2. Primeira das tentativas de entender porque as
notícias são como são.
Princípio de que as notícias espelhariam a
realidade tal como ela é.
Segundo essa teoria, o comunicador é um
mediador desinteressado, que busca a
verdade a qualquer preço.
3. O mediador separaria radicalmente fatos e
opiniões.
Acredita e defende a objetividade do trabalho
jornalístico.
Até hoje a comunidade jornalística defende a
teoria do espelho como um dos principais
valores éticos de seu trabalho.
Traduz a ideia da fotografia e de sua
“reprodutibilidade técnica”.
4. A metáfora do espelho já apresenta
problemas por si. Afinal, espelhos refletem a
luz apenas.
Não existe linguagem neutra: análise de
discurso.
Inspira-se no Positivismo de Augusto Comte
(1798-1857).
5. Meados do século 19:Nascimento do
jornalismo informativo, que separa opinião de
informação (reprodução);
Início do século 20: O jornalismo aparece
associado à objetividade, aqui entendida
como método criterioso de pesquisa e de
checagem dos fatos.
6. A comunicação, especialmente o jornalismo,
ajuda a construir as notícias como elas são.
Nélson Traquina e Mauro Wolf.
Leva em conta critérios como noticiabilidade,
constrangimentos organizacionais,
construção de audiência e rotinas de
produção.
A notícia não se esgota na sua produção, mas
é com ela que esse modelo está preocupado.
7. Perspectiva construtivista que rejeita a teoria
do espelho.
A socióloga Gaye Tuchman, uma das
principais representantes da defesa do
conceito, diz que o newsmaking articula-se
na rotina profissional do comunicador, na
organização do seu trabalho e nos processos
produtivos.
8. De acordo com Gaye Tuchman, , os seguintes
itens são considerados na elaboração dos
noticiários (que influenciam a OP):
Transformar um fato desconhecido em um
acontecimento notável.
9. Elaborar formas de relatar os acontecimentos
que não tenham a pretensão de dar a cada
um deles uma feição: homogeneidade
Organizar, espacial e temporalmente, o
trabalho de modo que os acontecimentos
sejam lineares e planificados.
10. Processo de produção da notícia planejado
como rotina industrial.
O planejamento da comunicação (linha
editorial).
Manipulação x rotinas de produção.
Práticas de produção de notícias.
Sistematização do trabalho jornalístico
11. Noticiabilidade: negociação por espaço no
noticiário. Ex: tragédias, grandes mudanças,
eleições
Há notícias factuais, leves, súbitas. Em
desenvolvimento, em sequência ( no
cronograma, como inaugurações, eleições).
É fundamental considerar no Newsmaking
fatos históricos, sociais, regionais, culturais e
ideológicos
12. O conceito refere-se à pessoa que veta ou
passa a informação. Editores, diretores,
produtores.
Só se tornam notícia os acontecimentos que
passam por um portão (gate). Quem decide
isso é o guardião do portão (gatekeeper).
Termo elaborado pela psicologia, em estudo
sobre hábitos alimentares – a dona de casa
que decide o que a família vai comer.
13. Hoje a teoria perdeu prestígio, tendo sido
substituída por termos como construção da
realidade.
Segundo Wolf, o mérito desses estudos foi o
de individualizar onde, em que ponto do
aparelho, ação do filtro é exercida.
14. A mídia atingiria a todos da mesma maneira
de forma distinta.
Metáfora da injeção.
A teoria hipodérmica parte da idéia
behavorista de que a toda resposta
corresponde um estímulo, pois não há
resposta sem estímulo, ou estímulo sem
resposta.
15. O esquema E - R (Estímulo - Resposta) é
essencial para a Teoria Hipodérmica. Assim,
os meios de comunicação de Massa (MCM)
enviariam estímulos que seriam
imediatamente respondidos pelos receptores.
A audiência é vista como uma massa amorfa,
que responde de maneira imediata e
uniforme aos estímulos recebidos.
16. Os indivíduos são compreendidos como
átomos isolados, que, no entanto, fazem
parte de um corpo maior, a massa, criada
pelos meios de comunicação.
Isso tornaria impossível a emergência de
resposta individuais ou discordantes do
estímulo.
17. Defende a idéia de que os consumidores de
notícias tendem a considerar mais importantes
os assuntos que são veiculados na imprensa,
sugerindo que os MCC agendam nossas
conversas.
Surgiu nos EUA nos anos 70.
18. Walter Lippman, Public Opinion, afirmou,
ainda na década de 1920, que a mídia é a
principal ligação entre os acontecimentos do
mundo e a imagem desses acontecimentos na
nossa mente.
19. Segundo Lippman, a imprensa funciona como
agente modeladora do conhecimento, usando
os estereótipos como forma simplificada e
distorcida de entender a realidade.
O agendamento depende da própria
sociedade e da cultura organizacional das
empresas de comunicação.
20. O agendamento depende de 3 características
da imprensa:
acumulação: a capacidade da mídia para criar
e manter o interesse do público
consonância: as semelhanças nos processos
produtivos de informação tendem a ser mais
significativos do que as diferenças.
onipresença: o fato de a mídia estar em todos
os lugares o tempo todo.
21. Diferentes meios interpretam as notícias de
modos diversos e provocam agendamentos
diversos.
22. Cada veículo de comunicação interpreta os
acontecimentos de modo distinto,
priorizando a sua maneira os assuntos.
A Agenda Setting parece apropriada para
entender o rol persuasivo (involuntário) dos
meios de comunicação em certas esferas
públicas, como a política.
23. O termo Espiral do Silêncio foi utilizado pela
pesquisadora alemã Noelle-Neumann, na
década de 70, para descrever o mecanismo
psicológico em que os indivíduos tendem a
seguir as opiniões dos outros, até que uma
opinião se estabeleça como atitude
prevalecente
Enquanto isso, outras opiniões isoladas são
rejeitadas por todos. Caem no silêncio, na
espiral de silenciamento.
24. Análise instrumentalista: aquilo que foi
deixado de fora da cobertura midiática, o foi
de propósito, e é escondido pela própria
mídia.
Ambas seriam frutos dos definidores
primários, como fontes institucionalizadas,
por exemplo.
25. Critérios como objetividade e noticiabilidade
influenciam esse processo.
Espiral: relação entre a mídia e a OP.
Defende que os indivíduos buscam a
integração social através da observação da
opinião dos outros e procuram expressá-la
dentro dos parâmetros da opinião da maioria
para evitar o isolamento.
As pessoas tendem a esconder opiniões
discordantes da OP.
26. Em termos sociológicos o "efeito bandwagon"
ou "band-wagon effect" significa a tendência
dos eleitores para aderirem ao projeto
político que pensam que será o vencedor.
Estima-se que em cada eleição cerca de 10%
do eleitorado decida o sentido de voto por
contágio.
27. Este efeito começa no lançamento das
candidaturas, prolonga-se durante a
campanha eleitoral e culmina com o depositar
do voto nas urnas.
Pesquisas de intenção de voto;
Este comportamento de mimetismo é tanto
maior quanto maior for a impressão causada
no eleitorado através dos meios usados nas
campanhas.
28. Se uma força política consegue mobilizar-se
durante a campanha isso é meio caminho
andado para a vitória.
Pelo contrário se o grupo de campanha é já
por si diminuto, isso revela ao eleitorado o
grau de mobilização que o próprio partido
consegue dentro da própria casa.
Temos assim que quanto maior for o grau de
mobilização, maior tenderá a ser o efeito
bandwagon.