100 𝑚𝑚
𝐴 𝑂
57. Momento em A
𝑀𝐴 = 400 0,2 + 400 0,2 = 160 𝑁𝑚
𝑀𝐴 = 160 𝑁𝑚
Momento em O
𝑀 𝑂 = 400 0,3 + 400 0,1 = 160 𝑁𝑚
𝑀𝐴 = 160 𝑁𝑚
OU
Binário
𝑀𝐴 = 𝑀 𝑂 = 400 0,4 = 160 𝑁𝑚
+ +
Passo 1
Passo 2
Passo 1
58. Exemplo 2
2. O elemento estrutural está submetido a um binário composto por 2 forças de 100 N.
Substitua este binário por um binário equivalente no topo do elemento estrutural utilizando
as forças P e –P, cada uma com módulo de 400 N. Determine o ângulo θ apropriado.
100
60
100
100
40
𝑃
−𝑃
𝑀
𝜽
𝜽
64. Exemplo 1
1. Onde atua a resultante das 2 forças da estrutura?
𝐴
500 𝑚𝑚300 𝑚𝑚680 𝑁
660 𝑁
65. Resultante
𝑅𝑥 = 0 | 𝑅𝑦 = 𝑅 = 𝐹𝑦 = −680 + 660 = −20 𝑁
𝑅 = 20 𝑁
Momento em A
𝑀𝐴 = −680 0,8 + 660 0,5 = −214 𝑁. 𝑚 → 214 𝑁. 𝑚
Distância da resultante até o ponto A
𝑀𝐴 = 𝑅. 𝑑 → −214 = −20. 𝑑 → 𝑑 = 10,7 𝑚
+ +
Passo 1
Passo 2
Anti-horário horário
Passo 3
66. Exemplo 2
2. Determine: (a) a resultante das forças e do binário que atuam na placa e (b) a distância
perpendicular da resultante até o ponto O.
𝑥
𝑦
𝑂
2 𝑚 5 𝑚
50 𝑁
140 𝑁. 𝑚
80 𝑁
30°
2 𝑚
2 𝑚
40 𝑁
1 𝑚
45°
60 𝑁
67. Resultante
𝑅𝑥 = 𝐹𝑥 = 40 − 60 cos 45° + 80 cos 30° = 66,856 𝑁
𝑅𝑦 = 𝑅 = 𝐹𝑦 = 60 sen 45° + 50 + 80 sen 30° = 132,426 𝑁
𝑅 = 148,345 𝑁
Ângulo (sentido)
tan 𝜃 =
𝑅𝑦
𝑅𝑥
→ 𝜃 = 63,2°
Momento em A
𝑀𝐴 = − 60 cos 45° 4 + 60 sen 45° 7 + 50 5 − 140 = 237,278 𝑁. 𝑚 → 237,278 𝑁. 𝑚
+ +
Passo 1
Passo 2
Passo 3
𝜃
𝑅
63,2°
148,345 𝑁
Anti-horário horário Anti-horário
68. Distância da resultante até o ponto O
𝑀 𝑂 = 𝑅. 𝑑 → 237,278 = 148,345. 𝑑 → 𝑑 = 1,599 𝑚
Passo 4
69. Exemplo 3
3. Substitua as forças da treliça abaixo por um sistema força binário em O.
𝑂 𝑃
3 𝑚 3 𝑚6 𝑚
5 𝑚
25 𝑘𝑁
20 𝑘𝑁
30 𝑘𝑁
𝑦
𝑥
70. Resultante
𝑂𝑥 = −25 + 20 sen 30° = −15 𝑘𝑁
𝑂𝑦 = −30 − 20 cos 30° = −47,321 𝑘𝑁
Momento em O
𝑀 𝑂 = −25 5 + 30 9 + 20 sen 30° 5 + 20 cos 30° 9 = 350,885 𝑘𝑁. 𝑚
Sistema de força Binário
+ +
Passo 1
Passo 2
Passo 3
Anti-horário horário
𝑂15 𝑘𝑁
47,321 𝑘𝑁
𝑀 𝑂 = 350,885 𝑘𝑁. 𝑚
horário horário
71. Exemplo 4
4. Substitua as forças e o momento presentes na estrutura abaixo por um sistema força binário
em A.
𝐴
3
4
1,2 𝑘𝑁
500 𝑁. 𝑚
0,15 𝑚
0,15 𝑚
2 𝑘𝑁
0,5 𝑚1,5 𝑚
70°
72. Resultante
𝐴𝑥 = 1,2
3
5
+ 2 cos 70° = 1,644 𝑘𝑁
𝐴𝑦 = − 1,2
3
5
+ 2 sen 70° = 1,159 𝑘𝑁
Momento em A
𝑀𝐴 = 1,2
3
5
1,5 − 1,2
4
5
0,15 + 0,5 − 2 sen 70° 2 + 2 cos 70° 0,15 = −2,220 𝑘𝑁. 𝑚
Sistema de força Binário
+ +
Passo 1
Passo 2
Passo 3
Anti-horáriohorário
𝐴
1,644 𝑘𝑁
1,159 𝑘𝑁
𝑀 𝑂 = 2,220 𝑘𝑁. 𝑚
horárioMomento Anti-horário
77. Dessa forma temos
𝐹 = 𝐹𝜆 =
𝐹
𝑑
𝑑 𝑥 𝑖 + 𝑑 𝑦 𝑗 + 𝑑 𝑧 𝑘
cos 𝜃 𝑥 =
𝑑𝑥
𝑑
cos 𝜃 𝑦 =
𝑑𝑦
𝑑
cos 𝜃𝑧 =
𝑑𝑧
𝑑
𝑅 𝑥 = 𝐹𝑥 𝑅 𝑦 = 𝐹𝑦 𝑅 𝑧 = 𝐹𝑧
𝑅 = 𝑅 𝑥
2
+ 𝑅 𝑦
2
+ 𝑅 𝑧
2
Então também temos que
cos 𝜃 𝑥 =
𝑅𝑥
𝑅
cos 𝜃 𝑦 =
𝑅𝑦
𝑅
cos 𝜃𝑧 =
𝑅𝑧
𝑅
78. Exemplo 1
1. Um cabo de sustentação de uma torre está ancorado por meio de um parafuso em A. A
tração no cabo é 2500 N. Determine (a) as componentes Fx, Fy e Fz da força que atua sobre o
parafuso e (b) os ângulos θx, θy e θz que definem a direção da força.
81. Exemplo 2
2. Uma placa de concreto pré-moldado é temporariamente sustentada pelos cabos da figura.
Conhecendo as trações de 4200 N, no cabo AB, e 6000 N, no cabo AC, determine o módulo e
a direção da resultante das forças aplicadas pelos cabos AB e AC na estaca A.
84. Exercício 1
1. A força atuante no cabo AB tem valor de 2 kN, como indica a figura. Expresse a força no cabo
em forma vetorial.
𝑦
𝑥
𝑧
𝑂
1,2 𝑚
0,3 𝑚
𝐴
𝐵
0,5 𝑚
0,4 𝑚
2 𝑘𝑁
86. Exercício 2
2. O tensionador é apertado até que a força trativa no cabo AB valha 2,4 kN. Determine a
expressão vetorial para a força T, como uma força atuando em A.
𝑦
𝑥
𝑧
𝐴
5 𝑚
1 𝑚𝑂
2 𝑚3 𝑚
𝐵
𝐶
𝐷
90. Produto escalar entre os vetores unitários
൞
𝑖 ∙ 𝑖 = 1 𝑗 ∙ 𝑖 = 0 𝑘 ∙ 𝑖 = 0
𝑖 ∙ 𝑗 = 0 𝑗 ∙ 𝑗 = 1 𝑘 ∙ 𝑗 = 0
𝑖 ∙ 𝑘 = 0 𝑗 ∙ 𝑘 = 0 𝑘 ∙ 𝑘 = 1
O vetor unitário tem o comportamento do número 1, por isso ele vezes ele mesmo resultará no valor 1.
Mas o seu comportamento é desprezado quando em ambientes diferentes do seu, porque o produto
escalar não trata o espaço e nem movimentação angular, neste caso, somente a projeção, por isso o
produto de vetores unitários diferentes é nulo.
91. Exemplo 1
1. No dia 6 este exercício foi apresentado:
“O tensionador é apertado até que a força trativa no cabo AB valha 2,4 kN. Determine a expressão
vetorial para a força T, como uma força atuando em A.”
Resultando em: 0,876𝑖 + 0,438𝑗 − 2,191𝐾 𝑘𝑁
Qual a intensidade da projeção de T ao longo da linha AC?
𝑦
𝑥
𝑧
𝐴
5 𝑚
1 𝑚𝑂
2 𝑚3 𝑚
𝐵
𝐶
𝐷
94. Vetor unitário
𝑖 × 𝑗 = 𝑘
𝑖
𝑧
𝑦
𝑥
𝑗 × 𝑖 = −𝑘
𝑖
𝑧
𝑦
𝑥
Temos que diferente do produto escalar o produto vetorial importa sentido e também trabalha com o espacial. Dessa forma
os vetores unitários irão se relacionar entre si para formar o vetor resultante perpendicular V mostrado no início do assunto. Por isso o
produto vetorial entre dois vetores unitário iguais é nulo, porque por definição dois vetores distintos forma um vetor resultante
perpendicular à esses dois. Isso não pode acontecer se for no mesmo vetor.
𝑗 𝑗
ቐ
𝑖 × 𝑖 = 0 𝑗 × 𝑖 = −𝐾 𝐾 × 𝑖 = 𝑗
𝑖 × 𝑗 = 𝐾 𝑗 × 𝑗 = 0 𝐾 × 𝑗 = −𝑖
𝑖 × 𝐾 = −𝑗 𝑗 × 𝐾 = 𝑖 𝐾 × 𝐾 = 0
𝑘
റ𝑖 റ𝑗
Horário negativo
Anti-horário positivo
97. Exemplo 1
1. Uma placa retangular é sustentada por
suportes em A e em B e por um fio CD.
Sabendo que a tração no cabo é de 200 N,
determinar o momento da força exercida
pelo fio na placa, em relação ao ponto A.
99. Exemplo 2
2. Uma laje de fundação apoia 4 pilares, como é mostrado na figura. Determine a intensidade e
o ponto de aplicação da resultante das 4 cargas.
𝑦
𝑧
𝑥
𝑂
1,2 𝑚 1,8 𝑚
1,5 𝑚
1,5 𝑚
𝐴
𝐶
𝐵
180 𝑘𝑁
90 𝑘𝑁
36 𝑘𝑁
54 𝑘𝑁
104. Condição de equilíbrio
Forças externas levam a sistemas força-binário que podem levar ao equilíbrio:
60°
400 𝑁
𝑂
𝐶
60°
400 𝑁
𝑂
84 𝑁𝑚
60°
400 𝑁
𝑂
84 𝑁𝑚
400 𝑁
84 𝑁𝑚
Forças Externas Sistema Força Binário Equilíbrio
105. Equilíbrio de um corpo
Condição necessária e suficiente: ቊ
σ 𝐹 = 0
σ 𝑀 𝑂 = 0
. Suas componentes também serão zero.
Um corpo tem 6 graus de liberdade no espaço e 3 graus no plano:
𝑧
𝑥
𝑦 3 graus pertencem ao sentido:
• 1° em x;
• 1° em y;
• 1° em z.
Mais 3 graus pertencem ao momento:
• Momento em x e y ou z;
• Momento em y e x ou z;
• Momento em z e x ou y.
(não existe momento em um único eixo)
Os movimentos de direita e esquerda, horário
e anti-horário estão subtendidos.
𝑥
𝑦
2 graus pertencem ao sentido:
• 1° em x;
• 1° em y;
Mais 1 grau pertence ao momento:
• Momento em x e y.
Os movimentos de direita e esquerda,
horário e anti-horário estão subtendidos.
106. Reações em apoios e conexões
Apoio de 1° Gênero
◦ Cria uma reação de força 𝑉𝐴 perpendicular ao apoio.
◦ Temos 1 grau de liberdade impedido (perpendicular):
◦ Uma única reação;
◦ Livre para rotacionar;
◦ Momento igual a zero.
𝐴
𝑉𝐴
Exemplo: A estrutura pode se mover para um lado e para o outro, pois não há reação
para os lados, somente na perpendicular que nesse caso é a vertical.
A estrutura não pode se mover nem para baixo e nem para cima na vertical,
porque está impedida pelo apoio de 1° gênero que aplica uma força 𝑉𝐴 que irá
cancelar qualquer força que vier contra.
A estrutura pode se entortar fazendo um movimento de rotação, pois ela é
livre para rotacionar.
A estrutura pode ter movimento de torque, pois o apoio de 1° gênero tem
momento igual a zero, ou seja, não haverá reação.
107. Reações em apoios e conexões
Apoio de 2° Gênero
◦ Cria uma reação de força 𝑉𝐴 perpendicular e outra 𝐻𝐴 paralela ao apoio.
◦ Temos 2 graus de liberdade impedido (perpendicular e paralelo):
◦ Duas reações simultâneas;
◦ Livre para rotacionar;
◦ Momento igual a zero.
𝐴
𝑉𝐴
Exemplo: A estrutura não pode se mover para um lado e para o outro, pois há uma
reação de força 𝐻𝐴 paralela ao apoio que nesse caso é horizontal.
A estrutura não pode se mover nem para baixo e nem para cima na vertical,
porque está impedida pelo apoio de 2° gênero que aplica uma força 𝑉𝐴.
A estrutura pode se entortar fazendo um movimento de rotação, pois ela é
livre para rotacionar.
A estrutura pode ter movimento de torque, pois o apoio de 2° gênero tem
momento igual a zero, ou seja, não haverá reação.
𝐻𝐴
108. Reações em apoios e conexões
Apoio de 3° Gênero (Engaste)
◦ Cria uma reação de força 𝑉𝐴 perpendicular, 𝐻𝐴 paralela e um momento 𝑀𝐴 ao apoio.
◦ Temos 3 graus de liberdade impedido (perpendicular, paralelo e momento):
◦ Três reações simultâneas;
◦ Não está livre para rotacionar;
◦ Momento diferente de zero.
𝐴
𝑉𝐴
Exemplo:
A estrutura não pode se mover para um lado e para o outro, pois há uma
reação de força 𝐻𝐴 paralela ao apoio que nesse caso é horizontal.
A estrutura não pode se mover nem para baixo e nem para cima na vertical,
porque está impedida pelo apoio de 2° gênero que aplica uma força 𝑉𝐴.
A estrutura não pode se entortar fazendo um movimento de rotação, pois ela
não é livre para rotacionar.
A estrutura não pode ter movimento de torque, pois o apoio de 3° gênero tem
momento diferente de zero, ou seja, haverá uma reação contra a qualquer
momento ou rotação que a estrutura tentar fazer.
𝐻𝐴
𝑀𝐴
109. Diagrama de corpo livre
1. Identificar todas as forças que atuam no corpo;
2. Destaca-se o corpo do solo e dos demais campos que estão envolvidos no sistema;
3. Indicamos o ponto de aplicação, intensidade, direção e sentido das forças externas, incluindo
o peso do corpo rígido;
4. Indicamos o ponto de aplicação, intensidade, direção das forças desconhecidas (reações);
5. Incluímos as dimensões necessárias ao calculo dos momentos das forças.
111. Diagrama de corpo livre
Equações de equilíbrio
I. σ 𝐹 𝐻 = 0 → −𝐻𝐴 = 0 → 𝐻𝐴 = 0
II. σ 𝑀𝐴 = 0 → 10 2,0 + 100 5,0 − 𝑉𝐷 9,0 = 0 → 𝑉𝐷 =
520
9
= 57,778 𝑘𝑁
III. σ 𝑀 𝐷 = 0 → 𝑉𝐴 9,0 − 10 7,0 − 100 4,0 = 0 → 𝑉𝐴 =
470
9
= 52,222 𝑘𝑁
Verificando
𝐹𝑉 = 0 → 𝑉𝐴 + 𝑉𝐷 − 10 − 100 = 0
Passo 1
2 m 3 m 4 m
10 kN 100 kN
B
A
C
D
V𝐴
H 𝐴
V 𝐷
Passo 2
Passo 3
Escolha e equação que
não te deixará encurralado
com o número de incógnitas.
Olhe sempre para o número
de forças alocadas na
equação que você quer usar.
Se tiver duas forças
desconhecidas na mesma
equação não a use.
113. Grau de estaticidade
Vamos considerar como “X” o número de incógnitas presente numa estrutura. Como identificar
as incógnitas? Pelos apoios.
Como estudado antes cada apoio tem um tipo de reação, dessa forma temos que um apoio de
1° gênero tem somente uma incógnita, o de 2° gênero tem duas e o de 3° gênero tem três
incógnitas. A presença de dois ou mais apoios numa estrutura leva a soma das incógnitas.
Também temos que considerar “E” como o número de equações de equilíbrio. Quais são as
equações? Elas são determinadas primeiro pelo sistema de análise adotado, ou seja, planar ou
espacial e segundo por alguns artifícios que serão apresentados em seguida.
Por definição temos três equações no plano, elas são: Somatório das forças em x, somatório das
forças em y e o somatório dos momentos. Essas equações já foram citadas na aula anterior.
114. Grau de estaticidade
Tendo como base o que foi falado agora a pouco, temos três tipos de estruturas na análise de
estaticidade: Isoestática, hipoestática e hiperestática.
Temos três incógnitas dos dois apoios e três equações planares:
X = 3 e E = 3.
Temos uma estrutura isoestática, pois X = E.
Isso significa que todas as forças estão em equilíbrio, ou seja, a
estrutura não irá se mover a menos que um mecanismo seja
trabalhado para isso.
O grau de estaticidade de uma estrutura é a diferença do
número de incógnitas pelo número de equações. Dessa forma:
3 – 3 = 0.
O grau de estaticidade zero classifica uma estrutura isoestática.
V𝐴
H 𝐴
V 𝐵
115. Grau de estaticidade
V𝐴 V 𝐵
Temos duas incógnitas dos dois apoios e três equações planares:
X = 2 e E = 3.
Temos uma estrutura hipoestática, pois X < E.
Isso significa que as forças aplicadas sobre esta estrutura farão com
que aja um movimento, ou seja, sem a necessidade de qualquer
mecanismo a estrutura se move.
Seu grau de estaticidade é:
2 – 3 = -1.
O grau de estaticidade -1 classifica uma estrutura hipoestática.
V𝐴
H 𝐴
V 𝐵
H 𝐵
Temos quatro incógnitas dos dois apoios e três equações planares:
X = 4 e E = 3.
Temos uma estrutura hiperestática, pois X > E.
Isso significa que a estrutura está em equilíbrio com as suas forças e
tem a habilidade de repelir qualquer mecanismo que a faça mover.
Seu grau de estaticidade é:
4 – 3 = 1.
O grau de estaticidade 1 classifica uma estrutura hiperestática.
116. Rótula
Uma rótula é representada por um círculo em meio a estrutura. Ela tem a habilidade de
adicionar equações a uma estrutura. Onde há rótula o momento é igual a zero, dessa forma
temos a possibilidade de desmembrar uma estrutura para uma análise de momentos.
Rótula
Na análise do grau estaticidade a rótula adiciona mais equações
para serem consideradas. A quantidade de equações que a
rótula adiciona é o número de linhas que chegam até ela menos
1. Veja pequenos exemplos abaixo:
Uma equação extra Duas equações extras
117. Exemplo: Rótula
Qual o grau de estaticidade da estrutura abaixo?
V𝐴
H 𝐴
V 𝐵
H 𝐵
V𝐶
H 𝐶
M 𝐵 M 𝐶
Número de incógnitas:
X = 2 + 3 + 3 = 8
Número de equações:
E = 3 + (2-1) + (3-1) = 6
Logo:
8 – 6 = 2
X > E (hiperestática)
118. Reação estaticamente indeterminada
Aprendemos que quando o número de incógnitas é igual ao número de equações temos uma
estrutura isoestática. Essa condição é necessária mas não o suficiente, ou seja, nem sempre X =
E será uma estrutura isoestática.
Se a estrutura se movimentar mesmo estando em X = E ela não é isoestática e sim
estaticamente indeterminada.
Exemplo:
V𝐴 V 𝐵 V𝐶
Número de incógnitas:
X = 3
Número de equações:
E = 3
Logo:
3 – 3 = 0
X = E
Mas o que garante que essa estrutura é
isoestática?
Veja que como todos os apoios são de primeiro
grau temos somente forças verticais, se uma força
horizontal for aplicada toda a estrutura irá se
mover e isso não é característica de uma
isoestática. Logo temos uma reação esteticamente
indeterminada.
119. Carregamentos
Assim como temos a representação de forças através de uma única seta, que é a força
concentrada, e através de curvas, que são os momentos, temos também o carregamento que é
a distribuição de uma força sobre um comprimento.
O carregamento pode se comportar de três formas diferentes: uniforme, triangular e
trapezoidal. O nosso objetivo será transformar essa distribuição de forças sobre um
comprimento em uma força resultante.
Uniforme Triangular Trapezoidal
120. Carregamento uniforme
Para transformarmos um carregamento uniforme em uma única força resultante temos que
relacionar o carregamento com o seu comprimento, como se fôssemos encontrar a área, ou
seja, relacionamos base vezes altura (consideramos o carregamento como se fosse uma
“altura”).
A resultante irá se posicionar na metade do comprimento do carregamento.
𝑋 𝑁/𝑚
𝑌 𝑚
𝑋. 𝑌 𝑁
𝑌
2
𝑚
121. Carregamento triangular
Irá seguir o mesmo pensamento que o uniforme, só que dessa vez estamos trabalhando com um
triangulo então a resultante será calculado por base vezes altura dividido por 2. Dessa vez a
posição da resultante será a 1/3 do lado maior do triangulo.
𝑋 𝑁/𝑚
𝑌 𝑚
𝑋. 𝑌
2
𝑁
𝑌
3
𝑚
122. Carregamento trapezoidal
Temos aqui a junção dos dois carregamentos vistos anteriormente. Aqui vamos fazer a distinção
das duas resultantes, uma resultante vinda o carregamento uniforme e outra resultante vinda do
carregamento triangular. Um carregamento trapezoidal vem com a informação de duas forças,
uma na ponta maior e outra na ponta menor, a força da ponta menor é a força que representa o
carregamento uniforme e a força da ponta maior menos o da ponta menor representa o
carregamento triangular. Daí para frente se calcula as resultantes como ensinado anteriormente.
𝑌 𝑚
𝑋′ 𝑁/𝑚
𝑋′′ 𝑁/𝑚
𝑋′′. 𝑌 𝑁
𝑌
2
𝑚
𝑋′
− 𝑋′′
. 𝑌
2
𝑁
𝑌
3
𝑚
123. Componentes
Quando temos o caso de encontrarmos carregamentos inclinados ao encontrar as suas
resultantes elas serão inclinadas assim como os carregamentos, dessa forma nós devemos
desmembrar essa resultante em componentes, assim poderemos usar medidas de cotagem
exatas.
Quando temos uma carregamento inclinado encontramos a sua resultante e usamos as medidas
de cotagem para encontrar um ângulo que nos permita a desmembração. Por exemplo:
𝛼
𝛼
𝛽
𝛽
tan 𝛼 =
𝑐𝑜
𝑐𝑎
=
𝑥
𝑦
𝑥
𝑦
𝐹 sen 𝛼
𝐹 cos 𝛼
𝛼
𝐹
𝐹/𝑚
124. Sinais em cálculos de reações
Quando montamos o diagrama de corpo livre temos que identificar as forças vindas dos apoios.
Dessa forma temos que optar pela posição da força, se é para cima ou baixo, esquerda ou
direita.
Após a montagem do diagrama deve ser feito os cálculos para encontrarmos as reações, nesse
momento deve ser escolhido os sentidos que darão o sinal positivo ou negativo para os eixos x e
y e o momento. Após os cálculos se o resultado da reação encontrada for um valor negativo isso
significa que a direção adotada por você está errada, se o resultado der positivo isso significa
que a direção está correta. O fato do resultado dar negativo ou positivo independe da sua
escolha dos sentidos positivos e negativos para os eixos e momento, ou seja, não se preocupe
com a escolha dos sentidos positivos dos eixos, escolha qualquer um à sua vontade.
Caso a direção adotada por você esteja errada, não mude o diagrama de corpo livre, no final das
questões deverá ser feita uma “conclusão” que será a mudança das reações para as suas
posições corretas.
125. Verificação
Após o término de uma questão podemos verificar os resultados encontrados usando um
somatório dos momentos igual a zero. Esse somatório deve conter todos os momentos
existentes na estrutura, sem exceção.
Para isso ser feito devemos escolher um ponto qualquer na estrutura que nos possibilite de
montar esse somatório. Esse ponto não pode ser um ponto em que uma força está sendo
aplicada, porque o momento dessa força será igual a zero. A escolha é livre desde que use a
cotagem para identificar a posição exata do ponto escolhido.
126. Exemplo 1
Verificar a estaticidade da estrutura e calcular as reações de apoio.
20 𝑘𝑁
10 𝑘𝑁/𝑚
6 𝑚
4 𝑚
2 𝑚
2 𝑚
𝐴 𝐵
𝐶 𝐷
𝐸
127. Diagrama de corpo livre
- Carregamento: 10
𝑘𝑁
𝑚
. 6 𝑚 = 60 𝑘𝑁, na posição 3 m.
Passo 1
20 𝑘𝑁
60 𝑘𝑁
6 𝑚
4 𝑚
2 𝑚
2 𝑚
𝐴 𝐵
𝐶 𝐷
𝐸
V𝐴
H 𝐴
V 𝐵
128. Estaticidade
Número de incógnitas:
X = 3.
Número de equações:
E = 3.
Logo:
3 – 3 = 0 (isoestática).
Reações
Veja que na vertical temos somente o 𝐻𝐴 como incógnita, então vamos usar σ 𝐹 𝐻:
𝐹 𝐻 = 0 → 𝐻𝐴 − 20 = 0 → 𝐻𝐴 = 20 𝑘𝑁
Veja que não podemos usar σ 𝐹𝑉 ainda porque temos duas incógnitas, dessa forma podemos optar por usar tanto o
σ 𝑀𝐴 quanto σ 𝑀 𝐵, aqui vamos usar σ 𝑀𝐴:
𝑀𝐴 = 0 → 60 3 − 20 2 − 𝑉𝐵 6 = 0 → 𝑉𝐵 = 23,333 𝑘𝑁
Passo 2
Passo 3 + +
129. Agora que temos 𝐻𝐴 e 𝑉𝐵 podemos usar σ 𝐹𝑉 para encontra a última incógnita da questão:
𝑉𝐵 = 0 → 𝑉𝐴 + 𝑉𝐵 − 60 = 0 → 𝑉𝐴 = 36,667 𝑘𝑁
Verificação
-Vamos escolher um ponto F na posição apresentada ao lado:
Com isso temos a verificação abaixo:
𝑀 𝐹 = 0 → 36,667 1 − 20 4 + 60 2 + 20 2 − 23,333 5 = 0,002 ≅ 0
-A verificação nos mostra que estamos certos.
Conclusão
Passo 4
𝐴
𝐵
𝐶 𝐷
𝐸
𝑭
1 𝑚
Passo 5
20 𝑘𝑁
10 𝑘𝑁/𝑚
𝐴 𝐵
𝐶 𝐷
𝐸
36,667 𝑘𝑁
20 𝑘𝑁
23,333 𝑘𝑁
130. Exemplo 2
Verificar a estaticidade da estrutura e calcular as reações de apoio.
20 𝑘𝑁/𝑚
4 𝑚
4 𝑚
𝐴 𝐵
𝐶
𝐷
𝐸
4 𝑚
3 𝑚
50 𝑘𝑁/𝑚
137. Esforços Solicitantes Internos (ESI)
Ao analisar uma estrutura, desta vez não há somente pontos ou uma reta, mas sim uma ligação entre
pontos e retas que são na realidade materiais, e esses materiais possuem esforços internos, ou seja, não
somente as forças externas deve ser consideradas mas as forças exercidas entre os materiais. Esses esforços
são:
Esforço Normal (N):
Proporciona tração ou compressão. É a soma algébrica dos componentes na direção normal à seção de cada
uma das forças atuantes de um dos lados nesta seção.
Esforço Cortante (Q):
Proporciona cisalhamento. É a soma algébrica das componentes na direção perpendicular ao eixo da
estrutura de cada uma das forças atuantes de um dos lados da seção.
Momento Fletor (M):
Proporciona flexão. É a soma algébrica dos momentos atuantes de um dos lados da sessão.
139. Diagramas
Os esforços solicitantes variam dependendo da posição X da seção do elemento, ou seja, esses
esforços variam em função de X. As variações desses esforços ao longo da estrutura são
representados graficamente por meio de diagramas. Por exemplo:
𝐻𝐴 = 0
50 𝑘𝑁
𝑉𝐴 = 30 𝑘𝑁 𝑉𝐵 = 20 𝑘𝑁
2 𝑚 3 𝑚
𝐴
𝐶
𝐵
𝐴
𝐶
𝐵
Força Normal 𝐴𝐶 = 0
Força Normal 𝐶𝐵 = 0
Não há forças horizontais.
𝐴
𝐶
𝐵 Força Cortante 𝐴𝐶 = 30
Força Cortante 𝐶𝐵 = −20
30
20
𝐴 𝐶 𝐵 Momento Fletor 𝐴𝐶 = 60
Momento Fletor 𝐶𝐵 = 60
60
Diagrama Esforços Normais
Diagrama Esforços Cortantes
Diagrama Momento Fletor
140. Treliças Isoestáticas
São estruturas compostas por barras interligadas por nós articulados (rótulas) e todos os seus
carregamentos devem estar em cima das rótulas.
Esforços Normais
Banzo inferior
Montante
Nomenclatura
141. Métodos dos Nós
O método dos nós consiste na análise da cada nó isolado através das seguintes equações de equilíbrio:
𝐹 𝐻 = 0
𝐹𝑉 = 0
𝐴
𝐵 𝐶 𝐷
𝐸
𝐹
𝐺
𝐻
𝐹𝐵𝐹
𝐵
𝐹𝐵𝐴 𝐹𝐵𝐶
𝐵
𝐹𝐹𝐵
𝐹𝐴𝐵 𝐹𝐶𝐵
Tração no nó →Tração nas barras
Compressão no nó → Compressão nas barras
Numericamente iguais, sentidos opostos
142. Método dos Nós
Assim como nas reações de apoio, no método dos nós escolhe-se o sentido dos esforços internos,
podendo ser tração (contra o nó) ou compressão (em direção ao nó).
Os resultados dos cálculos dirão a veracidade dos sentidos escolhidos, se o resultado for negativo
o sentido adotado não condiz com a realidade, então seu sentido será trocado no diagrama final.
Os cálculos não devem ser mudados por causa de um resultado negativo, simplesmente se segue
os cálculos e os resultados negativos serão substituídos na equação.
143. Exemplo 1
Determinar os esforços normais da treliça, através do método dos nós.
𝐴 𝐵
𝐶 𝐷
200 𝑘𝑁
100 𝑘𝑁
500 𝑘𝑁
7 𝑚
5 𝑚
146. Diagrama de Esforços Normais (DEN)Passo 4
𝐴 𝐵
𝐶 𝐷100 𝑘𝑁
𝐶
200𝑘𝑁
𝐶
100 𝑘𝑁
𝐶
571,429𝑘𝑁
𝐶
147. Método das seções
Neste método em vez de dar enfoque aos nós dessa vez o enfoque é uma parte da estrutura. Este
método é recomendado para estruturas não tão complexas.
O resultado desse método deve obter os mesmos resultados que os encontrados pelo método
dos nós. Ás vezes é necessário cortas uma estrutura mais de uma vez para encontrar os valores
de certas barras, por isso a desvantagem de usar esse método com estruturas grandes, porque
será necessário vários cortes para encontrar todas as barras.
Após as análises dos cortes usa-se, dessa vez, as três equações de equilíbrio que são: somatório
das forças verticais, horizontais e somatório dos momentos.
148. Exemplo 2
Determinar os esforços normais da treliça, através do método das seções.
𝐴 𝐵
𝐶 𝐷
200 𝑘𝑁
100 𝑘𝑁
500 𝑘𝑁
7 𝑚
5 𝑚