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O ECLETISMO
Faustino dos Santos1
1
Graduando do curso de Filosofia do Instituto Salesiano de Filosofia, INSAF. Recife – Pernambuco – Brasil.
Trabalho apresentado pelo aluno na VII Semana se Arte e Iniciação Científica da instituição referida no ano
de 2010.
4
INTRODUÇÃO
O presente trabalho tem a intenção de transmitir aos leitores interessados o
que foi o Ecletismo Helênico, sua definição, principais teses, influências e seus
maiores representantes. Existe em meio aos autores uma falta de consenso em
definir o referido movimento como escola, sincretismo ou tendência. Mas não nos
limitando a essa desarmonia, a idéia central do Ecletismo, essa tendência que
aparece no período helenístico, é uma atitude de conciliação das diferentes
doutrinas das escolas daquela época, selecionando o melhor de cada uma para
responder aos questionamentos que buscavam respostas a respeito da verdade.
5
1 O ECLETISMO: Linhas Gerais
Um filósofo chamado Pótamon de Alexandria (≅300 a.C.) selecionou o
melhor das opiniões de Aristóteles e Platão, com isso ele introduziu o que Diógenes
Laércio (200 – 250 a.C.) chamou de Ecletismo (termo que vem do grego “ek-léghein”
e significa escolher e reunir, tomando de várias partes). O ecletismo pretendia reunir
as boas, ou melhores idéias de várias escolas, fundindo-as em um único
pensamento.
Desde o século II a.C. ascendeu fortemente a tendência eclética, mas só
veio se consolidar com firmeza a partir do séc. I a.C..
Segundo NICOLA ABBAGNANO (1992 p. 59) diversas causas históricas
favoreceram ao ecletismo. Com a conquista do Império Romano sobre os
Macedônios, a Grécia se tornou uma província de Roma, portanto, a partir disso
Roma passa a valorizar a filosofia Grega, porém, não sabendo lidar com as
diferentes correntes de pensamento, recorre ao ecletismo com o intuito de conciliar
essas doutrinas.
REALE também afirma que as causas que influenciaram esse fenômeno
são numerosas:
A exaustão da vitalidade das escolas singulares, a polarização
unilateral de sua problemática, a erosão de muitas barreiras teóricas
operadas pelo ceticismo, o probabilismo difundido da Academia, a
influência do espírito prático romano e a valorização do senso
comum. (REALE, 1990, p. 275)
Não são simplesmente acidentais as causas que produziram o fenômeno
do ecletismo. Todas as escolas foram contagiadas por ele:
Primeiramente a influência eclética surge na escola estóica, também foi
utilizada pela escola Peripatética, que foi moderadamente afetada. Os epicuristas
não se deixaram influenciar pela tendência, permanecendo fiéis a doutrina da
escola, ou seja, foi pouco afetado por causa da posição fechada a qualquer
discussão ou possibilidade de modificação dada pelo mestre. O ecletismo, portanto
domina por longo tempo o pensamento na Academia, essa dispôs de total abertura à
instância eclética, como em outras vezes inverteu a direção deixando de lado a
radicalidade do ceticismo. De resto estava na lógica das coisas que justamente a
6
Academia se tornasse a tribuna do discurso eclético: com Arcersilau ela renunciara a
fidelidade ao próprio patrimônio espiritual e ao próprio passado e, portanto não tinha
nada a conservar como razão da própria existência: tal como se configurou, iria
fatalmente desembocar no ecletismo.
O ecletismo e o ceticismo não podem ser colocados num mesmo plano,
mesmo o ecletismo derivando em grande parte do ceticismo.
Na Grécia os filósofos Filo de Larissa (158 – 86 a.C.) e Antíoco de Áscalon
(150 – 68 a.C.) foram os mais típicos representantes do ecletismo. Filo elaborou um
ecletismo decididamente dogmático, com formulações do probabilismo positivo; e
Antíoco, discípulo de Filo, elaborou um ecletismo precavido e moderadamente
ceticizante.
Em Roma, Cícero (103-43 a.C.) foi o mais característico representante do
ecletismo. Por haver freqüentado durante sua vida várias correntes filosóficas -
Epicurista com Fedro e Zenão, Estóica com Diótodo, Panécio e Possidônio,
Peripatética com Filo de Larissa, ainda ouviu lições de Antíoco de Áscalon e leu
sobre Platão, Xenofonte, Aristóteles e outros filósofos da antiga Academia - ele não
deu contribuições significativas para a filosofia, pois apesar de fundir as diferentes
correntes filosóficas que teve influência, buscando confirmações sobre determinados
problemas, esse tipo de fusão já tivera sido realizada pelos mestres que ele ouviu,
coube a ele apenas propô-la em termos latinos e ampliá-la. Portanto, oferece, “o
mais belo paradigma da mais pobre filosofia, que mendiga em cada escola migalhas
de verdades.” (REALE, 1990)
Porém Cícero teve um grande destaque no âmbito da história da filosofia.
“nenhum grego teria sido capaz de difundir o pensamento grego como ele o fez” (C.
Marchesi). Sua maior contribuição reside justamente aí: na difusão e divulgação da
cultura grega, ele é a mais significativa ponte onde a filosofia grega se introduziu na
área da cultura romana e depois em todo ocidente.
7
2 O ECLETISMO: Suas teses e principais representantes
O Ecletismo tem como eixo central a atitude filosófica onde a busca da
verdade não se limita numa única forma sistemática; portanto, tem intenção de
harmonizar e/ou conciliar entre si elementos de verdade escolhidos em diferentes
sistemas.
Segundo o Ecletismo o desacordo é sinal de incapacidade da razão, não
para atingir a verdade, mas para abranger a verdade em um único olhar. Prega isso
em reação ao Cepticismo, que em meio aos desacordos entre os filósofos, tinham
perdido a confiança na capacidade da razão humana atingir a verdade. Para os
ecléticos a falta de acordo entre os filósofos se dá no fato de que diante da verdade
cada um olhava numa perspectiva, o que ocasionava numa desarmonia, afinal a
mente humana fraqueja em abraçar toda verdade num só olhar. Por esse motivo é
que a idéia central do ecletismo, a escolha de “verdades”; não se deve confiar num
só filósofo, é necessário reunir as conclusões das melhores descobertas entre eles.
Existem algumas contradições que definem o ecletismo como a evolução
do cepticismo e outros como um sistema afim inferior ao ceticismo, ou como uma
fase da nova Academia, ainda, como uma renúncia à filosofia. Mas, o ecletismo,
segundo P. LEONEL FRANÇA, S. J. (1940, p. 60) “é mais do que uma escola nova é
uma orientação comum a quase todas as escolas da época helenística, tais como a
Academia, a Peripatética, a Epicurista e a Estoicista (...), mas é particularmente
entre os romanos que essa tendência se manifesta mais acentuada”, isso por que
em meios aos acontecimentos que fizeram essa tendência reaparecer, e, levando
em consideração a conquista romana sobre os macedônios, que foi também uma
grande causa para essa ascensão, aos poucos a influência grega literária e filosófica
foi tomando posto no meio dos romanos, e, por não saber conciliar as diferentes
teses dos filósofos, Roma faz ressurgir a tendência eclética na tentativa de
harmonizá-las.
MICHELE F. SCIACCA reafirma isso e ainda descreve como essa doutrina
marcou o direito romano:
Por seu caráter pragmático, o ecletismo foi bem recebido no mundo
romano, pois se adaptava melhor do que qualquer outra filosofia à
mentalidade prática de Roma, que deixou marca indelével do seu
8
gênio no direito. O critério, à base do qual se faz a escolha, é o
consensus gentium ou acordo comum dos homens em torno de
algumas verdades fundamentais. (MICHELE F. SCIACCA, 1966
p.129)
Filo de Larissa e Antioco de Áscalon se destacaram no ecletismo grego
enquanto que em Roma Marco Túlio Cícero teve maior destaque. Com Filo e o seu
probabilismo positivo e Antíoco e a sua aguda crítica anticética podemos inferir que
Antíoco situa-se a direita de Filo, enquanto Cícero continua na linha de Filo. Num
ponto de vista minucioso podemos inferir que Cícero é inferior aos dois, pois não
formula nada que se compare às formulações de ambos representantes gregos.
“O maior representante do ecletismo romano é Cícero (106-43 a.C.)
orador e político, cultivou a filosofia como instrumento de eloqüência e passatempo
de largos ócios, espontâneos ou forçados que lhes deixavam as ocupações e os
revezes da vida de homem público” (P. LEONEL FRANÇA S. J. 1940, p.62) “no
testemunho comum dos homens, repõe o critério e certeza moral, suficiente para
garantir a existência de Deus, a liberdade da vontade e a imortalidade da alma.
Estas verdades, presentes em todos os homens, são noções inatas,” (M. F.
SCIACCA, 1966 p. 129).
Cícero tem grande interesse pela parte da filosofia que envolve a ética.
Ele mesmo escreve a respeito disso em sua obra De officiis:
Considero que sejam mais conformes à natureza os deveres que
emanam do sentimento social, não os que emanam da sabedoria
[...] Efetivamente, o conhecimento e a contemplação (da natureza)
seriam de certo modo inacabados e imperfeitos, se não se lhes
seguisse alguma atividade concreta; e essa atividade manifesta-se
especialmente em assegurar a utilidade dos homens; referem-se,
pois, à sociedade do gênero humano, por isso ela deve ser
anteposta à ciência.
Para ele a filosofia é consoladora dos que sofrem, a reveladora do
absoluto, a ponte que une ao divino. Rejeita decididamente o epicurismo, e, contra
eles prova a existência de Deus, usando o argumento de Aristóteles do movimento,
e a imortalidade da alma, segundo o Fédon. Essas para Cícero são verdades
baseadas na consciência, ou seja, verdades fundamentais, no senso íntimo e num
certo inatismo moral que delas nos dá uma convicção profunda, de muito superior, à
9
simples probabilidade das questões teóricas. Em suas obras Cícero mostra-se um
brilhante expositor de vários sistemas. Em algumas de suas obras escreveu sobre:
 Debates Acadêmicos: Accademicae disputationes
 Debates Tusculanos: Tusculanae disputationes
 Os Cargos: De officiis
 A Natureza dos Deuses: De natura deorum
 O Fim dos Bons e Maus: De finibus bonorum et malorum
 A República: De republica
Cícero é o exemplo do verdadeiro eclético, sua filosofia prática pode
chamar-se a filosofia do senso comum, em todos os outros filósofos anteriores
Cícero vai respigar idéias, exceto em Epicuro.
Cícero resolve os problemas filosóficos em chave culturalista e nunca
diretamente ou especulativamente, por isso que ele para alguns autores não é
considerado importante para a filosofia em si, pois não deu novas idéias, sua
filosofia é pobre por acolher diversas teorias já feitas, ele ganha destaque por ter
sido grande difusor da cultura antiga.
Alguns autores afirmam que Cícero tornou-se eclético por seu
envolvimento na política romana, a seleção de idéias que favorecessem um bom
governo, sobretudo no que diz respeito aos fundamentos morais e sociais, contribuiu
para futuramente ele ser um grande marco na história eclética, o seu principal
representante.
O ecletismo estóico se manifestou tanto no mundo helênico como no
mundo romano. Em Roma, como citado, o ecletismo foi mais bem sucedido, juntou-
se com a tendência prática e, teoricamente, conciliadora do império. Alguns
representantes que influenciaram dois séculos antes de Cristo foram: Panécio de
Rodes, Possidônio, Sêneca, Epíteto e Marco Aurélio. Panécio foi grande admirador
de Aristóteles onde se inspirou em muito nele, afirma como esse, e contra a doutrina
clássica do estoicismo a eternidade do mundo, distingue, ainda na linha aristotélica,
três divisões da alma: vegetativa, sensitiva e racional; Possidônio que foi o mais
famoso discípulo de Panécio recolheu na sua doutrina muitos elementos de Platão:
a imortalidade da alma racional e a sua pré-existência e atribuições das emoções.
Foi com Fílon de Larissa que a Academia se modifica aderindo assim ao
ecletismo, portanto as raízes céticas ainda prevalecentes com Carnéades só são
1
definitivamente rompidas com Antíoco de Áscalon. Essa escola perdurou até
aproximadamente nas primeiras décadas do século III d.C., depois disso os
membros da Academia foram influenciados pelo neoplatônicos.
O ecletismo peripatético foi mais fácil ser influenciado, pois o aristotelismo
peripatético deixou em segundo plano a reflexão filosófica e passou a se interessar
às pesquisas de cunho histórico e científico. Exerceram influência alguns elementos
da investigação platônica e estóica e a doutrina pitagórica dos números, ainda, a
influência de Galeno, médico que admitiu, além das quatro causas aristotélicas:
matéria, forma, causa eficiente e causa final a existência de uma quinta causa que é
a instrumental. Pode ser representado por Alexandre de Afrodisias, Amônio,
Prosenes, Cláudio Ptolomeu, Galeno de Pérgamo, Temístio.
O ecletismo cínico é a de menor importância, aderiu seguidores até o
século I d.C., alguns representantes são Bíon de Borístenes e o de maior
importância é Dion Crisóstomo.
3 O ECLETISMO: Seus limites - um olhar crítico
Sendo “a finalidade do ecletismo a busca de um critério de verdade que
permita não apenas justificar as próprias posições, mas também posições adotadas
por outros pontos de vista, e também a procura de uma harmonia entre posições
aparentemente contrárias, mas que no fundo se consideram concordantes” (MORA,
2001 p. 793) o ecletismo deixa margem para uma comparação com o sincretismo,
pois ambos usam da tentativa de seleção e harmonização de diferentes teses.
Mas afinal, é Ecletismo ou Sincretismo?
A diferença que há entre as denominações é o fato da finalidade dessa
fusão. O ecletismo, como descrito acima, funde as idéias na busca do critério da
verdade, ainda, repudia a arte de combinações e das aproximações contrárias à
natureza, despreza o que, de perto ou de longe, se assemelha ao sincretismo. O
sincretismo, por sua vez, difere do ecletismo por que a sua finalidade de fundir as
teses termina justamente onde inicia, somente e unicamente no desejo de fundi-las.
Ainda, com essa nova tendência aparece margem para uma suposta
tentativa integracionista. Mas já desmerecendo essa suspeita, o ecletismo não pode
ser integracionista porque essa possui certa tendência “dialética” que não é
encontrada no ecletismo.
1
Em meio às definições e aprofundamentos descritos relativo a essa escola
e tomando por base as teorias de alguns filósofos críticos, percebe-se que o
ecletismo é um movimento imensamente inferior aos que o precederam. Tomando
possíveis soluções para verdades que buscam respostas de outras escolas, acaba
cometendo a falta da não originalidade, ou vivendo e pregando uma teoria
superficial, sem profundidade. A respeito disso já escreve UMBERTO PADOVANI:
É o ecletismo filosofia de espírito pragmático ou decadente, não
filosófico, que concebem a filosofia popularmente, moralisticamente ou
não tem a força da crítica, nem da afirmação, que implica sempre
numa crítica, pois a filosofia é escolha, construção, sistema,
organismo especulativo, e não justaposição mecânica de peças sem
vida. (PADOVANI 1970 p. 154)
Portanto, como descreve PADOVANI “torna-se fácil a síntese eclética, pois
é formada de abstratas generalidades ou de particularidades secundárias”
4 O ECLETISMO: Considerações finais
Chegando ao final desse nosso debruçar sobre o Ecletismo temos então
uma idéia formulada sobre esse movimento filosófico, ocorrido no período
Helenístico, de aparências supérfluas, porém de bases e contextos interessantes.
O ecletismo não foi apenas um meio de reunir um emaranhado de
pensamentos e conclusões filosóficas, teve por objetivo reunir os melhores
pensamentos das várias escolas para que na essência de cada defesa de
argumento se percebesse que pode haver uma única conclusão.
No momento que é usado como conciliador entre os movimentos e
pensamentos, o ecletismo vê o seu ideal sendo valorizado. Conciliação baseada na
observância de onde partimos e o que queremos descobrir ou onde queremos
chegar.
Surgia assim um novo conceito de “provável” verdade ou “probabilidade”
de um acerto. Esse nascente conceito vinha de uma filosofia conhecida como
“mendicante”.
A palavra feita em pedaços de verdade que os outros deixavam cair, eram
apanhados ecleticamente, para com um pouco dessa verdade, construir a sua
realidade, sua verdade eclética.
1
REFERÊNCIAS
REALE, G. História da Filosofia: antiguidade e idade média / Giovanni Reale, Dario
Antiseri, - São Paulo: Paulus, 1990 – (Coleção filosofia).
CHAUÍ, M. S. Introdução a História da Filosofia: dos pré-socráticos à Aristóteles,
volume 1/ Marilena Chauí. – 1 ed. – São Paulo: Brasiliense, 1994.
ABBAGNANO, N. História da Filosofia: a escola Peripatética, o Estoicismo, o
Epicurismo, o Cepticismo, o Ecletismo, o Neoplatonismo a filosofia
Patrística, a Gnose, S. Agostinho, volume 2/ Nicola Abbagnano. – 4 ed. –
Lisboa: Presença, 1992.
MORA, J. F. Dicionário de filosofia: E-J, volume 2/ José Ferrater Mora - São
Paulo: Loyola, 2001.
LARA, T. A. Caminhos da razão no Ocidente: a filosofia nas suas origens gregas,
volume 1/ Tiago Adão Lara. – Petrópolis, RJ: Vozes, 1989.
SCIACCA, M. F. História da Filosofia I: Antiguidade e idade média / Michele
Federico Sciacca. – São Paulo: Mestre Jou, 1966.
FRANCA S. J., P. L. Noções de História da Filosofia / P. Leonel Franca S. J. – 7
ed. – Rio de janeiro: Pimenta de Melo & C., 1940.
MONDIN, B. Curso de Filosofia, volume 1/ B. Mondin; [tradução do italiano de
Benôni Lemos; revisão de João Bosco de lavor Medeiros]. – 6 ed. – São
Paulo: Edições Paulinas, 1981.
PADOVANI, U. História da Filosofia / Humberto Padovani e Luís Castagnola. – 8
ed. – São Paulo: Edições Melhoramentos, 1970.
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Ecletismo

  • 1. O ECLETISMO Faustino dos Santos1 1 Graduando do curso de Filosofia do Instituto Salesiano de Filosofia, INSAF. Recife – Pernambuco – Brasil. Trabalho apresentado pelo aluno na VII Semana se Arte e Iniciação Científica da instituição referida no ano de 2010. 4
  • 2. INTRODUÇÃO O presente trabalho tem a intenção de transmitir aos leitores interessados o que foi o Ecletismo Helênico, sua definição, principais teses, influências e seus maiores representantes. Existe em meio aos autores uma falta de consenso em definir o referido movimento como escola, sincretismo ou tendência. Mas não nos limitando a essa desarmonia, a idéia central do Ecletismo, essa tendência que aparece no período helenístico, é uma atitude de conciliação das diferentes doutrinas das escolas daquela época, selecionando o melhor de cada uma para responder aos questionamentos que buscavam respostas a respeito da verdade. 5
  • 3. 1 O ECLETISMO: Linhas Gerais Um filósofo chamado Pótamon de Alexandria (≅300 a.C.) selecionou o melhor das opiniões de Aristóteles e Platão, com isso ele introduziu o que Diógenes Laércio (200 – 250 a.C.) chamou de Ecletismo (termo que vem do grego “ek-léghein” e significa escolher e reunir, tomando de várias partes). O ecletismo pretendia reunir as boas, ou melhores idéias de várias escolas, fundindo-as em um único pensamento. Desde o século II a.C. ascendeu fortemente a tendência eclética, mas só veio se consolidar com firmeza a partir do séc. I a.C.. Segundo NICOLA ABBAGNANO (1992 p. 59) diversas causas históricas favoreceram ao ecletismo. Com a conquista do Império Romano sobre os Macedônios, a Grécia se tornou uma província de Roma, portanto, a partir disso Roma passa a valorizar a filosofia Grega, porém, não sabendo lidar com as diferentes correntes de pensamento, recorre ao ecletismo com o intuito de conciliar essas doutrinas. REALE também afirma que as causas que influenciaram esse fenômeno são numerosas: A exaustão da vitalidade das escolas singulares, a polarização unilateral de sua problemática, a erosão de muitas barreiras teóricas operadas pelo ceticismo, o probabilismo difundido da Academia, a influência do espírito prático romano e a valorização do senso comum. (REALE, 1990, p. 275) Não são simplesmente acidentais as causas que produziram o fenômeno do ecletismo. Todas as escolas foram contagiadas por ele: Primeiramente a influência eclética surge na escola estóica, também foi utilizada pela escola Peripatética, que foi moderadamente afetada. Os epicuristas não se deixaram influenciar pela tendência, permanecendo fiéis a doutrina da escola, ou seja, foi pouco afetado por causa da posição fechada a qualquer discussão ou possibilidade de modificação dada pelo mestre. O ecletismo, portanto domina por longo tempo o pensamento na Academia, essa dispôs de total abertura à instância eclética, como em outras vezes inverteu a direção deixando de lado a radicalidade do ceticismo. De resto estava na lógica das coisas que justamente a 6
  • 4. Academia se tornasse a tribuna do discurso eclético: com Arcersilau ela renunciara a fidelidade ao próprio patrimônio espiritual e ao próprio passado e, portanto não tinha nada a conservar como razão da própria existência: tal como se configurou, iria fatalmente desembocar no ecletismo. O ecletismo e o ceticismo não podem ser colocados num mesmo plano, mesmo o ecletismo derivando em grande parte do ceticismo. Na Grécia os filósofos Filo de Larissa (158 – 86 a.C.) e Antíoco de Áscalon (150 – 68 a.C.) foram os mais típicos representantes do ecletismo. Filo elaborou um ecletismo decididamente dogmático, com formulações do probabilismo positivo; e Antíoco, discípulo de Filo, elaborou um ecletismo precavido e moderadamente ceticizante. Em Roma, Cícero (103-43 a.C.) foi o mais característico representante do ecletismo. Por haver freqüentado durante sua vida várias correntes filosóficas - Epicurista com Fedro e Zenão, Estóica com Diótodo, Panécio e Possidônio, Peripatética com Filo de Larissa, ainda ouviu lições de Antíoco de Áscalon e leu sobre Platão, Xenofonte, Aristóteles e outros filósofos da antiga Academia - ele não deu contribuições significativas para a filosofia, pois apesar de fundir as diferentes correntes filosóficas que teve influência, buscando confirmações sobre determinados problemas, esse tipo de fusão já tivera sido realizada pelos mestres que ele ouviu, coube a ele apenas propô-la em termos latinos e ampliá-la. Portanto, oferece, “o mais belo paradigma da mais pobre filosofia, que mendiga em cada escola migalhas de verdades.” (REALE, 1990) Porém Cícero teve um grande destaque no âmbito da história da filosofia. “nenhum grego teria sido capaz de difundir o pensamento grego como ele o fez” (C. Marchesi). Sua maior contribuição reside justamente aí: na difusão e divulgação da cultura grega, ele é a mais significativa ponte onde a filosofia grega se introduziu na área da cultura romana e depois em todo ocidente. 7
  • 5. 2 O ECLETISMO: Suas teses e principais representantes O Ecletismo tem como eixo central a atitude filosófica onde a busca da verdade não se limita numa única forma sistemática; portanto, tem intenção de harmonizar e/ou conciliar entre si elementos de verdade escolhidos em diferentes sistemas. Segundo o Ecletismo o desacordo é sinal de incapacidade da razão, não para atingir a verdade, mas para abranger a verdade em um único olhar. Prega isso em reação ao Cepticismo, que em meio aos desacordos entre os filósofos, tinham perdido a confiança na capacidade da razão humana atingir a verdade. Para os ecléticos a falta de acordo entre os filósofos se dá no fato de que diante da verdade cada um olhava numa perspectiva, o que ocasionava numa desarmonia, afinal a mente humana fraqueja em abraçar toda verdade num só olhar. Por esse motivo é que a idéia central do ecletismo, a escolha de “verdades”; não se deve confiar num só filósofo, é necessário reunir as conclusões das melhores descobertas entre eles. Existem algumas contradições que definem o ecletismo como a evolução do cepticismo e outros como um sistema afim inferior ao ceticismo, ou como uma fase da nova Academia, ainda, como uma renúncia à filosofia. Mas, o ecletismo, segundo P. LEONEL FRANÇA, S. J. (1940, p. 60) “é mais do que uma escola nova é uma orientação comum a quase todas as escolas da época helenística, tais como a Academia, a Peripatética, a Epicurista e a Estoicista (...), mas é particularmente entre os romanos que essa tendência se manifesta mais acentuada”, isso por que em meios aos acontecimentos que fizeram essa tendência reaparecer, e, levando em consideração a conquista romana sobre os macedônios, que foi também uma grande causa para essa ascensão, aos poucos a influência grega literária e filosófica foi tomando posto no meio dos romanos, e, por não saber conciliar as diferentes teses dos filósofos, Roma faz ressurgir a tendência eclética na tentativa de harmonizá-las. MICHELE F. SCIACCA reafirma isso e ainda descreve como essa doutrina marcou o direito romano: Por seu caráter pragmático, o ecletismo foi bem recebido no mundo romano, pois se adaptava melhor do que qualquer outra filosofia à mentalidade prática de Roma, que deixou marca indelével do seu 8
  • 6. gênio no direito. O critério, à base do qual se faz a escolha, é o consensus gentium ou acordo comum dos homens em torno de algumas verdades fundamentais. (MICHELE F. SCIACCA, 1966 p.129) Filo de Larissa e Antioco de Áscalon se destacaram no ecletismo grego enquanto que em Roma Marco Túlio Cícero teve maior destaque. Com Filo e o seu probabilismo positivo e Antíoco e a sua aguda crítica anticética podemos inferir que Antíoco situa-se a direita de Filo, enquanto Cícero continua na linha de Filo. Num ponto de vista minucioso podemos inferir que Cícero é inferior aos dois, pois não formula nada que se compare às formulações de ambos representantes gregos. “O maior representante do ecletismo romano é Cícero (106-43 a.C.) orador e político, cultivou a filosofia como instrumento de eloqüência e passatempo de largos ócios, espontâneos ou forçados que lhes deixavam as ocupações e os revezes da vida de homem público” (P. LEONEL FRANÇA S. J. 1940, p.62) “no testemunho comum dos homens, repõe o critério e certeza moral, suficiente para garantir a existência de Deus, a liberdade da vontade e a imortalidade da alma. Estas verdades, presentes em todos os homens, são noções inatas,” (M. F. SCIACCA, 1966 p. 129). Cícero tem grande interesse pela parte da filosofia que envolve a ética. Ele mesmo escreve a respeito disso em sua obra De officiis: Considero que sejam mais conformes à natureza os deveres que emanam do sentimento social, não os que emanam da sabedoria [...] Efetivamente, o conhecimento e a contemplação (da natureza) seriam de certo modo inacabados e imperfeitos, se não se lhes seguisse alguma atividade concreta; e essa atividade manifesta-se especialmente em assegurar a utilidade dos homens; referem-se, pois, à sociedade do gênero humano, por isso ela deve ser anteposta à ciência. Para ele a filosofia é consoladora dos que sofrem, a reveladora do absoluto, a ponte que une ao divino. Rejeita decididamente o epicurismo, e, contra eles prova a existência de Deus, usando o argumento de Aristóteles do movimento, e a imortalidade da alma, segundo o Fédon. Essas para Cícero são verdades baseadas na consciência, ou seja, verdades fundamentais, no senso íntimo e num certo inatismo moral que delas nos dá uma convicção profunda, de muito superior, à 9
  • 7. simples probabilidade das questões teóricas. Em suas obras Cícero mostra-se um brilhante expositor de vários sistemas. Em algumas de suas obras escreveu sobre:  Debates Acadêmicos: Accademicae disputationes  Debates Tusculanos: Tusculanae disputationes  Os Cargos: De officiis  A Natureza dos Deuses: De natura deorum  O Fim dos Bons e Maus: De finibus bonorum et malorum  A República: De republica Cícero é o exemplo do verdadeiro eclético, sua filosofia prática pode chamar-se a filosofia do senso comum, em todos os outros filósofos anteriores Cícero vai respigar idéias, exceto em Epicuro. Cícero resolve os problemas filosóficos em chave culturalista e nunca diretamente ou especulativamente, por isso que ele para alguns autores não é considerado importante para a filosofia em si, pois não deu novas idéias, sua filosofia é pobre por acolher diversas teorias já feitas, ele ganha destaque por ter sido grande difusor da cultura antiga. Alguns autores afirmam que Cícero tornou-se eclético por seu envolvimento na política romana, a seleção de idéias que favorecessem um bom governo, sobretudo no que diz respeito aos fundamentos morais e sociais, contribuiu para futuramente ele ser um grande marco na história eclética, o seu principal representante. O ecletismo estóico se manifestou tanto no mundo helênico como no mundo romano. Em Roma, como citado, o ecletismo foi mais bem sucedido, juntou- se com a tendência prática e, teoricamente, conciliadora do império. Alguns representantes que influenciaram dois séculos antes de Cristo foram: Panécio de Rodes, Possidônio, Sêneca, Epíteto e Marco Aurélio. Panécio foi grande admirador de Aristóteles onde se inspirou em muito nele, afirma como esse, e contra a doutrina clássica do estoicismo a eternidade do mundo, distingue, ainda na linha aristotélica, três divisões da alma: vegetativa, sensitiva e racional; Possidônio que foi o mais famoso discípulo de Panécio recolheu na sua doutrina muitos elementos de Platão: a imortalidade da alma racional e a sua pré-existência e atribuições das emoções. Foi com Fílon de Larissa que a Academia se modifica aderindo assim ao ecletismo, portanto as raízes céticas ainda prevalecentes com Carnéades só são 1
  • 8. definitivamente rompidas com Antíoco de Áscalon. Essa escola perdurou até aproximadamente nas primeiras décadas do século III d.C., depois disso os membros da Academia foram influenciados pelo neoplatônicos. O ecletismo peripatético foi mais fácil ser influenciado, pois o aristotelismo peripatético deixou em segundo plano a reflexão filosófica e passou a se interessar às pesquisas de cunho histórico e científico. Exerceram influência alguns elementos da investigação platônica e estóica e a doutrina pitagórica dos números, ainda, a influência de Galeno, médico que admitiu, além das quatro causas aristotélicas: matéria, forma, causa eficiente e causa final a existência de uma quinta causa que é a instrumental. Pode ser representado por Alexandre de Afrodisias, Amônio, Prosenes, Cláudio Ptolomeu, Galeno de Pérgamo, Temístio. O ecletismo cínico é a de menor importância, aderiu seguidores até o século I d.C., alguns representantes são Bíon de Borístenes e o de maior importância é Dion Crisóstomo. 3 O ECLETISMO: Seus limites - um olhar crítico Sendo “a finalidade do ecletismo a busca de um critério de verdade que permita não apenas justificar as próprias posições, mas também posições adotadas por outros pontos de vista, e também a procura de uma harmonia entre posições aparentemente contrárias, mas que no fundo se consideram concordantes” (MORA, 2001 p. 793) o ecletismo deixa margem para uma comparação com o sincretismo, pois ambos usam da tentativa de seleção e harmonização de diferentes teses. Mas afinal, é Ecletismo ou Sincretismo? A diferença que há entre as denominações é o fato da finalidade dessa fusão. O ecletismo, como descrito acima, funde as idéias na busca do critério da verdade, ainda, repudia a arte de combinações e das aproximações contrárias à natureza, despreza o que, de perto ou de longe, se assemelha ao sincretismo. O sincretismo, por sua vez, difere do ecletismo por que a sua finalidade de fundir as teses termina justamente onde inicia, somente e unicamente no desejo de fundi-las. Ainda, com essa nova tendência aparece margem para uma suposta tentativa integracionista. Mas já desmerecendo essa suspeita, o ecletismo não pode ser integracionista porque essa possui certa tendência “dialética” que não é encontrada no ecletismo. 1
  • 9. Em meio às definições e aprofundamentos descritos relativo a essa escola e tomando por base as teorias de alguns filósofos críticos, percebe-se que o ecletismo é um movimento imensamente inferior aos que o precederam. Tomando possíveis soluções para verdades que buscam respostas de outras escolas, acaba cometendo a falta da não originalidade, ou vivendo e pregando uma teoria superficial, sem profundidade. A respeito disso já escreve UMBERTO PADOVANI: É o ecletismo filosofia de espírito pragmático ou decadente, não filosófico, que concebem a filosofia popularmente, moralisticamente ou não tem a força da crítica, nem da afirmação, que implica sempre numa crítica, pois a filosofia é escolha, construção, sistema, organismo especulativo, e não justaposição mecânica de peças sem vida. (PADOVANI 1970 p. 154) Portanto, como descreve PADOVANI “torna-se fácil a síntese eclética, pois é formada de abstratas generalidades ou de particularidades secundárias” 4 O ECLETISMO: Considerações finais Chegando ao final desse nosso debruçar sobre o Ecletismo temos então uma idéia formulada sobre esse movimento filosófico, ocorrido no período Helenístico, de aparências supérfluas, porém de bases e contextos interessantes. O ecletismo não foi apenas um meio de reunir um emaranhado de pensamentos e conclusões filosóficas, teve por objetivo reunir os melhores pensamentos das várias escolas para que na essência de cada defesa de argumento se percebesse que pode haver uma única conclusão. No momento que é usado como conciliador entre os movimentos e pensamentos, o ecletismo vê o seu ideal sendo valorizado. Conciliação baseada na observância de onde partimos e o que queremos descobrir ou onde queremos chegar. Surgia assim um novo conceito de “provável” verdade ou “probabilidade” de um acerto. Esse nascente conceito vinha de uma filosofia conhecida como “mendicante”. A palavra feita em pedaços de verdade que os outros deixavam cair, eram apanhados ecleticamente, para com um pouco dessa verdade, construir a sua realidade, sua verdade eclética. 1
  • 10. REFERÊNCIAS REALE, G. História da Filosofia: antiguidade e idade média / Giovanni Reale, Dario Antiseri, - São Paulo: Paulus, 1990 – (Coleção filosofia). CHAUÍ, M. S. Introdução a História da Filosofia: dos pré-socráticos à Aristóteles, volume 1/ Marilena Chauí. – 1 ed. – São Paulo: Brasiliense, 1994. ABBAGNANO, N. História da Filosofia: a escola Peripatética, o Estoicismo, o Epicurismo, o Cepticismo, o Ecletismo, o Neoplatonismo a filosofia Patrística, a Gnose, S. Agostinho, volume 2/ Nicola Abbagnano. – 4 ed. – Lisboa: Presença, 1992. MORA, J. F. Dicionário de filosofia: E-J, volume 2/ José Ferrater Mora - São Paulo: Loyola, 2001. LARA, T. A. Caminhos da razão no Ocidente: a filosofia nas suas origens gregas, volume 1/ Tiago Adão Lara. – Petrópolis, RJ: Vozes, 1989. SCIACCA, M. F. História da Filosofia I: Antiguidade e idade média / Michele Federico Sciacca. – São Paulo: Mestre Jou, 1966. FRANCA S. J., P. L. Noções de História da Filosofia / P. Leonel Franca S. J. – 7 ed. – Rio de janeiro: Pimenta de Melo & C., 1940. MONDIN, B. Curso de Filosofia, volume 1/ B. Mondin; [tradução do italiano de Benôni Lemos; revisão de João Bosco de lavor Medeiros]. – 6 ed. – São Paulo: Edições Paulinas, 1981. PADOVANI, U. História da Filosofia / Humberto Padovani e Luís Castagnola. – 8 ed. – São Paulo: Edições Melhoramentos, 1970. 1