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As Dificuldades de
Aprendizagem-DA
 Discalculia
 Dislalia
 Dislexia
 Disortográfica

 A discalculia é um dos transtornos de
aprendizagem que causa a dificuldade
na matemática. Este transtorno não é
causado por deficiência mental, nem
por déficits visuais ou auditivos, nem
por má escolarização, por isso é
importante não confundir a discalculia
com os fatores citados acima.
 Não há diferença entre números e
palavras. Os números podem até ser
escritos por palavras, e as palavras
são usadas para descrever problemas
reais da vida que requerem números
para serem resolvidos (Garcia,2000).
 Crianças com discalculia comete erros
diversos na solução de problemas
verbais, nas habilidades de contagem,
nas habilidades computacionais, na
compreensão dos números.
Como identificar a discalculia:
 Quando se fala na origem das
dificuldades de aprendizagem em
matemática, surgem muitas dúvidas e,
na maior parte dessas ocorrências, não
há uma única causa específica, mas um
conjunto delas que podem ser
encontradas tanto no aluno quanto em
relação a factores externos, inclusive no
modo de ensinar matemática (Silva,
2008).
 Para o manual de Diagnóstico e
Estatística de Distúrbios Mentais - DSM-
IV (2002), o transtorno nas operações
Matemáticas é caracterizado pela
incapacidade para a realização de
operações aritméticas, cálculo e raciocínio
inferior à média esperada para a idade
cronológica, capacidade intelectual e nível
de escolaridade do individuo e dificuldades
que trazem prejuízos significativos em
tarefas diárias que as exigem ou
apresentam algum deficit sensorial,
destacando-se que as dificuldades
matemáticas excedem aquelas geralmente
 Em relação às causas deste transtorno, podemos dizer que existem
inúmeras, mas de acordo com cada enfoque científico têm se dado
mais importância a umas e a outras. Assim por exemplo, diferentes
autores (Badian, 1983; Fernandez Llopis & Pablo, 1991; Gerstman,
1959; Luria, 1966; Mercer, 1983; Rourkler, 1982; entre outros, como
citado em Arándiga, 1998, p. 337) apontam como causas diversas
de discalculia as seguintes:
 Lesões cerebrais;
 Alterações neurológicas;
 Aparecimento tardio da linguagem;
 Estados hiperemotivos;
 Aspectos genéticos;
 Alterações no desenvolvimento intelectual: raciocínio lógico-
abstracto;
 Fatores de maduração: atenção, memória imaginação,
psicomotricidade, lateralidade, ritmo, etc.;
 Deficiência nas habilidades verbais;
 Alterações psicomotoras;
 Falta de consciência dos passos a seguir;
 Dificuldades no pensamento abstrato;
 Falta de motivação;
 Perturbações emocionais;
 Problemas sócio-ambientais;
 Absentismo escolar;
 Transtorno de conduta;
 Falhas estratégicas;
 Lentidão na resposta;
 Problemas de memória para automatizar as
combinações numéricas básicas;
 Utilização de uma linguagem inadequada para
crianças;
 Escassez de conhecimentos prévios;
 Falta de automatização dos procedimentos
simples do cálculo.

 A perspectiva neuropsicológica segundo Arándiga
(1998) postulou que as dificuldades de
aprendizagem na matemática são os resultados
dos seguintes instrumentos:
Verbal - o número como um signo linguístico.
Afasia sensorial: alterações acústico-gnósicas por
lesões do temporal esquerdo.
Afasia motora: alteração da linguagem interna por
lesões do frontal esquerdo.
Visuo-espacial - lesões do lobo parietal.
Alterações das imagens numéricas.
Alterações do reconhecimento espacial do número
(dislexia).
 Práxicos - lesões do lobo temporal parietal.
Alterações dos gestos motores (disgrafia).
Conceptual - lesões do lobo temporal-ocipital-
parietal.
Perda do conceito do número.
Planificação -
Lesões da área frontal esquerda: dificuldade
para planificar a resolução de problemas
numéricos.
Lesões da área frontal direita: dificuldade para
planificar a resolução de problemas espaciais.
Os diferentes graus de discalculia:
 Romagnoli (2008), afirma que dependendo
do grau de imaturidade neurológica da
criança, a discalculia pode ser
considerada em distintos graus:
 Leve - os diacalcúlico reage
favoravelmente à intervenção terapêutica;
 Médio - configura o quadro da maioria dos
que apresentam dificuldade específicas
em matemática;
 Limite - quando apresenta lesão
meurológica, gerando algum defice de
atenção:
Classificou a discalculia em seis subtipos, podendo
ocorrer em combinações diferentes e com outros
transtornos:

1. Discalculia Verbal - dificuldade para nomear as quantidades matemáticas,
os números, os termos, os símbolos e as relações.
2. Discalculia Practognóstica - dificuldade para enumerar, comparar e
manipular objetos reais ou em imagens matematicamente.
3. Discalculia Léxica - Dificuldades na leitura de símbolos matemáticos.
4. Discalculia Gráfica - Dificuldades na escrita de símbolos matemáticos.
5. Discalculia Ideognóstica – Dificuldades em fazer operações mentais e na
compreensão de conceitos matemáticos.
6. Discalculia Operacional - Dificuldades na execução de operações e
cálculos numéricos.

De acordo com Johnson e Myklebust a criança com
discalculia é incapaz de:
 • Visualizar conjuntos de objetos dentro de um conjunto
maior;
• Conservar a quantidade: não compreendem que 1
quilo é igual a quatro pacotes de 250 gramas.
• Seqüenciar números: o que vem antes do 11 e depois
do 15 – antecessor e sucessor.
• Classificar números.
• Compreender os sinais +, - , ÷, ×.
• Montar operações.
• Entender os princípios de medida.
• Lembrar as seqüências dos passos para realizar as
operações matemáticas.
• Estabelecer correspondência um a um: não relaciona
o número de alunos de uma sala à quantidade de
carteiras.
• Contar através dos cardinais e ordinais.
Os processos cognitivos envolvidos na
discalculia são:
 1. Dificuldade na memória de trabalho;
2. Dificuldade de memória em tarefas não-
verbais;
3. Dificuldade na soletração de não-palavras
(tarefas de escrita);
4. Não há problemas fonológicos;
5. Dificuldade na memória de trabalho que
implica contagem;
6. Dificuldade nas habilidades visuo-
espaciais;
7. Dificuldade nas habilidades psicomotoras
e perceptivo-táteis.
Quais os comprometimentos?
• Organização espacial;
• Auto-estima;
• Orientação temporal;
• Memória;
• Habilidades sociais;
• Habilidades grafomotoras;
• Linguagem/leitura;
• Impulsividade;
• Inconsistência (memorização).

Ajuda do professor:
O aluno deve ter um atendimento individualizado
por parte do professor que deve evitar:
• Ressaltar as dificuldades do aluno,
diferenciando-o dos demais;
• Mostrar impaciência com a dificuldade
expressada pela criança ou interrompê-la várias
vezes ou mesmo tentar adivinhar o que ela quer
dizer completando sua fala;
• Corrigir o aluno frequentemente diante da
turma, para não o expor;
• Ignorar a criança em sua dificuldade.
Dicas para o professor:
• Não force o aluno a fazer as lições quando
estiver nervoso por não ter conseguido;
• Explique a ele suas dificuldades e diga que
está ali para ajudá-lo sempre que precisar;
• Proponha jogos na sala;
• Não corrija as lições com canetas
vermelhas ou lápis;
• Procure usar situações concretas, nos
problemas.
 Ajuda do profissional:
Um psicopedagogo pode ajudar a elevar
sua auto-estima valorizando suas
atividades, descobrindo qual o seu
processo de aprendizagem através de
instrumentos que ajudarão em seu
entendimento. Os jogos irão ajudar na
seriação, classificação, habilidades
psicomotoras, habilidades espaciais,
contagem.
 O neurologista irá confirmar, através
de exames apropriados, a dificuldade
específica e encaminhar para
tratamento. Um neuropsicologista
também é importante para detectar as
áreas do cérebro afetadas. O
psicopedagogo, se procurado antes,
pode solicitar os exames e avaliação
neurológica ou neuropsicológica.
 Qual a diferença? Acalculia e
Discalculia.
A discalculia já foi relatada acima.
A acalculia ocorre quando o indivíduo,
após sofrer lesão cerebral, como um
acidente vascular cerebral ou um
traumatismo crânio-encefálico, perde as
habilidades matemáticas já adquiridas. A
perda ocorre em níveis variados para
realização de cálculos matemáticos.
 Cuidado!
As crianças, devido a uma série de fatores,
tendem a não gostar da matemática, achar
chata, difícil. Verifique se não é uma
inadaptação ao ensino da escola, ou ao
professor que pode estar causando este
mal estar. Se sua criança é saudável e
está se desenvolvendo normalmente em
outras disciplinas não se desespere, mas é
importante procurar um psicopedagogo
para uma avaliação.
Muitas confundem inclusive maior-menor,
mais-menos, igual-diferente, acarretando
erros que poderão ser melhorados com a
ajuda de um professor mais atento.
 A CRIANÇA COM DISCALCULIA MANIFESTA:
1) Deficiência quanto a organização viso-
espacial e integração não-verbal;
2) Dificuldade na percepção quanto a
diferença de quantidade, forma, tamanho,
comprimento;
3) Capacidade auditiva extraordinária,
normalmente falam cedo;
4) Apresenta excelente vocabulário de leitura
e habilidades de silabação, no entanto,
apresentam dificuldade quanto a
compreensão;
5) Dificuldade no sentido de direção
 ( direita/esquerda );
1– Inversão do número
em espelho.
 Falha nas coordenadas
espaciais.
Trabalhar na organização
espacial,
direcionalidade.
2 – Inversão do número em
posição.
 Dificuldade na seqüência
temporal.
 Trabalhar na organização
visual.
3 – Escrita e leitura no
número independentemente
( 102 = 1002)
Por falta de domínio das
classes, ordem e valor
relativo do numeral.
 Rever aspectos anteriores ao
número.
- classificação, seriação,
correspondência.
- conservação de quantidade ao
nível de corpo,
- Objeto, letra e número.
- Registro de quantidade, valor
relativo ao número.
4 – Adição do numeral
isolado.
 Falta de domínio das
classes, ordem e valor
relativo ao numeral.
5 – Confusão na leitura e/ou
escrita do numero.
 Falha na discriminação visual.
 Dificuldade de compreensão do
número como um símbolo.
 Trabalhar a representação
simbólica de conjuntos
(tributos) cor, forma,
tamanho, espessura e
6 – Confusão na relação do
número à quantidade
 Dificuldade em associar o
número à sua quantidade.
 Dificuldade de representar
símbolo.
 Trabalhar símbolos.
7 – Confusão dos sinais
operatórios
 Dificuldade na compreensão
dos significados dos sinais
(conceituação).
 Dificuldade na representação
dos símbolos operatórios.
 Trabalhar símbolos.
8 – Não arma operações, ou faz
inadequadamente.
Falhas na organização temporal e
espacial.
Dificuldade do domínio dos
símbolos.
Trabalhar percepção têmporo-
espacial.
Trabalhar elementos anteriores
ao número.
9 – Não realiza problemas  Falta de domínio do significado
dos termos operatórios, dos
quantificadores e dos
símbolos.
 Trabalhar elementos anteriores
ao número.
Referências Bibliográficas:
Arándiga, A.V. (1998). Dificultades de Aprendizaje e intervención
Psicopedagógica. Valência: Promolivro.
Garcia, J. (2000). Manual de deificuldades de aprendizagem -
linguagem, leitura, escrita e matemática. Porto Alegre: Artmed.
Rief, S., & Heimburge, J. (2002). Como ensinar todos os alunos na
sala de aula inclusiva. Porto: Porto Editora.
Romagnoli, G. C. (2008). Discalculia: Um desafio na Matemática.
Trabalho para conclusão do curso. Centro de Referência em
Distúrbios de Aprendizagem. São Paulo.
Silva, W.C. (2008). Discalculia: Uma abordagem à lua da
Educação Matemática. Relatório Final para concretização do
Projecto de Iniciação Ciêntifica, PIBIC, Universidade de
Guarulhos, Guarulhos.
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As dificuldades de aprendizagem

  • 1. As Dificuldades de Aprendizagem-DA  Discalculia  Dislalia  Dislexia  Disortográfica 
  • 2.  A discalculia é um dos transtornos de aprendizagem que causa a dificuldade na matemática. Este transtorno não é causado por deficiência mental, nem por déficits visuais ou auditivos, nem por má escolarização, por isso é importante não confundir a discalculia com os fatores citados acima.
  • 3.  Não há diferença entre números e palavras. Os números podem até ser escritos por palavras, e as palavras são usadas para descrever problemas reais da vida que requerem números para serem resolvidos (Garcia,2000).
  • 4.  Crianças com discalculia comete erros diversos na solução de problemas verbais, nas habilidades de contagem, nas habilidades computacionais, na compreensão dos números.
  • 5. Como identificar a discalculia:  Quando se fala na origem das dificuldades de aprendizagem em matemática, surgem muitas dúvidas e, na maior parte dessas ocorrências, não há uma única causa específica, mas um conjunto delas que podem ser encontradas tanto no aluno quanto em relação a factores externos, inclusive no modo de ensinar matemática (Silva, 2008).
  • 6.  Para o manual de Diagnóstico e Estatística de Distúrbios Mentais - DSM- IV (2002), o transtorno nas operações Matemáticas é caracterizado pela incapacidade para a realização de operações aritméticas, cálculo e raciocínio inferior à média esperada para a idade cronológica, capacidade intelectual e nível de escolaridade do individuo e dificuldades que trazem prejuízos significativos em tarefas diárias que as exigem ou apresentam algum deficit sensorial, destacando-se que as dificuldades matemáticas excedem aquelas geralmente
  • 7.  Em relação às causas deste transtorno, podemos dizer que existem inúmeras, mas de acordo com cada enfoque científico têm se dado mais importância a umas e a outras. Assim por exemplo, diferentes autores (Badian, 1983; Fernandez Llopis & Pablo, 1991; Gerstman, 1959; Luria, 1966; Mercer, 1983; Rourkler, 1982; entre outros, como citado em Arándiga, 1998, p. 337) apontam como causas diversas de discalculia as seguintes:  Lesões cerebrais;  Alterações neurológicas;  Aparecimento tardio da linguagem;  Estados hiperemotivos;  Aspectos genéticos;  Alterações no desenvolvimento intelectual: raciocínio lógico- abstracto;  Fatores de maduração: atenção, memória imaginação, psicomotricidade, lateralidade, ritmo, etc.;  Deficiência nas habilidades verbais;  Alterações psicomotoras;  Falta de consciência dos passos a seguir;  Dificuldades no pensamento abstrato;  Falta de motivação;  Perturbações emocionais;
  • 8.  Problemas sócio-ambientais;  Absentismo escolar;  Transtorno de conduta;  Falhas estratégicas;  Lentidão na resposta;  Problemas de memória para automatizar as combinações numéricas básicas;  Utilização de uma linguagem inadequada para crianças;  Escassez de conhecimentos prévios;  Falta de automatização dos procedimentos simples do cálculo. 
  • 9.  A perspectiva neuropsicológica segundo Arándiga (1998) postulou que as dificuldades de aprendizagem na matemática são os resultados dos seguintes instrumentos: Verbal - o número como um signo linguístico. Afasia sensorial: alterações acústico-gnósicas por lesões do temporal esquerdo. Afasia motora: alteração da linguagem interna por lesões do frontal esquerdo. Visuo-espacial - lesões do lobo parietal. Alterações das imagens numéricas. Alterações do reconhecimento espacial do número (dislexia).
  • 10.  Práxicos - lesões do lobo temporal parietal. Alterações dos gestos motores (disgrafia). Conceptual - lesões do lobo temporal-ocipital- parietal. Perda do conceito do número. Planificação - Lesões da área frontal esquerda: dificuldade para planificar a resolução de problemas numéricos. Lesões da área frontal direita: dificuldade para planificar a resolução de problemas espaciais.
  • 11. Os diferentes graus de discalculia:  Romagnoli (2008), afirma que dependendo do grau de imaturidade neurológica da criança, a discalculia pode ser considerada em distintos graus:  Leve - os diacalcúlico reage favoravelmente à intervenção terapêutica;  Médio - configura o quadro da maioria dos que apresentam dificuldade específicas em matemática;  Limite - quando apresenta lesão meurológica, gerando algum defice de atenção:
  • 12. Classificou a discalculia em seis subtipos, podendo ocorrer em combinações diferentes e com outros transtornos:  1. Discalculia Verbal - dificuldade para nomear as quantidades matemáticas, os números, os termos, os símbolos e as relações. 2. Discalculia Practognóstica - dificuldade para enumerar, comparar e manipular objetos reais ou em imagens matematicamente. 3. Discalculia Léxica - Dificuldades na leitura de símbolos matemáticos. 4. Discalculia Gráfica - Dificuldades na escrita de símbolos matemáticos. 5. Discalculia Ideognóstica – Dificuldades em fazer operações mentais e na compreensão de conceitos matemáticos. 6. Discalculia Operacional - Dificuldades na execução de operações e cálculos numéricos. 
  • 13. De acordo com Johnson e Myklebust a criança com discalculia é incapaz de:  • Visualizar conjuntos de objetos dentro de um conjunto maior; • Conservar a quantidade: não compreendem que 1 quilo é igual a quatro pacotes de 250 gramas. • Seqüenciar números: o que vem antes do 11 e depois do 15 – antecessor e sucessor. • Classificar números. • Compreender os sinais +, - , ÷, ×. • Montar operações. • Entender os princípios de medida. • Lembrar as seqüências dos passos para realizar as operações matemáticas. • Estabelecer correspondência um a um: não relaciona o número de alunos de uma sala à quantidade de carteiras. • Contar através dos cardinais e ordinais.
  • 14. Os processos cognitivos envolvidos na discalculia são:  1. Dificuldade na memória de trabalho; 2. Dificuldade de memória em tarefas não- verbais; 3. Dificuldade na soletração de não-palavras (tarefas de escrita); 4. Não há problemas fonológicos; 5. Dificuldade na memória de trabalho que implica contagem; 6. Dificuldade nas habilidades visuo- espaciais; 7. Dificuldade nas habilidades psicomotoras e perceptivo-táteis.
  • 15. Quais os comprometimentos? • Organização espacial; • Auto-estima; • Orientação temporal; • Memória; • Habilidades sociais; • Habilidades grafomotoras; • Linguagem/leitura; • Impulsividade; • Inconsistência (memorização).
  • 16.
  • 17. Ajuda do professor: O aluno deve ter um atendimento individualizado por parte do professor que deve evitar: • Ressaltar as dificuldades do aluno, diferenciando-o dos demais; • Mostrar impaciência com a dificuldade expressada pela criança ou interrompê-la várias vezes ou mesmo tentar adivinhar o que ela quer dizer completando sua fala; • Corrigir o aluno frequentemente diante da turma, para não o expor; • Ignorar a criança em sua dificuldade.
  • 18. Dicas para o professor: • Não force o aluno a fazer as lições quando estiver nervoso por não ter conseguido; • Explique a ele suas dificuldades e diga que está ali para ajudá-lo sempre que precisar; • Proponha jogos na sala; • Não corrija as lições com canetas vermelhas ou lápis; • Procure usar situações concretas, nos problemas.
  • 19.  Ajuda do profissional: Um psicopedagogo pode ajudar a elevar sua auto-estima valorizando suas atividades, descobrindo qual o seu processo de aprendizagem através de instrumentos que ajudarão em seu entendimento. Os jogos irão ajudar na seriação, classificação, habilidades psicomotoras, habilidades espaciais, contagem.
  • 20.  O neurologista irá confirmar, através de exames apropriados, a dificuldade específica e encaminhar para tratamento. Um neuropsicologista também é importante para detectar as áreas do cérebro afetadas. O psicopedagogo, se procurado antes, pode solicitar os exames e avaliação neurológica ou neuropsicológica.
  • 21.  Qual a diferença? Acalculia e Discalculia. A discalculia já foi relatada acima. A acalculia ocorre quando o indivíduo, após sofrer lesão cerebral, como um acidente vascular cerebral ou um traumatismo crânio-encefálico, perde as habilidades matemáticas já adquiridas. A perda ocorre em níveis variados para realização de cálculos matemáticos.
  • 22.  Cuidado! As crianças, devido a uma série de fatores, tendem a não gostar da matemática, achar chata, difícil. Verifique se não é uma inadaptação ao ensino da escola, ou ao professor que pode estar causando este mal estar. Se sua criança é saudável e está se desenvolvendo normalmente em outras disciplinas não se desespere, mas é importante procurar um psicopedagogo para uma avaliação. Muitas confundem inclusive maior-menor, mais-menos, igual-diferente, acarretando erros que poderão ser melhorados com a ajuda de um professor mais atento.
  • 23.  A CRIANÇA COM DISCALCULIA MANIFESTA: 1) Deficiência quanto a organização viso- espacial e integração não-verbal; 2) Dificuldade na percepção quanto a diferença de quantidade, forma, tamanho, comprimento; 3) Capacidade auditiva extraordinária, normalmente falam cedo; 4) Apresenta excelente vocabulário de leitura e habilidades de silabação, no entanto, apresentam dificuldade quanto a compreensão; 5) Dificuldade no sentido de direção  ( direita/esquerda );
  • 24. 1– Inversão do número em espelho.  Falha nas coordenadas espaciais. Trabalhar na organização espacial, direcionalidade. 2 – Inversão do número em posição.  Dificuldade na seqüência temporal.  Trabalhar na organização visual. 3 – Escrita e leitura no número independentemente ( 102 = 1002) Por falta de domínio das classes, ordem e valor relativo do numeral.  Rever aspectos anteriores ao número. - classificação, seriação, correspondência. - conservação de quantidade ao nível de corpo, - Objeto, letra e número. - Registro de quantidade, valor relativo ao número. 4 – Adição do numeral isolado.  Falta de domínio das classes, ordem e valor relativo ao numeral. 5 – Confusão na leitura e/ou escrita do numero.  Falha na discriminação visual.  Dificuldade de compreensão do número como um símbolo.  Trabalhar a representação simbólica de conjuntos (tributos) cor, forma, tamanho, espessura e
  • 25. 6 – Confusão na relação do número à quantidade  Dificuldade em associar o número à sua quantidade.  Dificuldade de representar símbolo.  Trabalhar símbolos. 7 – Confusão dos sinais operatórios  Dificuldade na compreensão dos significados dos sinais (conceituação).  Dificuldade na representação dos símbolos operatórios.  Trabalhar símbolos. 8 – Não arma operações, ou faz inadequadamente. Falhas na organização temporal e espacial. Dificuldade do domínio dos símbolos. Trabalhar percepção têmporo- espacial. Trabalhar elementos anteriores ao número. 9 – Não realiza problemas  Falta de domínio do significado dos termos operatórios, dos quantificadores e dos símbolos.  Trabalhar elementos anteriores ao número.
  • 26. Referências Bibliográficas: Arándiga, A.V. (1998). Dificultades de Aprendizaje e intervención Psicopedagógica. Valência: Promolivro. Garcia, J. (2000). Manual de deificuldades de aprendizagem - linguagem, leitura, escrita e matemática. Porto Alegre: Artmed. Rief, S., & Heimburge, J. (2002). Como ensinar todos os alunos na sala de aula inclusiva. Porto: Porto Editora. Romagnoli, G. C. (2008). Discalculia: Um desafio na Matemática. Trabalho para conclusão do curso. Centro de Referência em Distúrbios de Aprendizagem. São Paulo. Silva, W.C. (2008). Discalculia: Uma abordagem à lua da Educação Matemática. Relatório Final para concretização do Projecto de Iniciação Ciêntifica, PIBIC, Universidade de Guarulhos, Guarulhos. 