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Abnil
Edna
Renan
Oldair
Paula tem 10 anos e está começando o 5º
ano, sua deficiência é uma cegueira total
que teve como causa a retinopatia da
prematuridade, adquirida pela exposição
ao uso de oxigênio na incubadora, já que
Paula nasceu prematura e precisou ficar
alguns dias recebendo tratamento
específico na maternidade.
É uma menina muito esperta e inteligente, tem
        uma família estruturada que apesar das
dificuldades financeiras não mede esforço para a
    superação da sua deficiência visual. Sempre
 estudou numa escolinha particular próximo da
    sua casa, mas agora vai estudar numa escola
     pública estadual um pouco mais distante e

            bem maior que sua escola anterior..
É imprescindível que os cursos de formação de
professores contemplem disciplinas e cursos
de extensão que orientem e coloquem no
mercado, profissionais aptos para lidar com a
demanda da escola inclusiva.
A proposta de inclusão traz uma consciência atual das
  relações individuais. A aceitação das diferenças e do
tempo de cada um, tem como consequência o respeito
 que faz com que o trabalho flua de forma tranquila e
   produtiva, com reverência às distintas realidades.




   Contudo, convêm algumas atitudes por parte do
       professor para amenizar as dificuldades
                     individuais.
Ao lidar com o aluno cego é necessário organização,
disponibilidade de materiais e atenção especial como:
• Analisar o comportamento do aluno, durante a
  realização de atividades em sala de aula.
• Avisar sempre que for se ausentar da sala;
• Tudo que for escrito em lousa, ser descrito também
  de forma verbal de modo que o sujeito deficiente
  também possa compreender sobre o que está sendo
  estudado;
• Possibilitar o conhecimento e o reconhecimento do
  espaço físico e da disposição do mobiliário
  explorando o espaço concreto da sala de aula e do
  trajeto rotineiro dos alunos: entrada da escola, pátio,
  cantina, banheiros, biblioteca, secretaria, sala dos
  professores e da diretoria, escadas, obstáculos.

• O professor deve estar atento
  para que as portas estejam
  sempre abertas para facilitar a
  movimentação do aluno com
  cegueira para evitar acidentes
.
Os professores precisam ter ciência do histórico social do
aluno, manter contato com os pais e familiares próximos,
além de ter oportunidade de acesso aos profissionais de
saúde da criança, para que, dessa interação surja parcerias
que funcionem positivamente no contexto escolar gerando
soluções metodológicas que viabilize um bom atendimento
pedagógico.

A questão relacionada à socialização também é muito
importante. O diferente e o novo costumam provocar
estranheza, por isso     convém que o professor crie
estratégias adequadas de aproximação mudando atitudes
e posturas indesejadas
“Nesta vida temos três momentos
  importantes: o „Momento Feliz‟, o
„Momento Triste‟ e o „Momento Difícil‟.

 O „Momento Feliz‟ mostra o que não
         precisamos mudar.
   O „Momento Triste‟ mostra o que
         precisamos mudar.
O „Momento Difícil‟ mostra que somos
        capazes de superar.”
Num primeiro momento, a atitude do profissional
que irá relacionar-se com Paula, deve ser de um
educador que tenha a concepção de que o aluno é
um ser capaz, apenas com limitações, como qualquer
ser humano.
Independente da idade do aluno com
cegueira que deseja entrar no sistema
regular de ensino, o professor precisará
observá-lo para identificar seu estilo de
aprendizagem e forma de apreender o
conhecimento, para assim desenvolver
as atividades diversificadas.
Como a falta de informação visual restringe o
conhecimento em relação ao ambiente, é necessário
incentivar nessas crianças o comportamento
exploratório, a observação e a experimentação para
que elas possam ter uma percepção mais ampla do
que acontece a sua volta.

              Elas precisam manipular e explorar os
              objetos      para     conhecer       suas
              características, fazer uma análise
              detalhada das partes e tirar conclusões.
Mas a falta da visão não interfere
                       na capacidade intelectual e
                       cognitiva das crianças cegas. Elas
                       têm o mesmo potencial de
                       aprendizagem ao dos alunos que
                       enxergam, mas isso se tiverem as
                       condições e recursos adequados.

No entanto, elas podem ser mais lentas na realização de
algumas atividades, pois a percepção tátil demanda mais
tempo para ser analisada e compreendida do que a
visual.
Os deficientes visuais têm a mesma vontade de
aprender que as outras crianças, a mesma curiosidade
e as mesmas necessidades de carinho, proteção,
recreação e convívio social para se desenvolverem de
forma harmoniosa intelectual e emocionalmente.

   É importante também
   que na relação com eles
   se evite a fragilização e
   superproteção, e que se
   combata as atitudes
   discriminatórias.
É importante também que na relação com
eles se evite a fragilização e superproteção, e
que se combata as atitudes discriminatórias.


                          Assista a esses vídeos:
                            • ESCOLA INCLUSIVA
                            • METÓDO DE ENSINO AJUDA
                            DEFICIENTES VISUAIS NAS
                            AULAS DE FÍSICA
Uma das primeiras responsabilidades da Escola, para
garantir o acesso de Paula e outros deficientes ao
conhecimento, é promover os ajustes na utilização
do espaço. Eles podem ser importantes para permitir
que alunos possam se deslocar sem maiores riscos
pela sala de aula para buscar material no armário,
para interagir com o professor ou para se reunir a
colegas para trabalho em grupo.
• Posicionar o aluno de forma a favorecer sua possibilidade de
ouvir o professor;

• Dispor o mobiliário da sala de forma a facilitar a locomoção
e o deslocamento do aluno, e evitar acidentes, quando este
precisar obter materiais ou informações do professor;

• Dar explicações verbais sobre todo o material abordado em
sala de aula de maneira visual; ler, por exemplo, o conteúdo
que escreve na lousa;
• Oferecer suporte físico, verbal e instrucional para a
locomoção do aluno, no que se refere à orientação
espacial e à mobilidade;

• Utilizar os recursos e materiais adaptados disponíveis:
pranchas, presilhas para evitar o deslizamento do papel
na carteira, lupa, material didático de tipo ampliado,
livro falado, equipamento de informática, materiais
desportivos como bola de guizo, etc.


Assista a esse vídeo:
•INCLUSÃO ALUNO COM DEFICIÊNCIA
VISUAL
Há uma imensa quantidade de dispositivos
tecnológicos que podem ser usados para auxiliar um
deficiente visual e no processo escolar. Os
dispositivos mais usados incluem:

• Computadores
• Sintetizadores de voz como o DOSVOX
• Linhas Braille
• Impressoras Braille
• Impressão aumentada gerada por software
• Gravação de textos com indexação e sincronismo
• Recursos não ópticos (material dourado Montessoriano)
• Livros falados
• Sistema Daisy




                                                    Assista:
                                         CEGUEIRA E TECNOLOGIA
Alunos com deficiência visual não precisa de um
currículo diferente dos demais, e sim de adaptações e
complementações curriculares, tais como adequação
de recursos específicos, tempo, espaço, modificações
do meio, procedimentos metodológicos e didáticos.
Esses alunos na maioria dos casos são lentos na
realização de algumas atividades, pois a dimensão
analítica da percepção tátil demanda mais tempo. Os
alunos precisam manipular e explorar o objeto para
conhecer suas características e fazer uma análise
detalhada das partes para tirar conclusões. Essa
diferença básica é importante porque influi na
elaboração    de   conceitos   e   interiorização do
conhecimento.
A educação para a inclusão pede uma mudança de
concepção do ato de ensinar. O ensino focado apenas
na repetição de conceitos é ruim para qualquer
estudante, com deficiência ou sem. A diversificação
das técnicas é boa para todos. Aquele professor que
pensa só em imagens para traduzir os conceitos, não
penaliza apenas quem é cego, mas também quem
senta no fundo da sala ou quem tem mais facilidade
em compreender verbalmente.
Os esquemas, símbolos e diagramas presentes nas
diversas disciplinas devem ser descritos oralmente. Os
desenhos, os gráficos e as ilustrações devem ser
adaptados e representados em relevo. O ensino de língua
estrangeira deve priorizar a conversação em detrimento
de recursos didáticos visuais, que devem ser explicados
verbalmente. Experimentos de ciências devem remeter ao
conhecimento por meio de outros canais de coleta de
                      informações.

No ensino de matemática, podem ser usados o
soroban, sólidos geométricos, material dourado
montessoriano e multiplano.
O Soroban é um instrumento milenar utilizado para
trabalhar cálculos e operações matemáticas que
também pode ser usado por alunos videntes. Pode-se
experimentar um soroban virtual baixando o programa
no site http://www.sorobanbrasil.com.br.
A utilização do material dourado ajuda na compreensão do Sistema
de Numeração Decimal posicional no qual está baseada a escrita
numérica tanto aqui no Brasil quanto na maioria dos demais países
do mundo, além de auxiliar na aprendizagem dos métodos para
efetuar operações fundamentais (algoritmos).

                            No ensino tradicional, as crianças
                            acabam "dominando" os algoritmos a
                            partir de treinos cansativos, mas sem
                            conseguirem compreender o que
                            fazem. Com o Material Dourado a
                            situação    é   outra:   as     relações
                            numéricas abstratas passam a ter uma
                            imagem      concreta,   facilitando    a
                            compreensão. Obtém-se, então, além
                            da compreensão dos algoritmos, um
                            notável desenvolvimento do raciocínio
                            e um aprendizado bem mais agradável.
O instrumento é feito de uma placa de qualquer material ou tamanho, com furos
na mesma distância e linhas e colunas de forma perpendicular que caracterizam
um plano cartesiano. Nas pequenas aberturas são colocados os pinos e, entre
estes, os elásticos que formam retas.

                             São usados também arames para fazer parábolas
                             e localizar os segmentos. O instrumento em
                             terceira dimensão permite ainda que a pessoa
                             determine a localização espacial de figuras.

                             De acordo com o professor, tateando é possível
                             aprender e construir, com o Multiplano, gráficos,
                             geometria plana e espacial , matriz,
                             determinante,    sistema    linear,   equações,
                             estatísticas, operações, cálculos avançados,
                             limites de uma função, derivadas. “Até agora
                             todas as perguntas foram respondidas”,
                             comemora.
A Educação Física é a base fundamental para que o aluno cego inicie a
prática física e desportiva. É aqui que ele poderá desenvolver as suas
aptidões motoras, promovendo uma melhor relação e conhecimento
corporal, aumentando a capacidade de “tomar riscos”, estimulando a
iniciativa e sentido cooperativo, melhorando a auto-estima e a
integração social.
                                      As atividades de Educação Física
                                      podem ser adaptadas com o uso
                                      de barras, cordas, bolas com
                                      guizos e etc.

                                    O link de um vídeo abaixo
                                    mostra uma partida de futebol
                                    entre cegos. Usando-se bolas
                                    com guizos, uma ótima opção
                                    para se realizar uma integração.
                        http://www.youtube.com/watch?v=2C4skrpM7Ww
Algumas crianças com deficiência visual podem chegar à
escola com pouca ação funcional, com medo ou
dificuldade para deslocar-se no espaço, correr nas
brincadeiras e jogos corporais. Isso é compreensível,
pois frequentemente as famílias superprotegem a
criança, deixando-a mais sentada ou estimulando
brincadeiras passivas em virtude do temor da criança se
machucar. O professor deve encorajá-las para as
atividades físicas: subir, escalar, correr, pular, escorregar,
balançar, dar cambalhotas, etc. Essas são atividades
que ativam o labirinto e fortalecem a musculatura.
O artesanato pode ser usado como fator de integração.
Pode-se convidar os alunos videntes a participar da
confecção e adaptação de material didático para o
colega cego. A atividade em si é lúdica e desperta a
criatividade. Novas idéias de adaptações podem surgir a
partir das idéias dos próprios alunos, que no futuro
ficarão orgulhosos ao verem o colega cego usando o
material que eles ajudaram a confeccionar. Como o
objetivo é integrar, deve haver, sempre que possível, a
participação do aluno cego na elaboração deste
material.
Todos os atores da escola, do porteiro ao diretor devem ser
conscientizados do atendimento e suporte que devem ser
oferecidos              aos             alunos              cegos.
Neste sentido, várias ações podem ser tomadas. A primeira delas é
a disseminação da informação, para eliminação de preconceitos e
                              tabus.
Outra iniciativa que têm sido usada para a conscientização e
preparação das pessoas que vão lidar com o aluno são as
vivências, aonde os participantes passam um dia (ou parte dele)
com vendas nos olhos para poderem ter uma idéia das dificuldades
dos cegos, do medo de se locomover, da noção de espaço, tempo e
                               etc.
Outra atividade que pode ser programada é a exibição de filmes
que abordem a temática da cegueira bem como de outras
deficiências.
Execução de exercícios e provas individuais e coletivas:
Execução de exercícios e provas , atividades predominantemente visuais
devem ser adaptadas com antecedência e outras durante a sua realização
por meio de descrição, informação tátil, auditiva, olfativa e qualquer outra
referência que favoreçam a configuração do cenário ou do ambiente, a
exemplo: exibição de filmes ou documentários, excursões e exposições. A
apresentação de vídeo requer a descrição oral de imagens, cenas mudas e
leitura de legenda simultânea se não houver dublagem para que as lacunas
sejam preenchidas com dados da realidade e não apenas com a imaginação.

É recomendável apresentar um resumo ou contextualizar a atividade
programada para esses alunos. Os esquemas, símbolos e diagramas
presentes nas diversas disciplinas devem ser descritos oralmente. Os
desenhos, os gráficos e as ilustrações devem ser adaptados e representados
emrelevo.
O ensino de língua estrangeira deve priorizar a conversação em detrimento
de recursos didáticos visuais que devem ser explicados verbalmente.
Experimentos de ciências e biologia devem remeter ao conhecimento por
meio de outros canais de coleta de informação. As atividades de educação
física podem ser adaptadas com o uso de barras, cordas, bolas com guiso
etc. O aluno deve ficar próximo do professor que recorrerá a ele para
demonstrar os exercícios ao mesmo tempo em que ele aprende. Outras
atividades que envolvem expressão corporal, dramatização, arte, música
podem ser desenvolvidas com pouca ou nenhuma adaptação. Em resumo,
os alunos cegos podem e devem participar de praticamente todas as
atividades com diferentes níveis e modalidades de adaptação que
envolvem criatividade, confecção de material e cooperação entre os
                               participantes.


http://www.slideshare.net/claudiante/cegueira-total-puc
A avaliação formativa de aprendizagem consubstancia-se mediante ao
processo contínuo, mediado e permanente , que lhe permita intervir a partir
da identificação e do conhecimento das variáveis tidas como barreiras para
a aprendizagem e desenvolvimento do aluno.
A inclusão de alunos com deficiência não depende do grau de
severidade d a deficiência ou do nível d e desempenho i ntelectual, mas,
principalmente, da possibilidade de i nteração, socialização e adaptação
do sujeito ao grupo, na escola comum.

Esse é o maior desafio para a escola hoje
- Modificar-se e aprender a conviver com di ficul dades de adaptação,
gostos, interesses e níveis diferentes de desempenho escolar.
Alguns procedimentos e instrumentos de avaliação baseados em referências
visuais devem ser alterados ou adaptados por meio de representações e
relevo. É o caso, por exemplo, de desenhos, gráficos, diagramas, gravuras, uso
de microscópios. Em algumas circunstâncias é recomendável valer-se de
exercícios orais. A adaptação e produção de material, a transcrição de provas,
exercícios e de textos em geral para o sistema braille podem ser realizadas em
salas multimeios, núcleos, serviços ou centros de apoio pedagógico. Se não
houver ninguém na escola que domine o sistema braille, será igualmente
necessário fazer a conversão da escrita braille para a escrita em tinta.

Convém observar a necessidade de estender o tempo da avaliação,
considerando-se as peculiaridades já mencionadas em relação à percepção
não visual. Os alunos podem realizar trabalhos e tarefas escolares utilizando a
máquina de escrever em braille ou o computador, sempre que possível.
A família é o primeiro e talvez o principal grupo social em que
vivemos. É nela que aprendemos a construir nossa individualidade
e independência. Por isso é muito importante o contato com
outras famílias que enfrentam, ou não, problemas com
necessidades especiais.

Os pais precisam estar conscientes e mobilizados para participar,
apoiar, trabalhar em conjunto, com união e harmonia. Devem
também cuidar para que não haja, em relação ao filho com
necessidades especiais, superproteção, posto que esta em pouco
ou nada contribuirá para o desenvolvimento da autonomia da
pessoa.
A conscientização dos educadores não só em saber trabalhar com
o aluno, mas também em promover o desenvolvimento familiar,
de forma que a família se torne um agente ativo no processo de
integração/inclusão, deve ser buscada e mediada.

A família e a escola devem encontrar formas criativas e
arregimentadoras de convencer a comunidade a participar, através
de parcerias, da manutenção para a integração/inclusão.

Quando há a conscientização das pessoas envolvidas, o destino
toma seu rumo, ou seja, quando os alunos estão bem
integrados/incluídos nas salas de aula, é por que isto está
acontecendo.
http://apresentacaovisionarios.wikispaces.com/
http://www.sorobanbrasil.com.br.
http://www.slideshare.net/claudiante/cegueira-total-puc
http://www.turminha.mpf.gov.br/viva-a-
diferenca/pessoa-com-deficiencia/a-educacao-inclusiva-
dos-deficientes-visuais
http://almdoslimititesfsicos.blogspot.com.br/2009_11_0
1_archive.html

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SEMINÁRIO CEGUEIRA TOTAL - GRUPO ENXERGAR - BA01

  • 2. Paula tem 10 anos e está começando o 5º ano, sua deficiência é uma cegueira total que teve como causa a retinopatia da prematuridade, adquirida pela exposição ao uso de oxigênio na incubadora, já que Paula nasceu prematura e precisou ficar alguns dias recebendo tratamento específico na maternidade.
  • 3. É uma menina muito esperta e inteligente, tem uma família estruturada que apesar das dificuldades financeiras não mede esforço para a superação da sua deficiência visual. Sempre estudou numa escolinha particular próximo da sua casa, mas agora vai estudar numa escola pública estadual um pouco mais distante e bem maior que sua escola anterior..
  • 4.
  • 5. É imprescindível que os cursos de formação de professores contemplem disciplinas e cursos de extensão que orientem e coloquem no mercado, profissionais aptos para lidar com a demanda da escola inclusiva.
  • 6. A proposta de inclusão traz uma consciência atual das relações individuais. A aceitação das diferenças e do tempo de cada um, tem como consequência o respeito que faz com que o trabalho flua de forma tranquila e produtiva, com reverência às distintas realidades. Contudo, convêm algumas atitudes por parte do professor para amenizar as dificuldades individuais.
  • 7. Ao lidar com o aluno cego é necessário organização, disponibilidade de materiais e atenção especial como: • Analisar o comportamento do aluno, durante a realização de atividades em sala de aula. • Avisar sempre que for se ausentar da sala; • Tudo que for escrito em lousa, ser descrito também de forma verbal de modo que o sujeito deficiente também possa compreender sobre o que está sendo estudado;
  • 8. • Possibilitar o conhecimento e o reconhecimento do espaço físico e da disposição do mobiliário explorando o espaço concreto da sala de aula e do trajeto rotineiro dos alunos: entrada da escola, pátio, cantina, banheiros, biblioteca, secretaria, sala dos professores e da diretoria, escadas, obstáculos. • O professor deve estar atento para que as portas estejam sempre abertas para facilitar a movimentação do aluno com cegueira para evitar acidentes
  • 9. .
  • 10. Os professores precisam ter ciência do histórico social do aluno, manter contato com os pais e familiares próximos, além de ter oportunidade de acesso aos profissionais de saúde da criança, para que, dessa interação surja parcerias que funcionem positivamente no contexto escolar gerando soluções metodológicas que viabilize um bom atendimento pedagógico. A questão relacionada à socialização também é muito importante. O diferente e o novo costumam provocar estranheza, por isso convém que o professor crie estratégias adequadas de aproximação mudando atitudes e posturas indesejadas
  • 11. “Nesta vida temos três momentos importantes: o „Momento Feliz‟, o „Momento Triste‟ e o „Momento Difícil‟. O „Momento Feliz‟ mostra o que não precisamos mudar. O „Momento Triste‟ mostra o que precisamos mudar. O „Momento Difícil‟ mostra que somos capazes de superar.”
  • 12.
  • 13. Num primeiro momento, a atitude do profissional que irá relacionar-se com Paula, deve ser de um educador que tenha a concepção de que o aluno é um ser capaz, apenas com limitações, como qualquer ser humano. Independente da idade do aluno com cegueira que deseja entrar no sistema regular de ensino, o professor precisará observá-lo para identificar seu estilo de aprendizagem e forma de apreender o conhecimento, para assim desenvolver as atividades diversificadas.
  • 14. Como a falta de informação visual restringe o conhecimento em relação ao ambiente, é necessário incentivar nessas crianças o comportamento exploratório, a observação e a experimentação para que elas possam ter uma percepção mais ampla do que acontece a sua volta. Elas precisam manipular e explorar os objetos para conhecer suas características, fazer uma análise detalhada das partes e tirar conclusões.
  • 15. Mas a falta da visão não interfere na capacidade intelectual e cognitiva das crianças cegas. Elas têm o mesmo potencial de aprendizagem ao dos alunos que enxergam, mas isso se tiverem as condições e recursos adequados. No entanto, elas podem ser mais lentas na realização de algumas atividades, pois a percepção tátil demanda mais tempo para ser analisada e compreendida do que a visual.
  • 16. Os deficientes visuais têm a mesma vontade de aprender que as outras crianças, a mesma curiosidade e as mesmas necessidades de carinho, proteção, recreação e convívio social para se desenvolverem de forma harmoniosa intelectual e emocionalmente. É importante também que na relação com eles se evite a fragilização e superproteção, e que se combata as atitudes discriminatórias.
  • 17. É importante também que na relação com eles se evite a fragilização e superproteção, e que se combata as atitudes discriminatórias. Assista a esses vídeos: • ESCOLA INCLUSIVA • METÓDO DE ENSINO AJUDA DEFICIENTES VISUAIS NAS AULAS DE FÍSICA
  • 18.
  • 19. Uma das primeiras responsabilidades da Escola, para garantir o acesso de Paula e outros deficientes ao conhecimento, é promover os ajustes na utilização do espaço. Eles podem ser importantes para permitir que alunos possam se deslocar sem maiores riscos pela sala de aula para buscar material no armário, para interagir com o professor ou para se reunir a colegas para trabalho em grupo.
  • 20. • Posicionar o aluno de forma a favorecer sua possibilidade de ouvir o professor; • Dispor o mobiliário da sala de forma a facilitar a locomoção e o deslocamento do aluno, e evitar acidentes, quando este precisar obter materiais ou informações do professor; • Dar explicações verbais sobre todo o material abordado em sala de aula de maneira visual; ler, por exemplo, o conteúdo que escreve na lousa;
  • 21. • Oferecer suporte físico, verbal e instrucional para a locomoção do aluno, no que se refere à orientação espacial e à mobilidade; • Utilizar os recursos e materiais adaptados disponíveis: pranchas, presilhas para evitar o deslizamento do papel na carteira, lupa, material didático de tipo ampliado, livro falado, equipamento de informática, materiais desportivos como bola de guizo, etc. Assista a esse vídeo: •INCLUSÃO ALUNO COM DEFICIÊNCIA VISUAL
  • 22.
  • 23. Há uma imensa quantidade de dispositivos tecnológicos que podem ser usados para auxiliar um deficiente visual e no processo escolar. Os dispositivos mais usados incluem: • Computadores • Sintetizadores de voz como o DOSVOX • Linhas Braille • Impressoras Braille
  • 24. • Impressão aumentada gerada por software • Gravação de textos com indexação e sincronismo • Recursos não ópticos (material dourado Montessoriano) • Livros falados • Sistema Daisy Assista: CEGUEIRA E TECNOLOGIA
  • 25.
  • 26. Alunos com deficiência visual não precisa de um currículo diferente dos demais, e sim de adaptações e complementações curriculares, tais como adequação de recursos específicos, tempo, espaço, modificações do meio, procedimentos metodológicos e didáticos.
  • 27. Esses alunos na maioria dos casos são lentos na realização de algumas atividades, pois a dimensão analítica da percepção tátil demanda mais tempo. Os alunos precisam manipular e explorar o objeto para conhecer suas características e fazer uma análise detalhada das partes para tirar conclusões. Essa diferença básica é importante porque influi na elaboração de conceitos e interiorização do conhecimento.
  • 28. A educação para a inclusão pede uma mudança de concepção do ato de ensinar. O ensino focado apenas na repetição de conceitos é ruim para qualquer estudante, com deficiência ou sem. A diversificação das técnicas é boa para todos. Aquele professor que pensa só em imagens para traduzir os conceitos, não penaliza apenas quem é cego, mas também quem senta no fundo da sala ou quem tem mais facilidade em compreender verbalmente.
  • 29. Os esquemas, símbolos e diagramas presentes nas diversas disciplinas devem ser descritos oralmente. Os desenhos, os gráficos e as ilustrações devem ser adaptados e representados em relevo. O ensino de língua estrangeira deve priorizar a conversação em detrimento de recursos didáticos visuais, que devem ser explicados verbalmente. Experimentos de ciências devem remeter ao conhecimento por meio de outros canais de coleta de informações. No ensino de matemática, podem ser usados o soroban, sólidos geométricos, material dourado montessoriano e multiplano.
  • 30. O Soroban é um instrumento milenar utilizado para trabalhar cálculos e operações matemáticas que também pode ser usado por alunos videntes. Pode-se experimentar um soroban virtual baixando o programa no site http://www.sorobanbrasil.com.br.
  • 31. A utilização do material dourado ajuda na compreensão do Sistema de Numeração Decimal posicional no qual está baseada a escrita numérica tanto aqui no Brasil quanto na maioria dos demais países do mundo, além de auxiliar na aprendizagem dos métodos para efetuar operações fundamentais (algoritmos). No ensino tradicional, as crianças acabam "dominando" os algoritmos a partir de treinos cansativos, mas sem conseguirem compreender o que fazem. Com o Material Dourado a situação é outra: as relações numéricas abstratas passam a ter uma imagem concreta, facilitando a compreensão. Obtém-se, então, além da compreensão dos algoritmos, um notável desenvolvimento do raciocínio e um aprendizado bem mais agradável.
  • 32. O instrumento é feito de uma placa de qualquer material ou tamanho, com furos na mesma distância e linhas e colunas de forma perpendicular que caracterizam um plano cartesiano. Nas pequenas aberturas são colocados os pinos e, entre estes, os elásticos que formam retas. São usados também arames para fazer parábolas e localizar os segmentos. O instrumento em terceira dimensão permite ainda que a pessoa determine a localização espacial de figuras. De acordo com o professor, tateando é possível aprender e construir, com o Multiplano, gráficos, geometria plana e espacial , matriz, determinante, sistema linear, equações, estatísticas, operações, cálculos avançados, limites de uma função, derivadas. “Até agora todas as perguntas foram respondidas”, comemora.
  • 33.
  • 34. A Educação Física é a base fundamental para que o aluno cego inicie a prática física e desportiva. É aqui que ele poderá desenvolver as suas aptidões motoras, promovendo uma melhor relação e conhecimento corporal, aumentando a capacidade de “tomar riscos”, estimulando a iniciativa e sentido cooperativo, melhorando a auto-estima e a integração social. As atividades de Educação Física podem ser adaptadas com o uso de barras, cordas, bolas com guizos e etc. O link de um vídeo abaixo mostra uma partida de futebol entre cegos. Usando-se bolas com guizos, uma ótima opção para se realizar uma integração. http://www.youtube.com/watch?v=2C4skrpM7Ww
  • 35. Algumas crianças com deficiência visual podem chegar à escola com pouca ação funcional, com medo ou dificuldade para deslocar-se no espaço, correr nas brincadeiras e jogos corporais. Isso é compreensível, pois frequentemente as famílias superprotegem a criança, deixando-a mais sentada ou estimulando brincadeiras passivas em virtude do temor da criança se machucar. O professor deve encorajá-las para as atividades físicas: subir, escalar, correr, pular, escorregar, balançar, dar cambalhotas, etc. Essas são atividades que ativam o labirinto e fortalecem a musculatura.
  • 36. O artesanato pode ser usado como fator de integração. Pode-se convidar os alunos videntes a participar da confecção e adaptação de material didático para o colega cego. A atividade em si é lúdica e desperta a criatividade. Novas idéias de adaptações podem surgir a partir das idéias dos próprios alunos, que no futuro ficarão orgulhosos ao verem o colega cego usando o material que eles ajudaram a confeccionar. Como o objetivo é integrar, deve haver, sempre que possível, a participação do aluno cego na elaboração deste material.
  • 37.
  • 38. Todos os atores da escola, do porteiro ao diretor devem ser conscientizados do atendimento e suporte que devem ser oferecidos aos alunos cegos. Neste sentido, várias ações podem ser tomadas. A primeira delas é a disseminação da informação, para eliminação de preconceitos e tabus. Outra iniciativa que têm sido usada para a conscientização e preparação das pessoas que vão lidar com o aluno são as vivências, aonde os participantes passam um dia (ou parte dele) com vendas nos olhos para poderem ter uma idéia das dificuldades dos cegos, do medo de se locomover, da noção de espaço, tempo e etc. Outra atividade que pode ser programada é a exibição de filmes que abordem a temática da cegueira bem como de outras deficiências.
  • 39. Execução de exercícios e provas individuais e coletivas: Execução de exercícios e provas , atividades predominantemente visuais devem ser adaptadas com antecedência e outras durante a sua realização por meio de descrição, informação tátil, auditiva, olfativa e qualquer outra referência que favoreçam a configuração do cenário ou do ambiente, a exemplo: exibição de filmes ou documentários, excursões e exposições. A apresentação de vídeo requer a descrição oral de imagens, cenas mudas e leitura de legenda simultânea se não houver dublagem para que as lacunas sejam preenchidas com dados da realidade e não apenas com a imaginação. É recomendável apresentar um resumo ou contextualizar a atividade programada para esses alunos. Os esquemas, símbolos e diagramas presentes nas diversas disciplinas devem ser descritos oralmente. Os desenhos, os gráficos e as ilustrações devem ser adaptados e representados emrelevo.
  • 40. O ensino de língua estrangeira deve priorizar a conversação em detrimento de recursos didáticos visuais que devem ser explicados verbalmente. Experimentos de ciências e biologia devem remeter ao conhecimento por meio de outros canais de coleta de informação. As atividades de educação física podem ser adaptadas com o uso de barras, cordas, bolas com guiso etc. O aluno deve ficar próximo do professor que recorrerá a ele para demonstrar os exercícios ao mesmo tempo em que ele aprende. Outras atividades que envolvem expressão corporal, dramatização, arte, música podem ser desenvolvidas com pouca ou nenhuma adaptação. Em resumo, os alunos cegos podem e devem participar de praticamente todas as atividades com diferentes níveis e modalidades de adaptação que envolvem criatividade, confecção de material e cooperação entre os participantes. http://www.slideshare.net/claudiante/cegueira-total-puc
  • 41. A avaliação formativa de aprendizagem consubstancia-se mediante ao processo contínuo, mediado e permanente , que lhe permita intervir a partir da identificação e do conhecimento das variáveis tidas como barreiras para a aprendizagem e desenvolvimento do aluno. A inclusão de alunos com deficiência não depende do grau de severidade d a deficiência ou do nível d e desempenho i ntelectual, mas, principalmente, da possibilidade de i nteração, socialização e adaptação do sujeito ao grupo, na escola comum. Esse é o maior desafio para a escola hoje - Modificar-se e aprender a conviver com di ficul dades de adaptação, gostos, interesses e níveis diferentes de desempenho escolar.
  • 42. Alguns procedimentos e instrumentos de avaliação baseados em referências visuais devem ser alterados ou adaptados por meio de representações e relevo. É o caso, por exemplo, de desenhos, gráficos, diagramas, gravuras, uso de microscópios. Em algumas circunstâncias é recomendável valer-se de exercícios orais. A adaptação e produção de material, a transcrição de provas, exercícios e de textos em geral para o sistema braille podem ser realizadas em salas multimeios, núcleos, serviços ou centros de apoio pedagógico. Se não houver ninguém na escola que domine o sistema braille, será igualmente necessário fazer a conversão da escrita braille para a escrita em tinta. Convém observar a necessidade de estender o tempo da avaliação, considerando-se as peculiaridades já mencionadas em relação à percepção não visual. Os alunos podem realizar trabalhos e tarefas escolares utilizando a máquina de escrever em braille ou o computador, sempre que possível.
  • 43. A família é o primeiro e talvez o principal grupo social em que vivemos. É nela que aprendemos a construir nossa individualidade e independência. Por isso é muito importante o contato com outras famílias que enfrentam, ou não, problemas com necessidades especiais. Os pais precisam estar conscientes e mobilizados para participar, apoiar, trabalhar em conjunto, com união e harmonia. Devem também cuidar para que não haja, em relação ao filho com necessidades especiais, superproteção, posto que esta em pouco ou nada contribuirá para o desenvolvimento da autonomia da pessoa.
  • 44. A conscientização dos educadores não só em saber trabalhar com o aluno, mas também em promover o desenvolvimento familiar, de forma que a família se torne um agente ativo no processo de integração/inclusão, deve ser buscada e mediada. A família e a escola devem encontrar formas criativas e arregimentadoras de convencer a comunidade a participar, através de parcerias, da manutenção para a integração/inclusão. Quando há a conscientização das pessoas envolvidas, o destino toma seu rumo, ou seja, quando os alunos estão bem integrados/incluídos nas salas de aula, é por que isto está acontecendo.