O documento descreve três estudantes, Paulo, Mariana e Gabriel, que têm baixa visão e desafios na escola decorrentes disso. Ele também fornece detalhes sobre os sinais e comportamentos típicos de baixa visão e estratégias que educadores podem usar para ajudar esses alunos, como ajustar a iluminação e seleção de materiais.
1. SEMINARIO VIRTUAL
TEMA : Baixa Visão: um desafio para os educadores
Aluna: Marta correia Pereira
Curso: Tecnologias na Educação – PUC RJ
Pesquisando vários materiais sobreo tema, encontrei o material da
educadora , psicóloga e Gerente de Coordenação do Centro de Apoio
Pedagógico para Atendimento às Pessoas com Deficiência Visual - CAP/BH,
que relata algumas situações de postura de alunos com sintomas de baixa
visão:
Paulo tem 13 anos, escreve com letras grandes e em caixa alta, não identifica
acentos e sinais de pontuação em um texto. Ele coloca o livro e o caderno
bem perto do rosto, tem percepção de cores e de detalhes em figuras ou
desenhos simples. Apesar de usar óculos e telescópio tem dificuldade para
enxergar letras e ilustrações dos livros e para copiar o conteúdo do quadro-
negro. É um aluno afável, gosta de "games" e evita lugares sombrios para
brincar e realizar as tarefas escolares.
Mariana tem 09 anos, lê e escreve com dificuldade, e, ao colorir, ultrapassa
os contornos do desenho. Apresenta uma escrita desorganizada, letras
irregulares, levanta da carteira e vira a cabeça ou o caderno para enxergar o
que está escrito. Na entrada da escola e na hora do recreio, não consegue
achar a fila de sua turma necessitando de ajuda. Parece ficar perdida e
hesitante, fecha os olhos com freqüência, principalmente se a claridade for
intensa. Ela é arredia, fala pouco e dificilmente interage com a professora e
os colegas.
Gabriel tem 10 anos, participa das atividades de educação física e do recreio,
mas em sala de aula não demonstra interesse pelas atividades de escrita. Ele
não conhece as letras do alfabeto e não identifica o seu nome. Sempre que
seus objetos escolares caem no chão, usa o tato para procurá-los. Ele vai
sozinho para a escola e solta pipa na rua.
Paulo, Mariana e Gabriel estudam em escolas diferentes da rede municipal de
ensino de Belo Horizonte, e têm necessidades semelhantes, decorrentes da
baixa visão, causada por alterações de funções visuais, que dificultam a
recepção e o reconhecimento de estímulos, interferem ou limitam a execução
de tarefas rotineiras e o desempenho escolar. A condição visual destes alunos
nem sempre é compreendida pelos profissionais das escolas que tendem a
considerar as atitudes e o comportamento deles como falta de interesse,
preguiça, distração ou dificuldade de aprendizagem. Isso porque é difícil para
os educadores e mesmo para a família compreender a oscilação visual que
consiste na possibilidade de enxergar com mais nitidez, ou menos, de acordo
com as circunstâncias exteriores ou o estado emocional do sujeito.
Este material me ajudou a conhecer a situação de alunos com baixa visão uma
vez que não trabalho e nem tenho convivência com esta situação, ela descrê
com propriedade a funcionalidade ou eficiência da visão é definida em termos
da qualidade e do aproveitamento do potencial visual de acordo com os
aspectos de natureza orgânica, as condições de estimulação, de ativação das
funções visuais, da mediação e orientação adequadas. Esta peculiaridade
explica o fato de Paulo, Mariana e Gabriel apresentarem níveis diferenciados
2. de desempenho visual no que diz respeito à desenvoltura e segurança para a
realização de tarefas, locomoção e percepção de estímulos ou obstáculos. Por
isto, é necessário observar e entender o movimento dos alunos em direção ao
estímulo visual, o que fazem para enxergar e como enxergam.
Alguns sinais e comportamentos indicadores de baixa visão podem ser
identificados em sala de aula: aparência dos olhos, tremor da pupila, andar
hesitante, sentido de direção e localização de objetos etc. O aluno esfrega os
olhos; franze a testa; fecha e tampa um dos olhos; balança a cabeça ou a
inclina para a frente para ver um objeto próximo ou distante; levanta para ler
o conteúdo escrito no quadro negro, em cartazes ou mapas; troca palavras,
omite ou mistura letras e sílabas; evita ou protela atividades
predominantemente visuais; pisca muito, chora com freqüência, tem dor de
cabeça ou fica irritado devido ao esforço despendido na realização da tarefa;
tropeça com facilidade ou não consegue se desviar de objetos e de pequenos
obstáculos; aproxima o livro, o caderno e outros materiais para perto dos
olhos; sente incômodo ou intolerância à claridade; troca a posição do livro e
perde a seqüência das linhas em uma página ou confunde letras semelhantes;
tem dificuldade em participar de jogos e brincadeiras que exijam visão de
distância.
A baixa visão é caracterizada pela impossibilidade de ver à distância devido a
alterações decorrentes de lesões ou outras afecções na retina, no nervo
óptico ou no campo visual mesmo após intervenção cirúrgica ou tratamento.
Em muitos casos, há uma perda progressiva e irreversível da visão cujo
processo pode ser lento e provocar efeitos emocionais e outros impactos em
todas as esferas de vida do sujeito.
A baixa visão manifesta-se de forma peculiar em cada um dos indivíduos
afetados porque são muitos os aspectos que interferem no modo de ver e na
maneira como os objetos e estímulos do ambiente são percebidos ou
reconhecidos. Alguns alunos fazem uso de recursos ópticos mediante
prescrição oftalmológica, enquanto outros necessitam basicamente de
recursos não ópticos.
O trabalho com alunos com baixa visão baseia-se no princípio de estimular a
utilização plena do potencial de visão e dos sentidos remanescentes, bem
como na superação de dificuldades e conflitos emocionais. Estes alunos devem
aprender a perceber visualmente as coisas, as pessoas e os estímulos do
ambiente. Para isto, os educadores devem despertar o interesse dos alunos e
estimular o comportamento exploratório por meio de atividades orientadas e
adequadamente organizadas a partir de critérios que contemplem as
necessidades individuais e específicas destes alunos.
Precisamos saber como o aluno deve ficar sentado no centro da sala de aula,
a uma distância de aproximadamente um metro do quadro negro; a carteira
deve ficar em uma posição que evita a incidência de reflexo de luz no quadro,
a claridade diretamente nos olhos do aluno e jogo de sombras sobre o
caderno; o uso constante de óculos deve ser incentivado, quando houver
prescrição médica; a seleção, a confecção ou adaptação de material devem
ser planejadas e elaboradas de acordo com a condição visual do aluno; a
necessidade de tempo adicional para a realização das tarefas deve ser
observada; o material escrito e as ilustrações visuais devem ser testados com
a intenção de assegurar que podem ser percebidos pelo aluno; as posições do
aluno e da carteira devem ser modificadas, sempre que necessário, sobretudo
3. no caso de fotofobia; o excesso de luz deve ser controlado ou evitado em sala
de aula; uso de cortinas ou papel fosco para não refletir a claridade; as
tarefas propostas devem ser explicadas verbalmente de modo claro e
objetivo.
Temos vários blogs que nos ajudam a trabalhar com estes alunos:
http://lumiy.wordpress.com/tag/baixa-visao
http://www.vejam.com.br/blog
http://abeldomoemas.blogspot.com/2009/07/aparelho-facilita-leitura-para-
pessoas.html
http://educaofsicaadaptadaeeducaoespecial.blogspot.com/2009/05/alunos-
cegos-e-com-baixa-visao-livro.html
http://cyberfausto.spaceblog.com.br/110624/UFSC-abre-sala-para-atender-
pessoas-com-baixa-visao
http://www.sembarreiras.org/blog/?tag=baixa-visao
vídeos com orientções
http://www.youtube.com/watch?v=EW4pGyNvv7o
http://www.youtube.com/watch?v=nVuPxKg__yc