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Universidade Federal do Amazonas
Faculdade de Ciências Agrárias
Engenharia Florestal
Manaus-Am
2016
Noções de resistência dos
materiais:
esforços axiais e transversais
que atuam em peças
estruturais
Samanta Lacerda
Quando um sistema de forças atua sobre um
corpo, o efeito produzido é diferente segundo a
direção e sentido e ponto de aplicação destas
forças.
Os efeitos provocados neste corpo
podem ser classificados em esforços
normais ou axiais,que atuam no
sentido do eixo de um corpo, e em
esforços transversais, atuam na
direção perpendicular ao eixo de um
corpo.
Entre os esforços axiais temos a tração, a
compressão e a flexão, e entre os transversais,
o cisalhamento e a torção (DUTRA, 2011).
Quando as forças agem para fora do corpo, tendendo a
alonga-lo no sentido da sua linha de aplicação, a
solicitação e chamada de TRAÇÃO;
Figura 1 - Tração
Se as forças agem para dentro, tendendo a encurta-lo no
sentido da carga aplicada, a solicitação e chamada de
COMPRESSÃO.
Figura 2 - Compressão
A solicitação de CISALHAMENTO e aquela que ocorre quando
um corpo tende a resistir a ação de duas forças agindo próxima
e paralelamente, mas em sentidos contrários.
Figura 3 - Cisalhamento
Solicitação que tende a modificar o eixo geométrico de
uma peça. Ex.: uma barra inicialmente reta que passa a
ser uma curva.
Figura 4 - Flexão
Solicitação que tende a girar as secções
de uma peça, uma em relação às outras.
Figura 5 – Torção
Um corpo e submetido a SOLICITAÇÕES
COMPOSTAS quando atuam sobre eles duas ou
mais solicitações simples.
Figura 6 - Solicitações Compostas
A ação de qualquer força sobre um corpo altera a sua forma, isto é,
provoca uma deformação. Com o aumento da intensidade da força, há
um aumento da deformação.
10
TIPOS DE
DEFORMAÇÃO
Elástica
Plástica
11
Deformação elástica
Deformação transitória, ou seja, o
corpo retomará suas dimensões iniciais
quando a força for removida.
Deformação plástica
Deformação permanente, ou seja, o
corpo não retornará para suas dimensões
iniciais depois de cessado o esforço aplicado.
12
Deformação unitária ou deformação específica (axial)
Deformação específica é a relação entre o alongamento total e o
comprimento inicial.
ε positivo ⟶reta se alonga
ε negativo ⟶reta se contrai
13
Deformação por cisalhamento
A mudança de ângulo ocorrida entre dois segmentos de reta originalmente
perpendiculares entre si é denominada deformação por cisalhamento.
UNIDADES:
RADIANOS = RAD
14
Tensões admissíveis
As tensões admissíveis são fixadas nas normas técnicas e levam em conta
um fator de segurança muito grande, pois ele devem cobrir:
1.- Todas as falhas nas suposições dos cálculos;
2.- As variações involuntárias na qualidade dos materiais;
3.- Os excessos excepcionais das cargas previstas e etc.
Tensão que oferece a peça uma condição de trabalho sem perigo.
15
Tensões admissíveis
Tensão admissível à compressão simples paralelas às fibras:
Resistência
característica do
material
Coeficiente de
ponderação
NBR 7190/1997
16
Tensões admissíveis
 No caso do aço de construção, é tomado o limite de escoamento como base para
a fixação da tensão admissível ;
 Para materiais quebradiços como o ferro fundido, o concreto e para madeira, a
tensão de ruptura é, em geral, tomada como base para a determinação das tensões
admissíveis.
O COEFICIENTE DE SEGURANÇA:
 consistência da qualidade do material;
 durabilidade do material;
 comportamento elástico do material;
 espécie de carga e de solicitação;
 tipo de estrutura e importância dos elementos estruturais;
 precisão na avaliação dos esforços e seus modos de atuarem sobre os
elementos construtivos;
 qualidade da mão de obra e controle de qualidade dos serviços.
Aço.................. ۷ = 1,15 a 2 (com relação ao escoamento)
Ferro fundido... ۷ = 4 a 8
madeira........... ۷ = 2,5 a 7,5
Alvenaria......... ۷ = 5 a 20
17
A resistência de um elemento estrutural depende da relação entre a força
aplicada e a quantidade de material sobre a qual a força age. A essa relação dá-se o
nome de tensão, que é a quantidade de força que atua em uma unidade de área do
material (FAY, 2006).
(Hallack et al, 2012) descrevem que as tensões em um sólido podem ocorrer
de duas formas:
TENSÃO NORMAL
TENSÃO CISALHANTE
18
Atuam na direção perpendicular à seção transversal da peça.
Tensão normal
TENSÃO DE TRAÇÃO
TENSÃO DE
COMPRESSÃO
TENSÃO DE FLEXÃO
19
Tensão normal
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20
Tensão de cisalhamento
Estas tensões são resultado de um carregamento que provoca um
deslizamento relativo de moléculas que constituem o sólido.
21
Tensão de cisalhamento
Para a verificação do cisalhamento longitudinal (tf), devido à flexão, as
tensões de cisalhamento são calculadas de acordo com a expressão:
Aumentando-se a força externa em um determinado corpo, ocorrerá a
ruptura. A tensão calculada com a carga máxima que o corpo suporta
(Pmax e a seção transversal original (A0 do mesmo, denomina-se
TENSÃO DE RUPTURA OU TENSÃO ESTÁTICA.
Τ=
𝑃
𝐴
22
Com os dados obtidos em um ensaio de tração e
compressão, é possível calcular vário valores de tensão e
deformação correspondentes no corpo de prova, e então,
construir um gráfico com esse resultado. A curva resultane é
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descrita de duas maneiras:
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Diferenças do convencial para o real: Real usa a seção transversal e
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Com esses valores usados nas fórmulas temos os resultado da tensão
real e deformação real do corpo de prova.
A forma do gráfico é a mesma da convencional, com algumas diferenças:
 O gráfico se inicia na faixa de endurecimento por deformação, quando a
amplitude de deformação se torna mais significativa.
 Estrição:
Convencional: O corpo de prova suporta uma carga decrescente.
Real: O corpo de prova suporta uma carga crescente.
28
Melo, J.E. 2013. Apostila Sistemas e Estruturas em madeira. Universidade de
Brasília. p. 53
Bento, D.A. 2003. Fundamentos de resistência dos materiais. Centro Federal de
Educação. Florianopólis. p.16-17
Baêta, F.C.; Sartor, V. 1999 - 2009. Resistência dos materiais e dimensionamento
de estruturas para construções rurais. Universidade Federal de Viçosa, Minas Gerais. p.2-9

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Noções de esforços axiais e transversais em materiais

  • 1. Universidade Federal do Amazonas Faculdade de Ciências Agrárias Engenharia Florestal Manaus-Am 2016 Noções de resistência dos materiais: esforços axiais e transversais que atuam em peças estruturais Samanta Lacerda
  • 2. Quando um sistema de forças atua sobre um corpo, o efeito produzido é diferente segundo a direção e sentido e ponto de aplicação destas forças. Os efeitos provocados neste corpo podem ser classificados em esforços normais ou axiais,que atuam no sentido do eixo de um corpo, e em esforços transversais, atuam na direção perpendicular ao eixo de um corpo. Entre os esforços axiais temos a tração, a compressão e a flexão, e entre os transversais, o cisalhamento e a torção (DUTRA, 2011).
  • 3. Quando as forças agem para fora do corpo, tendendo a alonga-lo no sentido da sua linha de aplicação, a solicitação e chamada de TRAÇÃO; Figura 1 - Tração
  • 4. Se as forças agem para dentro, tendendo a encurta-lo no sentido da carga aplicada, a solicitação e chamada de COMPRESSÃO. Figura 2 - Compressão
  • 5. A solicitação de CISALHAMENTO e aquela que ocorre quando um corpo tende a resistir a ação de duas forças agindo próxima e paralelamente, mas em sentidos contrários. Figura 3 - Cisalhamento
  • 6. Solicitação que tende a modificar o eixo geométrico de uma peça. Ex.: uma barra inicialmente reta que passa a ser uma curva. Figura 4 - Flexão
  • 7. Solicitação que tende a girar as secções de uma peça, uma em relação às outras. Figura 5 – Torção
  • 8. Um corpo e submetido a SOLICITAÇÕES COMPOSTAS quando atuam sobre eles duas ou mais solicitações simples. Figura 6 - Solicitações Compostas
  • 9. A ação de qualquer força sobre um corpo altera a sua forma, isto é, provoca uma deformação. Com o aumento da intensidade da força, há um aumento da deformação.
  • 11. 11 Deformação elástica Deformação transitória, ou seja, o corpo retomará suas dimensões iniciais quando a força for removida. Deformação plástica Deformação permanente, ou seja, o corpo não retornará para suas dimensões iniciais depois de cessado o esforço aplicado.
  • 12. 12 Deformação unitária ou deformação específica (axial) Deformação específica é a relação entre o alongamento total e o comprimento inicial. ε positivo ⟶reta se alonga ε negativo ⟶reta se contrai
  • 13. 13 Deformação por cisalhamento A mudança de ângulo ocorrida entre dois segmentos de reta originalmente perpendiculares entre si é denominada deformação por cisalhamento. UNIDADES: RADIANOS = RAD
  • 14. 14 Tensões admissíveis As tensões admissíveis são fixadas nas normas técnicas e levam em conta um fator de segurança muito grande, pois ele devem cobrir: 1.- Todas as falhas nas suposições dos cálculos; 2.- As variações involuntárias na qualidade dos materiais; 3.- Os excessos excepcionais das cargas previstas e etc. Tensão que oferece a peça uma condição de trabalho sem perigo.
  • 15. 15 Tensões admissíveis Tensão admissível à compressão simples paralelas às fibras: Resistência característica do material Coeficiente de ponderação NBR 7190/1997
  • 16. 16 Tensões admissíveis  No caso do aço de construção, é tomado o limite de escoamento como base para a fixação da tensão admissível ;  Para materiais quebradiços como o ferro fundido, o concreto e para madeira, a tensão de ruptura é, em geral, tomada como base para a determinação das tensões admissíveis. O COEFICIENTE DE SEGURANÇA:  consistência da qualidade do material;  durabilidade do material;  comportamento elástico do material;  espécie de carga e de solicitação;  tipo de estrutura e importância dos elementos estruturais;  precisão na avaliação dos esforços e seus modos de atuarem sobre os elementos construtivos;  qualidade da mão de obra e controle de qualidade dos serviços. Aço.................. ۷ = 1,15 a 2 (com relação ao escoamento) Ferro fundido... ۷ = 4 a 8 madeira........... ۷ = 2,5 a 7,5 Alvenaria......... ۷ = 5 a 20
  • 17. 17 A resistência de um elemento estrutural depende da relação entre a força aplicada e a quantidade de material sobre a qual a força age. A essa relação dá-se o nome de tensão, que é a quantidade de força que atua em uma unidade de área do material (FAY, 2006). (Hallack et al, 2012) descrevem que as tensões em um sólido podem ocorrer de duas formas: TENSÃO NORMAL TENSÃO CISALHANTE
  • 18. 18 Atuam na direção perpendicular à seção transversal da peça. Tensão normal TENSÃO DE TRAÇÃO TENSÃO DE COMPRESSÃO TENSÃO DE FLEXÃO
  • 20. 20 Tensão de cisalhamento Estas tensões são resultado de um carregamento que provoca um deslizamento relativo de moléculas que constituem o sólido.
  • 21. 21 Tensão de cisalhamento Para a verificação do cisalhamento longitudinal (tf), devido à flexão, as tensões de cisalhamento são calculadas de acordo com a expressão: Aumentando-se a força externa em um determinado corpo, ocorrerá a ruptura. A tensão calculada com a carga máxima que o corpo suporta (Pmax e a seção transversal original (A0 do mesmo, denomina-se TENSÃO DE RUPTURA OU TENSÃO ESTÁTICA. Τ= 𝑃 𝐴
  • 22. 22 Com os dados obtidos em um ensaio de tração e compressão, é possível calcular vário valores de tensão e deformação correspondentes no corpo de prova, e então, construir um gráfico com esse resultado. A curva resultane é denominada diagrama tensão-deformação, e pode ser descrita de duas maneiras: Diagrama Tensão-Deformação Convencional Diagrama Tensão-Deformação Real
  • 23. 23 Calcular a Tensão Nominal ou Normal Determinar a Deformação Nominal ou Normal Força Aplicada Área original da seção transversal do corpo de prova Alongamento Comprimento de referência Diagrama Tensão-Deformação Convencional
  • 25. 28/08/2018 25 σr =limite de σE =limite de elasticidade σlp = limite proporcional
  • 26. 28/08/2018 26 Estricção Redução percentual da área transversal do corpo de prova na região onde vai se localizar a ruptura
  • 27. 28/08/2018 27 Diferenças do convencial para o real: Real usa a seção transversal e do comprimento equivalente no momento da aplicação da carga. Com esses valores usados nas fórmulas temos os resultado da tensão real e deformação real do corpo de prova. A forma do gráfico é a mesma da convencional, com algumas diferenças:  O gráfico se inicia na faixa de endurecimento por deformação, quando a amplitude de deformação se torna mais significativa.  Estrição: Convencional: O corpo de prova suporta uma carga decrescente. Real: O corpo de prova suporta uma carga crescente.
  • 28. 28 Melo, J.E. 2013. Apostila Sistemas e Estruturas em madeira. Universidade de Brasília. p. 53 Bento, D.A. 2003. Fundamentos de resistência dos materiais. Centro Federal de Educação. Florianopólis. p.16-17 Baêta, F.C.; Sartor, V. 1999 - 2009. Resistência dos materiais e dimensionamento de estruturas para construções rurais. Universidade Federal de Viçosa, Minas Gerais. p.2-9