2. A finalidade desta disciplina é proporcionar uma
inter-relação entre a Odontologia e a Psicologia, de
maneira que a origem dos fatos prossigam numa
caminhada.
A verdadeira ciência (consciência) não tem limites
- o ser humano total se integra numa batalha
infinita
3. Para se estabelecer uma relação odontólogo-
paciente satisfatória, o primeiro necessita saber o
que pode ocorrer ao corpo do indivíduo quando
seu estado emocional está alterado e o que pode
ocorrer ao estado emocional e ao comportamento
desse indivíduo quando seu corpo adoece.
4. Deve-se ter uma noção clara de que o homem é um
ser biopsicossocial e que qualquer alteração em
uma dessas unidades, alterará as outras.
5. Não se pode tratar apenas a boca de um paciente,
sem se levar em conta a unidade.
Já é notório o fato de que não há, nem pode haver,
uma separação entre a psique e o soma; o que um
experimenta o outro exprime.
6. Para tanto, para que se obtenha um bom
tratamento, é necessário conhecer o todo e ter em
mente, que alterações ao nível do corpo e dos
processos mentais, ocorrem em termos fisiológicos
e ou funcionais, simultaneamente.
7. O cirurgião-dentista, necessita saber se os fatores
psicológicos estão modificando a "doença" e
influindo no paciente e caso estejam, de que forma
e em que extensão.
8. Além dos conhecimentos de Psicologia
propiciarem um melhor e mais completo
entendimento do paciente e do que ele apresenta,
em algumas áreas específicas da Odontologia
existem distúrbios psicogênicos que interferem e
agravam determinadas doenças e sintomas, e não
se pode esquecer das doenças psicossomáticas.
9. Sem esse conhecimento, o cirurgião-dentista (CD)
terá maiores dificuldades em tratar o seu paciente,
pelas seguintes razões:
10. 1. Por desconhecimento dos aspectos emocionais
que agravam e ocorrem simultaneamente com a
doença.
11. 2. Por não conseguir ver seu paciente como uma
totalidade que abrange a psique (aspectos
emocionais) e o soma (corpo).
12. 3. E, por conseguinte, não conseguir observar e
"perceber" o que está dificultando o desfecho
satisfatório do caso. Mesmo que o procedimento
esteja técnico e cientificamente correto, o
resultado alcançado pode não ser o esperado.
13. Em nenhum momento pretende-se sugerir que os
conhecimentos da Psicologia podem substituir o
domínio técnico, porém insistimos em que esse
conhecimento é essencial para desenvolver uma
Odontologia clínica com êxito.
14. A Psicologia associada à Odontologia se aplica a
todas as especialidades odontológicas, desde o
clínico geral até os especialistas em suas
respectivas áreas de atuação.
15. Não se deve deixar de comentar que se aplica
também ao próprio Cirurgião Dentista no que diz
respeito as suas tensões profissionais, quanto a sua
personalidade e seu comportamento frente aos
pacientes. É comum ouvirmos que um
determinado CD consegue tratar com êxito um
paciente que com outro profissional não obteve
sucesso
16. É fato, que este CD captou e teve um maior
conhecimento a respeito do problema desse
paciente que o outro, portanto, maior habilidade
em tratá-lo.
17. O CD aplicará conhecimentos básicos de
Psicologia em todas as áreas e em sua rotina diária.
Esses conhecimentos propiciarão um melhor e
mais integrado relacionamento profissional-
paciente, permitindo um diagnóstico global que
envolve sintomas somáticos e psicológicos que
necessitam ser correlacionados e avaliados.
18. O Odontólogo verificará o resultado de tais
aplicações, conhecendo quais os distúrbios
psicogênicos que podem agravar certas doenças e
suas possíveis implicações tanto no tratamento
quanto no próprio paciente.
19. E também saberá como lidar com essas
implicações, quando e como encaminhar ao
psicólogo para um tratamento integrado.
20. O CD deve ter claro, quando e como encaminhar
pois quanto maior for sua convicção da
necessidade do tratamento complementar, mais
lógico e convincente será sua explicação ao
paciente.
21. O CD deve ter claro, quando e como encaminhar
pois quanto maior for sua convicção da
necessidade do tratamento complementar, mais
lógico e convincente será sua explicação ao
paciente.
22. Desde que o Odontólogo tenha conhecimento dos
fatores emocionais que interferem em
determinadas doenças, este fará o
encaminhamento ao psicólogo, para um
tratamento conjunto.
23. O Psicólogo é o profissional indicado para tratar
distúrbios de comportamento que interferem no
corpo, pois tem sua origem no emocional.