Tradução capítulo 19 final Midiatização da política
1. 19
Midiatização da Política
Sobre uma estrutura conceitual para Pesquisa Comparativa
Jesper Strömbäck
Departamento de Jornalismo da Universidade Mid Sweden
Midiatização tem sido descrita como um processo de igualdade com outras mudanças de larga
escala social como globalização e individualização (Krotz, 2007, 2009). Como tal, midiatização
representa uma vertente a longo-prazo que afeta todas as divisões da sociedade, incluindo a
política (Mazzoleni, 2008a), o cotidiano e a formação de identidade (Hjarvard, 2009) e religião
(Hoover, 2009). Apenas recentemente, porém, que estudiosos procuraram desenvolver um
conceito de entendimento mais a fundo entre midiatização e o conceito de mediação. Ambos os
conceitos ainda estão casualmente invocados mais do que propriamente definidos ou empregados
analiticamente na pesquisa pragmática. Isto é lamentável, não apenas desde o conceito de
midiatização tem o potencial de integrar veias da comunicação política e pesquisa e oferecer uma
base para pesquisa comparativa.
Contra este pré-conceito, o propósito deste capítulo é examinar a literatura sobre midiatização da
política e apresentar uma base conceitual para guiar futuras pesquisas empíricas e comparativas
relacionadas à midiatização da política. O capítulo se encerra com uma discussão de abordagens
para investigar midiatização.
Midiatização, Medialização e Mediação
A princípio, midiatização refere-se a um processo de mudança social em que a mídia se torna
crescentemente influente (Hjarvard, 2008; Lundby, 2009a,2009b; Mazzoleni,2008a,2008b;
Strömbäck, 2008). Contudo, este não é o único conceito usado neste domínio. Conceitos
relacionados incluem medialização (Asp & Esaiasson, 1996), mediação (Altheide & Snow, 1988) e
midiatização (Thompson, 1995).
Entre estes, os dois conceitos mais consagrados são midiatização e mediação. O mais antigo
parece ser favorecido por estudiosos da Europa Continental (Hjarvard, 2008; Kepplinger, 2002;
Lundby, 2009a.2009b; Mazzoleni & Schulz, 1999; Schluz, 2004), enquanto estudiosos Britânicos e
Americanos parecem favorecer o termo mediação (Altheide & Snow, 1988, Couldry, 2008; Davis,
2007; Livingstone, 2009; Silverstone, 2007). Para alguns estes variados usos seguem de diferentes
compreensões dos termos, mas em alguns casos (Altheide & Snow, 1988) os termos são
explicitamente vistos como sinônimos.
De acordo com Mazzoleni (2008a) e outros, eu, porém, argumentaria que mediação e midiatização
não deveriam ser conceituados como sinônimos. Para começar, mediação tem no mínimo dois
significados. Por um lado, mediação se refere ao ato natural de transmitir mensagens através de
vários canais midiáticos (Mazzoleni, 2008a). E do outro, quando estudiosos como Altheide & Snow
(1988), Nimmo e Combs (1983) e Silverstone (2007) usaram o termo, eles se referiram ao muito
2. mais amplo "efeito global das instituições de mídia existente nas sociedades contemporâneas, a
diferença generalizada que a mídia faz estando presente em nosso mundo social" (Couldry, 2008,
p.379). Neste último aspecto, a influência que a mídia empunha em modelar processos sociais e
políticos é qualquer coisa menos neutra. Usando "mediação” para denominar os dois significados
faz o termo mais ambíguo, menos preciso, e, consequentemente, menos útil (Strömbäck & Esser,
2009).
Por estas razões, mediação e midiatização não deveriam ser compreendidas como sinônimos
(Lundby, 2009a, 2009b; Mazzoleni, 2008a; Strömbäck, 2008). Ao invés disso, mediação deveria ser
reservada para descrever o ato neutro de comunicação através das diferentes mídias, como
oposto a reconfigurar o todo da vida política em torno da prática midiática, tecnologia e
instituições. Política mediada, então, descreve uma situação onde a mídia se tornou tanto a mais
importante fonte de informação sobre política e sociedade, superando a comunicação cara-a-cara
como também o canal primário de comunicação entre políticos e cidadãos (Bennett & Entman,
2001; Strömbäck & Esser, 2009). Neste caso, a mediação da política é um pré-requisito necessário
para a midiatização da política.
MIDIATIZAÇÃO COMO UMA TEORIA DE INFLUÊNCIA DA MÍDIA
Apesar do conceito de midiatização ter se tornado mais comum na pesquisa de comunicação
política apenas recentemente, o termo em si data a reorganização dos Estados Germânicos por
Napoleão no começo do século XIX (Livingstone, 2009; Lundby, 2009b). Naquele contexto,
midiatização referia-se a "submissão de uma monarquia a outra monarquia de tal forma que o
governante do Estado anexado mantem seu título de soberania e, às vezes, uma quantia de poder
local" (em Livingstone, 2009, p.6).
Mesmo midiatização em seu significado original não tinha ligações com a mídia, no começo foi
usada para se referir ao processo onde algumas parcelas da sociedade aumentam sua influência na
expansão de outras. Isto também é refletido em várias definições contemporâneas. Asp e
Esaiasson (1996), por exemplo, escrevem que midiatização é um processo "em que existe um
desenvolvimento direcionado ao crescimento da influência da mídia" (pp. 80-81). Similarmente,
Mazzoleni (2008b, p.3053) nota, "o conceito de 'midiatização da sociedade' indica uma extensão
da influência da mídia em todas as esferas sociais," enquanto Hjarvard (2008, p.113) define
midiatização como "o processo pelo qual a sociedade por meio de um grau crescente é submetida
ou, se torna dependente da mídia e sua lógica". A respeito da midiatização política
especificamente, Mazzoleni e Schulz (1999, p.250) ainda escreveram que, "para caracterizar
política como sendo midiatizada vai além de uma mera descrição do requerimento de sistema.
Política midiatizada é política que tem muita autonomia, se tornou dependente em suas funções
centrais na comunicação de massa e é constantemente moldada por interações com a
comunicação de massa."
Neste contexto, comunicação de massa deve ser compreendida não apenas como organizações
independentes, formatos ou canais, mesmo estes aspectos sendo importantes. Ao invés,
comunicação de massa deve ser compreendida como um sistema social e cultural sempre
presente de produção e disseminação de símbolos, sinais, mensagens, significados e valores. A
3. mídia deve ser considerada, então, como um sistema ou instituição (Cook, 2005; Sparrow, 1999).
Diferentes organizações de mídia e seus formatos, operações, práticas, gênero e conteúdos
constituem as estruturas do sistema, ainda que a soma seja maior do que as parcelas individuais e
as normas que regem a mídia como um todo são frequentemente mais importantes das que
distinguem uma forma de mídia da outra (Altheide & Snow, 1979; Hjarvard, 2008; Mazzoleni,
2008b; Nimmo & Combs, 1983). Este é particularmente o caso com respeito aos midiáticos.
Declarada diferentemente, midiatização denota um processo em que organizações midiáticas
formam um sistema e funcionam como uma instituição social em sua própria vertente,
independente ainda que interdependente de outros sistemas sociais e políticos e instituições
como parlamentos e partidos políticos (Altheide & Snow, 1998; Cook, 2005; Hjarvard, 2008;
Mazzoleni, 2008b; Sparrow, 1999; Strömbäck, 2008). Dentro do sistema de mídia, existem
hierarquias, com algumas tendo um papel mais importante na modelação da lógica midiática do
que outras. Por exemplo, durante as últimas décadas, a televisão tem sido indiscutivelmente o
meio mais influente na política e outros setores da sociedade. Apesar de que alguns ainda
acreditem que a internet irá mudar isso, ainda que, a internet foi complementada ao invés de
substituída ao meio dominante (Schulz, 2004) e a televisão ainda continua sendo o meio mais
influente (Grabe & Bucy, 2009).
DEPENDÊNCIA MIDIÁTICA
O que faz a mídia importante não é apenas que ela veio a constituir um sistema social
crescentemente independente, mas também que ela serve como "um ambiente simbólico
onipresente criando uma parte essencial da definição societal da realidade" (Schulz, 2004, p.93).
Entretanto, a mídia permeia todas as esferas das sociedades contemporâneas e tornou-se a fonte
mais importante de informação e comunicação sobre assuntos que vão além das experiências
diárias. Graber (2005, p.274) também notou que "a mídia faz mais do que retratar o ambiente
político; eles são o ambiente político." Silverstone (2007, p.5) similarmente declara que "a mídia
está se tornando ambiental."
A noção da mídia provendo o contexto ecológico para processos sociais e políticos ressalta a
impraticabilidade de separar "mídia" da "sociedade" e de nossas experiências cotidianas, assim
como delinear "política" de "comunicação política". Como Lippmann (1922/1997) observou há
quase 90 anos atrás, a mídia está criando um pseudo-ambiente que por fim se torna mais real ao
indivíduo do que a própria realidade, apenas porque esta é a única "realidade" que temos acesso
pronto. Em veia similar, Nimmo e Combs (1983, p.8) observam que a mídia cria uma "fantasia real"
onde:
Uma fantasia é uma figura crível do mundo que é criada quando um interpreta
experiências midiáticas como um jeito que as coisas são e subestima a autenticidade da
realidade mediada sem verificar alternativas contrárias, talvez contraditórias, realidades
tão desejadas como a fantasia oferece provas dramáticas para a expectativa de alguém.
4. Quanto mais pessoas dependerem da mídia para informação que é usada para formar impressões
e opiniões sobre processos societais, eventos e temas, mais suscetível é a influência e mais difícil
fica separar o que as pessoas pensam e sentem do pseudo- ambiente criado por ela. Como mais
uma vez observado por Silverstone (2007, p.51) pode argumentar que em um mundo mediado
"não existe diferença entre ser e parecer, assim como não há mais uma diferença significativa o
mundo como ele aparece na tela e o mundo real."
Se as pessoas são guiadas por suas construções sociais da realidade, então estas construções
sociais são gravemente modeladas pela construção social da mídia. Ampla evidência disso pode
ser encontrada em pesquisas sobre a habilidade da mídia em influenciar audiência através, por
exemplo, dos processos de definição de agenda, enquadramento, tratamento de imagem e
cultivo.
Ao mesmo tempo, um entendimento apropriado da influência da mídia na sociedade requer mais
do que efeitos estimados nas percepções e opiniões individuais. Teorias de efeitos convencionais e
metodologias dependem e independem da lógica casual em que é possível fazer distinção entre
variáveis dependentes e independentes (Schulz, 2004). Eles também presumem que os efeitos da
mídia em grande parte surgem do teor das mensagens da mídia. Da perspectiva da teoria da
midiatização, conteúdo da mídia, porém, não pode ser isolado dos formatos midiáticos e
gramática (Altheide & Snow, 1979, 1988, 1991). Além do mais, a ubiquidade e onipresença da
mídia torna isso virtualmente impossível de compartimentar experiências midiáticas a partir de
experiências de vida, assim como as instituições midiáticas não podem ser concebidas como
estando separadas de outros processos sociais, políticos ou culturais. Teorias de efeitos midiáticos
convencionais também falham em reconhecer os efeitos recíprocos da mídia sobre os temas e
processos de cobertura midiática (Kepplinger, 2007), como os atores sociais além "do público em
geral", por exemplo políticos, usam e são afetados pelos meios de comunicação (Davis, 2007) e
como atores sociais se acomodam à mídia.
Enquanto teorias de efeitos da mídia convencionais são importantes, são também insuficientes
para uma plena compreensão da influência midiática. Como conceito, midiatização "tanto
transcende como inclui efeitos da mídia" (Schulz, 2004, p.90).
Isto não significa que é impossível chegar a uma compreensão maior da midiatização da
sociedade, ou da política, mais especificamente. Como sugerido por Schulz (2004, pp.88-90), pelo
menos quatro processos de mudança social decorrentes de transformações conduzidas pela mídia
podem ser identificados: extensão, substituição, fusão e acomodação.
Primeiro, a mídia estende os recursos da comunicação humana através do espaço e tempo
(McLuhan, 1964). Em segundo lugar, mídia e tecnologias comunicacionais "parcialmente ou
completamente substituem atividades sociais e instituições sociais e assim mudam suas
características" (Schulz 2004, p.88). Atividades primeiramente requeriam interação face a face ou
presença física agora podem ser realizadas ou experenciadas através do uso midiático (Bucy &
Gregson, 2001). Em terceiro lugar, atividades midiáticas emergem e se fundem com atividades ou
processos não midiáticos, e tornam difícil separar a mídia de outras atividades e processos. Da
mesma forma, a informação adquirida da mídia emerge e se funde com informação adquirida
através de comunicação ou experiências interpessoais. Quando isso acontece, "a definição da
5. mídia de realidade se mescla com a definição social de realidade" (Schulz, 2004, p.89). Em quarto
lugar, com a mídia se tornando cada vez mais relevante, atores sociais devem mudar seus
comportamentos para acomodar a lógica midiática e os padrões de noticiabilidade (Schulz, 2004).
Acrescentando estes quatro processos, deve-se acrescentar a criação (Strömbäck & Esser, 2009). A
mídia não apenas produz os seus próprios produtos e programas, a importância dela faz outros
atores sociais criarem pseudo-eventos (Boorstin, 1962) com o propósito principal de atrair
cobertura da mídia.
Assim, os cinco processos de mudança social que nascem da midiatização são extensão,
substituição, fusão, acomodação e criação. Eles afetam a sociedade do individual ao nível
institucional. Em cada caso, é a nossa dependência da mídia que conduz e perpetua suas
influências.
Resumindo, o primeiro aspecto importante da midiatização da política é assim o grau em que a
política se tornou mediada; que é, o grau que as pessoas dependem da mídia para se informar
sobre política e assuntos sociais.
A MÍDIA COMO INSTITUIÇÃO E SISTEMA
Além de ser entendido como um sistema ou instituição social e cultural (Cook, 2005; Sparro,
1999), as organizações midiáticas deveriam ser reconhecidas gradativamente independentes,
embora também interdependentes, outras instituições sociais e políticas (Hjarvard, 2008;
Mazzoleni, 2008b; Meyer, 2002; Strömbäck, 2008). Isto não é para negar que existem variações
entre mídias diferentes, mas da perspectiva da teoria de midiatização, as similaridades ou pontos
em comum são mais importantes do que as diferenças.
A princípio, instituições consistem de normas e procedimentos formais e informais que fornecem
uma base através da qual humanos agem e interagem (Sparrow, 1999). Instituições também
podem ser descritas como modelos de comportamento social, identificáveis através de
organizações que as formam. Instituições são, além disso reconhecidas como tais, por aqueles de
dentro e de fora. Como citado por Cook (2005, p.70-71):
As regras e procedimentos que constituem as instituições são entendidas como a
maneira quase-natural de se fazer as coisas. Como tal, elas se prolongam e se
estendem além do espaço, e são amplamente reconhecidas tanto internamente das
organizações que constituem as instituições bem como a partir do exterior como todos
realizando trabalhos parecidos que ocupam um lugar central na sociedade e na política.
Desta perspectiva, a mídia forma uma instituição parcial já que pessoas de dentro assim como sem
pensar sobre as organizações midiáticas como entidades independentes, distinguíveis da apesar
confiança em outras instituições ou esferas, em parte porque os meios de comunicação são
caracterizados por certas normas comuns, procedimentos e práticas. O fato de diferentes mídias
seguirem práticas de produção parecidas e aderirem a critérios similares de noticiabilidade (Cook,
2005; Shoemaker & Cohen, 2006; Sparrow, 1999), e que jornalistas possuem parecidas, ainda que
não idênticas, concepções do papel jornalístico entre organizações de notícias (Weaver et al.,
2007), contribuem para o entendimento da mídia como uma instituição. Na verdade, a completa
6. noção da mídia como um "Quarto Poder" pressupõe que as organizações de notícias
particularmente formam uma instituição separada das outras.
Historicamente, e em outros países este ainda é o caso, a mídia foi considerada parte e
subordinada ao sistema político. Enquanto for este o caso não pode formar uma instituição por
direito próprio (Hallin & Mancini, 2004). Em tais casos, é mais relevante falar de uma politização
da mídia do que de uma midiatização da política.
Isto aponta para a midiatização como um processo duplo, onde as organizações midiáticas não só
adquiriram o status de uma instituição independente, mas onde elas também se tornaram
altamente integradas nas operações de outras instituições sociais e políticas (Hjarvard, 2008).
Aumentar a autonomia torna-se assim um pré-requisito para a influência independente da mídia
sobre outras instituições sociais e políticas, e consequentemente a sua crescente dependência dos
meios de comunicação. Sparrow (1999,p. 9-10) ainda considera a mídia como uma instituição
parcial porque "a produção de notícias pela mídia - na verdade, muitas vezes pela sua simples
presença - fornece uma estrutura regular e persistente pelo qual outros atores políticos operam."
E ele continua:
Como instituição, a mídia possui o conjunto de escolha destes outros atores políticos;
isto é, eles estruturam - em outras palavras, guiam e limitam - as ações daqueles que
trabalham nos três poderes formais do governo, na administração pública, e nos vários
estágios ou partes do processo político. A mídia assim exerce importante efeito em
outros atores políticos...
Enquanto a mídia atuar como porta-voz de outras instituições, ela talvez possa ter influência sobre
seu público, mas em tais casos a influência não se origina dela e não deve ser atribuída a ela.
Apenas quando as organizações de notícias tiverem atingido independência significativa de outras
instituições sociais e políticas elas exercerão influência sobre essas instituições. Somente então é
certo atribuir influência para a mídia. E enfim, outras instituições sociais e políticas devem se
adaptar à mídia e sua lógica.
Finalizando, o grau em que a mídia forma uma instituição amplamente autônoma das outras
instituições políticas varia ao longo do tempo bem como os países e diferentes sistemas políticos e
midiáticos (Hallin & Mancini, 2004). Por outro lado, o grau em que diferentes instituições políticas
são dependentes da mídia é variável, não constante. Entretanto, a discussão sobre a mídia como
uma instituição sugere que o segundo aspecto importante da midiatização da política é o grau em
que a mídia tornou-se distinta e independente das instituições políticas.
MIDIATIZAÇÃO E LÓGICA DA MÍDIA
Uma parte importante da conceituarão das novas mídias como uma instituição é a observação de
que diferentes mídias compartilham normas e práticas altamente similares. Apesar das notícias na
televisão serem diferentes das notícias no jornal impresso ou no rádio, os padrões de
noticiabilidade não diferem significativamente de uma mídia para outra (Schudson, 2003;
7. Shoemaker & Reese, 1996). As diferenças entre as mídias, podem ser em grande parte atribuída
aos diferentes formatos de apresentação e às plataformas transmissão. Assim, essas diferenças
ocorrem sobretudo a partir das próprias organizações midiáticas.
Neste contexto, a noção de lógica da mídia é altamente relevante (Brants & Praag, 2006; Hjarvard,
2008; Mazzoleni, 2008c). Como sugerido por Schrott (2009, p. 42), "o núcleo de midiatização
consiste no mecanismo da institucionalização da lógica de mídia em outros subsistemas sociais.
Nestes subsistemas, a lógica da mídia concorre com as diretrizes estabelecidas e as influências
sobre as ações dos indivíduos".
Altheide e Snow (1979, p. 10) foram os primeiros a propor o conceito de lógica da mídia. Lógica da
mídia, conforme argumentam,
consiste numa forma de comunicação; o processo através do qual a mídia apresenta e
transmite informação. Os elementos presentes neste formato incluem os vários meios
de comunicação e os formatos utilizados por eles. Formato consiste, em parte, em
como o material é organizado, o estilo em que é apresentado, o foco ou a ênfase em
características particulares de comportamento, e a gramática da mídia. Formato torna-se
um quadro ou uma perspectiva que é usado para apresentar, bem como interpretar
fenômenos.
A lógica da mídia pode ser entendida como uma forma particular de interpretar os fenômenos
sociais, culturais e políticos. Segundo a teoria, os vários formatos dos meios de comunicação, os
processos de produção e as rotinas, bem como a necessidade de histórias interessantes, definem
como a mídia interpreta e cobre assuntos públicos. As organizações de notícias favorecem
histórias que incluem conflitos, por exemplo, uma vez que o conflito se presta a narrativa
dramática. A necessidade de histórias que são dramáticas e capazes de capturar a atenção do
público também pode ajudar a explicar a propensão dos meios de comunicação para se concentrar
em escândalos (Thompson, 2000), para enquadrar a política como uma corrida de cavalos ou um
jogo estratégico em vez de emitir debates (Patterson, 1993), e na busca por visuais atraentes
(Grabe & Bucy, 2009).
O crescimento da sociedade da informação transformou a escassez de informação em excesso de
informação (Hernes, 1978). Resultando numa necessidade urgente da mídia reduzir a
complexidade das informações e produzir notícias interessantes. Diante disso, os estudiosos
observaram que os meios de comunicação desenvolveram técnicas de contar histórias, como a
simplificação, a polarização, a dramatização, a personalização, a visualização e a criação de
estereótipos, bem como modos particulares de enquadrar a notícia (Asp, 1986; Bennett, 2003;
Hernes , 1978). Em cada um desses casos, o conteúdo de mídia é "moldado por uma lógica de
formato" (Altheide & Snow, 1988, p. 201), na qual as considerações de formato vem antes das
preocupações com o conteúdo; isto, juntamente com as rotinas de produção da mídia, orientam
tanto a seleção e como a produção de notícias e moldam os padrões de noticiabilidade. Os
próprios formatos e necessidades da mídia, então, tomam precedência sobre outras
considerações.
8. Há uma exceção importante, no entanto. Como a maioria dos meios de comunicação social atuam
como empresas comerciais na acirrada competição uns com os outros pela atenção do público e
receitas de publicidade, o que pode ser chamado de lógica comercial é fundamental na formação
da lógica da mídia. A lógica da mídia, portanto, decorre e é adaptada pela lógica comercial
(Hamilton, 2004; McManus, 1994), embora não deva ser reduzida apenas a lógica comercial
(Hjarvard, 2008). Assim, se a lógica da mídia é concebida como um mecanismo de midiatização, a
comercialização é crucialmente importante na formação da lógica da mídia.
Dito isto, alguns têm questionado o conceito de lógica da mídia (Hepp, 2009; Lundby, 2009c). Uma
razão é que o foco em formatos de mídia presta-se facilmente ao determinismo tecnológico.
Lundby (2009c) também observa que seria mais apropriado falar de lógicas da mídia, no plural, e
salienta que conceitos como formato e forma não fornecem o caráter social e de interação
suficientes para consideração da mídia.
Devemos reconhecer essas limitações, mas diria que não é necessário abandonar o conceito de
lógica da mídia. Lógica da mídia não denota necessariamente um determinismo tecnológico, é
uma abreviação conveniente para resumir várias características que podem influenciar a própria
mídia como seus produtos e outros atores sociais. No entanto, eu também gostaria de sugerir uma
definição um pouco diferente da lógica da mídia, a fim de direcionar algumas críticas ao conceito e
focar especificamente nas notícias da mídia. Por isso, gostaria de definir a lógica de mídia da
seguinte forma:
Lógica da mídia refere-se às características institucionais, tecnológicas e sociológicas
das notícias da mídia, incluindo as suas características de formato, produção e
disseminação de rotinas, normas e necessidades, padrões de noticiabilidade, e regras
formais e informais que regem a imprensa.
O que é mais importante no contexto da midiatização da política é que a lógica da mídia pode ser
concebida de maneira distinta da lógica da política (Mazzoleni, 1987; Meyer, 2002; Strömbäck,
2008). Assim, o conceito tem um valor não só em si, mas também como uma forma de diferenciar
se as notícias da mídia são guiadas por sua própria lógica e necessidades ou pela lógica e
necessidades das instituições e atores políticos (Bucy & D'Angelo, 2004).
LÓGICA DA POLÍTICA
Embora o conceito de lógica da política esteja menos desenvolvido do que a lógica da mídia, no
cerne de qualquer conceituação a política trata de decisões coletivas a partir da tomada e da
implementação de decisões políticas. Mais precisamente, ao menos seis dimensões de política
podem ser identificados (Strömbäck & Esser, 2009):
A dimensão de alocação de poder, que inclui os processos e regras que regem a
distribuição e alocação de poder político.
A dimensão política, que inclui os processos e regras que regem como os problemas que
9. requerem soluções políticas sejam definidos e enquadrados, e visa encontrar soluções
para os problemas definidos como políticos.
A dimensão partidária, que inclui os esforços para ganhar vantagens partidárias.
A dimensão de deliberação, que inclui os processos e regras que regem a deliberação
política, construção de negociação e consenso, e tomada de decisões.
A dimensão de implementação, que inclui os processos e regras que regem a execução das
decisões políticas.
A dimensão de accountability, que inclui os processos e as regras que regem o
monitoramento dos processos de tomada de decisão política e de implementação, de
atribuição da responsabilidade política, e de manutenção da responsabilidade.
Em cada um desses casos, as normas que regem os processos que os atores políticos devem
considerar ou aderir pode ser formal ou informal. Em alguns casos, as regras formais são mais
importantes do que as informais, enquanto que em outros casos, as regras informais podem ter
prioridade. Em qualquer caso, a política é sobre quem tem o direito de tomar decisões e resolver
problemas que exijam decisões políticas.
Igualmente importante é o aspecto da comunicação política, na medida em que a comunicação
midiática é uma parte integrante de todas as dimensões que formam a política. Atores políticos,
localizados dentro das instituições políticas, consequentemente, devem levar em consideração a
mídia e como os meios de comunicação podem intervir de forma independente em todos os
processos e dimensões que formam a política; exatamente como os atores da mídia, localizados
dentro das instituições midiáticas, devem levar em consideração a política e como os atores
políticos podem intervir para moldar formas e conteúdos da mídia (Blumler & Gurevitch, 1995).
Esta situação cria tensões e conflitos entre a lógica da mídia e a lógica da política, tanto no que diz
respeito à forma como a mídia cobre a política e como a comunicação e a política funcionam
(Mazzoleni, 1987; Meyer, 2002;. Semetko et al, 1991; Strömbäck & Esser, 2009).
De acordo com esse raciocínio, os processos políticos e as práticas midiáticas podem ser
governados pela lógica da mídia ou pela lógica da política (Meyer, 2002; Strömbäck, 2008). No
primeiro caso, os requisitos dos meios de comunicação estão no centro das atenções e definem
como a comunicação política e o governo são abordados pelos atores políticos, cobertos pela
mídia e compreendidos pelas pessoas. No segundo caso, as necessidades do sistema político está
no centro das atenções e definem como a comunicação política será abordada, coberta e
compreendida. Aqui, o que é importante as pessoas saberem, que há precedência na
interpretação de atores e instituições políticas. A mídia é percebida como instituição política ou
democrática, com algum tipo de obrigação de ajudar a fazer a democracia funcionar (Ferree et al,
2002;. Strömbäck, 2005). No primeiro caso, os meios são percebidos principalmente como
empresa comercial com nenhuma obrigação especial para além de atender às necessidades e
desejos de seu público e anunciantes. A tendência aqui é dar precedência aos imperativos
comerciais (Croteau & Hoynes, 2001; McManus, 1994; Hamilton, 2004).
10. Na prática, existem muitas áreas cinzentas entre a política e a comunicação política regidas por
qualquer lógica da mídia ou lógica da política, e a relação entre mídia e política deve ser entendida
como interdependente e interacional. No entanto, para fins de análise pode ser útil a distinção,
uma vez que permite investigações empíricas de até que ponto a política, ao longo do tempo, dos
países ou das instituições políticas tem se tornado midiatizada.
Com base na noção de mídia e política envolvidas numa relação interativa, a influência da mídia e
sua lógica podem ser localizados e empiricamente investigados em pelo menos dois domínios
principais: em primeiro lugar, na cobertura de notícias da política e da sociedade, e em segundo,
nas prioridades, atitudes e comportamentos das instituições e atores políticos.
INFLUÊNCIA DA MÍDIA SOBRE O CONTEÚDO DA MÍDIA...
Dada a centralidade dos meios de comunicação para a política, os atores políticos são
continuamente envolvidos nos esforços para moldar a cobertura noticiosa de assuntos políticos e
atuais. Ao mesmo tempo, o pessoal da mídia não quer ser reduzido a portadores passivos de
mensagens dos atores políticos. Eles vêem sua responsabilidade de agir como um cão de guarda e
tomar suas próprias decisões sobre o que cobrir e como cobrir acontecimentos importantes
(Blumler & Gurevitch, 1995; Schudson, 2003). Os jornalistas são necessariamente dependentes das
suas fontes de informação que podem ser transformadas em notícia (Bennett, 2003; Berkowitz,
2009; Reich, 2009), eles lutam para manter a sua independência e controle sobre o conteúdo de
mídia. Ao mesmo tempo, as fontes são dependentes de meios de acesso para a publicidade e para
a oportunidade de comunicar com públicos de massa importantes.
Se jornalistas ou fontes têm mais poder nesta "negociação pelo merecimento das notícias " (Cook,
2005) é uma questão controversa. O que é uma consequência nesse contexto, no entanto, é que o
conteúdo da mídia pode ser regido principalmente, quer pelas características e necessidades dos
meios de comunicação ou pelos desejos e necessidades dos atores e instituições políticas. No
primeiro caso, a lógica da mídia é decisiva na forma como a mídia cobre os assuntos sociais e
políticos, enquanto que no segundo caso a lógica da política é decisiva. Isto sugere que o terceiro
aspecto importante da midiatização da política é o grau em que o conteúdo da mídia é regido
principalmente pela lógica da mídia em oposição à lógica da política.
…E SOBRE AS INSTITUIÇÕES E ATORES POLÍTICOS
A maior dependência das instituições e dos atores políticos está na opinião pública, e quanto
maior for a sua necessidade de influenciar a opinião pública, maior será a sua dependência, e daí a
sua necessidade de influenciar a mídia e a cobertura de notícias. Para as instituições políticas e
atores, isso levanta a questão de como influenciar a cobertura de notícias, enquanto os jornalistas
valorizam a sua independência da política.
Uma estratégia é aproveitar a vantagem que atores políticos mantêm com relação ao acesso à
informação que pode ser transformada em notícia (Bennett, 2003; Gans, 1980). Outra estratégia é
através do aumento dos esforços de construção de agenda e gerenciamento de notícias (Palmer,
11. 2000;. Semetko et al, 1991). Uma terceira estratégia é dar aos meios de comunicação uma
importante consideração em todos os processos políticos, a partir da seleção das questões a
promover, políticas a seguir, e pessoas a nomear, como forma das campanhas a serem dirigidas
(Kernell, 2007; Skewes, 2007).
Subjacente a estas e outras estratégias é a percepção de que o caminho mais seguro para
influenciar a cobertura da mídia é através de esforços para definir e atender às demandas das
organizações de notícias, incluindo o interesse da mídia e necessidade de informações exclusivas,
notícias dramáticas ou inesperadas, visuais atraentes, histórias com conflito, ou eventos que se
prestam as técnicas bem conhecidas de contar histórias.
Ao fornecer tais "subsídios de informação" (Gandy, 1982), os atores políticos tornam mais fácil e
mais atraente para a mídia cobrir questões ou eventos particulares. "Campanha permanente"
também pode ser visto como um exemplo de como os atores políticos precisam tomar os meios
de comunicação em consideração numa base diária (Blumenthal, 1980), enquanto a estratégia de
"tornar público" (Kernell, 2007) também reconhece a importância dos meios de comunicação
durante o governo - e não apenas na campanha. Como Cook (2005, p. 162) notou, com referência
aos Estados Unidos, "todos os atores políticos em Washington estão usando a publicidade como
parte de suas estratégias de governo e, em maior medida do que eram há vinte ou trinta anos
atrás".
Para influenciar as notícias, os atores políticos devem dedicar cada vez mais recursos para
gerenciar as tarefas de gestão de notícias. O sucesso pode vir com um preço - a adaptação ou a
adoção da lógica da mídia. Como Cook (2005, p. 163) observou, "os políticos podem, então, vencer
as batalhas diárias com a imprensa, ao entrar nas notícias como quiserem, mas acabam perdendo
a guerra, quando padrões de noticiabilidade começam a tornar-se critérios principais para avaliar
político e questões políticas".
O que isso sugere é que as instituições atores políticos, como a própria imprensa, podem ser
regidos por qualquer lógica da mídia ou lógica da política. Quanto mais instituições e atores
políticos se adaptarem à mídia, e quanto mais atenção e recursos dedicarem as atividades
destinadas a influenciar a notícia, mais instituições e atores políticos serão regidas pela lógica da
mídia, em oposição à lógica política.
MEDIATIZAÇÃO DA POLÍTICA COMO UM CONCEITO QUADRIDIMENSIONAL
Esta análise sugere que a mediatização da política é um conceito multidimensional, onde há ao
menos quatro dimensões inter-relacionadas ainda distintas e podem ser identificadas (Strömbäck,
2008; Strömbäck & Esser, 2009). A primeira dimensão está preocupada com o grau em que os
meios de comunicação constitui o fonte mais importante ou dominante de informação e
comunicação. A segunda dimensão está relacionada com o grau em que a mídia tornaram-se
independente de outros social, determinados políticos, das instituições.
12. A terceira dimensão diz respeito à mídia de conteúdo mais importante, notícias e do grau em que
o conteúdo de mídia é regido pela lógica de mídia ou lógica política. A quarta dimensão centra-se
em atores políticos e do grau em que eles são regido pela lógica da mídia ou da lógica política.
Estas quatro dimensões são representadas como uma série de continua na Figura 19.1
De acordo com este quadro, essas quatro dimensões em conjunto, determinam o grau em que
política em um ambiente particular é mediatizada. Embora descrito como separado, estas
dimensões são altamente relacionadas umas com as outras. Mais precisamente, mediação ao
longo da segunda dimensão deve ser percebida como um pré-requisito para as terceira e quarta
dimensões, enquanto mediação ao longo da primeira, segunda e terceira dimensão é provável que
um pré-requisito para a quarta dimensão. as relações entre as quatro dimensões estão
representados visualmente na Figura 19.2.
Presumivelmente, é só quando a mídia é muito independente das instituições políticas que a mídia
conteúdo é regida principalmente pela lógica midiática, em oposição à lógica política. Quando isto
ocorre, os meios de comunicação continuam a ser a mais importante fonte de informação, os
atores políticos sentem a necessidade e pressão para se adaptar à lógica midiática.
No entanto, a compreensão da mediatização da política como um conceito de quatro dimensões
deve facilitar a pesquisa empírica sobre o grau em que a política tem, de fato, se tornado
mediatizada em diferentes países. Esta conceituação de mediação também tem o potencial
de integrar diferentes vertentes da teoria e da pesquisa em comunicação política, como
veremos a seguir.
13. MIDIATIZAÇÃO COMO UM CONCEITO INTEGRADOR
Ao longo deste capítulo, têm argumentado que a midiatização é um conceito orientado
para o processo sobre crescente influência da mídia. Ao elaborar as dimensões acima, eu
também argumento que a mídia deve ser entendida como uma instituição; assim, esta
conceituação de mediação incorpora ponto de vista institucional (Cook, 2005; Sparrow,
1999). Ele também incorpora a teoria dos meios de comunicação lógica (Altheide & Snow,
1979).
Há, no entanto, vários outros conceitos e teorias que também se enquadram nesta
conceituação de mediatização. Uma delas é o conceito de poder discricionário da mídia,
sugerido por Semetko e colegas (1991). Como eles explicam (p. 3), o poder discricionário
de notícias gera preocupações "A medida em que os meios de comunicação são capazes
de desempenhar um papel formativo na formação da agenda das campanhas eleitorais, e
com as forças que lhes permitam desempenhar esse papel ou limite seu desempenho
dele. "Intimamente relacionado é o conceito de intervencionismo mídia (Esser, 2008),
onde alta intervencionista é susceptível de ser encontrado em culturas jornalismo
caracterizado por o
Semetko et al. (1991) rotular um "pragmático", em oposição à abordagem "sacerdotal"
para a política.
Nos relatos de Esser (2008), bem como Blumler e Gurevitch (1995), e Gurevitch Blumler
(2004), e Pfetsch (2004), as culturas de mídia e (comunicação) culturas políticas são de
grande importância, e estes parecem mediar a medida em que a política se tornou
mediatizada. De modo geral, a cultura política refere-se a normas não escritas e
expectativas dentro comunicação política, processos e as relações entre os atores
políticos, atores de mídia e os cidadãos (Blumler & Gurevitch, 1995; Gurevitch & Blumler,
2004; Pfetsch, 2004). Cultura de comunicação política pode ser concebida como uma
subdimensão da cultura política, ou como definido pelo Pfetsch (2004, 348 p.), "as
orientações empiricamente observáveis de atores do sistema de produção de mensagens
políticas para objetos específicos de comunicação política, que determinam a maneira
pela qual político atores e atores da mídia comunicam em relação ao seu público político
comum. "
14. Meios de Cultura, por fim, referem-se como as organizações de mídia e jornalistas de se
orientar para os atores políticos e instituições, por um lado e seus públicos e do mercado,
e do outro, concepções do papel que os jornalistas têm, e como os jornalistas valorizam a
notícia em que padrões de noticiabilidade se aplicam (Blumler & Gurevitch, 1995; Esser,
2008; Gurevitch & Blumler, 2004; Hanitzsch, 2007; Pfetsch, 2004; Semetko et al., 1991).
Todas essas culturas são em parte moldada por diferentes meios e sistemas de
comunicação política, como destacado por Hallin e Mancini (2004) em sua análise de
sistemas de mídia entre Ocidental. democracias e sua identificação de três modelos
diferentes de mídia e política: a liberal, modelo pluralista polarizado, e modelo
corporativista democrático
O modelo que um país em particular pertence é susceptível de ter um impacto sobre o
grau em que a política tornou-se mediatizada, eo mesmo é verdade para as culturas de
mídia, bem como as culturas políticas e culturas de comunicação política. Também pode
haver diferenças entre instituições dentro de países, dependendo da extensão em que
eles são protegidos contra ou expostos a opinião pública, e através de questões,
dependendo se o monopólio da política (Sparrow, 1999) está em vigor; isto é, se uma
questão pertence à esfera do consenso, desvio, ou de controvérsia legítima (Hallin, 1986).
Assim, há provavelmente uma série de fatores, com destaque em outras vertentes da
comunicação política, que podem moldar o grau em que a política de uma configuração
particular, tem se tornado mediatizada. Esses fatores poderiam e deveriam ser integrados
em outras pesquisas empíricas.
Outra pesquisa relevante para a compreensão da mediatização da política incluem, para
citar alguns exemplos, mostrando a pesquisa crescente de negatividade midiática e um
foco crescente no enquadramento da política como um jogo estratégico (Patterson, 1993;
Strömbäck & Kaid, 2008). Ambos os meios de negatividade e da formulação da política
como um jogo estratégico podem ser considerados indicadores de mediatização ao longo
da terceira dimensão. O mesmo é verdade de evidência de diminuição soundbites, sendo
um deles mais estilo jornalístico interpretativo, e outras medidas de intervencionismo
mídia (Esser, 2008; Hallin, 1992), como viés visual (Grabe & Bucy, 2009) e meta-cobertura
(Esser & D'Angelo, 2003). Mesmo a teoria ea pesquisa sobre como a mídia
afeta a participação política das pessoas (Bucy & Gregson, 2001) pode ser entendida
como um aspecto da mediatização. Campanha permanente e abertura de capital como
estratégia de governar poderia também ser considerados indicadores da midiatização ao
longo da quarta dimensão, como pode constatar que os atores políticos têm aumentado a
atenção e recursos destinados à gestão coletiva. Nesses e em outros casos, não há
variação tanto entre e dentro dos países, o que pode ajudar a orientar futuras pesquisas
sobre os antecedentes da midiatização.
Assim, o quadro conceptual sugerido aqui não deve ser interpretado sugerindo que
política em todos os lugares se tornou mediatizada ou que se tornou igualmente
mediatizada crossnationalmente. Esta é, em última análise uma questão empírica, onde
poderia ser possível identificar diferentes fases da midiatização (Strömbäck, 2008).
15. DISCUSSÃO E CONCLUSÕES
A mediatização da política é um processo de crescente influência da mídia em todos os
aspectos da política. A política mais mediatizada tornou as organizações de notícias mais
importantes para se tornar opinião de formação, porém o conteúdo de notícias é regido
pela lógica da mídia, e as instituições políticas e mais atores levar em consideração mídia
contínua e adaptar-se, ou adotar, a lógica da mídia. Assim, é razoável conceber a
mediação como um meta-processo (Krotz, 2007, 2009).
De tal perspectiva, ainda teorizando sobre a mediatização da política, é possível ajudar a
sanar as diferenças entre as diferentes vertentes de investigação e integrar as teorias e
descobertas aparentemente díspares em um todo que pode ajudar estudiosos ganhar
uma compreensão mais completa do impacto dos meios de comunicação nos processos
políticos.
Para este fim, este capítulo examinou a literatura e sugeriu uma estrutura que pode ser
utilizada para orientar futuras pesquisas sobre a mediatização da política. De acordo com
este quadro, mediação é um conceito de multi-dimensional em que pelo menos quatro
dimensões podem ser identificados. Primeira dimensão está relacionada com o grau em
que os meios de comunicação constituem a mais importante fonte de informação e canais
de comunicação.
A segunda dimensão está preocupada com o grau em que a mídia se tornou
independente do outro social, em particular político, instituições. A terceira dimensão está
relacionada com o grau em que o conteúdo de mídia é regulado pela lógica da mídia ou
da lógica política. E a quarta dimensão centra-se em instituições políticas e atores do grau
em que eles são regidos pela lógica da mídia ou da lógica política. É importante ressaltar
que todas as quatro dimensões devem ser considerados como continuação-uma questão
de grau, em oposição a uma causa de saber se a política tornou-se mediatizada ou não.
Em última análise, no entanto, o grau de mediatização é uma questão empírica. Mais
estudos são assim necessário no que diz respeito às ligações entre mediatização e outras
teorias de política comunicação; os antecedentes, manifestações e consequências da
midiatização; variações através do tempo e países; e, finalmente, como e em que medida
a forma de mídia e remodelar Política (Strömbäck & Esser, 2009).
De preferência, mais pesquisas devem ser comparativa entre tempo e países. enquanto o
ideal seria pesquisa que investigou mediatização ao longo de todos os quatro dimensões
ongitudinalmente e comparativamente entre os países, as investigações da midiatização
ao longo de as quatro dimensões também aprofundar o nosso conhecimento, desde que
tal pesquisa compara em todo o tempo ou países
Como observado por Pfetsch e Esser (2004, p. 7), a pesquisa comparativa "faz jus à regra
de que "cada observação é sem significado se não for comparado com outras
observações." Este é verdadeiro com respeito a comparações entre o tempo eo espaço. É
somente através de comparações entre vez que é possível observar o processo de
16. mediação, e é apenas através de comparações ao longo do espaço que é possível
investigar variações no grau em que a política determina fatores mediatizados que em
diferentes países se tornou um impacto sobre a mediatização de política ao longo de
qualquer ou de todas as quatro dimensões.
Assim, se queremos entender tanto o processo de mediação e as forças que facilitam ou
inibem a sua realização, a investigação comparativa entre estas linhas é essencial.
Felizmente não deve ser excessivamente complicado para investigar as primeiras três
dimensões de mediação comparativamente ao longo do tempo ou países. Em muitos
casos existem estatísticas disponíveis que revelam a importância dos meios de
comunicação como fonte de informação; mais pesquisas sobre o grau em que as mídias
são independentes das instituições políticas também pode contar com a investigação de
existentes históricos e análises institucionais; por meio de conteúdo é possível investigar
ao longo do tempo o grau em que o conteúdo de mídia é regulado por meios de lógica.
A dimensão mais problemática para investigar comparativamente é provavelmente a
quarta dimensão, já que há uma escassez de dados longitudinais sobre o grau em que
atores políticos de diferentes países, passado e presente, são regidos pela lógica da
mídia. Nota-se, no entanto, que problemático não significa impossível. Através de
pesquisas com uma elite de jornalistas e atores políticos que seria, por exemplo, possível
investigar diferenças entre os países e ao estender tais pesquisas em futuros dados
longitudinais, também poderia ser obtido. Através de memórias, a pesquisa anterior e
outros documentos também seria possível voltar no tempo e investigar mudanças
longitudinalmente.
Mais trabalho nesta área pode descobrir de forma confiável as variações ao longo do
tempo ou espaço em relação ao grau em que os atores políticos são regidos pela lógica
da mídia. Ainda há muito a ser feito com a mediatização da política. Neste sentido,
espera-se que a estrutura sugerida aqui, irá aumentar a nossa compreensão e servir
como um trampolim para novas análises teóricas, bem como a pesquisa empírica
conceitualmente conduzido na mediatização da política ao longo do tempo e do espaço.
NOTA
1. O autor gostaria de agradecer a Erik Bucy e Gianpietro Mazzoleni pelos seus úteis e importantes
comentários, com sugestões sobre uma versão anterior deste capítulo.
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