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A AVALIAÇÃO DA PRÁTICA E O
DESENVOLVIMENTO
PROFISSIONAL DOCENTE: O
PRIMADO DOS INSTRUMENTOS
SOCIOSSEMIÓTICOS
Fábio Delano Vidal Carneiro, Ph.D. Linguistics
(Centro Universitário 7 de Setembro)
A AVALIAÇÃO DA PRÁTICA E O
DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL
DOCENTE: O PRIMADO DOS
INSTRUMENTOS SOCIOSSEMIÓTICOS
AVALIAÇÃO E COLABORAÇÃO
E
X
P
E
C
T
A
T
I
V
A
“AVALIAR É REALIZAR
JUÍZOS DE VALOR, A
PARTIR DE DADOS
RELEVANTES DA
REALIDADE, PARA
TRAÇAR CURSOS DE
AÇÃO.”
(LUCKESI, 2016)
PRIMEIRO Princípio
IAR
AVAL
1
RECOLHA
2
JUÍZO
3
AÇÃO
ANÁLISE DA
PRÁTICA
FORMAÇÃO
E GESTÃO
AVALIAÇÃO DOCENTE
IAR
AVAL
• RECOLHA
1 (2 E 3)
• JUÍZO
2 (1 E 3)
• AÇÃO
3 (1 E 2)
ANÁLISE DA
PRÁTICA
FORMAÇÃO
E GESTÃO
AVALIAÇÃO DOCENTE
“A RELAÇÃO ENTRE
FORMAÇÃO E TRABALHO
SÓ É VERDADEIRAMENTE
ESTABELECIDA QUANDO
FORJADA NAS
INTERAÇÕES E PRÁTICAS
LINGUAGEIRAS.”
(BRONCKART, 2005)
SEGUNDO Princípio
ATIVIDADE, TRABALHO E LINGUAGEM
As atividades linguageiras e simbólicas passaram a
ter uma influência maior na realização do trabalho.
Cada vez mais se trata de comentar, planejar e
avaliar o trabalho executado ou a executar.
A linguagem se impõe no trabalho, sobre o
trabalho e como trabalho.
(FAÏTA & SILVA, 2002; NOUROUDINE, 2002; BRONCKART,
2005)
ATIVIDADE, TRABALHO E LINGUAGEM
Cada vez menos o trabalho exige um esforço
meramente físico e demanda mais controle,
coordenação, diálogo e comunicação. As pessoas
se entendem para agir e agem para se entender.
(FAÏTA & SILVA, 2002; BRONCKART, 2005)
FORMAÇÃO E TRABALHO
As práticas humanas, para serem exercidas,
exigem o constante (re)acionamento das
representações dos actantes sobre essas mesmas
atividades. Acionamento compreendido como
atualização dos conhecimentos, dos modos de
fazer, sentir e pensar essas práticas, dos modos
de utilização dos artefatos e instrumentos
necessários à sua execução.
(NOUROUDINE, 2002; BRONCKART, 2005)
Interação e desenvolvimento das
atividades humanas
Análise da prática
profissional:
Criação de dispositivos metodológicos ou
situações nas quais os profissionais
revelam suas avaliações, seus
conhecimentos e suas representações
acerca do trabalho realizado e, mais ainda
comentam e desenvolvem seus projetos,
intenções e escolhas. (CARNEIRO, 2018)
As consequências dessa análise,
alimentam, potencialmente, programas
e estratégias relacionadas à saúde
física do trabalhador, à sua segurança
psicológica e, notadamente, ao seu
desenvolvimento profissional, isto é, ao
seus percursos formativos.
Análise da prática
profissional:
Metodologia
para
revelação
Análise da prática
Representações
sobre como o
trabalho deveria ser
realizado
Agir
Atividade
real
- Entrevista de Explicitação
- Autoconfrontação
- Autoconfrontação cruzada
- Instrução ao sósia
- Entrevista anterior e posterior
- Portfólio
- Relato de trajetória
- Pesquisa – ação
- Diários de bordo
- Relatórios reflexivos
1. Apropriar-se dos saberes de
referência para a formação (Hofstetter &
Schneuwly, 2007 ; Marcel, 2010);
2. Integrar uma identidade profissional
(Schön, 1996);
3. Regular concretamente o seu agir
(Vanhulle, 2016)
Função dos Gêneros
Reflexivos
Situações
reveladoras
Produções de textos
orais e escritos pelo
professor sobre o seu
trabalho
Resultados
Ergonomia
Segurança
Políticas
Princípios de
Dialogismo e
Discursividade
Formação
Saúde
“Cada um se vê por meio
de suas próprias
atividades no interior da
divisão do trabalho
simultaneamente como
sujeito e como objeto
dessa conservação e
dessa invenção.” (CLOT,
2006)
TERCEIRO Princípio
Indivíduo
Interação
Relações Humanas
Relações Sociais
Instrumentos
sociossemióticos ou
simbólicos
Práticas Sociais
BNCC
Vida pública
Vida privada
Estudo e pesquisa
Jornalístico/midiática
Artístico/Literária
Formação:
Subjetivação
de saberes
profissionais
Formação: Subjetivação de saberes
profissionais
Processo coletivo
e solidário
Projeto pessoal
e institucional
Percurso sem
conclusão
Ciclo deTutorado:
(1) gravação de uma sequência de aulas;
(2) confrontação do professor-tutorado com essa gravação e
consequente reflexão sobre a sua atividade durante as aulas,
terminando na escolha de uma capacidade do professor a ser
desenvolvida;
(3) realização de uma etapa de formação guiada pelo tutor que
culmina na criação de uma nova sequência de aulas, incluindo o
tema/capacidade escolhido na fase anterior;
(4) implementação efetiva do planejamento criado na fase 3.
Resultados:
Metodologia
Aulas de Língua materna e Língua Estrangeira
1º Ano 2º Ano 5º Ano 6º Ano 9º Ano
Entrevista anterior + Gravação da aula + Entrevista posterior
3 aulas de cada professor (uma a cada quinze dias)
Identificação de SOTs (Segmentos de Orientação Temática) e STTs
(Segmentos de Tratamento Temático)
Análises dos Segmentos relacionados ao agir-referente, identificando as
figuras de ação e focalizando as avaliações presentes nos STTs.
Coleta:
Análise 1:
Análise 2:
FIGURAÇÃO LINGUAGEIRA DO AGIR
• BULEA (2007, 2010, 2014) em suas pesquisas sobre
o agir de várias profissões identificou cinco
modalidades de figuras de ação a partir de textos
orais (entrevistas).
1. Ação Ocorrência
2. A Ação Acontecimento Passado
3. Ação Experiência
4. Ação Canônica
5. Ação Definição
As Figuras de ação docente (BULEA: 2010)
A Ação Ocorrência é um relato de algo ocorrido durante a aula, mas por
demais ligado ao contexto de produção, isto é, que não revela nenhuma ou pouca
generalização quanto ao agir do professor.
A Ação Acontecimento Passado é o relato de algum acontecimento realizado
em um evento anterior ao que está sendo descrito e é usado para contextualizar
uma ocorrência dentro de um período maior. Também é evocada antes de uma
conclusão (ação experiência) para dar-lhe maior legitimidade.
A Ação Experiência também da ordem do relato, mas com uma forte
tendência a se destacar do contexto de produção e a assumir o estatuto de
repertório profissional daquele como professor. Em outras palavras, é um relato
que expressa uma conclusão acerca de algum modo de fazer o ensino ou de ser
professor.
A Ação Canônica é um recorte teórico advindo de acordos ou prescrições
prévias à realização da tarefa de ensinar. Podem ser regras da própria escola, da
secretaria de ensino, combinados da equipe de professores etc.
A Ação Definição recobra uma compreensão do agir como «fenômeno no
mundo», convidando a uma reflexão em termos de explicitação do que ele é. Não
trata, de atos ou gestos, mas de representações, definições e crenças.
F.D.: Você falou que tem alguns alunos que / é ainda não tem o
domínio da escrita / como é que você vai trabalhar esses alunos?
P3:É a gente tem um / assim a gente tá com um / é no início do ano
letivo a gente fez um levantamento dessas crianças / sabe? / tem
até o propósito de colocar / tirar essas crianças da sala / e fazer tipo
um / eles fizeram / tem um nome / não sei se é um reforço / alguma
coisa assim / eles / não não é reforço / é enquadramento / é eu
acho que é enquadramento / eles vão juntar essas crianças e vão
fazer / é / assim/ tipo um reforço / né / dá uma / porque eles não
tão com um nível igual às outras crianças / por exemplo eu tava ali
com aquela dupla né / que eu tava direto dando assistência / eles
não conseguem de jeito nenhum / então a autoestima da criança
anda muito baixa. [F.D.: eles são até mais velhos, né?] mais velhos a
idade deles do que os outros / eles ficam direto “eu não consigo /
eu não consigo” / é tanto que você não me viu sair daquela mesa né
/ eles ficam “eu não consigo / eu não consigo” / eu digo consegue /
vamos / então eu tenho que ficar direto ditando / vamo escrever /
vamo colocar / porque se deixar eles / não avançam / e eles são
assim / são crianças que não leem / não escrevem / então assim/ eu
acho que tenho umas cinco crianças nesse nível.
Ocorrência interna
(anterioridade)
Canônica externa
(escola)
Ocorrência externa
(escola)
(posterioridade)
Experiência
externa
Ocorrência interna
(anterioridade)
Experiência
interna
Experiência
externa
Exemplo 1 (Entrevista ante professora 3 – 5º ano)
P3:É sobre discurso / [F.D.: sim] e é uma aula na
biblioteca /
eu trouxe pra biblioteca /porque a biblioteca é uma
extensão da / da minha sala de aula regular /
daí / é uma aula aonde eles vão / vão ver /
que na realidade já foi dada essa aula / eles já
viram o que é discurso / é as etapas né / de
como fazer o discurso / e aí eles vão / agora
em dupla / eles vão formular / eles vão
produzir um discurso / é / vão assistir o
discurso de uma canadense / antes já visto no
texto / eu baixei da internet e eles vão assistir
agora esse discurso e também de um menino /
do Lucas / e eles vão analisar o tipo de discurso
/ vão ver as etapas é que contém / e daí eles
vão se juntar / e vão produzir o discurso [F.D.:
o discurso oral ou o discurso escrito] não eles
vão pro escrito. /
F.D: Então / essa tua aula que você vai/ vai iniciar
agora / de agora até a hora do recreio /o que é que
você vai fazer nessa aula / o que é que você planejou?
____
____ ____
Expérience INTERNE
Occurrence EXTERNE
Agir x ação em “a gente”
Restrição Linguageira
“A gente canta” (a + p)
Complexidade do agir Educacional
Conjunção
“Essa turma é bem agitada pra gente” (p+p)
“Às vezes é necessário a gente dar uma mudança na aula” (p)
“Eu preparei essa aula hoje pra gente dar mais ênfase nessas palavras” (p/a)
“A gente sublinha, a gente pinta” (a+a)
O Agir-referente: aula de LM
Articulação de Atividades/Ações
Articulação de tarefas
Aulas anteriores
Ano escolar
Programas politicas
Planejamento-prescrições
Acolhida
Leitura Coletiva
Leitura Individual
Exposições Discussões
Resolução de Exercícios
Correções Feedbaks
Complexidade do agir Educacional
Aula de LM
Aulas
posteriores
O nó e o monumento
«A existência simultânea de
estímulos dados e de estímulos
criados é aos nossos olhos o traço
distintivo da psicologia humana. »
(p. 190)
VYGOTSKI (2014 [1928-1931?])
QUARTO Princípio
«O que diferencia o ser humano é a
sua natureza social e o seu novo
modo de adaptação que vem dessa
natureza » (p. 191)
«A atividade fundamental e mais
geral do homem é a significação: a
criação e utilização de signos
artificiais.» (p. 192)
O que é o ser humano para Vygotski?
É um ser que utiliza instrumentos simbólicos
para:
• (Re)construir e controlar o próprio
psiquismo.
• (Dar a) conhecer, assimilar e reinterpretar o
repertório de obras e práticas sócio-histórico-
culturais.
E que o faz, partindo da dimensão interpsíquica
para a intrapsíquica.
“A INTERAÇÃO,
MEDIADA POR
INSTRUMENTOS
SOCIOSSEMIÓTICOS, É
O “MOTOR” DO
DESENVOLVIMENTO
HUMANO.”
(BRONCKART, 2007)
QUARTO Princípio
5
Comparação das escola – costa oeste
Dimensões
Currículo
Material
Sala de aula
Avaliações
Gestão
Tecnologia
Professores
Ativ. extra.
Envolvimento dos pais
Infraestrutura
Alunos n/a
n/a
n/a
Melhor prática
Fraco
s
Exemplo 1 (Entrevista ante professora 3 – 5º ano)
P3:É sobre discurso / [F.D.: sim] e é uma aula na
biblioteca /
eu trouxe pra biblioteca /porque a biblioteca é uma
extensão da / da minha sala de aula regular /
daí / é uma aula aonde eles vão / vão ver /
que na realidade já foi dada essa aula / eles já
viram o que é discurso / é as etapas né / de
como fazer o discurso / e aí eles vão / agora
em dupla / eles vão formular / eles vão
produzir um discurso / é / vão assistir o
discurso de uma canadense / antes já visto no
texto / eu baixei da internet e eles vão assistir
agora esse discurso e também de um menino /
do Lucas / e eles vão analisar o tipo de discurso
/ vão ver as etapas é que contém / e daí eles
vão se juntar / e vão produzir o discurso [F.D.:
o discurso oral ou o discurso escrito] não eles
vão pro escrito. /
F.D: Então / essa tua aula que você vai/ vai iniciar
agora / de agora até a hora do recreio /o que é que
você vai fazer nessa aula / o que é que você planejou?
____
____ ____
Expérience INTERNE
Occurrence EXTERNE
EXEMPLO DE INSTRUMENTO SIMBÓLICO
Diante da tarefa de trabalhar o discurso de
opinião, a professora elabora uma estratégia na
qual apresenta um discurso real (Palestra de
uma jovem Canadense na Rio 92).
EXEMPLO DE INSTRUMENTO SIMBÓLICO
Após terem visto o discurso, a professora coordena
uma discussão com os alunos e aponta
generalizações acerca do plano textual, a fim de
que sejam percebidas pelos alunos e lhes sirvam
de modelo.
EXEMPLE D’INSTRUMENT SYMBOLIQUE
A professora mostra
aos alunos o discurso
de outra criança no
« parlamento mirim ».
Depois, pede que os
alunos verifiquem as
características
perceptíveis ao gênero
e pede-lhes que façam
seu próprio texto.
MICRO-HISTÓRIA EXPERIENCIAL
« OS COMENTÁRIOS ACERCA DOS PRÉ-
CONSTRUTOS DA ATIVIDADE PROFISSIONAL
EM CONFRONTAÇÃO COM AQUELES ACERCA
DA ATIVIDADE PRÁTICA CONSTITUEM
PROCESSOS INTERATIVOS ESSENCIAIS PARA
A CONSTRUÇÃO DOS SABERES E
CAPACIDADES DOS PROFESSORES, VIS A
VIS, A MICRO-HISTÓRIA EXPERIENCIAL DO
DOCENTE. » (CARNEIRO, 2018)
Desenvolvimento de
Capacidades Docentes
O conceito de Zona Proximal de desenvolvimento
(VYGOTSKI, 1997, 2014) é fundamental para uma
melhor compreensão dos processos de mudança que a
reflexão linguageira coloca em evidência.
ZPD
Zona proximal de desenvolvimento
O potencial de ação do docente parece
submeter-se a transformações, a partir do
momento no qual ele é demandado a
confrontar os conhecimentos teóricos da
profissão com a sua conduta em sala e
com os desafios advindos do processo de
aprendizagem dos alunos.
ZONA DE RUPTURA
CONDIÇÕES
DE AGIR
CONCLUSÃO
A Zona Proximal de Desenvolvimento do
Professor, no caso, é ativada pelo desafio de
fazer o aluno ser capaz de mover-se dentro da
sua própria zona de desenvolvimento,
utilizando-se do instrumento artificial que é a
observação e reflexão sobre produções
modelares e seus contextos de produção e
características do gênero.
CONCLUSÃO:
Função hermenêutica do agir docente
A primeira tarefa da formação de professores é
de ajudar o professor a criar uma sistema de
ação e de investigação da ação docente,
sustentado na criação de instrumentos
psicológicos simbólicos para o aprendizado do
aluno.
A segunda é de permitir ao professor assumir a
função de “engenheiro didático” criando
situações e instrumentos de tomada de
consciência e de autonomização sígnica
(tentativas de domínio do próprio pensamento)
própria e de seus alunos.
CONCLUSÃO:
Função hermenêutica do agir docente
O professor precisa ser formado para ser
um usuário da dupla estimulação das
funções psicológicas, para si e para
seus alunos.
CONCLUSÃO:
Função hermenêutica do agir docente
A modificação das capacidades dos
professores é posta em movimento pela
dinâmica estabelecida entre a ação prática
e a análise dessa prática. Entretanto,
sempre sob uma visão dupla ou bifurcada
na qual o professor encara o agir do aluno
como critério de seu próprio agir. Essa
visão dupla é, ao mesmo tempo, uma
ferramenta de desenvolvimento docente e
um método de reflexão e de
autonomização do professor.
Bronckart, J.-P. (2004). "Pourquoi et comment analyser le travail de l'enseignant(e)" - In: G. Bello, P. Floris & S. Presa (Ed.), Il mestiere
del'insegnante. Analisi dell'azione docente, Aoste: Assessorato all'Istruzione e Cultura, pp. 9-35 (Traduction: (2006) Porque e como analisar o
trabalho do professor. In: Atividade de linguagem, discurso e desenvolvimento humano, Campinas (Brasil): Mercado de Letras, pp. 203-229).
Bronckart, J.-P. (2001). S’entendre pour agir et agir pour s’entendre. In J.-M. Baudouin & J. Friedrich (Eds), Théories de l’action et éducation
(pp. 133-154). Bruxelles: De Boeck.
Bronckart, J.-P. (1997). Activité langagière, textes et discours. Pour un interactionnisme socio-discursif, Paris, Delachaux et Niestlé.
Bulea, Ecaterina; Leurquin, Eulália et Carneiro, Fábio (2013). O agir do professor e as figuras de ação: por uma análise interacionista. In: L.
Bueno, M.A. Paulino Teixeiro Lopes & V.L. Lopes Cristóvão (Eds.). Gêneros textuais e formação inicial: uma homenagem a Malu Matêncio.
Campinas: Mercado de Letras, p. 109-132.
Bulea, E. (2010). Linguagem e efeitos desenvolvimentais da interpretação da atividade [Langage et effets développementaux de l’interprétation
de l’activité.], Sao Paulo : Mercado de letras.
Bulea, E. (2007). Le rôle de l'activité langagière dans les démarches d'analyse des pratiques à visée formative, Thèse de doctorat: Université
de Genève, FPSE.
Carneiro, Fábio et Stutz, Lidia (2015) Formação docente inicial e continuada: entre avaliação do agir e configuração de saberes. Eutomia,
Recife, 15 (1): 428-446, Jul. 2015.
SCHÖN, D. (1996). « À la recherche d'une nouvelle épistémologie de la pratique et de ce qu'elle implique pour l'éducation des adultes ». In:
Barbier, J.-M. , Savoirs théoriques et savoirs d'action. Paris : Presses universitaires de France, p. 201-222.
Vygotski L. S. (1997 [1934]). Pensée et Langage. Paris : La Dispute
Vygotski L. S. (2014 [circa 1931]). Histoire du développement des fonctions psychiques supérieures (traduit par F. Sève; édité par M.Brossard
et L. Sève). Paris : La Dispute.
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A avaliação da prática e o Desenvolvimento profissional docente

  • 1. A AVALIAÇÃO DA PRÁTICA E O DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL DOCENTE: O PRIMADO DOS INSTRUMENTOS SOCIOSSEMIÓTICOS Fábio Delano Vidal Carneiro, Ph.D. Linguistics (Centro Universitário 7 de Setembro)
  • 2. A AVALIAÇÃO DA PRÁTICA E O DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL DOCENTE: O PRIMADO DOS INSTRUMENTOS SOCIOSSEMIÓTICOS
  • 5. “AVALIAR É REALIZAR JUÍZOS DE VALOR, A PARTIR DE DADOS RELEVANTES DA REALIDADE, PARA TRAÇAR CURSOS DE AÇÃO.” (LUCKESI, 2016) PRIMEIRO Princípio
  • 7. IAR AVAL • RECOLHA 1 (2 E 3) • JUÍZO 2 (1 E 3) • AÇÃO 3 (1 E 2) ANÁLISE DA PRÁTICA FORMAÇÃO E GESTÃO AVALIAÇÃO DOCENTE
  • 8. “A RELAÇÃO ENTRE FORMAÇÃO E TRABALHO SÓ É VERDADEIRAMENTE ESTABELECIDA QUANDO FORJADA NAS INTERAÇÕES E PRÁTICAS LINGUAGEIRAS.” (BRONCKART, 2005) SEGUNDO Princípio
  • 9. ATIVIDADE, TRABALHO E LINGUAGEM As atividades linguageiras e simbólicas passaram a ter uma influência maior na realização do trabalho. Cada vez mais se trata de comentar, planejar e avaliar o trabalho executado ou a executar. A linguagem se impõe no trabalho, sobre o trabalho e como trabalho. (FAÏTA & SILVA, 2002; NOUROUDINE, 2002; BRONCKART, 2005)
  • 10. ATIVIDADE, TRABALHO E LINGUAGEM Cada vez menos o trabalho exige um esforço meramente físico e demanda mais controle, coordenação, diálogo e comunicação. As pessoas se entendem para agir e agem para se entender. (FAÏTA & SILVA, 2002; BRONCKART, 2005)
  • 11. FORMAÇÃO E TRABALHO As práticas humanas, para serem exercidas, exigem o constante (re)acionamento das representações dos actantes sobre essas mesmas atividades. Acionamento compreendido como atualização dos conhecimentos, dos modos de fazer, sentir e pensar essas práticas, dos modos de utilização dos artefatos e instrumentos necessários à sua execução. (NOUROUDINE, 2002; BRONCKART, 2005)
  • 12. Interação e desenvolvimento das atividades humanas
  • 13. Análise da prática profissional: Criação de dispositivos metodológicos ou situações nas quais os profissionais revelam suas avaliações, seus conhecimentos e suas representações acerca do trabalho realizado e, mais ainda comentam e desenvolvem seus projetos, intenções e escolhas. (CARNEIRO, 2018)
  • 14. As consequências dessa análise, alimentam, potencialmente, programas e estratégias relacionadas à saúde física do trabalhador, à sua segurança psicológica e, notadamente, ao seu desenvolvimento profissional, isto é, ao seus percursos formativos. Análise da prática profissional:
  • 15. Metodologia para revelação Análise da prática Representações sobre como o trabalho deveria ser realizado Agir Atividade real
  • 16. - Entrevista de Explicitação - Autoconfrontação - Autoconfrontação cruzada - Instrução ao sósia - Entrevista anterior e posterior - Portfólio - Relato de trajetória - Pesquisa – ação - Diários de bordo - Relatórios reflexivos
  • 17. 1. Apropriar-se dos saberes de referência para a formação (Hofstetter & Schneuwly, 2007 ; Marcel, 2010); 2. Integrar uma identidade profissional (Schön, 1996); 3. Regular concretamente o seu agir (Vanhulle, 2016) Função dos Gêneros Reflexivos
  • 18. Situações reveladoras Produções de textos orais e escritos pelo professor sobre o seu trabalho
  • 20. “Cada um se vê por meio de suas próprias atividades no interior da divisão do trabalho simultaneamente como sujeito e como objeto dessa conservação e dessa invenção.” (CLOT, 2006) TERCEIRO Princípio
  • 21. Indivíduo Interação Relações Humanas Relações Sociais Instrumentos sociossemióticos ou simbólicos Práticas Sociais BNCC Vida pública Vida privada Estudo e pesquisa Jornalístico/midiática Artístico/Literária Formação: Subjetivação de saberes profissionais
  • 22. Formação: Subjetivação de saberes profissionais Processo coletivo e solidário Projeto pessoal e institucional Percurso sem conclusão
  • 23. Ciclo deTutorado: (1) gravação de uma sequência de aulas; (2) confrontação do professor-tutorado com essa gravação e consequente reflexão sobre a sua atividade durante as aulas, terminando na escolha de uma capacidade do professor a ser desenvolvida; (3) realização de uma etapa de formação guiada pelo tutor que culmina na criação de uma nova sequência de aulas, incluindo o tema/capacidade escolhido na fase anterior; (4) implementação efetiva do planejamento criado na fase 3.
  • 25. Metodologia Aulas de Língua materna e Língua Estrangeira 1º Ano 2º Ano 5º Ano 6º Ano 9º Ano Entrevista anterior + Gravação da aula + Entrevista posterior 3 aulas de cada professor (uma a cada quinze dias) Identificação de SOTs (Segmentos de Orientação Temática) e STTs (Segmentos de Tratamento Temático) Análises dos Segmentos relacionados ao agir-referente, identificando as figuras de ação e focalizando as avaliações presentes nos STTs. Coleta: Análise 1: Análise 2:
  • 26. FIGURAÇÃO LINGUAGEIRA DO AGIR • BULEA (2007, 2010, 2014) em suas pesquisas sobre o agir de várias profissões identificou cinco modalidades de figuras de ação a partir de textos orais (entrevistas). 1. Ação Ocorrência 2. A Ação Acontecimento Passado 3. Ação Experiência 4. Ação Canônica 5. Ação Definição
  • 27. As Figuras de ação docente (BULEA: 2010) A Ação Ocorrência é um relato de algo ocorrido durante a aula, mas por demais ligado ao contexto de produção, isto é, que não revela nenhuma ou pouca generalização quanto ao agir do professor. A Ação Acontecimento Passado é o relato de algum acontecimento realizado em um evento anterior ao que está sendo descrito e é usado para contextualizar uma ocorrência dentro de um período maior. Também é evocada antes de uma conclusão (ação experiência) para dar-lhe maior legitimidade. A Ação Experiência também da ordem do relato, mas com uma forte tendência a se destacar do contexto de produção e a assumir o estatuto de repertório profissional daquele como professor. Em outras palavras, é um relato que expressa uma conclusão acerca de algum modo de fazer o ensino ou de ser professor. A Ação Canônica é um recorte teórico advindo de acordos ou prescrições prévias à realização da tarefa de ensinar. Podem ser regras da própria escola, da secretaria de ensino, combinados da equipe de professores etc. A Ação Definição recobra uma compreensão do agir como «fenômeno no mundo», convidando a uma reflexão em termos de explicitação do que ele é. Não trata, de atos ou gestos, mas de representações, definições e crenças.
  • 28. F.D.: Você falou que tem alguns alunos que / é ainda não tem o domínio da escrita / como é que você vai trabalhar esses alunos? P3:É a gente tem um / assim a gente tá com um / é no início do ano letivo a gente fez um levantamento dessas crianças / sabe? / tem até o propósito de colocar / tirar essas crianças da sala / e fazer tipo um / eles fizeram / tem um nome / não sei se é um reforço / alguma coisa assim / eles / não não é reforço / é enquadramento / é eu acho que é enquadramento / eles vão juntar essas crianças e vão fazer / é / assim/ tipo um reforço / né / dá uma / porque eles não tão com um nível igual às outras crianças / por exemplo eu tava ali com aquela dupla né / que eu tava direto dando assistência / eles não conseguem de jeito nenhum / então a autoestima da criança anda muito baixa. [F.D.: eles são até mais velhos, né?] mais velhos a idade deles do que os outros / eles ficam direto “eu não consigo / eu não consigo” / é tanto que você não me viu sair daquela mesa né / eles ficam “eu não consigo / eu não consigo” / eu digo consegue / vamos / então eu tenho que ficar direto ditando / vamo escrever / vamo colocar / porque se deixar eles / não avançam / e eles são assim / são crianças que não leem / não escrevem / então assim/ eu acho que tenho umas cinco crianças nesse nível. Ocorrência interna (anterioridade) Canônica externa (escola) Ocorrência externa (escola) (posterioridade) Experiência externa Ocorrência interna (anterioridade) Experiência interna Experiência externa
  • 29. Exemplo 1 (Entrevista ante professora 3 – 5º ano) P3:É sobre discurso / [F.D.: sim] e é uma aula na biblioteca / eu trouxe pra biblioteca /porque a biblioteca é uma extensão da / da minha sala de aula regular / daí / é uma aula aonde eles vão / vão ver / que na realidade já foi dada essa aula / eles já viram o que é discurso / é as etapas né / de como fazer o discurso / e aí eles vão / agora em dupla / eles vão formular / eles vão produzir um discurso / é / vão assistir o discurso de uma canadense / antes já visto no texto / eu baixei da internet e eles vão assistir agora esse discurso e também de um menino / do Lucas / e eles vão analisar o tipo de discurso / vão ver as etapas é que contém / e daí eles vão se juntar / e vão produzir o discurso [F.D.: o discurso oral ou o discurso escrito] não eles vão pro escrito. / F.D: Então / essa tua aula que você vai/ vai iniciar agora / de agora até a hora do recreio /o que é que você vai fazer nessa aula / o que é que você planejou? ____ ____ ____ Expérience INTERNE Occurrence EXTERNE
  • 30. Agir x ação em “a gente” Restrição Linguageira “A gente canta” (a + p) Complexidade do agir Educacional Conjunção “Essa turma é bem agitada pra gente” (p+p) “Às vezes é necessário a gente dar uma mudança na aula” (p) “Eu preparei essa aula hoje pra gente dar mais ênfase nessas palavras” (p/a) “A gente sublinha, a gente pinta” (a+a)
  • 31. O Agir-referente: aula de LM Articulação de Atividades/Ações Articulação de tarefas Aulas anteriores Ano escolar Programas politicas Planejamento-prescrições Acolhida Leitura Coletiva Leitura Individual Exposições Discussões Resolução de Exercícios Correções Feedbaks Complexidade do agir Educacional Aula de LM Aulas posteriores
  • 32. O nó e o monumento
  • 33. «A existência simultânea de estímulos dados e de estímulos criados é aos nossos olhos o traço distintivo da psicologia humana. » (p. 190) VYGOTSKI (2014 [1928-1931?]) QUARTO Princípio «O que diferencia o ser humano é a sua natureza social e o seu novo modo de adaptação que vem dessa natureza » (p. 191) «A atividade fundamental e mais geral do homem é a significação: a criação e utilização de signos artificiais.» (p. 192)
  • 34. O que é o ser humano para Vygotski? É um ser que utiliza instrumentos simbólicos para: • (Re)construir e controlar o próprio psiquismo. • (Dar a) conhecer, assimilar e reinterpretar o repertório de obras e práticas sócio-histórico- culturais. E que o faz, partindo da dimensão interpsíquica para a intrapsíquica.
  • 35. “A INTERAÇÃO, MEDIADA POR INSTRUMENTOS SOCIOSSEMIÓTICOS, É O “MOTOR” DO DESENVOLVIMENTO HUMANO.” (BRONCKART, 2007) QUARTO Princípio
  • 36.
  • 37.
  • 38. 5 Comparação das escola – costa oeste Dimensões Currículo Material Sala de aula Avaliações Gestão Tecnologia Professores Ativ. extra. Envolvimento dos pais Infraestrutura Alunos n/a n/a n/a Melhor prática Fraco s
  • 39. Exemplo 1 (Entrevista ante professora 3 – 5º ano) P3:É sobre discurso / [F.D.: sim] e é uma aula na biblioteca / eu trouxe pra biblioteca /porque a biblioteca é uma extensão da / da minha sala de aula regular / daí / é uma aula aonde eles vão / vão ver / que na realidade já foi dada essa aula / eles já viram o que é discurso / é as etapas né / de como fazer o discurso / e aí eles vão / agora em dupla / eles vão formular / eles vão produzir um discurso / é / vão assistir o discurso de uma canadense / antes já visto no texto / eu baixei da internet e eles vão assistir agora esse discurso e também de um menino / do Lucas / e eles vão analisar o tipo de discurso / vão ver as etapas é que contém / e daí eles vão se juntar / e vão produzir o discurso [F.D.: o discurso oral ou o discurso escrito] não eles vão pro escrito. / F.D: Então / essa tua aula que você vai/ vai iniciar agora / de agora até a hora do recreio /o que é que você vai fazer nessa aula / o que é que você planejou? ____ ____ ____ Expérience INTERNE Occurrence EXTERNE
  • 40. EXEMPLO DE INSTRUMENTO SIMBÓLICO Diante da tarefa de trabalhar o discurso de opinião, a professora elabora uma estratégia na qual apresenta um discurso real (Palestra de uma jovem Canadense na Rio 92).
  • 41. EXEMPLO DE INSTRUMENTO SIMBÓLICO Após terem visto o discurso, a professora coordena uma discussão com os alunos e aponta generalizações acerca do plano textual, a fim de que sejam percebidas pelos alunos e lhes sirvam de modelo.
  • 42. EXEMPLE D’INSTRUMENT SYMBOLIQUE A professora mostra aos alunos o discurso de outra criança no « parlamento mirim ». Depois, pede que os alunos verifiquem as características perceptíveis ao gênero e pede-lhes que façam seu próprio texto.
  • 43. MICRO-HISTÓRIA EXPERIENCIAL « OS COMENTÁRIOS ACERCA DOS PRÉ- CONSTRUTOS DA ATIVIDADE PROFISSIONAL EM CONFRONTAÇÃO COM AQUELES ACERCA DA ATIVIDADE PRÁTICA CONSTITUEM PROCESSOS INTERATIVOS ESSENCIAIS PARA A CONSTRUÇÃO DOS SABERES E CAPACIDADES DOS PROFESSORES, VIS A VIS, A MICRO-HISTÓRIA EXPERIENCIAL DO DOCENTE. » (CARNEIRO, 2018)
  • 44. Desenvolvimento de Capacidades Docentes O conceito de Zona Proximal de desenvolvimento (VYGOTSKI, 1997, 2014) é fundamental para uma melhor compreensão dos processos de mudança que a reflexão linguageira coloca em evidência. ZPD Zona proximal de desenvolvimento O potencial de ação do docente parece submeter-se a transformações, a partir do momento no qual ele é demandado a confrontar os conhecimentos teóricos da profissão com a sua conduta em sala e com os desafios advindos do processo de aprendizagem dos alunos.
  • 46. CONCLUSÃO A Zona Proximal de Desenvolvimento do Professor, no caso, é ativada pelo desafio de fazer o aluno ser capaz de mover-se dentro da sua própria zona de desenvolvimento, utilizando-se do instrumento artificial que é a observação e reflexão sobre produções modelares e seus contextos de produção e características do gênero.
  • 47. CONCLUSÃO: Função hermenêutica do agir docente A primeira tarefa da formação de professores é de ajudar o professor a criar uma sistema de ação e de investigação da ação docente, sustentado na criação de instrumentos psicológicos simbólicos para o aprendizado do aluno. A segunda é de permitir ao professor assumir a função de “engenheiro didático” criando situações e instrumentos de tomada de consciência e de autonomização sígnica (tentativas de domínio do próprio pensamento) própria e de seus alunos.
  • 48. CONCLUSÃO: Função hermenêutica do agir docente O professor precisa ser formado para ser um usuário da dupla estimulação das funções psicológicas, para si e para seus alunos.
  • 49. CONCLUSÃO: Função hermenêutica do agir docente A modificação das capacidades dos professores é posta em movimento pela dinâmica estabelecida entre a ação prática e a análise dessa prática. Entretanto, sempre sob uma visão dupla ou bifurcada na qual o professor encara o agir do aluno como critério de seu próprio agir. Essa visão dupla é, ao mesmo tempo, uma ferramenta de desenvolvimento docente e um método de reflexão e de autonomização do professor.
  • 50. Bronckart, J.-P. (2004). "Pourquoi et comment analyser le travail de l'enseignant(e)" - In: G. Bello, P. Floris & S. Presa (Ed.), Il mestiere del'insegnante. Analisi dell'azione docente, Aoste: Assessorato all'Istruzione e Cultura, pp. 9-35 (Traduction: (2006) Porque e como analisar o trabalho do professor. In: Atividade de linguagem, discurso e desenvolvimento humano, Campinas (Brasil): Mercado de Letras, pp. 203-229). Bronckart, J.-P. (2001). S’entendre pour agir et agir pour s’entendre. In J.-M. Baudouin & J. Friedrich (Eds), Théories de l’action et éducation (pp. 133-154). Bruxelles: De Boeck. Bronckart, J.-P. (1997). Activité langagière, textes et discours. Pour un interactionnisme socio-discursif, Paris, Delachaux et Niestlé. Bulea, Ecaterina; Leurquin, Eulália et Carneiro, Fábio (2013). O agir do professor e as figuras de ação: por uma análise interacionista. In: L. Bueno, M.A. Paulino Teixeiro Lopes & V.L. Lopes Cristóvão (Eds.). Gêneros textuais e formação inicial: uma homenagem a Malu Matêncio. Campinas: Mercado de Letras, p. 109-132. Bulea, E. (2010). Linguagem e efeitos desenvolvimentais da interpretação da atividade [Langage et effets développementaux de l’interprétation de l’activité.], Sao Paulo : Mercado de letras. Bulea, E. (2007). Le rôle de l'activité langagière dans les démarches d'analyse des pratiques à visée formative, Thèse de doctorat: Université de Genève, FPSE. Carneiro, Fábio et Stutz, Lidia (2015) Formação docente inicial e continuada: entre avaliação do agir e configuração de saberes. Eutomia, Recife, 15 (1): 428-446, Jul. 2015. SCHÖN, D. (1996). « À la recherche d'une nouvelle épistémologie de la pratique et de ce qu'elle implique pour l'éducation des adultes ». In: Barbier, J.-M. , Savoirs théoriques et savoirs d'action. Paris : Presses universitaires de France, p. 201-222. Vygotski L. S. (1997 [1934]). Pensée et Langage. Paris : La Dispute Vygotski L. S. (2014 [circa 1931]). Histoire du développement des fonctions psychiques supérieures (traduit par F. Sève; édité par M.Brossard et L. Sève). Paris : La Dispute. REFERÊNCIAS :

Notas do Editor

  1. Instrumentos sociossemióticos: Agem sobre pensamento Permitem a autonomização Reestruturar os Processos biogenéticos de aprendizagem
  2. Instrumentos sociossemióticos: Agem sobre pensamento Permitem a autonomização Reestruturar os Processos biogenéticos de aprendizagem
  3. Instrumentos sociossemióticos: Agem sobre pensamento Permitem a autonomização Reestruturar os Processos biogenéticos de aprendizagem
  4. Em nosso estudo, utilizamos entrevistas anteriores e posteriores a aulas de língua portuguesa para alunos do Ensino Fundamental. A partir do corpus coletado, analisamos o discurso dos professores ao descrever o seu próprio agir, utilizando uma metodologia de análise descendente, partindo dos tipos de discurso e chegando às estratégias enunciativas, em particular à análise das vozes e das modalizações presentes nos textos orais analisados.
  5. Le langage verbal, au-delà de ses fonctions expressive et communicative, soutient le développement de la conscience par l'appropriation des outils d'intervention dans le monde qui se sont forgés dans la culture. Parmi ces outils figurent les concepts véhiculés dans les mots. Par le retour de la pensée sur elle-même qu'ils permettent, les mots, chargés de concepts, sont des instruments de construction de sens au-delà de l'usage pertinent de significations consignées dans les dictionnaires. Médiatisant la formation de concepts autant que le rapport de la personne à une réalité façonnée par la culture, le langage inscrit la personne et son agir dans une historicité. Nos inspiramos particularmente na pesquisa de Bulea e de outros (EMPEYTA: 2010; PEIXOTO: 2012;FIGUEIRÊDO, 2013; FRANCINETTI, 2013; LEURQUIN, 2014, SOUZA, 2015).
  6. Sa profession
  7. Socio = combinado, compartilhado ; histórico = porque sempre foi precedido de uma outra situação; e cultural = porque não é natural é artificial.