A apresentação discute a Primeira Revolução Industrial na Inglaterra no século 18, incluindo a transição para o capitalismo, o surgimento da fábrica, e o desenvolvimento tecnológico como a máquina a vapor. Fatores como mercados internos e externos em expansão, além do apoio do governo, viabilizaram a revolução industrial e o surgimento do maquinismo na produção.
1. Ciência, Tecnologia e Sociedade
Aula
“A Primeira Revolução Industrial: transição
para o capitalismo. Manufatura e Grande
Indústria. O nascimento da fábrica”
2. Plano da aula
Apresentar conceitos
Revolução Industrial no séc. xviii
Ambiente de organização social e econômica
Por que na Inglaterra
Principais transformações
3. 1- Posicionamento do tema
(um quadro para se posicionar)
Período Meio de Forma de Modo de Principais
e Local produção organização produção indústrias
da produção
1770 a máquina fabril capitalis Têxtil,
1810 s mo metalurgi
Inglaterr a, carvão,
a ferroviário
4. 2- A transição para o modo
capitalista de produção e a
acumulação primitiva do
capital
5. Conceitos
Capital, Riqueza e patrimônio
Criação de valor
Excedente e lucro
Mercado interno
Divisão internacional do trabalho
Protecionismo
6. Conceitos
Bens de capital
Bens que servem para a produção de outros bens, tais
como máquinas, equipamentos, material de transporte
etc
Bens Intermediários
Bens manufaturados ou m.p. processadas que são
empregados para a produção de outros bens ou produtos
finais: lingote de aço, energia
Bens de produção
Capital + intermediários + matérias primas
7. O que é a acumulação primitiva
- Separação entre os detentores e os não-detentores
dos meios de produção
- Acumulação primitiva é a história dessa separação.
Uma vez estabelecida, este modo de produção é
mantido e reproduzido
- O cerne do processo é a expropriação de um meio
de produção fundamental
- reorganização da base fundiária (processo longo,
mais de dois séculos)
- É a dissolução completa da estrutura feudal
8. O Processo de expropriação
• Prelúdio: fim do séc. XV e início do XVI –
transformação de lavouras em pastagens para
indústria da lã pelos senhores feudais em busca de
dinheiro
- Séc. XVI Reforma Protestante e secularização das
terras da Igreja
- Séc. XVII Rev. Gloriosa de 1688 apropriou-se de
terras do Estado
- Séc. XVIII os cercamentos ou enclousers
- Termina com o clearing of Estates
9. Uma nova condição social
- A produção agrícola passa a ser para o mercado
- Crescimento das cidades e nelas de mão-de-obra
disponível para o trabalho assalariado
- Maior interesse na valorização do dinheiro por meio
da produção – novo status
- Estímulo aos mercados interno e externo; estímulo à
acumulacão e ao investimento produtivo
- Mas por que na Inglaterra e por que naquele
momento?
11. A Inglaterra no séc. XVIII
- Era uma nação de lojistas, por isso mesmo muito
voltada ao comércio
- Forte relação entre Estado, Guerra e Comércio
- Proprietários de terra passam a ter interesse na
indústria e o poder político dos produtores
manufatureiros era maior que o dos mercadores
- Assim, houve forte protecionismo à indústria,
antes do liberalismo…
13. Fatores principais: mercado interno,
mercado externo e governo
A) mercado interno:
- papel gradual, ampla diversificação e especialização da
produção; construção de infra-estrutura, demanda por
alimento e combustível, bens de toda ordem
- transportes – canais, estradas de rodagem e de ferro. No
final do séc. toda a Inglaterra estava cortada por canais e
estradas
- Agricultura para mercado e agroindústria
- Carvão e ferro – cidades e máquinas e estradas de ferro
- “O mercado interno supriu a fogueira de combustível e de
ventilação suficientes” (H, p 45)
14. Fatores principais…
B) mercado externo:
- expandiu-se enormemente, aumentando à razão
geométrica.
- Entre 1780 e 1800, exportações passam de 14 para
42 milhões de Libras
- “o país que conseguisse concentrar os mercados de
exportação de outros povos tornava a RI não só
viável como automática” (H, p 46)
- com isto eliminava a possibilidade de outras
nações o fazerem
15. Fatores principais…
C) Governo:
- Grã Bretanha disposta a subordinar toda a política
externa a interesses econômicos
- As guerras garantiram o monopólio sobre as
colônias e criaram enorme demanda para o
investimento privado, inclusive em infra-estrutura:
“valia a pena para o empresário adotar métodos
revolucionários para cumprir seus prazos”.(H 47)
- Ademais, criou leis que favoreciam o crescimento
econômico:
- cercamentos via Parlamento,
- legislação tarifária e de regulamentação favorável à
indústria local
16. A Inglaterra era uma nação…
- Politicamente reformada
- Com um campesinato em decadência
- Com grandes fluxos comerciais, inclusive no
mercado externo
- Com atividades manufatureiras em curso por
várias regiões do país
- Abundância de K com disposição para
investimento produtivo
18. Novos meios de produção e novas formas de
organização da produção
Ampliação da escala de produção
Especialização da produção
Máquinas e maquinismo
Organização em fábricas
Assalariamento (na indústria e na agricultura)
Sistema de fornecedores de mp e compradores
de manufaturados
19. Qual a diferença entre uso de
máquinas e maquinismo?
- “O que é recente não são as máquinas, mas o
maquinismo…Para que o maquinismo reine não
basta que a máquina concorra para a produção: é
preciso que ela se tenha convertido no fator
essencial, que ela determine a quantidade, a
qualidade e o preço de custo dos produtos” (M, p178-9)
- A grande revolução foi a produção fabril em larga
escala, o extraordinário acúmulo de capital e a
separação de classes
20. Características da transição da
Manufatura para a Grande Indústria
Características Manufatura Grande Indústria
-Período Séc. XVI a XVIII Séc. XVIII –
-Sistema Doméstico Fabril
-Capital empregado Comercial, fundiário, Comercial, fundiário,
financeiro financeiro, industrial
-Meio de produção Ferramentas e Máquinas –
máquinas isoladas Maquinismo
-Agricultura Subsistëncia, renda Capitalista – p/ mercado
complementar
-Atores sociais na Mestre artesão, Capitalista, proletariado
produção mercador manuf.
21. Características da transição da Manufatura
para a Grande Indústria – Organização do
Trabalho
Manufatura Grande Indústria
-Processo fabricação simples -Processo complexo
-Ferramentas como extensão dos -Máquina comanda
braços braços
-Homem define ritmo -Máquina define ritmo
-Trabalho em domicílio e -Concentração em
familiar fábricas
-Operários domiciliares -Proletariado industrial
-Caráter individual da produção -Caráter coletivo
-Tempos livres -Disciplina das fábricas
23. As principais indústrias
Indústria têxtil do algodão:
- gargalos tecnológicos criavam necessidade de inovação
-desenvolvimento técnico pelo aprimoramento e invenção
de novas máquinas – empirismo
-Uma combinação do novo com o antigo
Força motriz: da água para o vapor (fundamento
científico)
Fonte de energia: carvão mineral
Metalurgia
Estradas de ferro
24. A máquina a vapor
Desenvolvimento lento:
máquina de Savery 1698 para bombear água de minas;
Máquina de Newcomen 1705 (bomba de fogo e máquina hidráulica – criar
vácuo)
James Watt – trabalho de 1764 a 1769 uso da pressão do vapor
1775 iniciam-se vendas (sociedade com investidor)
Apenas 1787 passa a ser rentável
Esta máquina exigiu melhoramentos em todo o sistema
produtivo
Ela abriu a última e mais decisiva fase da RI, liberou o
maquinismo de seus entraves qto à fonte de energia
Trouxe a interdependência técnica ao novo sistema técnico
que se inaugurava
25. Conclusão
Processo longo, baseado na transformação da base social
de produção
Deu início ao maquinismo que é a produção pelas
máquinas e a produção de máquinas por máquinas
Crescimento dos mercados interno e externo, como
combustível e centelha, e estímulo do governo
Foi uma revolução de natureza tecnológica e empírica, já
abrindo caminhos para o uso sistemático da ciência pela
indústria – tema fundamental da próxima aula
26. Por que uma Revolução?
A grande revolução era a produção fabril em
larga escala, a divisão do trabalho e o
extraordinário acúmulo de capital e de separação
de classes decorrente deste novo modo de
produção o capitalismo fabril.