1. Boa Tarde, Manuela! Mais uma vez aproveito para dizer algo a partir da leitura do teu trabalho. Ao longo da exposição do teu trabalho, a ideia central destacada e a partir da qual outras são implicadas é o processo de mudança a que assistimos ao nível das organizações escolares e suas estruturas, neste caso a BE. Como qualquer mudança constitui sempre um processo moroso, lento e doloroso, a mudança exigida à BE não representa uma excepção. Este é o mote central explícito no modelo da Auto-avaliação da BE. Contudo, a condição exigida para que o processo seja consistente, perdure e se desenvolva implica uma mobilização global, torna-se imperativo um envolvimento efectivo de todos os intervenientes afectos à comunidade educativa. Sabemos que a mudança não pode deixar ninguém indiferente, nem que, por vezes, represente um constrangimento. No decorrer da apresentação das tuas ideias, são diversos os constrangimentos elencados que coincidem, em grande parte, com os das restantes bibliotecas, sendo um deles a ausência de trabalho colaborativo por parte de alguns docentes e, consequentemente, a falta de articulação curricular com esses grupos disciplinares e a visão, algo redutora, em relação à leitura e às literacias. Demonstras ter conhecimento das enfermidades que padece a tua biblioteca escolar e que se prendem, entre outras coisas, com a fraca importância que lhes é dada. Apesar de te encontrares há pouco tempo nessa BE, a tua formação na área das bibliotecas, experiência profissional na mesma área e determinação constituem mais-valias para venceres os obstáculos e contribuem para desenvolveres um trabalho positivo, como parece notório. Parece-me que as tuas linhas orientadoras vão de encontro ao modelo de auto-avaliação, dado que a tua acção presente e futura conjuga-se em todos os sentidos. Céu Silva