1. Outubro de 2019 - Edição 214 - Curitiba
ZONEAMENTO DE CURITIBA
NOVO ZONEAMENTO DE CURITIBA É
SANCIONADO SEM VETOS; VEREADORES
ACOMPANHAM SOLENIDADE
Comerciantes do
Centro Histórico,
rua São Francisco
estão animados
com a reforma.
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2. Para 75% da população brasilei-
ra, o Sistema Único de Saúde (SUS) é
a única forma de acesso aos serviços
de assistência à saúde. Considerando
essa realidade, o Ministério Público do
Paranásediounestaquartaequinta-fei-
ra, 24 e 25 de outubro, o seminário na-
cional “SUS: contextualização, cenários
de crise e possibilidades de atuação do
Ministério Público”. O evento reuniu
promotores e procuradores de Justiça
de todo o país, gestores das esferas
federal, estaduais e municipais e rep-
resentantes de organizações da socie-
dade civil para debates sobre os atuais
desafios enfrentados pelo setor.
ABERTURA
Recepcionando os presentes e
dando início ao encontro, o procura-
dor-geral de Justiça, Ivonei Sfoggia, fa-
lou sobre a iniciativa. “As bases consti-
tucionais do SUS estão sob grave risco
e, durante esses dois dias, do conjunto
de vozes presentes aqui em Curitiba, se
ouvirá a reafirmação da importância do
Sistema que é modelo em todo o mun-
do e que tem no Ministério Público um
de seus maiores defensores”.
A mesa de abertura foi compos-
ta ainda pelo ouvidor-geral do MPPR,
Ney Zanlorenzi; o corregedor-geral da
instituição, Moacir Gonçalves Noguei-
ra Neto; a presidente da Fiocruz, Ní-
sia Trindade de Lima; o presidente
do Conselho Nacional dos Procura-
dores-Gerais, Paulo Passos (procura-
dor-geral de Justiça do MP do Mato
Grosso do Sul); a coordenadora do Gru-
po Nacional de Direitos Humanos do
CNPG, a procuradora-geral de Justiça
do MP da Bahia, Ediene Santos Lousa-
do e a procuradora-chefe do Ministério
Público do Trabalho, Margaret Matos
de Carvalho.
PERSPECTIVAS
No painel sobre as “Perspectivas da
crise da saúde no Brasil”, a presidente da
Fiocruz, Nísia Trindade de Lima, abordou
questões que mostram a importância da
universalização do acesso à saúde para a
construção dos direitos sociais no Brasil.
“Foi a partir do SUS que passamos a ter
no país uma mudança de conceito de ci-
dadania excludente para uma noção de
cidadania inclusiva”, afirmou. Além disso,
falando do perfil da Fiocruz na produção
de pesquisa e conhecimento, Nísia ci-
tou o aprimoramento nos kits de diag-
nósticos de doenças como Zika, Dengue
e Chikungunya. “O SUS não é somente
atenção à saúde. Além de atender a pop-
ulação com a realização de procedimen-
tos altamente custosos, é importante
lembrar-nos do componente da pro-
dução de ciência, tecnologia e inovação.”
O procurador de Justiça Marco Antô-
nio Teixeira, coordenador do Centro
de Apoio Operacional das Promotorias
de Justiça de Proteção à Saúde Pública
do MPPR, ressaltou a importância da
participação social na construção das
políticas de saúde. “O Sistema Único
de Saúde não tem salvação se não nos
reaproximarmos da população. A socie-
dade deve entender o sistema e ser seu
principal defensor” disse, mencionando
a experiência do MPPR com o Suscom+.
À frente da principal entidade de
deliberação sobre as políticas de saúde
no país, o Conselho Nacional de Saúde,
que conta com representação da socie-
dade civil e do poder público, Fernan-
do Pigatto falou sobre a importância
do diálogo e da mobilização popular. “A
participação que tivemos em torno da
última Conferência Nacional de Saúde,
por exemplo, mostra que as pessoas
estão dedicadas à busca de soluções
para os problemas existentes. E isso
ocorre porque elas estão sentindo di-
retamente, em seu dia a dia, as con-
sequências da aprovação da Emenda
Constitucional 95, como o atraso no
agendamento de consultas e exam-
es e o acesso a medicamentos”, afir-
mou, referindo-se ao dispositivo legal
aprovado em 2016 que congelou por
20 anos os gastos públicos na área. A
mediação do debate ficou a cargo de
Vera Lúcia Edais Pepe, pesquisadora da
Fiocruz.
CRISE
Em outro debate, sobre a perspec-
tiva histórica da atual crise da saúde
no Brasil, a professora e pesquisadora
do Instituto de Estudos em Saúde Co-
letiva da Universidade Federal do Rio
de Janeiro (UFRJ), Lígia Bahia, uma das
referências nacionais nas discussões
sobre o SUS, falou sobre os desafios at-
uais. “Estamos vivendo um período em
que, ao mesmo tempo em que ainda é
preciso modernizar o sistema, de modo
a aprimorá-lo, ainda temos que resistir
ao desmonte que está em curso.” E
completou: “Por que somos a favor do
SUS? Porque sabemos a potência que a
saúde pública tem para resolver prob-
lemas sociais”. A pesquisadora da Fi-
ocruz, Tânia Maria Peixoto, coordenou
a mesa.
SEGUNDO DIA
No segundo dia de evento, no de-
bate sobre os atuais caminhos da tutela
individual e coletiva em saúde, o promo-
tor de Justiça do MPPR Marcelo Maggio
afirmou que “saúde é mais que um di-
reito fundamental, é um valor presente
no meio social. E é por isso que, nesse
sentido, deve existir, obrigatoriamente,
uma preocupação de que esse direito
seja tutelado e garantido por meio de
políticas públicas”. Na Conferência “Di-
reito à Saúde e caminhos para a defesa
do SUS constitucional”, o presidente do
Instituto de Direito Sanitário Aplicado
(Idisa), Nelson Rodrigues dos Santos,
destacou o que chamou de “ilhas” do
sistema, que são as experiências exito-
sas e reconhecidas internacionalmente,
como o funcionamento de serviços
como os Centros de Atenção Psicosso-
cial (Caps), o Serviço de Atendimento
Móvel de Urgência (Samu), o programa
de imunização e os transplantes de te-
cidos e órgãos, entre outros. Falou tam-
bém sobre a formação dos profissionais
que atuam no sistema. “No decorrer
desses 30 anos, foram gerados saberes
e conhecimentos, muitas vezes não pela
Academia, mas diretamente pela mil-
itância do SUS. E hoje temos mais de
1 milhão de trabalhadores no sistema
e estamos na terceira geração desde a
sua criação, e seguimos com a mesma
garra e entusiasmo daqueles que o ide-
alizaram pois acreditamos nele.” Essa
última mesa também contou com a par-
ticipação da pesquisadora da Fiocruz,
Joyce Andrade Schramm.
Outros temas – A programação
também contou com painel sobre “Fi-
nanciamento da saúde no Brasil”, que
teve exposição do pesquisador da Fac-
uldade de Saúde Pública da USP, Áqui-
las Nogueira Mendes e coordenação
de Guilherme Souza Cavalcanti, da Uni-
versidade Federal do Paraná. Sobre “Os
atuais caminhos da tutela individual
e coletiva em saúde”, além de Marce-
lo Maggio, a mesa de debates contou
com a participação de Fernando Mussa
Aith, da Faculdade de Saúde Pública da
USP.
As discussões sobre as fragilidades
e possíveis soluções para a questão da
judicialização da saúde ficaram a car-
go do promotor de Justiça do MP do
Acre Gláucio Oshiro e do presidente do
Conselho Nacional de Secretários de
Saúde (Conass), Alberto Beltrame, com
coordenação do promotor de Justiça
do MPDFT, Jairo Bisol. Outra mesa tra-
tou do “Sistema Único de Saúde Con-
stitucional e o Sistema Único de Saúde
real: convergências em momentos de
crise” com intervenções da cientista
política Telma Maria Gonçalves Meni-
cucci, da pesquisadora da Fiocruz Lígia
Giovanella e do presidente do Consel-
ho Nacional de Secretários Municipais
de Saúde (Conasems), Willames Freire.
A mediação foi da coordenadora da
Comissão Permanente de Defesa da
Saúde (Copeds/CNPG), Isabel Maria
Porto.
REALIZAÇÃO
O evento foi promovido pelo Con-
selho Nacional de Procuradores-Gerais
do Ministério Público dos Estados e
da União (CNPG), por meio de sua
Comissão Permanente de Defesa da
Saúde (Copeds), em conjunto com o
Ministério Público do Paraná, e em
parceria com a Fundação Oswaldo Cruz
(Escola Nacional de Saúde Pública) do
Ministério da Saúde.
DEFESA DO SUS PAUTA EVENTO NACIONAL NO MINISTÉRIO
PÚBLICO DO PARANÁ SOBRE POLÍTICAS PÚBLICAS
2 Outubro 2019
3. A reforma das calçadas da Rua São
Francisco já anima os comerciantes e
os frequentadores da região. Curitiba.
Foto: Levy Ferreira/SMCS
A reforma das calçadas da Rua São
Francisco já anima os comerciantes
e os frequentadores da região. A dois
meses de sua conclusão, ela faz par-
te do pacote de obras do programa
Rosto da Cidade, que inclui uma série
de reformas e revitalização no Centro
Histórico de Curitiba.
No trecho entre as ruas Barão do
Serro Azul e Presidente Faria, a Pre-
feitura de Curitiba está recuperando
calçamento e melhorando mobilidade,
com implantação de faixa de acessibil-
idade.
A rua terá sua inversão de sentido,
para deixá-la com trânsito mais leve e
eficiente. Paraciclos e barreiras físicas
para evitar o estacionamento de veícu-
los nas calçadas fazem parte da obra.
Melhor para pedestres e para o
comércio
Os comerciantes da região da Rua
São Francisco estão animados com o
potencial que as obras têm de aumen-
tar o fluxo de pessoas na rua.
O proprietário do restaurante Nonna
Giovanna, Valter Lengler, acredita que a
rua ficará mais organizada e com mais
pessoas. “O acesso era difícil e com essa
Comerciantes do Centro Histórico, rua São Francisco
estão animados com a reforma
reforma esperamos que mais pessoas
circulem por aqui, o que é ótimo para a
economia da região”, destaca.
A costureira Maria Almeida diz
que a Prefeitura está cuidado mais da
região, também com esforços em out-
ras questões, como segurança e recu-
peração de fachadas de edificações
históricas numa das ruas mais icônicas
da capital paranaense.
“Além do aumento na segurança e
na atenção com o Centro, essas obras
vão ajudar a trazer mais vida à Rua São
Francisco”, relata Maria Almeida.
A iniciativa da Prefeitura de revi-
talizar partes do Centro Histórico curiti-
bano foi ressaltada pelos comerciantes
da região. “É bom ver que existe essa
preocupação. A tendência é melhorar e
dar mais valor a essa parte da cidade”,
disse o proprietário do restaurante São
Francisco, Valentin Vazquez.
Rua São Francisco
Valentin Restaurante São Francisco
Valter Lengler
Mais uma canaleta de expresso de
Curitiba tem tudo para virar cartão-post-
al nos próximos anos, a exemplo de ruas
no bairro Bacaheri e Boa Vista. A prefei-
tura está plantando mil árvores nas lat-
erais da canaleta da Avenida João Gual-
berto entre o Colégio Estadual do Paraná
e o bairro Santa Cândida, cada trecho das
avenidas terão uma cor de ipê.
Além da florada exuberante, o ipê
foi a espécie escolhida por ser nativa
de Curitiba.
A expectativa é de que as mil mudas
sejam plantadas ao longo da João Gual-
berto em seis meses. Entre o Colégio
Estadual e o Terminal do Cabral serão
ipês brancos. Do Cabral ao Terminal
Boa Vista serão ipês roxos. No último
trecho, entre o Boa Vista e o Terminal
Santa Cândida serão ipês amarelos.”
Na Roviária de Curitiba um pequeno
bosque de ipês amarelo virou atração
neste mês de setembro florindo poucos
dias antes da primavera, virou cenário
para selfies.
Em outros pontos da cidade os ipês
já vinham floridos desde o início do
mês. A eles se juntam ainda floradas
típicas da época, como glicínias e aza-
leias, em tons brancos e roxos, ajudam
a dar cor para a cidade.
AVENIDAS DA REGIÃO NORTE FUTURO CARTÃO POSTAIS
3 Outubro 2019
4. 4
NOVO ZONEAMENTO DE CURITIBA É SANCIONADO SEM
VETOS; VEREADORES ACOMPANHAM SOLENIDADE
O prefeito Rafael Greca sancionou,
nesta quinta-feira (10/10), no Instituto
de Pesquisa e Planejamento Urbano de
Curitiba (Ippuc), a nova Lei de Zonea-
mento, Uso e Ocupação do Solo de Cu-
ritiba (Lei nº 15.511, de 2019),
A aprovação da nova legislação per-
mitirá a modernização dos processos
de licenciamento pela Prefeitura, um
trabalho já está em curso pela Secre-
taria Municipal de Urbanismo.
“Será possível tirar alvarás mais
rápidos, a partir de um sistema online.
Esta lei é um marco de civilidade, ma-
turidade, tradição e inovação”, disse
Greca, que se emocionou ao sancio-
nar a lei. “O mapa é lindo. Curitiba é
emoldurada pelas áreas de preser-
vação do Passaúna e do Rio Iguaçu. Os
rios podem não ser os mais lindos do
mundo, mas são os mais protegidos e
queridos do Brasil”, afirmou.
A nova lei foi sancionada após ter sido
aprovada por unanimidade na Câmara
Municipal em dois turnos de votação. Ela
entrará em vigor em 180 dias.
O evento de sanção reuniu ver-
eadores, secretários municipais, repre-
sentantes de entidades de classe e lid-
eranças comunitárias que participaram
do processo de discussão da lei.
Presenças
Participaram do evento no Ippuc o
vice-prefeito de Curitiba, Eduardo Pi-
mentel, o presidente da Câmara Mu-
nicipal, Sabino Picolo, e os vereadores
Pier Petruziello, Serginho do Posto,
Beto Moraes, Julieta Reis, Fabiane
Rosa, Bruno Pessuti, Edson do Parolin,
Mauro Bobato, Tito Zeglin, Toninho
da Farmácia, Paulo Rink, Tico Kusma,
Oscalino do Povo, Geovane Fernandes,
Rogério Campos e Alex Rato.
Também estiveram presentes, o
presidente do Sindicato das Indústri-
as da Construção Civil do Paraná (Sin-
duscon-PR), Sérgio Crema,o diretor do
Sindicato da Habitação e Condomínios
(Secovi-PR), Ricardo Hirodi Toyofuku, e
outros representantes do G10, o grupo
que reúne entidades representativas
do setor produtivo de Curitiba e do
Paraná.
“Chegamos a esta lei, fruto da matu-
ridade urbana de Curitiba. O tecido urba-
no de nossa cidade é patrimônio de to-
dos os curitibanos”, reforçou o prefeito.
Ideias compartilhadas
O coordenador da revisão da Lei
pela Prefeitura, Alberto Paranhos, de-
stacou as contribuições do setor pro-
dutivo, dos vereadores e a atuação da
equipe municipal no trabalho desen-
volvido ao longo dos últimos dois anos
e meio.
Para o presidente da Comissão
de Urbanismo da Câmara, vereador
Serginho do Posto, o prefeito reescre-
veu uma lei que dará sustentabilidade
e condições de desenvolvimento pelo
menos para os próximos dez anos.
O presidente do Ippuc e secretário
do Governo, Luiz Fernando Jamur,
disse que a nova legislação é fruto de
uma ação compartilhada por aqueles
que compreenderam a importância da
lei para a cidade.
“É uma satisfação saber que um pro-
jeto técnico teve aprovação unânime e
foi mantido íntegro. Isso é relevante e
faz a diferença na qualidade de vida da
população”, disse Jamur.
Novos investimentos
Jamur também destacou o empen-
ho da Prefeitura e do Ippuc na garantia
de recursos e na busca de novos inves-
timentos para o avanço da cidade nas
áreas socioambiental, do transporte e
mobilidade.
O projeto do Bairro Novo do Caxim-
ba, financiado pela Agência Francesa
de Desenvolvimento (AFD), já teve lic-
itados os projetos executivos e estão
avançados os trabalhos do programa
Inter 2, de modernização do trans-
porte, que conta com o financiamento
do Banco Interamericano de Desen-
volvimento (BID).
Além disso, serão investidos R$ 30
milhões do tesouro municipal nas obras
do Ligeirão desde a Praça do Japão até
o Pinheirinho. A licitação dos três lotes
será simultânea, com o edital publica-
do ainda este mês. A obra deverá ser
enquadrada como contrapartida junto
ao governo federal para outros investi-
mentos na cidade.
Curitiba também tem em curso,
junto à Comissão de Financiamen-
tos Externos (Cofiex) do Ministério da
Economia, nova Carta Consulta para
um investimento de US$ 61 milhões de
dólares, em parceria The New Devel-
opment Bank (NDB), o novo banco de
Desenvolvimento do BRICS. O recurso
deverá ser aplicado na implementação
do primeiro Ligeirão Metropolitano, no
eixo Leste-Oeste, desde o Campo Com-
prido até o Terminal de Pinhais.
A busca por alternativas de recur-
sos para obras estruturantes, segun-
do Jamur, se deve à demora na liber-
ação de verbas por parte do governo
federal, devido às dificuldades pelas
quais o País passa.“Estamos fazen-
do a nossa parte. São intervenções
necessárias à cidade que depois
poderão ser contrapartidas a finan-
ciamentos federais”, disse.
O prefeito Rafael Greca sanciona a nova Lei de Zoneamento da cidade, na sede do
IPPUC. Curitiba,10/10/2019. Foto: Luiz Costa /SMCS.
JUDOCA DA SELEÇÃO BRASILEIRA SUB-21
MORRE AFOGADO EM CURITIBA
O judoca Gabriel Schlichta Adriano,
de 20 anos, morreu afogado no dia 08
de setembro na piscina de sua casa, no
bairro de Tingui, em Curitiba. Ele era
considerado uma promessa da modal-
idade e defendia a seleção brasileira
sub-21 de judô na categoria até 73kg.
“A morte de Gabriel Adriano nos
deixou muito surpresos, mas espe-
ramos que ele possa estar em um lu-
gar melhor. Agradecemos a todas as
mensagens de conforto recebidas até
agora. Elas só mostram o quanto era
querido por todos, com seu profission-
alismo, inteligência, amizade e grande
atleta. Devemos sempre lembrá-lo com
alegria, gratidão e muita saudade”, co-
municou a Sociedade Morgenau, clube
no qual o atleta treinava.
Gabriel, segundo informações da
Federação Paranaense de Judô, foi
bronze no Campeonato Pan-America-
no sub-18 e campeão sul-americano no
peso leve (até 73kg). O atleta de 20 anos
também chegou várias vezes ao pódio
em competições estaduais e nacionais.
imagem: portalpontual.com.br
Outubro 2019
5. A startup curitibana Ebanx - pri-
meiro “unicórnio” do Vale do Pinhão e
do Sul do País - vai contratar 200 no-
vos funcionários até o fim do ano. O
anúncio foi feito por Alphonse Voigt,
cofundador e CEO da fintech que aca-
ba de entrar na lista das empresas de
tecnologia avaliadas em mais de US$ 1
bilhão, chamadas de unicórnios.
“Deveremos fechar o ano com 800
colaboradores”, revelou o executivo,
durante encontro com o prefeito Rafa-
el Greca, na quinta-feira (18/10). Atual-
mente, o Ebanx tem 600 empregados,
a maior parte na capital.
“É um orgulho para Curitiba ter um
dos nove unicórnios do Brasil e um dos
340 do mundo. O Ebanx é símbolo da
vitória do trabalho e da criatividade”,
afirmou o prefeito. Até o momento, to-
das as empresas do país que chegaram
à marca eram de São Paulo e do Rio de
Janeiro.
Greca destacou ainda que a startup
curitibana é exemplo para todo o Vale
do Pinhão, o movimento da Prefeitu-
ra e do ecossistema de inovação para
levar o desenvolvimento sustentável
para toda a cidade.
“A partir da nossa Curitiba, Ebanx
criou uma solução de pagamento única
no mundo e, por isso, está conquistan-
do não só o mercado brasileiro, mas de
vários países da América Latina”, disse
o prefeito.
Líder em serviços de processamento
de pagamentos, o Ebanx é conhecido
por uma solução que ajuda empresas
estrangeiras como Airbnb, Spotify e
Aliexpress a vender no Brasil e América
Latina com pagamentos em moeda lo-
cal,principalmente,porboletobancário.
Seu público-alvo são consumidores que
não conseguem comprar produtos e
serviços de empresas internacionais por
não terem cartão de crédito.
O Ebanx passou a ser um unicórnio
após receber recursos do FTV Capi-
tal, fundo de investimento do Vale do
Silício (EUA). Mas Voigt contou para
Greca que, atualmente, o Ebanx é a
UNICÓRNIO CURITIBANO, EBANX FARÁ NOVAS
única startup unicórnio do Brasil ain-
da controlada por seus fundadores,
que detém 75% da companhia. Hoje, a
empresa curitibana tem como sócios,
além de Voigt, Wagner Ruiz, João Del
Valle e André Boaventura.
Crescimento
Com previsão de dobrar o volume
de processamento este ano em relação
a 2017, para mais de US$ 2 bilhões,
o Ebanx decidiu tomar o aporte para
acelerar seu crescimento, reforçando
o time em Curitiba e outros escritóri-
os, nas áreas de vendas, marketing e
TI, e a expansão para mais mercados
da América Latina.
Também participaram do encon-
tro André Boaventura, sócio e diretor
de Marketing do Ebanx; o vereador
Pier Petruzziello, líder do Governo na
Câmara Municipal; Cris Alessi, presi-
dente da Agência Curitiba de Desen-
volvimento; Ana Cristina de Castro,
presidente da Fundação Cultural de Cu-
ritiba; e Luiz Fernando de Souza Jamur,
secretário municipal de Governo e
presidente do Ippuc.
Imagem:Prefeito Rafael Greca recebe os sócios do Ebanx em seu gabinete.
Foto: Daniel Castellano / SMCS
Antonio De Cava é um amante de
literatura e professor aposentado do
sul da Itália. Reconhecendo que as cri-
anças nas aldeias locais não têm acesso
fácil a livros, ele criou o Bibliomotocar-
ro, uma biblioteca móvel com cerca de
700 livros.
Projetado para oferecer livros gra-
tuitos para os jovens, o veículo é re-
cebido com sorrisos e entusiasmo por
onde passa. Quando as crianças ouvem
a música do Bibliomotocarro, elas cor-
rem para vê-lo, assim como fariam com
um caminhão de sorvete.
Construído em 2003, a biblioteca
móvel viaja mais de 500 km ao longo
das aldeias sem remuneração, pura-
mente por amor aos livros e uma com-
preensão da importância de que os jo-
vens têm que ter acesso a eles.
PARA QUEM NÃO TEM ACESSO E MOTIVAÇÃO PARA
LEITURA, BIBLIOTECA SOBRE RODAS
Como ele disse em uma entrevista
em vídeo ao Zooppa, “eu sempre pen-
sei que as crianças devem ter a opor-
tunidade de aprender coisas interes-
santes em todos os lugares, não apenas
enquanto estão na escola.”
5 Outubro 2019
7. Uma área desocupada, de aproxima-
damentemilmetrosquadrados,localiza-
da no encontro das ruas Principal Dois e
Rio Iriri, no Bairro Alto, à margem do Rio
Atuba, foi transformada em pomar. Es-
tudantes do 8º ano do Colégio Estadual
Pilar Maturana participaram do plantio
de 50 mudas de árvores frutíferas, na
tarde do dia 23 de outubro.
Goiabeiras, pés de araçás e gabi-
roba, além de aroeiras, para dar som-
bra, foram plantadas pelos meninos e
meninas durante uma atividade práti-
ca de educação ambiental. A ação foi
promovida em parceria com a Admin-
istração Regional Boa Vista e as plantas
vão compor a contagem do Desafio 100
Mil Árvores.
Lançado pela Prefeitura no fim de
setembro, o desafio convida os curiti-
banos a plantar, em um ano, 100 mil
mudas pela cidade.
“Estamos convidando a população a
integrar esse movimento que vai garan-
tir a nossa cidade um futuro com mais
equilíbrio ecológico”, disse a adminis-
tradora regional do Boa Vista, Janaína
Lopes Geher.
As mudas, fornecidas pelo hor-
to da Barreirinha, foram dispostas em
uma área de onde foram realocadas
famílias que viviam de maneira irregu-
lar. Por meio do programa de habitação
popular do município, as famílias foram
transferidas para o empreendimento
Moradias Faxinal, no Santa Cândida. A
área que ficou desocupada corria o ris-
co de ser novamente ocupada.
“Agora teremos um pomar, com
frutas e árvores nativas ajudando na
preservação do lugar”, destaca Janaína.
Aula de campo
Acompanhados pela diretora do
colégio, Cristina Costa e de professoras,
os estudantes fizeram da aula de cam-
po o reforço de conteúdos aprendidos
nas aulas de geografia. “Exploramos
conteúdos como uso da terra nas ci-
dades, a importância das áreas verdes
para o clima e o papel deles como ci-
dadão, agentes ativos nos bairros onde
vivem”, disse Cristina.
Mesmo em meio a muitas risadas e
brincadeiras ao ar livre, os estudantes
levaram a sério o plantio. “É a primeira
árvore que planto na vida e pretendo
acompanhar o crescimento dela. Tere-
mos uma nova área verde no bairro e
seremos responsáveis por isso”, disse
o estudante Kauan Alves Bernardes, 14
anos.
CURITIBINHAS PLANTAM POMAR NO BAIRRO ALTO À
MARGEM DO RIO ATUBA
Para Ana Luiza Obladen, 13 anos,
que quer ser bióloga no futuro, é funda-
mental que todos se unam na luta con-
tra as mudanças climáticas no planeta.
“Enquanto alguns fazem queimadas
nós estamos plantando árvores. Te-
mos que nos envolver, agir e defender
nossas áreas verdes para garantirmos
qualidade de vida”, disse Ana Luiza.
Outras ações para envolver grupos
e comunidades no plantio estão pro-
gramados para acontecer nos bairros
da Regional Boal Vista. Um deles, no
dia 20, vai garantir cem novas árvores
para a região.
Como participar
Todos os cidadão estão convidados
a participar do desafio 100 Mil Árvores.
As mudas são gratuitas, doadas pela
Prefeitura. Pelo site 100milarvores.
com.br é possível ter informações so-
bre cada espécie e ver qual é a mais
adequada para cada região.
As doações das mudas são para o
plantio em Curitiba. O cidadão interes-
sado deve ligar para o Horto Municipal,
pelo telefone (41) 3585-3171, para so-
licitar a muda e informar o local aprox-
imado do plantio.
Foto:Plantio de mudas em terreno na Rua Rio Iriri, Atuba. - Na imagem, Ana Luiza Meireles Obladen.
Curitiba 23/10/2019. Foto: Valdecir Galor/SMCS
7 Outubro 2019
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8. Dezembro. Festas, presentes, re-
uniões de fim de ano... Enquanto pen-
so em todos os eventos que acontecem
neste mês, escuto o samba enredo de
uma grande escola de samba carioca
que diz: ”A luz dentro de você... Acen-
da!”. Essa frase me fez parar e refletir
sobre as comemorações natalinas e so-
bre a vida em geral!
No final do ano, as pessoas sen-
tem-se pressionadas a finalizar seus
afazeres. O Natal e o Reveillon passam
a ser datas limites para tudo. Visando
cumprir o calendário, todos se deixam
envolver por uma atmosfera mental
equivocada de angústia e ansiedade.
Esquecem de pensar no que realmente
significa apreciar e viver plenamente
essa data.
O Natal marca o nascimento de Je-
sus e representa o surgimento de uma
nova ideia, o Cristo, que traz a men-
sagem de paz, harmonia e união, por
ser a manifestação do Amor divino.
Em certo relato bíblico, quando Je-
sus diz que é preciso nascer de novo,
ACENDA A LUZ DENTRO DE VOCÊ!
questionam-lhe: “Mestre, como voltar
ao ventre materno?” Entretanto, Jesus
se referia ao renascer espiritual. Mais
tarde, Paulo interpreta e expande essa
ideia, explicando que o transformar-se
depende da renovação da mente: mu-
dar a forma de pensar.
Por esse motivo, diante do turbil-
hão de acontecimentos que precedem
o Natal é importante acalmar o pens-
amento e perceber qual “ideia” go-
staríamos que nascesse ou renascesse
em nós.
Pense: Se algumas qualidades es-
tivessem expostas em uma vitrine,
quais você escolheria?
Acenda a luz dentro de você mesmo
e veja que tudo o que precisa já está
à sua disposição. A paz infinita trazi-
da pelo Cristo é capaz de restaurar as
relações, a harmonia e a saúde.
A letra do samba enredo que es-
tava ouvindo, continua assim: “Nada é
maior do que o amor, entenda...”
Andrea Cabral, jornalista e advogada, atua
como Comitê de Publicação da Ciência Cristã
para o Brasil - Brasil@compub.org
8