1. Escravidão & Servidão
A servidão é o status legal e econômico dos camponeses ("servos") no feudalismo,
especialmente no âmbito do sistema econômico da "senhoria" (direitos feudais sobre a terra).
Os servos são trabalhadores rurais que estão vinculados à terra, formando a classe social mais
baixa da sociedade feudal. À diferença dos escravos, os servos não eram propriedade de
ninguém e não podiam ser vendidos, pois não eram como escravos, que eram propriedade dos
donos. A servidão implica o trabalho forçado dos servos nos campos dos senhores de terras,
em troca de proteção e do direito arrendar terras para subsistência. Ademais do trabalho na
terra, os servos executavam diversos trabalhos relacionados com agricultura,
como silvicultura, transporte (por terra e por rio), artesanato e mesmo manufatura.
A servidão evoluiu a partir da estrutura fundiária do Baixo Império Romano, caracterizada pela
existência de latifúndios nos quais a mão de obra era formada por arrendatários que
trabalhavam nos campos do proprietário e recebiam um lote de terra para a sua subsistência,
mediante aluguel. Com a instabilidade do Império nos séculos III e IV D.C., diversos pequenos
proprietários passaram a vender suas terras para os grandes senhores de terras e a empregar-
se nos latifúndios como arrendatários, em troca de proteção.
A servidão disseminou-se na Europa no século X e tornou-se a forma predominante de
organização do trabalho agrário europeu durante toda a Idade Média. Sobreviveu
na Inglaterra até o século XVII, na França até a Revolução Francesa (1789) e, na maioria dos
países europeus, até o início do século XIX. Na Rússia, a servidão durou até1861, tendo sido o
último país do mundo a libertar seus servos.
A servidão praticamente não existiu em Portugal, devido à existência de terra livre abundante
nas regiões conquistadas aos árabes no sul do país. A fuga dos camponeses para essas terras
— cujos novos senhores, para atrair trabalhadores, davam boas condições de trabalho —
obrigou a melhoria das condições também no norte, impedindo o desenvolvimento da servidão
da gleba.
A escravidão (denominada também escravismo, escravagismo e escravatura) é a prática
social em que um ser humano assume direitos de propriedade sobre outro designado
por escravo, ao qual é imposta tal condição por meio da força. Em algumas sociedades, desde
os tempos mais remotos, os escravos eram legalmente definidos como uma mercadoria.
Os preços variavam conforme as condições físicas, habilidades profissionais, a idade, a
procedência e o destino.
O dono ou comerciante pode comprar, vender, dar ou trocar por uma dívida, sem que o
escravo possa exercer qualquer direito e objeção pessoal ou legal, mas isso não é regra. Não
era em todas as sociedades que o escravo era visto como mercadoria: na Idade Antiga, haja
vista que os escravos de Esparta, os hilotas, não podiam ser vendidos, trocados ou
comprados, isto pois ele eram propriedade do Estado espartano, que podia conceder a
proprietários o direito de uso de alguns hilotas; mas eles não eram propriedade particular, não
eram pertencentes a alguém, o Estado que tinha poder sobre eles. A escravidão da era
moderna está baseada num forte preconceito racial, segundo o qual o grupo étnico ao qual
pertence o comerciante é considerado superior, embora já na Antiguidade as diferenças raciais
fossem bastante exaltadas entre os povos escravizadores, principalmente quando havia fortes
disparidades fenotípicas. Na antiguidade também foi comum a escravização de povos
conquistados em guerras entre nações. Enquanto modo de produção, a escravidão assenta na
exploração do trabalho forçado da mão de obra escrava. Os senhores alimentam os seus
escravos e apropriam-se do produto restante do trabalho destes.
2. O trabalho sempre foi visto como algo difícil de se realizar, algo penoso de se fazer. Sabendo
disso, nas sociedades grega e romana, para suprir as necessidades da população, recorriam
ao trabalho escravo. Os senhores não tinham nenhuma obrigação, a não ser tratar do bem-
estar do povo, bem como discutir os assuntos da cidade. Aqueles que possuíam tempo livre,
podiam se dedicar a demais atividades como a arte, a filosofia, religião dentre outras.
Existiam outros trabalhadores como os camponeses e os artesãos que embora sejam livres,
eram explorados e oprimidos. Os servos eram vistos como parte integrante da sociedade,
faziam parte de uma classe social, diferente dos escravos que eram vistos como mercadoria.
Além de cuidar das terras, os servos tinha obrigações como a corvéia, que consistia na
construção de pontes e manutenção de estradas. A talha também era cobrada, se tratava de
uma taxa sobre tudo o que era produzido. Já as banalidades eram cobradas pelo uso de
moinhos, forno e até mesmo por ocuparem as aldeias.
Outras atividades merecem destaque como o artesanato e atividades comerciais na qual esta
que era mal vista pela igreja.
Servidão x Escravidão
Comparação entre servidão e escravidão.
A servidão:
Servidão é quando os servos pagam metade do que eles tem para guerreiros, recebendo
proteção em troca.
3. A escravidão:
Ela surgiu lgo que começou as guerras. Funcionava assim: quando acontecia uma guerra
semre existia um vencedor e o perdedor. O perdedor tinha que ser obrigatóriamente os
``empregados´´ desse país, eles não recebiam nada em troca e não tinham nenhuma liberdade
de expressão e tudo de mais. As pessoas que usavam isso eram simplesmente todos os povos
que ja esxistiram ou que ainda existem.
Diferenças:
Na servidão você tinha escolha e na escravidão era obrigado.
A servidão era uma toca de favores e a escravidão era um trabalho sem recompensa.
A escravidão existe mais nos dias de hoje e todos nós somos totalmente livres para fazer oque
bem entendemos e a servidão existe até hoje. Exemplo: Os professores, eles fazem um tipo de
``servidão´´ para a escola. Dando aula e recebendo dinheiro em troca
REFLEXÃO DO DIA - ESCRAVIDÃO E SERVIDÃO
A escravatura e servidão têm existido em conformidade com a índole da produção e tem
desaparecido quando o grau de desenvolvimento desta torna mais útil o trabalho do homem
livre que a do escravo ou do servo; a justiça e a fraternidade não interveio em nada nesta
desaparição.
Qualquer que seja o valor subjetivo da moral, do progresso e outros grandes princípios do
pensamento, esta bela fraseologia não influi para nada nas flutuações das sociedades
humanas; só por si é impotente para efetuar a menor mudança.
As evoluções sociais lhe determinam outras considerações menos sentimentais. As suas
causas encontram-se: na estrutura econômica, no modo de produção e da troca, que preside à
distribuição das riquezas, e, por conseguinte, à formação das classes e a hierarquia. Quando
as evoluções se efetuam, não é porque obedeçam a um ideal elevado de justiça, mas sim
porque se ajustam à ordem econômica do momento.
KARL MARX