O documento discute como o uso de selantes nos tetos das vacas, em combinação com antibióticos, durante o período seco reduz o risco de infecções intramamárias e mastite clínica quando comparado apenas ao uso de antibióticos. Os selantes atuam como uma barreira protetora semelhante ao tampão de queratina nos tetos, prevenindo a invasão de microrganismos e reduzindo o risco de mastite.
Power Point sobre as etapas do Desenvolvimento infantil
Uso de antibióticos vs e selante na hora da secagem
1. Durante o período seco, a glândula mamária sofre inúmeras alterações fisiológicas, visando preparar a
vaca para a lactação seguinte. Dentre essas alterações, a formação do tampão de queratina nos canais dos
tetos atua como uma barreira natural que impede o acesso de microrganismos à glândula mamária.
As vacas tiveram amostras de leite por quarto mamário coletadas para cultura microbiológica, análise
de contagem de células somáticas e foram monitoradas quanto à ocorrência de mastite clínica até 60 dias
pós-parto. O uso combinado de selantes reduziu em 1,4 vezes o risco de ocorrência de infecções
intramamárias e em 2,79 vezes a chance de ocorrer mastite clínica até 60 dias pós-parto quando comparado
com as vacas que tratadas somente Infusão intramamárias de antibióticos.
Estes resultados indicam a ação de proteção conferida pelo selante intramamários de tetos durante o
Período Seco.
Quartos mamários tratados com selantes intramamários apresentaram 1,8 vezes menos chance de
desenvolver mastite causada por patógenos maiores (especialmente patógenos de origem ambiental) do que
quartos mamários que receberam apenas antibiótico.
O acúmulo de leite e aumento da pressão do úbere nos primeiros dias após a secagem e antes o
parto são as fases de maior risco de ocorrência de mastite, principalmente por agentes de origem ambiental.
Este risco pode ser ainda maior com o encurtamento e dilatação do canal dos tetos e com a ausência de
formação do tampão de queratina.
Importância do uso de antibióticos com selante nos tetos na
hora secagem das vacas
Frederico Modri Neto
Méd. Veterinário
CRMV/RS 10.060
Apesar disso, algumas vacas apresentam atraso ou até
mesmo falha na produção do tampão de queratina. A
ausência da proteção conferida pelo tampão de queratina
resulta em tetos desprotegidos e fornece uma “porta aberta”
para invasão de agentes causadores de mastite na glândula
mamária.
Os quartos mamários sem tampão de queratina tem
maior risco de novas infecções intramamárias do que àqueles
com formação completa desta barreira natural, o que
aumentar o risco de mastite clínica pós-parto e menor leite.
Assim, o uso de selante interno de tetos é uma alternativa,
capaz de prevenir as infecções intramamárias e de mastite
clínica durante o Período Seco.
Os Selantes atuam de forma semelhante ao tampão de
queratina, como uma barreira física contra a invasão
microbiana da glândula mamária.
Aplicação do antibiótico com o selante.
Imagem: Função do selante na ponta do
teto.