O documento explica que no regime de monarquia absoluta os monarcas concentravam todos os poderes políticos e justificavam seu poder divino, não sendo responsáveis perante ninguém além de Deus. A sociedade era estratificada em ordens, com o clero e nobreza tendo privilégios sobre o terceiro estado não privilegiado. O mercantilismo visava acumular metais preciosos e manter balança comercial favorável por meio de intervenção estatal.
1. Explica o significado de monarquia absoluta (poderes e fundamentações)
Os monarcas passaram a concentrar em si todos os poderes: os poderes judiciais, executivos e
legislativos, afirmando uma autoridade total e absoluta. Chamando a este regime político absolutismo
régio. As fundamentações desses poderes é que baseavam-se num direito divino: o monarca
considerava que recebera o seu poder de Deus, não tendo, portanto que prestar contas das suas
ações senão ao próprio Deus.
Caracteriza a sociedade do Antigo Regime:
A sociedade de Antigo Regime é uma sociedade estratificada em ordens ou estados.
Cada ordem social tem uma função e um estatuto jurídico próprio. Na sociedade de Antigo Regime
existem 3 ordens sociais: o clero, a nobreza e o terceiro estado. Dentro de cada ordem distinguiam-se
numerosos estratos sociais hierarquizados entre si. As ordens sociais privilegiadas eram: o clero e a
nobreza. A origem dos privilegiados do clero e da nobreza é o domínio senhorial, que é a principal
fonte de riqueza. Nos vastos domínios senhoriais que possuem cobram rendas e banalidades aos
camponeses que os cultivam.
O terceiro estado é a ordem social não privilegiada.
É uma ordem muita heterogenia:
Ao estrato superior do terceiro estado pertencem os banqueiros, os homens de letras, os
advogados e os comerciantes;
Ao estrato intermédio pertencem os artesões;
E ao estrato inferior pertencem os camponeses e outros serviçais;
Caracterizar mercantilismo (objetivos e medidas)
O Mercantilismo é a prática econômica típica da Idade Moderna e é marcado, sobretudo, pela
intervenção do Estado na economia. Durante aproximadamente três séculos foi a prática econômica
principal adotada pelos países europeus, o que só seria quebrado com o questionamento sobre a
interferência do Estado na economia e o consequente advento das ideias liberais. Em resumo, o
Mercantilismo era o conjunto de ideias econômicas que considerava a riqueza do Estado baseada na
quantidade de capital que teriam guardado em seus cofres. Três medidas básicas faziam parte do
Mercantilismo, eram elas: o metalismo, a balança comercial favorável e o mercantilismo comercial e
marítimo. A primeira delas é a base maior do Mercantilismo, corresponde ao acúmulo de metais
preciosos. A balança comercial favorável é também chamada de colbertismo. Recebeu este nome por
causa do ministro de finanças franças de nome Jean-Baptiste Colbert, o qual foi o principal
impulsionador das ideias mercantilistas em seu país e permaneceu 22 anos à frente das práticas
econômicas na França. A medida que também recebeu seu nome caracteriza-se por fazer com que o
Estado exportasse mais do que importasse, mantendo, assim, a chamada balança comercial favorável.
Por fim, o mercantilismo comercial e marítimo refere-se à aposta feita pelos Estados Nacionais
europeus no acúmulo de riquezas provenientes do comércio marítimo. As grandes navegações
impulsionaram grandes capacidades comerciais, permitindo comprar, vender e negociar produtos em
diferentes lugares, proporcionando o aumento de escalas na economia.
2. Caso do mercantilismo em Portugal:
Portugal estava atravessar uma crise económica;
Por volta de 1670, o país foi afetado por uma crise comercial;
O açúcar brasileiro enfrentou a concorrência direta do açúcar das Antilhas, o que fez cair o
seu custo e diminuir as vendas;
A esta crise comercial o conde da Ericeira, ministro do rei D. Pedro II promove algumas medidas
mercantilistas:
Publicou leis pragmáticas;
Incentivou a vinda de técnicos estrangeiros especializados;
Desenvolveu as manufaturas dos lanifícios, na Covilhã, no Fundão e em Portalegre, e a
indústria da seda, em Lisboa;
Concedeu subsídios a quem instalasse uma manufatura em Portugal;
Relaciona agricultura e demografia no Antigo Regime
Na Europa a agricultura predomina e a tecnologia não avança. A população acompanha os ciclos
económicos: em épocas de prosperidade cresce e em épocas de recessão diminui.
Modelo demográfico antigo:
Sempre relacionado com a atividade agrícola (prosperidade + população; recessão -
população);
Nenhum avanço tecnológico;
Crise demográfica (logo a agricultura também não estava boa);
Taxas de mortalidade elevadas e de natalidade também mas a esperança de vida eram
curtas;
A crise matava muita gente;
Era seguida normalmente por um período de acalmamento (+ natalidade - mortalidade);
No sec.16 prosperidade; no sec.17 crise brutal (nº óbitos intenso e continuado);
No sec.17 - marcado pela fome, doença e guerra. Arrefecimento climático = apodrecimento
de colheitas = preços mais altos = fome =doença; guerra de religião, estados, civis, revoltam;
guerra dos 30 anos.