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Mesa-Redonda:
O ENSINO COMO OBJETO DE PESQUISA
COORDENAÇÃO: FÁBIO DELANO V. CARNEIRO
V FLAEL
Fórum de Linguística Aplicada e Ensino de
Línguas
16 a 18 de novembro de 2016 | Fortaleza / Ceará
Mesa-Redonda:
O ENSINO COMO OBJETO DE PESQUISA
Coordenação: Fábio Delano V. Carneiro (Fa7)
Carlos Héric Silva Oliveira (PUC/SP)
José Ricardo Carvalho (UFSE)
Margarida Pimentel (UFC)
Rosiane de Sousa Mariano Aguiar (UFC)
V FLAEL
V FLAEL
Fórum de Linguística Aplicada e Ensino
de Línguas
16 a 18 de novembro de 2016 | Fortaleza / Ceará
Fábio Delano Vidal Carneiro
Centro Universitário 7 de Setembro
GEPLA – PPGL/UFC
O ENSINO COMO OBJETO DE REFLEXÃO E
A FIGURAÇÃO DO AGIR DO PROFESSOR
DE LÍNGUAS: PISTAS DE
AUTOAVALIAÇÃO DOCENTE
(FA7 - GEPLA/PPGL UFC)
O ENSINO COMO
OBJETO DE
PESQUISA
A FIGURAÇÃO DO
AGIR DO
PROFESSOR
DUAS PROBLEMÁTICAS EM CRUZAMENTO
Como o
professor
avalia o seu
trabalho?
Como o
professor (re)
organiza o seu
trabalho?
Dr. Fábio Delano Vidal Carneiro
Article 4. Programmes de recherche
 
Le premier projet de recherche établi en collaboration entre les deux institutions a pour titre « La 
figuration de l’agir professionnel des enseignants : les figures d’action interne et externe et les critères 
d’autoévaluation proxéologique ».
Introdução
Objeto de estudo: a aula de LM
Objetivo: Refletir acerca dos critérios
de autoavaliação do professor em
relação ao seu agir, considerando a
relação entre os aspectos ontológicos
(agir-referente) e gnoseológicos
(debate interpretativo).
Metodologia: que possibilite
(re)pensar o papel da linguagem na
tomada de consciência do
profissional sobre si e sobre o
próprio agir dando-lhe condições de
redimensionar sua prática.
Quadro teórico
Síntese: O agir profissional é
representado a partir de
interpretações temático-discursivas
apreensíveis nos textos/discursos
produzidos pelos próprios
profissionais acerca da sua atividade
O professor, na e pela linguagem,
constrói e reformula significados
acerca da sua ação profissional e
da ação dos co-actantes (alunos,
outros professores, etc)
A atualização constante destas
representações serve de
“motor de desenvolvimento”
dos indivíduos em situação de
trabalho (Bronckart, 2004)
Quadro teórico
BULEA (2007, 2010) em suas
pesquisas sobre o agir de várias
profissões identificou cinco
modalidades de figuras de ação a
partir de textos orais (entrevistas).
Nos inspiramos particularmente na
pesquisa de Bulea e de outros
(EMPEYTA: 2010; PEIXOTO: 2012;
FRANCINETTI, 2013; LEURQUIN: no
prelo).
Entretanto nosso trabalho
focaliza a unidade de agir (ou
agir-referente): Aula de Língua
materna.
As Figuras de ação docente (BULEA: 2010)
A Ação Ocorrência é um relato de algo ocorrido durante a aula, mas por
demais ligado ao contexto de produção, isto é, que não revela nenhuma
generalização quanto ao agir do professor.
A Ação Acontecimento Passado é o relato de algum acontecimento realizado
em um evento anterior ao que está sendo descrito e é usado para contextualizar
uma ocorrência dentro de um período maior. Também é evocada antes de uma
conclusão (ação experiência) para dar-lhe maior legitimidade.
A Ação Experiência também da ordem do relato, mas com uma forte
tendência a se destacar do contexto de produção e a assumir o estatuto de
repertório profissional daquele como professor. Em outras palavras, é um relato
que expressa uma conclusão acerca de algum modo de fazer o ensino ou de ser
professor.
A Ação Canônica é um recorte teórico advindo de acordos ou prescrições
prévias à realização da tarefa de ensinar. Podem ser regras da própria escola, da
secretaria de ensino, combinados da equipe de professores etc.
A Ação Definição recobra uma compreensão do agir como «fenômeno no
mundo», convidando a uma reflexão em termos de explicitação do que ele é. Não
trata, de atos ou gestos, mas de representações, definições e crenças.
A linguagem e o desenvolvimento humano
Filogênese linguageira
Psiquismo Humano
Psiquismo dos 
mamíferos
Traços de 
memória
Mecanismo 
fugir-lutar
Processos de 
reconhecimento
Linguagem(verbal)
Possibilita
Língua interna
Possibilita a comunicação
Organiza as práticas coletivas
Responsável pele complexificação social
Acordos e representações coletivos
Possibilita e organiza o
pensamento consciente
Avaliações e regulações contínuas do agir
Criação de sistemas semióticos
Língua norma
Instrumentos psicológicos
superiores (simbólicos)
Linguagem verbal
Formas de cálculo
Semioses em geral
Sistemas de representação e ação
  
Quadro teórico
  Prática Específica
  Atividade Linguageira   Texto
  
Espaço da Esfera
Gnosiológica e
Representacional
Representações
Coletivas e Individuais
Esquema 1: Relação Práxis & Linguagem (adaptado de BRONCKART: 2007, p.45)
  Prática em geral
  Atividade Prática   Linguagem
Praxeologia
Campo
Semiótico Geral
Gênero
  Atividade Prática
ESCOLAS
INSTITUIÇÕES
Normas
Representações
Indivíduo
Reconstrução
Gnoseológica
Agir
Funcionamento
coletivo
Ação
Práticas
concretas
Préconstrutos
Sócio-históricos
O Agir-referente: aula de LM
O Agir-referenteESCOLAS
INSTITUIÇÕES
Normas
Representações
Indivíduo
Reconstrução
Gnoseológica
Ação
Funcionamento
cole vo
Agir
Prá cas
concretas
Préconstrutos
Sócio-históricos
Indivíduo Reconstrução
Gnoseológica
AgirAção Transposição
Didática(interna)
Agir
(conjunto)
Atualização
Praxeológica
Atividade
(coletiva)
Metodologia
Aulas de LM em turmas do Ensino Fundamental de Escolas Públicas Municipais
1º Ano 2º Ano 5º Ano 6º Ano 9º Ano
Entrevista anterior + Gravação da aula + Entrevista posterior
3 aulas de cada professor (uma a cada quinze dias)
Identificação de SOTs (Segmentos de Orientação Temática) e STTs
(Segmentos de Tratamento Temático)
Análises dos Segmentos relacionados ao agir-referente, identificando as
figuras de ação e focalizando as avaliações presentes nos STTs.
Coleta:
Análise 1:
Análise 2:
Metodologia
STT Figura(s) de ação
1. Desenvol. / Planejamento Ocorrência interna (anterioridade)
2. Desenvol. / Realização Ocorrência externa (posterioridade)
3. Desenvol. / Planejamento Ocorrência externa (simultaneidade)
4. Desenvol. / Realização Experiência interna
4. Desenvol. / Realização Experiência interna (com traços de externa)
Experiência externa (com traços de interna)
5. Determinantes Externos
(alunos)
Experiência externa (com traços de interna)
Experiência interna (com traços de externa)
Experiência externa (com traços de interna)
6. Desenvol. / Planejamento Ocorrência interna (anterioridade)
7. Trabalho em geral /
organização
Experiência interna (avaliação sobre cânone)
08. Trabalho em geral /
organização
Acontecimento passado externo
Experiência interna
09. Trabalho em geral /
organização
Experiência interna
10. Caracterização Ocorrência externa (simultaneidade)
Acontecimento passado externo
11. Desenvol. / Planejamento Experiência interna (com traços de externa)
Professora 1 – Primeiro ano - Entrevista ante aula 1
Resultados
Figuras de ação nos dados
2 – Ação acontecimento passado
3 – Ação experiência
4 – Ação canônica
5 – Ação definição
1 – Ação ocorrência
Tanto na sua versão interna quanto EXTERNA
Exemplo 1 (Entrevista ante professora 3 – 5º ano)
P3:É sobre discurso / [F.D.: sim] e é uma aula na
biblioteca /
eu trouxe pra biblioteca /porque a biblioteca é uma
extensão da / da minha sala de aula regular /
daí / é uma aula aonde eles vão / vão ver / que
na realidade já foi dada essa aula / eles já
viram o que é discurso / é as etapas né / de
como fazer o discurso / e aí eles vão / agora em
dupla / eles vão formular / eles vão produzir
um discurso / é / vão assistir o discurso de uma
canadense / antes já visto no texto / eu baixei
da internet e eles vão assistir agora esse
discurso e também de um menino / do Lucas / e
eles vão analisar o tipo de discurso / vão ver as
etapas é que contém / e daí eles vão se juntar /
e vão produzir o discurso [F.D.: o discurso oral
ou o discurso escrito] não eles vão pro escrito. /
F.D: Então / essa tua aula que você vai/ vai iniciar
agora / de agora até a hora do recreio /o que é que
você vai fazer nessa aula / o que é que você planejou?
____
____ ____
Experiência INTERNA
Ocorrência EXTERNA
A dinâmica figurativa
Exemplo 2 (Entrevista post professora 2)
P2:É / uma atividade como essa de hoje / não
favoreceu pra isso / mas numa outra atividade/ são
crianças que eu / vou intervir / de maneira mais
próxima / vou mais vezes / eu vou chamá-las/ eu
vou trabalhar com outros materiais paralelos / por
exemplo o alfabeto móvel / se eu vou trabalhar com
atividade que foge do material do PAIC / esse livro
que eles estavam usando / eu posso trabalhar
com o alfabeto móvel com as sílabas móveis / né /
fazer com que elas percebam determinadas
palavras dentro de um texto / e tirar pra que
elas trabalhem a estruturação né / sem me
deter na questão das letras / isso eu nunca faço /
aí ela percebe que a palavra é formada por
letras / [F.D.:certo] mas eu não trabalho separado.
Experiência Interna e Externa conjunta 1
36%
Ocorrência INTERNA
Ocorrência EXTERNA
Exemplo 3 (Entrevista post professora 3)
P3:Eu vejo muito assim / é / como é que eu posso te
dizer / eu vou tentar me expressar assim bem / eu vou
ser bem sincera / é um / é um / é um trabalho contínuo
que eu não vejo / eu pego essas crianças no quinto ano
assim / bem / bem como se diz no contexto / a palavra /
bem cru / são crianças que chegam no quinto ano
que não sabem o que é parágrafo / que não
utilizam / não sabem usar um dicionário pronto /
não sabem / crianças de quinto ano que não
utilizam um dicionário / abrir um dicionário pra
eles é terrível / não são acostumados a pesquisa /
nada / o mínimo / contagem de parágrafo / não
sabem / a utilizar um texto / um autor / então eu
faço todo esse tipo de trabalho então a gente tem que
trabalhar direto / produção / produção / porque no
quinto ano / o meu quinto ano eu faço direto esse
trabalho / é leitura e produção / é leitura e produção /
leitura e produção.
Experiência Interna e Externa conjunta 2
23%
Experiência INTERNA
Experiência EXTERNA
Experiência INTERNA
Agir x ação em “a gente”
Restrição Linguageira
“A gente canta” (a + p)
Complexidade do agir Educacional
Conjunção
“Essa turma é bem agitada pra gente” (p+p)
“Às vezes é necessário a gente dar uma mudança na aula” (p)
“Eu preparei essa aula hoje pra gente dar mais ênfase nessas palavras” (p)
“a gente sublinha, a gente pinta” (a+a)
Agir educacional
Ensino/aprendizagem
de língua materna
O FLUXO COMPLEXO DA FIGURAÇÃO
DO AGIR DO PROFESSOR
Curso de LM na
escola regular
Aula de LM
(geral)
Aula especifica de:
Leitura
Produção
Estrutura
O Agir-referente: aula de LM
O Agir-referente: aula de LM
Articulação de Atividades/Ações
Articulação de tarefas
Aulas anteriores
Ano escolar
Programas politicas
Planejamento-prescrições
Acolhida
Leitura Coletiva
Leitura Individual
Exposições Discussões
Resolução de Exercícios
Correções Feedbaks
Complexidade do agir Educacional
Aula de LM
Aulas
posteriores
Conjunção gnosiológica
No que concerne ao
professor, a ontologia de
uma conjunção do seu
agir e do agir dos
alunos, produzida pelas
interações em sala de aula
é representada como um
sistema de «ações
conjuntas», cuja
alternância da figuração
interna e externa é a
característica principal.
Codependência accional
A convivência, no plano
gnoseológico, desses dois
conjuntos de interpretações gera
uma dupla ancoragem:
- Do ponto de vista praxiológico o
agir do professor se caracteriza
pela intervenção no agir de
outrem (alunos) e vice-versa.
- No plano interpretativo a ação na
aula de LM se constrói como
alternância de figurações internas
e externas em constante relação
de codependência complexa
(motivacional; de resultados etc.).
Eixo de validade
A característica principal do
agir do professor é a de se
desdobrar em
microatividades cujo
<<eixo de validade>>
sociossubjetivo é o da
negociação sobre o agir
dos alunos.
Paralelamente, o professor
avalia e reconstrói esse
agir a partir do sucesso ou
fracasso dos seus efeitos
sobre o agir dos alunos.
Como fazer?
Como Bronckart (2001) apresenta, o
professor tenta <<se entender para agir e
agir para se entender>> com seus alunos.
Apresenta-se a
questão: Como apoiar
o professor a
reorganizar suas
capacidades
accionais, seus
saberes e seus modos
de fazer a partir da
figuração presente
no seu discurso?
V Jornadas
Internacionales de
Lenguas y las Literaturas
03 e 04 de novembro de
2016 | Bariloche/Argentina
Fábio Delano Vidal Carneiro
Centro Universitário 7 de Setembro
GEPLA – PPGL/UFC
CAMADAS DE TRANSPOSIÇÃO DIDÁTICA
NO ENSINO DE LÍNGUA MATERNA: O
TEXTO DE OPINIÃO COMO OBJETO
EFETIVAMENTE ENSINADO
Uma necessária ancoragem sócio-histórica
Fábio Delano Vidal Carneiro (Colégio e Faculdade 7 de Setembro)
Universidade de Genebra (1559)
Instituto Jean-Jacques Rousseau (1912 – E. Claparède)
Instituto de Ciências da Educação (1929 – J. Piaget)
Faculdade de Psicologia
e Ciências da Educação (1975 – Bronckart)
Groupe LAF
"Langage Action Formation"
Interacionismo Sociodiscursivo
Linguagem, didática e desenvolvimento humano
OBJETIVO
Refletir acerca da transposição
de objetos a ensinar em objetos
efetivamente ensinados no
ensino-aprendizagem de
português como língua materna.
Como se configuram os processos de
transposição dos objetos a ensinar,
prescritos nos currículos escolares,
em objetos efetivamente ensinados
pelo professor na sala de aula de
português como língua materna?
QUESTÃO
HIPÓTESE
Os professores e demais componentes
do corpo docente de uma escola
específica não recebem o currículo de
forma passiva.
O professor reconstrói o objeto a
ensinar, por meio de ações
transposicionais, reveladoras das
representações pré-estabelecidas
pelo docente, do seu modo de fazer,
de pensar e de valorizar os
elementos e dimensões do ensino
de LM
O sistema didático
(Chevallard, 1985/1991)
saber
alunos
professor
Crítica ao modelo de Chevallard
Esquema 1: a transposição no quadro dos sistemas escolares
Sistema educativo
Sistemas de ensino
(tipo de escola,
objetivos e níveis de
escolaridade)
Sistemas didáticos
(classe, alunos
professores, tipo de
contrato didático)
Saber ensinado
(na forma que
funciona na prática
pedagógica)
Saber a ensinar
(na forma que
aparece nos textos
pedagógicos)
Saber científico
A transposição nas pesquisas em
didática
Objetos de saber
(noções, conceitos,
práticas, modos de
fazer/ser/dizer e
pensar)
Transposição externa
Discretização
Despersonalização
Programabilidade
Publicidade
Controle social
Objetos a
ensinar
(reformulação
externa e
coletiva)
Nos meios de
ensino
Materializada:
No currículo
Nas instruções
oficiais
Objetos
efetivamente
ensinados
(reformulação
interna e
individual)
Transposição interna
Práticas históricas
Conjunto de estratégias
e exercícios
Representações
sociais do objeto
Limitações materiais
Socialização dos pares
A pesquisa sobre o objeto ensinado em
sala de aula de línguas
Uma análise multifocal
Circulação entre os
domínios da disciplina
Os gestos didáticos
fundamentais
Macroestrutura das
sequências de ensino
Colocação em
funcionamento de
dispositivos didáticos
Regulações
Institucionalizações
Organização dos níveis
supraordenados
Série de atividades
escolares
Textos em circulação
Produções escritas
Gramática
Produções escritas
Tensões entre objetos ensinados
Circulação entre domínios
Matemática
Análise de dados
Cálculos
(mentais e algorítmicos)
Resolução de Problemas
Ciências da Natureza
Levantamento de
fenômenos
Método Científico
Taxonomias
Método Científico
Ciências Humanas
Historiografia
Percepção das
permanências e rupturas
Cronologias
Percepção das
permanências e
rupturas
Resolução de Problemas
As dimensões essenciais do
trabalho de ensino-aprendizagem
Qual é o objeto do trabalho do professor?
Os modos de pensar, agir e dizer (processos psíquicos) dos alunos
(na relação desses com os objetos de aprendizagem)
Quais são seus fins?
A transformação das capacidades dos alunos em função dos
objetivos institucionais (sistema escolar)
Quais são seus instrumentos?
Os instrumentos ou ferramentas psicológicas (diferentes
sistemas semióticos) que permitem a reestruturação
« de maneira fundamental de todas as funções do
comportamento » (Vygotski, 1930/1985, p. 45)
Os Gêneros Textuais são
megainstrumentos do desenvolvimento
humano, pois seu caráter mediador das
semioses e dos discursos os colocam no
centro das práticas linguageiras.
QUADRO TEÓRICO
Pesquisas recentes (SCHNEUWLY,
2010; CHABANNE E DEZUTTER,
2011; RONVEAUX ET ALLI, 2013)
em torno da transposição didática no
ensino de francês como língua
materna (FLM), observam a
ocorrência de camadas de
transposições nas quais as
instruções dos textos formativos
e/ou prescritivos são adaptadas a
partir do agir efetivo de professores
e alunos.
• Análise de texto (ANTX) : Esta categoria inclui dispositivos que levam a atividades analíticas realizadas
acerca de diferentes textos.
• Produção de texto (PRTX) : trata-se de dispositivos que são projetados para fazer os alunos escreverem
textos ou pedaços de textos argumentativos ou com intenção argumentativa no contexto de atividades
subjacentes ou que buscam sancionar o ensino / aprendizagem de texto opinião.
• Elaboração de conteúdo (ELCO) : Estes são os dispositivos projetados para permitir que os alunos
identifiquem o conteúdo: argumentos, contrargumentos, informações sobre o tema , posições opostas no
debate, etc.
• Trabalho com conectores (Conn) : Esta categoria inclui todos os dispositivos em que as atividades
induzem, de uma forma ou de outra ao trabalho com conectores argumentativos (por isso, então, dessa
forma, etc.).
• Debate (Deba) : Esta categoria inclui todos os dispositivos em que os alunos são colocados em situação de
debate em sala de aula em duplas ou em grupos, etc.
• Explicação ( Expl ) : Relaciona-se a uma série de atividades orais iniciadas a fim de descrever, apresentar,
esclarecer ou definir certos conceitos na perspectiva de preparar uma exploração pontual ou posterior.
• Trabalhar na grade de avaliação (GrEv): Este é o conjunto de dispositivos que são projetados para
desenvolver ou rever uma rubrica como uma ferramenta para trabalhar com o texto, ou entender o seu
propósito.
• Teoria do Gênero ( ThLx) : Este refere-se a um trabalho essencialmente teórico para definir ou dar as
características do gênero.
• Leitura de Descoberta (LeDe) : Estes são dispositivos que incentivam a leitura, em voz alta ou em silêncio,
a fim de descobrir o conteúdo ou a forma de um ou mais textos apresentados aos estudantes.
• Autocrítica ( AuCr ) : Esta é uma série de atividades colaborativas entre professores e alunos sobre as
atividades de produção oral ou escrita anteriormente desenvolvidas pelos alunos, nas quais um retorno à
análise crítica é incentivada pelo professor para melhorar o desempenho ou fazer uma síntese crítica.
Categorias de atividades didáticas
• Tableau 4 : Graphique Catégories d’activités (TO) par Enseignant
0
5
10
15
20
25
TO01
TO02
TO03
TO04
TO05
TO06
TO07
TO08
TO09
TO10
TO11
TO12
TO13
TO14
TO15
TO16
TO17
TrCo
ThLx
RéTx
LeDé
GrEv
Expl
Déba
Conn
AuCr
AnTx
Déposer champs de page Ici
Nombre de Codage
Surnom
Codage
Categorias de atividades didáticas (percentuais)
As dimensões essenciais do
trabalho de ensino-aprendizagem
Os objetos de ensino-aprendizagem
Dentro de uma perspectiva sócio-histórica
do trabalho de ensino-aprendizagem,
enfatizam-se três dimensões
Os instrumentos de ensino
Os gestos didáticos fundamentais
Metodologia – Coleta de Dados
Aulas de Produção Textual em Língua Materna - Séries Finais do Ensino Fundamental
6º Ano 7º Ano 8º Ano 9º Ano
Aulas: (Comentários e condutas)
8 aulas de cada professor
Entrevista anterior + Gravação da aula + Entrevista posterior
Documentos (Prescritivos, de Execução e Avaliativos):
Planos, Tarefas e Produções dos alunos
Metodologia – Análise dos dados
Aulas de Produção Textual em Língua Materna (Séries Finais do Ensino Fundamental
6º Ano 7º Ano 8º Ano 9º Ano
Identificação das categorias de
Transposição Didática Professoral
1.Gestos didáticos
2.Regulações
3.Institucionalizações
4.Avaliações
Gestos didáticos fundamentais
Dispositivos didáticos
Regulações
Institucionalizações
Dispositivo didático
As consignas ou comandos, suas reformulações
e seus pré-requisitos
« Constitui-se de um conjunto de
consignas que definem um objetivo
suscetível de ser alcançado , assim como
as condições concretas de consecução
desse objetivo e as ações a serem
executadas »
(Dolz, Schneuwly, Thévenaz & Wirthner, 2001).
Analisar um dispositivo didático
significa identificar as ferramentas
(forma social de trabalho, comandos,
suportes materiais etc) reveladoras do
cenário criado pelo educador, a fim
de demonstrar e tratar as diferentes
dimensões do objeto de saber.
O Agir-referente: aula de LM
Articulação de Atividades/Ações
Articulação de tarefas
Aulas anteriores
Ano escolar
Programas politicas
Planejamento-prescrições
Acolhida
Leitura Coletiva
Leitura Individual
Exposições Discussões
Resolução de Exercícios
Correções Feedbaks
Complexidade do agir Educacional
Aula de LM
Aulas
posteriores
Regulações e Institucionalização
Regulações = avaliação das aprendizagens
ao longo do trabalho didático.
Institucionalização = construção e fixação
do estatuto cognitivo de um saber, visando
sua (re)utilização, através da tomada de
consciência acerca do saber adquirido
Institucionalizações
Linguagens em conexão, vol.1 p. 67
construção e fixação do estatuto cognitivo de
um saber, visando sua (re)utilização, através da
tomada de consciência acerca do saber
adquirido.
Institucionalizações
Linguagens em conexão, vol.1 p. 67
construção e fixação do estatuto cognitivo de
um saber, visando sua (re)utilização, através da
tomada de consciência acerca do saber
adquirido.
Institucionalizações
construção e fixação do estatuto cognitivo de
um saber, visando sua (re)utilização, através da
tomada de consciência acerca do saber
adquirido.
Currículo e Transposição Didática
Delimitar os objetos de ensino em face dos objetivos almejados
Aluno
“argumentador”
Aluno
“leitor crítico”
Aluno
“usuário da
norma culta”
Identificar
problemáticas
sociais
Ler/produzir
teses e
argumentos
Utilizar unidades
linguísticas
apropriadas
ALUNO
ACTANTE
LINGUAGEIRO
LER
PRODUZIR
ARTIGOS DE
OPINIÃO
Resultados: DISPOSITIVOS DIDÁTICOS UTILIZADOS
2 – PESQUISA ORIENTADA
3 – TRABALHO SOBRE O PLANO DE TEXTO
4 – RE-ESCRITA ORIENTADA
5 – RE-ESCRITA AUTÔNOMA
1 – AULA MAGISTRAL FOCO NA
GENERALIZAÇÃO
COMO ESTRATÉGIA
DE TRANSPOSICAO
EPISTEMOLÓGICA
CONCLUSÕES
« Observar como o professor coloca em
cena o objeto ensinado, identificar que
dimensões desse objeto ele privilegia e quais
descarta é uma ação essencial para o
desenvolvimento das dimensões
epistemológicas, didáticas eavaliativas da gestão do
trabalho escolar, da
formação docente e da
superação do fracasso
educacional. »
ESCOLAS
INSTITUIÇÕES
Normas
Representações
Indivíduo
Reconstrução
Gnoseológica
Ação
Funcionamento
coletivo
Agir
Práticas
concretas
Préconstrutos
Sócio-históricos
O Desenvolvimento Humano
Os Gêneros Textuais são
megainstrumentos do desenvolvimento
humano, pois seu caráter mediador das
semioses e dos discursos os colocam no
centro das práticas linguageiras.
CONCLUSÕES
«Mais atenção deve ser dada ao discurso do
professor e aos gêneros que ele produz no seu
trabalho didático: o gesto didático, as
institucionalizações, as reformulações, as
consignas e comandos, as tarefas
e exercícios propostos,
cada um desses gêneros é
a construção de uma
prática e de um terceiro
nível de transposição: a
dos saberes efetivamente
ensinados. »
BRONCKART, J.-P. (1997). Activité langagière, textes et discours. Pour un interactionisme socio-
discursif, Paris, Delachaux et Niestlé (Traduction: (1999). Atividade de linguagem, textos e
discursos. Por um interacionismo socio-discursivo, São Paulo, EDUC).
BRONCKART, J.-P. (2004). "Pourquoi et comment analyser le travail de l'enseignant(e)" - In: G.
Bello, P. Floris & S. Presa (Ed.), Il mestiere del'insegnante. Analisi dell'azione docente, Aoste:
Assessorato all'Istruzione e Cultura, pp. 9-35 (Traduction: (2006) Porque e como analisar o trabalho
do professor. In: Atividade de linguagem, discurso e desenvolvimento humano, Campinas (Brasil):
Mercado de Letras, pp. 203-229).
BRONCKART, J.-P. (2001). S’entendre pour agir et agir pour s’entendre. In J.-M. Baudouin & J.
Friedrich (Eds), Théories de l’action et éducation (pp. 133-154). Bruxelles: De Boeck.
BULEA, E., LEURQUIN, E & CARNEIRO, F. (2013). "O agir do professor e as figuras de ação: por uma
análise interacionista" - In : BUENO, L.; LOPES,M. e CRISTOVÃO, V. (orgs). Gêneros textuais e
formação inicial : uma homenagem à Malu Matencio. Campinas, SP : Mercado de Letras.
BULEA, E. (2010). Linguagem e efeitos desenvolvimentais da interpretação da atividade [Langage et
effets développementaux de l’interprétation de l’activité.], Sao Paulo : Mercado de letras.
BULEA, E. (2007). Le rôle de l'activité langagière dans les démarches d'analyse des pratiques à visée
formative, Thèse de doctorat: Université de Genève, FPSE.
CANELA-TREVISI ET ALLI. (2009). Langage, objets enseignés et travail enseignant. Grenoble:
ELLUG.
CARNEIRO, F. & STUTZ (2015) Formação docente inicial e continuada: entre avaliação do agir e
configuração de saberes. Eutomia, Recife, 15 (1): 428-446, Jul. 2015.
Referências (Figuração do agir):
EMPEYTA, S. F. (2015) Ecritures Soignantes : Agirs Et Discours En Situations De Soins.2010. VTLS.
25 Sep. 2015 <http://archive-ouverte.unige.ch/unige:6003>.
FRANCINETE, P. R. A. (2013) Cenas do estágio curricular supervisionado: análise e interpretação,
discursivo-enunciativas de práticas dos professores em formação. Tese (Doutorado em Linguística) -
Universidade Federal do Ceará.
PEIXOTO, C. M. M. (2011) Representações do agir docente: análises de reconfigurações do agir no
discurso do professor. Tese (Doutorado em Lingüística) - Universidade Federal do Ceará.
Referências:
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discursif, Paris, Delachaux et Niestlé (Traduction: (1999). Atividade de linguagem, textos e
discursos. Por um interacionismo socio-discursivo, São Paulo, EDUC).
BRONCKART, J.-P. (2004). "Pourquoi et comment analyser le travail de l'enseignant(e)" - In: G.
Bello, P. Floris & S. Presa (Ed.), Il mestiere del'insegnante. Analisi dell'azione docente, Aoste:
Assessorato all'Istruzione e Cultura, pp. 9-35 (Traduction: (2006) Porque e como analisar o
trabalho do professor. In: Atividade de linguagem, discurso e desenvolvimento humano, Campinas
(Brasil): Mercado de Letras, pp. 203-229).
BRONCKART, J.-P. (2001). S’entendre pour agir et agir pour s’entendre. In J.-M. Baudouin & J.
Friedrich (Eds), Théories de l’action et éducation (pp. 133-154). Bruxelles: De Boeck.
Referências (Transposição Didática) :
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d’une problématique fondatrice. Pratiques, 97-98, 35-58.
PETITJEAN, A. (1998). La transposition didactique en français. Pratiques, 97-98, 7-35.
SCHNEUWLY, B. (2010). L'objet enseigné. In B. Schneuwly & J. dolz (Ed.), Des objets enseignés
en classe de français. Le travail de l'enseignant sur la rédaction de textes argumentatifs et sur la
subordonnée relative. Genéve: PUF.
RIESTRA, D. (2004). Thèse de Doctorat. FPE 328. Las consignas de trabajo en el espacio socio-
discursivo de la enseñanza de la lengua. Genève: Université de Genève. (Copyright Riestra, Dora
et Université de Genève). http://www.unige.ch/cyberdocuments/theses.

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Mesa-Redonda sobre Ensino como Objeto de Pesquisa

  • 1. Mesa-Redonda: O ENSINO COMO OBJETO DE PESQUISA COORDENAÇÃO: FÁBIO DELANO V. CARNEIRO V FLAEL Fórum de Linguística Aplicada e Ensino de Línguas 16 a 18 de novembro de 2016 | Fortaleza / Ceará
  • 2. Mesa-Redonda: O ENSINO COMO OBJETO DE PESQUISA Coordenação: Fábio Delano V. Carneiro (Fa7) Carlos Héric Silva Oliveira (PUC/SP) José Ricardo Carvalho (UFSE) Margarida Pimentel (UFC) Rosiane de Sousa Mariano Aguiar (UFC) V FLAEL
  • 3. V FLAEL Fórum de Linguística Aplicada e Ensino de Línguas 16 a 18 de novembro de 2016 | Fortaleza / Ceará Fábio Delano Vidal Carneiro Centro Universitário 7 de Setembro GEPLA – PPGL/UFC O ENSINO COMO OBJETO DE REFLEXÃO E A FIGURAÇÃO DO AGIR DO PROFESSOR DE LÍNGUAS: PISTAS DE AUTOAVALIAÇÃO DOCENTE
  • 4. (FA7 - GEPLA/PPGL UFC) O ENSINO COMO OBJETO DE PESQUISA A FIGURAÇÃO DO AGIR DO PROFESSOR DUAS PROBLEMÁTICAS EM CRUZAMENTO Como o professor avalia o seu trabalho? Como o professor (re) organiza o seu trabalho? Dr. Fábio Delano Vidal Carneiro
  • 5. Article 4. Programmes de recherche   Le premier projet de recherche établi en collaboration entre les deux institutions a pour titre « La  figuration de l’agir professionnel des enseignants : les figures d’action interne et externe et les critères  d’autoévaluation proxéologique ».
  • 6. Introdução Objeto de estudo: a aula de LM Objetivo: Refletir acerca dos critérios de autoavaliação do professor em relação ao seu agir, considerando a relação entre os aspectos ontológicos (agir-referente) e gnoseológicos (debate interpretativo). Metodologia: que possibilite (re)pensar o papel da linguagem na tomada de consciência do profissional sobre si e sobre o próprio agir dando-lhe condições de redimensionar sua prática.
  • 7. Quadro teórico Síntese: O agir profissional é representado a partir de interpretações temático-discursivas apreensíveis nos textos/discursos produzidos pelos próprios profissionais acerca da sua atividade O professor, na e pela linguagem, constrói e reformula significados acerca da sua ação profissional e da ação dos co-actantes (alunos, outros professores, etc) A atualização constante destas representações serve de “motor de desenvolvimento” dos indivíduos em situação de trabalho (Bronckart, 2004)
  • 8. Quadro teórico BULEA (2007, 2010) em suas pesquisas sobre o agir de várias profissões identificou cinco modalidades de figuras de ação a partir de textos orais (entrevistas). Nos inspiramos particularmente na pesquisa de Bulea e de outros (EMPEYTA: 2010; PEIXOTO: 2012; FRANCINETTI, 2013; LEURQUIN: no prelo). Entretanto nosso trabalho focaliza a unidade de agir (ou agir-referente): Aula de Língua materna.
  • 9. As Figuras de ação docente (BULEA: 2010) A Ação Ocorrência é um relato de algo ocorrido durante a aula, mas por demais ligado ao contexto de produção, isto é, que não revela nenhuma generalização quanto ao agir do professor. A Ação Acontecimento Passado é o relato de algum acontecimento realizado em um evento anterior ao que está sendo descrito e é usado para contextualizar uma ocorrência dentro de um período maior. Também é evocada antes de uma conclusão (ação experiência) para dar-lhe maior legitimidade. A Ação Experiência também da ordem do relato, mas com uma forte tendência a se destacar do contexto de produção e a assumir o estatuto de repertório profissional daquele como professor. Em outras palavras, é um relato que expressa uma conclusão acerca de algum modo de fazer o ensino ou de ser professor. A Ação Canônica é um recorte teórico advindo de acordos ou prescrições prévias à realização da tarefa de ensinar. Podem ser regras da própria escola, da secretaria de ensino, combinados da equipe de professores etc. A Ação Definição recobra uma compreensão do agir como «fenômeno no mundo», convidando a uma reflexão em termos de explicitação do que ele é. Não trata, de atos ou gestos, mas de representações, definições e crenças.
  • 10. A linguagem e o desenvolvimento humano Filogênese linguageira Psiquismo Humano Psiquismo dos  mamíferos Traços de  memória Mecanismo  fugir-lutar Processos de  reconhecimento Linguagem(verbal) Possibilita Língua interna Possibilita a comunicação Organiza as práticas coletivas Responsável pele complexificação social Acordos e representações coletivos Possibilita e organiza o pensamento consciente Avaliações e regulações contínuas do agir Criação de sistemas semióticos Língua norma Instrumentos psicológicos superiores (simbólicos) Linguagem verbal Formas de cálculo Semioses em geral Sistemas de representação e ação
  • 11.    Quadro teórico   Prática Específica   Atividade Linguageira   Texto    Espaço da Esfera Gnosiológica e Representacional Representações Coletivas e Individuais Esquema 1: Relação Práxis & Linguagem (adaptado de BRONCKART: 2007, p.45)   Prática em geral   Atividade Prática   Linguagem Praxeologia Campo Semiótico Geral Gênero   Atividade Prática
  • 13. O Agir-referenteESCOLAS INSTITUIÇÕES Normas Representações Indivíduo Reconstrução Gnoseológica Ação Funcionamento cole vo Agir Prá cas concretas Préconstrutos Sócio-históricos Indivíduo Reconstrução Gnoseológica AgirAção Transposição Didática(interna) Agir (conjunto) Atualização Praxeológica Atividade (coletiva)
  • 14. Metodologia Aulas de LM em turmas do Ensino Fundamental de Escolas Públicas Municipais 1º Ano 2º Ano 5º Ano 6º Ano 9º Ano Entrevista anterior + Gravação da aula + Entrevista posterior 3 aulas de cada professor (uma a cada quinze dias) Identificação de SOTs (Segmentos de Orientação Temática) e STTs (Segmentos de Tratamento Temático) Análises dos Segmentos relacionados ao agir-referente, identificando as figuras de ação e focalizando as avaliações presentes nos STTs. Coleta: Análise 1: Análise 2:
  • 15. Metodologia STT Figura(s) de ação 1. Desenvol. / Planejamento Ocorrência interna (anterioridade) 2. Desenvol. / Realização Ocorrência externa (posterioridade) 3. Desenvol. / Planejamento Ocorrência externa (simultaneidade) 4. Desenvol. / Realização Experiência interna 4. Desenvol. / Realização Experiência interna (com traços de externa) Experiência externa (com traços de interna) 5. Determinantes Externos (alunos) Experiência externa (com traços de interna) Experiência interna (com traços de externa) Experiência externa (com traços de interna) 6. Desenvol. / Planejamento Ocorrência interna (anterioridade) 7. Trabalho em geral / organização Experiência interna (avaliação sobre cânone) 08. Trabalho em geral / organização Acontecimento passado externo Experiência interna 09. Trabalho em geral / organização Experiência interna 10. Caracterização Ocorrência externa (simultaneidade) Acontecimento passado externo 11. Desenvol. / Planejamento Experiência interna (com traços de externa) Professora 1 – Primeiro ano - Entrevista ante aula 1
  • 16. Resultados Figuras de ação nos dados 2 – Ação acontecimento passado 3 – Ação experiência 4 – Ação canônica 5 – Ação definição 1 – Ação ocorrência Tanto na sua versão interna quanto EXTERNA
  • 17. Exemplo 1 (Entrevista ante professora 3 – 5º ano) P3:É sobre discurso / [F.D.: sim] e é uma aula na biblioteca / eu trouxe pra biblioteca /porque a biblioteca é uma extensão da / da minha sala de aula regular / daí / é uma aula aonde eles vão / vão ver / que na realidade já foi dada essa aula / eles já viram o que é discurso / é as etapas né / de como fazer o discurso / e aí eles vão / agora em dupla / eles vão formular / eles vão produzir um discurso / é / vão assistir o discurso de uma canadense / antes já visto no texto / eu baixei da internet e eles vão assistir agora esse discurso e também de um menino / do Lucas / e eles vão analisar o tipo de discurso / vão ver as etapas é que contém / e daí eles vão se juntar / e vão produzir o discurso [F.D.: o discurso oral ou o discurso escrito] não eles vão pro escrito. / F.D: Então / essa tua aula que você vai/ vai iniciar agora / de agora até a hora do recreio /o que é que você vai fazer nessa aula / o que é que você planejou? ____ ____ ____ Experiência INTERNA Ocorrência EXTERNA
  • 19. Exemplo 2 (Entrevista post professora 2) P2:É / uma atividade como essa de hoje / não favoreceu pra isso / mas numa outra atividade/ são crianças que eu / vou intervir / de maneira mais próxima / vou mais vezes / eu vou chamá-las/ eu vou trabalhar com outros materiais paralelos / por exemplo o alfabeto móvel / se eu vou trabalhar com atividade que foge do material do PAIC / esse livro que eles estavam usando / eu posso trabalhar com o alfabeto móvel com as sílabas móveis / né / fazer com que elas percebam determinadas palavras dentro de um texto / e tirar pra que elas trabalhem a estruturação né / sem me deter na questão das letras / isso eu nunca faço / aí ela percebe que a palavra é formada por letras / [F.D.:certo] mas eu não trabalho separado. Experiência Interna e Externa conjunta 1 36% Ocorrência INTERNA Ocorrência EXTERNA
  • 20. Exemplo 3 (Entrevista post professora 3) P3:Eu vejo muito assim / é / como é que eu posso te dizer / eu vou tentar me expressar assim bem / eu vou ser bem sincera / é um / é um / é um trabalho contínuo que eu não vejo / eu pego essas crianças no quinto ano assim / bem / bem como se diz no contexto / a palavra / bem cru / são crianças que chegam no quinto ano que não sabem o que é parágrafo / que não utilizam / não sabem usar um dicionário pronto / não sabem / crianças de quinto ano que não utilizam um dicionário / abrir um dicionário pra eles é terrível / não são acostumados a pesquisa / nada / o mínimo / contagem de parágrafo / não sabem / a utilizar um texto / um autor / então eu faço todo esse tipo de trabalho então a gente tem que trabalhar direto / produção / produção / porque no quinto ano / o meu quinto ano eu faço direto esse trabalho / é leitura e produção / é leitura e produção / leitura e produção. Experiência Interna e Externa conjunta 2 23% Experiência INTERNA Experiência EXTERNA Experiência INTERNA
  • 21. Agir x ação em “a gente” Restrição Linguageira “A gente canta” (a + p) Complexidade do agir Educacional Conjunção “Essa turma é bem agitada pra gente” (p+p) “Às vezes é necessário a gente dar uma mudança na aula” (p) “Eu preparei essa aula hoje pra gente dar mais ênfase nessas palavras” (p) “a gente sublinha, a gente pinta” (a+a)
  • 22. Agir educacional Ensino/aprendizagem de língua materna O FLUXO COMPLEXO DA FIGURAÇÃO DO AGIR DO PROFESSOR Curso de LM na escola regular Aula de LM (geral) Aula especifica de: Leitura Produção Estrutura O Agir-referente: aula de LM
  • 23. O Agir-referente: aula de LM Articulação de Atividades/Ações Articulação de tarefas Aulas anteriores Ano escolar Programas politicas Planejamento-prescrições Acolhida Leitura Coletiva Leitura Individual Exposições Discussões Resolução de Exercícios Correções Feedbaks Complexidade do agir Educacional Aula de LM Aulas posteriores
  • 24. Conjunção gnosiológica No que concerne ao professor, a ontologia de uma conjunção do seu agir e do agir dos alunos, produzida pelas interações em sala de aula é representada como um sistema de «ações conjuntas», cuja alternância da figuração interna e externa é a característica principal.
  • 25. Codependência accional A convivência, no plano gnoseológico, desses dois conjuntos de interpretações gera uma dupla ancoragem: - Do ponto de vista praxiológico o agir do professor se caracteriza pela intervenção no agir de outrem (alunos) e vice-versa. - No plano interpretativo a ação na aula de LM se constrói como alternância de figurações internas e externas em constante relação de codependência complexa (motivacional; de resultados etc.).
  • 26. Eixo de validade A característica principal do agir do professor é a de se desdobrar em microatividades cujo <<eixo de validade>> sociossubjetivo é o da negociação sobre o agir dos alunos. Paralelamente, o professor avalia e reconstrói esse agir a partir do sucesso ou fracasso dos seus efeitos sobre o agir dos alunos.
  • 27. Como fazer? Como Bronckart (2001) apresenta, o professor tenta <<se entender para agir e agir para se entender>> com seus alunos. Apresenta-se a questão: Como apoiar o professor a reorganizar suas capacidades accionais, seus saberes e seus modos de fazer a partir da figuração presente no seu discurso?
  • 28. V Jornadas Internacionales de Lenguas y las Literaturas 03 e 04 de novembro de 2016 | Bariloche/Argentina Fábio Delano Vidal Carneiro Centro Universitário 7 de Setembro GEPLA – PPGL/UFC CAMADAS DE TRANSPOSIÇÃO DIDÁTICA NO ENSINO DE LÍNGUA MATERNA: O TEXTO DE OPINIÃO COMO OBJETO EFETIVAMENTE ENSINADO
  • 29. Uma necessária ancoragem sócio-histórica Fábio Delano Vidal Carneiro (Colégio e Faculdade 7 de Setembro) Universidade de Genebra (1559) Instituto Jean-Jacques Rousseau (1912 – E. Claparède) Instituto de Ciências da Educação (1929 – J. Piaget) Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação (1975 – Bronckart) Groupe LAF "Langage Action Formation" Interacionismo Sociodiscursivo
  • 30. Linguagem, didática e desenvolvimento humano
  • 31. OBJETIVO Refletir acerca da transposição de objetos a ensinar em objetos efetivamente ensinados no ensino-aprendizagem de português como língua materna. Como se configuram os processos de transposição dos objetos a ensinar, prescritos nos currículos escolares, em objetos efetivamente ensinados pelo professor na sala de aula de português como língua materna? QUESTÃO
  • 32. HIPÓTESE Os professores e demais componentes do corpo docente de uma escola específica não recebem o currículo de forma passiva. O professor reconstrói o objeto a ensinar, por meio de ações transposicionais, reveladoras das representações pré-estabelecidas pelo docente, do seu modo de fazer, de pensar e de valorizar os elementos e dimensões do ensino de LM
  • 33. O sistema didático (Chevallard, 1985/1991) saber alunos professor
  • 34. Crítica ao modelo de Chevallard Esquema 1: a transposição no quadro dos sistemas escolares Sistema educativo Sistemas de ensino (tipo de escola, objetivos e níveis de escolaridade) Sistemas didáticos (classe, alunos professores, tipo de contrato didático) Saber ensinado (na forma que funciona na prática pedagógica) Saber a ensinar (na forma que aparece nos textos pedagógicos) Saber científico
  • 35. A transposição nas pesquisas em didática Objetos de saber (noções, conceitos, práticas, modos de fazer/ser/dizer e pensar) Transposição externa Discretização Despersonalização Programabilidade Publicidade Controle social Objetos a ensinar (reformulação externa e coletiva) Nos meios de ensino Materializada: No currículo Nas instruções oficiais Objetos efetivamente ensinados (reformulação interna e individual) Transposição interna Práticas históricas Conjunto de estratégias e exercícios Representações sociais do objeto Limitações materiais Socialização dos pares
  • 36. A pesquisa sobre o objeto ensinado em sala de aula de línguas Uma análise multifocal Circulação entre os domínios da disciplina Os gestos didáticos fundamentais Macroestrutura das sequências de ensino Colocação em funcionamento de dispositivos didáticos Regulações Institucionalizações Organização dos níveis supraordenados Série de atividades escolares Textos em circulação Produções escritas Gramática Produções escritas
  • 37. Tensões entre objetos ensinados Circulação entre domínios Matemática Análise de dados Cálculos (mentais e algorítmicos) Resolução de Problemas Ciências da Natureza Levantamento de fenômenos Método Científico Taxonomias Método Científico Ciências Humanas Historiografia Percepção das permanências e rupturas Cronologias Percepção das permanências e rupturas Resolução de Problemas
  • 38. As dimensões essenciais do trabalho de ensino-aprendizagem Qual é o objeto do trabalho do professor? Os modos de pensar, agir e dizer (processos psíquicos) dos alunos (na relação desses com os objetos de aprendizagem) Quais são seus fins? A transformação das capacidades dos alunos em função dos objetivos institucionais (sistema escolar) Quais são seus instrumentos? Os instrumentos ou ferramentas psicológicas (diferentes sistemas semióticos) que permitem a reestruturação « de maneira fundamental de todas as funções do comportamento » (Vygotski, 1930/1985, p. 45)
  • 39. Os Gêneros Textuais são megainstrumentos do desenvolvimento humano, pois seu caráter mediador das semioses e dos discursos os colocam no centro das práticas linguageiras.
  • 40. QUADRO TEÓRICO Pesquisas recentes (SCHNEUWLY, 2010; CHABANNE E DEZUTTER, 2011; RONVEAUX ET ALLI, 2013) em torno da transposição didática no ensino de francês como língua materna (FLM), observam a ocorrência de camadas de transposições nas quais as instruções dos textos formativos e/ou prescritivos são adaptadas a partir do agir efetivo de professores e alunos.
  • 41. • Análise de texto (ANTX) : Esta categoria inclui dispositivos que levam a atividades analíticas realizadas acerca de diferentes textos. • Produção de texto (PRTX) : trata-se de dispositivos que são projetados para fazer os alunos escreverem textos ou pedaços de textos argumentativos ou com intenção argumentativa no contexto de atividades subjacentes ou que buscam sancionar o ensino / aprendizagem de texto opinião. • Elaboração de conteúdo (ELCO) : Estes são os dispositivos projetados para permitir que os alunos identifiquem o conteúdo: argumentos, contrargumentos, informações sobre o tema , posições opostas no debate, etc. • Trabalho com conectores (Conn) : Esta categoria inclui todos os dispositivos em que as atividades induzem, de uma forma ou de outra ao trabalho com conectores argumentativos (por isso, então, dessa forma, etc.). • Debate (Deba) : Esta categoria inclui todos os dispositivos em que os alunos são colocados em situação de debate em sala de aula em duplas ou em grupos, etc. • Explicação ( Expl ) : Relaciona-se a uma série de atividades orais iniciadas a fim de descrever, apresentar, esclarecer ou definir certos conceitos na perspectiva de preparar uma exploração pontual ou posterior. • Trabalhar na grade de avaliação (GrEv): Este é o conjunto de dispositivos que são projetados para desenvolver ou rever uma rubrica como uma ferramenta para trabalhar com o texto, ou entender o seu propósito. • Teoria do Gênero ( ThLx) : Este refere-se a um trabalho essencialmente teórico para definir ou dar as características do gênero. • Leitura de Descoberta (LeDe) : Estes são dispositivos que incentivam a leitura, em voz alta ou em silêncio, a fim de descobrir o conteúdo ou a forma de um ou mais textos apresentados aos estudantes. • Autocrítica ( AuCr ) : Esta é uma série de atividades colaborativas entre professores e alunos sobre as atividades de produção oral ou escrita anteriormente desenvolvidas pelos alunos, nas quais um retorno à análise crítica é incentivada pelo professor para melhorar o desempenho ou fazer uma síntese crítica. Categorias de atividades didáticas
  • 42. • Tableau 4 : Graphique Catégories d’activités (TO) par Enseignant 0 5 10 15 20 25 TO01 TO02 TO03 TO04 TO05 TO06 TO07 TO08 TO09 TO10 TO11 TO12 TO13 TO14 TO15 TO16 TO17 TrCo ThLx RéTx LeDé GrEv Expl Déba Conn AuCr AnTx Déposer champs de page Ici Nombre de Codage Surnom Codage Categorias de atividades didáticas (percentuais)
  • 43. As dimensões essenciais do trabalho de ensino-aprendizagem Os objetos de ensino-aprendizagem Dentro de uma perspectiva sócio-histórica do trabalho de ensino-aprendizagem, enfatizam-se três dimensões Os instrumentos de ensino Os gestos didáticos fundamentais
  • 44. Metodologia – Coleta de Dados Aulas de Produção Textual em Língua Materna - Séries Finais do Ensino Fundamental 6º Ano 7º Ano 8º Ano 9º Ano Aulas: (Comentários e condutas) 8 aulas de cada professor Entrevista anterior + Gravação da aula + Entrevista posterior Documentos (Prescritivos, de Execução e Avaliativos): Planos, Tarefas e Produções dos alunos
  • 45. Metodologia – Análise dos dados Aulas de Produção Textual em Língua Materna (Séries Finais do Ensino Fundamental 6º Ano 7º Ano 8º Ano 9º Ano Identificação das categorias de Transposição Didática Professoral 1.Gestos didáticos 2.Regulações 3.Institucionalizações 4.Avaliações
  • 46. Gestos didáticos fundamentais Dispositivos didáticos Regulações Institucionalizações
  • 47. Dispositivo didático As consignas ou comandos, suas reformulações e seus pré-requisitos « Constitui-se de um conjunto de consignas que definem um objetivo suscetível de ser alcançado , assim como as condições concretas de consecução desse objetivo e as ações a serem executadas » (Dolz, Schneuwly, Thévenaz & Wirthner, 2001).
  • 48. Analisar um dispositivo didático significa identificar as ferramentas (forma social de trabalho, comandos, suportes materiais etc) reveladoras do cenário criado pelo educador, a fim de demonstrar e tratar as diferentes dimensões do objeto de saber.
  • 49. O Agir-referente: aula de LM Articulação de Atividades/Ações Articulação de tarefas Aulas anteriores Ano escolar Programas politicas Planejamento-prescrições Acolhida Leitura Coletiva Leitura Individual Exposições Discussões Resolução de Exercícios Correções Feedbaks Complexidade do agir Educacional Aula de LM Aulas posteriores
  • 50. Regulações e Institucionalização Regulações = avaliação das aprendizagens ao longo do trabalho didático. Institucionalização = construção e fixação do estatuto cognitivo de um saber, visando sua (re)utilização, através da tomada de consciência acerca do saber adquirido
  • 51. Institucionalizações Linguagens em conexão, vol.1 p. 67 construção e fixação do estatuto cognitivo de um saber, visando sua (re)utilização, através da tomada de consciência acerca do saber adquirido.
  • 52. Institucionalizações Linguagens em conexão, vol.1 p. 67 construção e fixação do estatuto cognitivo de um saber, visando sua (re)utilização, através da tomada de consciência acerca do saber adquirido.
  • 53. Institucionalizações construção e fixação do estatuto cognitivo de um saber, visando sua (re)utilização, através da tomada de consciência acerca do saber adquirido.
  • 54. Currículo e Transposição Didática Delimitar os objetos de ensino em face dos objetivos almejados Aluno “argumentador” Aluno “leitor crítico” Aluno “usuário da norma culta” Identificar problemáticas sociais Ler/produzir teses e argumentos Utilizar unidades linguísticas apropriadas ALUNO ACTANTE LINGUAGEIRO LER PRODUZIR ARTIGOS DE OPINIÃO
  • 55. Resultados: DISPOSITIVOS DIDÁTICOS UTILIZADOS 2 – PESQUISA ORIENTADA 3 – TRABALHO SOBRE O PLANO DE TEXTO 4 – RE-ESCRITA ORIENTADA 5 – RE-ESCRITA AUTÔNOMA 1 – AULA MAGISTRAL FOCO NA GENERALIZAÇÃO COMO ESTRATÉGIA DE TRANSPOSICAO EPISTEMOLÓGICA
  • 56. CONCLUSÕES « Observar como o professor coloca em cena o objeto ensinado, identificar que dimensões desse objeto ele privilegia e quais descarta é uma ação essencial para o desenvolvimento das dimensões epistemológicas, didáticas eavaliativas da gestão do trabalho escolar, da formação docente e da superação do fracasso educacional. »
  • 58. Os Gêneros Textuais são megainstrumentos do desenvolvimento humano, pois seu caráter mediador das semioses e dos discursos os colocam no centro das práticas linguageiras.
  • 59. CONCLUSÕES «Mais atenção deve ser dada ao discurso do professor e aos gêneros que ele produz no seu trabalho didático: o gesto didático, as institucionalizações, as reformulações, as consignas e comandos, as tarefas e exercícios propostos, cada um desses gêneros é a construção de uma prática e de um terceiro nível de transposição: a dos saberes efetivamente ensinados. »
  • 60. BRONCKART, J.-P. (1997). Activité langagière, textes et discours. Pour un interactionisme socio- discursif, Paris, Delachaux et Niestlé (Traduction: (1999). Atividade de linguagem, textos e discursos. Por um interacionismo socio-discursivo, São Paulo, EDUC). BRONCKART, J.-P. (2004). "Pourquoi et comment analyser le travail de l'enseignant(e)" - In: G. Bello, P. Floris & S. Presa (Ed.), Il mestiere del'insegnante. Analisi dell'azione docente, Aoste: Assessorato all'Istruzione e Cultura, pp. 9-35 (Traduction: (2006) Porque e como analisar o trabalho do professor. In: Atividade de linguagem, discurso e desenvolvimento humano, Campinas (Brasil): Mercado de Letras, pp. 203-229). BRONCKART, J.-P. (2001). S’entendre pour agir et agir pour s’entendre. In J.-M. Baudouin & J. Friedrich (Eds), Théories de l’action et éducation (pp. 133-154). Bruxelles: De Boeck. BULEA, E., LEURQUIN, E & CARNEIRO, F. (2013). "O agir do professor e as figuras de ação: por uma análise interacionista" - In : BUENO, L.; LOPES,M. e CRISTOVÃO, V. (orgs). Gêneros textuais e formação inicial : uma homenagem à Malu Matencio. Campinas, SP : Mercado de Letras. BULEA, E. (2010). Linguagem e efeitos desenvolvimentais da interpretação da atividade [Langage et effets développementaux de l’interprétation de l’activité.], Sao Paulo : Mercado de letras. BULEA, E. (2007). Le rôle de l'activité langagière dans les démarches d'analyse des pratiques à visée formative, Thèse de doctorat: Université de Genève, FPSE. CANELA-TREVISI ET ALLI. (2009). Langage, objets enseignés et travail enseignant. Grenoble: ELLUG. CARNEIRO, F. & STUTZ (2015) Formação docente inicial e continuada: entre avaliação do agir e configuração de saberes. Eutomia, Recife, 15 (1): 428-446, Jul. 2015. Referências (Figuração do agir):
  • 61. EMPEYTA, S. F. (2015) Ecritures Soignantes : Agirs Et Discours En Situations De Soins.2010. VTLS. 25 Sep. 2015 <http://archive-ouverte.unige.ch/unige:6003>. FRANCINETE, P. R. A. (2013) Cenas do estágio curricular supervisionado: análise e interpretação, discursivo-enunciativas de práticas dos professores em formação. Tese (Doutorado em Linguística) - Universidade Federal do Ceará. PEIXOTO, C. M. M. (2011) Representações do agir docente: análises de reconfigurações do agir no discurso do professor. Tese (Doutorado em Lingüística) - Universidade Federal do Ceará. Referências:
  • 62. BRONCKART, J.-P. (1997). Activité langagière, textes et discours. Pour un interactionisme socio- discursif, Paris, Delachaux et Niestlé (Traduction: (1999). Atividade de linguagem, textos e discursos. Por um interacionismo socio-discursivo, São Paulo, EDUC). BRONCKART, J.-P. (2004). "Pourquoi et comment analyser le travail de l'enseignant(e)" - In: G. Bello, P. Floris & S. Presa (Ed.), Il mestiere del'insegnante. Analisi dell'azione docente, Aoste: Assessorato all'Istruzione e Cultura, pp. 9-35 (Traduction: (2006) Porque e como analisar o trabalho do professor. In: Atividade de linguagem, discurso e desenvolvimento humano, Campinas (Brasil): Mercado de Letras, pp. 203-229). BRONCKART, J.-P. (2001). S’entendre pour agir et agir pour s’entendre. In J.-M. Baudouin & J. Friedrich (Eds), Théories de l’action et éducation (pp. 133-154). Bruxelles: De Boeck. Referências (Transposição Didática) : BRONCKART, J.-P., & Plazaola Giger, I. (1998). La transposition didactique. Histoire et perspectives d’une problématique fondatrice. Pratiques, 97-98, 35-58. PETITJEAN, A. (1998). La transposition didactique en français. Pratiques, 97-98, 7-35. SCHNEUWLY, B. (2010). L'objet enseigné. In B. Schneuwly & J. dolz (Ed.), Des objets enseignés en classe de français. Le travail de l'enseignant sur la rédaction de textes argumentatifs et sur la subordonnée relative. Genéve: PUF. RIESTRA, D. (2004). Thèse de Doctorat. FPE 328. Las consignas de trabajo en el espacio socio- discursivo de la enseñanza de la lengua. Genève: Université de Genève. (Copyright Riestra, Dora et Université de Genève). http://www.unige.ch/cyberdocuments/theses.

Notas do Editor

  1. O agir profissional é representado a partir de interpretações temático-discursivas apreensíveis a partir dos textos/discursos produzidos pelos próprios profissionais acerca da sua atividade. BRONCKART (2004) apresenta essas diferentes interpretações como estratégias de reorganização das autorepresentações profissionais, cuja atualização constante serve de “motor de desenvolvimento” dos indivíduos em situação de trabalho.
  2. O agir profissional é representado a partir de interpretações temático-discursivas apreensíveis a partir dos textos/discursos produzidos pelos próprios profissionais acerca da sua atividade. BRONCKART (2004) apresenta essas diferentes interpretações como estratégias de reorganização das autorepresentações profissionais, cuja atualização constante serve de “motor de desenvolvimento” dos indivíduos em situação de trabalho.
  3. Os sistemas praxeológicos e linguageiros do agir humano se entrecruzam levando a uma confluência entre as dimensões ontológicas e gnosiológicas, entre o mundo vivido e o mundo representado e significado na e pela linguagem. Para os seres humanos, imersos em diversas práticas sociais, a esfera gnosiológica das representações coletivas e individuais constitui parte da ontologia, influenciando decisões, construindo o mundo linguageiramente.
  4. Em nosso estudo, utilizamos entrevistas anteriores e posteriores a aulas de língua portuguesa para alunos do Ensino Fundamental. A partir do corpus coletado, analisamos o discurso dos professores ao descrever o seu próprio agir, utilizando uma metodologia de análise descendente, partindo dos tipos de discurso e chegando às estratégias enunciativas, em particular à análise das vozes e das modalizações presentes nos textos orais analisados.
  5. Em nosso estudo, utilizamos entrevistas anteriores e posteriores a aulas de língua portuguesa para alunos do Ensino Fundamental. A partir do corpus coletado, analisamos o discurso dos professores ao descrever o seu próprio agir, utilizando uma metodologia de análise descendente, partindo dos tipos de discurso e chegando às estratégias enunciativas, em particular à análise das vozes e das modalizações presentes nos textos orais analisados.
  6. a principal característica observada nos dados analisados foi a presença simultânea e interrelacionada do que denominaremos de figuras de ação interna, nas quais o professor reflete, interpreta e elabora linguageiramente componentes do seu próprio agir, colocando-se como a fonte das representações sobre a parte ou as dimensões deste agir que ele se auto-atribui; e figuras de ação externa, nas quais o professor reflete, interpreta e elabora linguageiramente o agir dos outros protagonistas (aluno, alunos, outros professores). Nestas figuras, a reflexão sempre é feita pelo profissional, que ainda é a fonte das representações textualizadas, mas estas representações dizem respeito às porções ou às dimensões do agir realizado por outros protagonistas e não por ele-mesmo. Chamamos a atenção para o fato de que não se trata de &amp;lt;&amp;lt;um outro&amp;gt;&amp;gt; qualquer, mas de co-actantes, isto é, de alguém implicado no agir-referente, seja pela presença física-temporal, seja pela função social que ocupa. Esta distinção entre figuras de ação internas e externas re-explora e fortalece a distinção genérica feita por Bronckart entre « figura de ação interna » e «  figura de ação interna  » (ver Bronckart, 2001). De acordo com o autor, a figura de ação interna procede das representações e avaliações que uma pessoa tem de sua própria responsabilidade na atividade coletiva, comportando assim componentes (intenções, capacidades, etc,) autorepresentados, enquanto que a figura de ação interna diz respeito às representações e avaliações acerca de ações vindas do exterior, ou produzidas por outros, sobre a responsabilidade de um certo indivíduo ou coletivo.
  7. A ação ocorrência externa é caracteriza pelo uso da terceira pessoa no discurso, antecedida de uma ação interna do professor, marcada pelo uso da primeira pessoa no discurso. Diferentemente da ação interna em que o actante oraliza as representações do seu próprio agir, na ação externa ocorrência ele constrói representações sobre o agir do aluno, com base em atitudes empiricamente observáveis.
  8. O agir profissional é representado a partir de interpretações temático-discursivas apreensíveis a partir dos textos/discursos produzidos pelos próprios profissionais acerca da sua atividade. BRONCKART (2004) apresenta essas diferentes interpretações como estratégias de reorganização das autorepresentações profissionais, cuja atualização constante serve de “motor de desenvolvimento” dos indivíduos em situação de trabalho.
  9. O agir profissional é representado a partir de interpretações temático-discursivas apreensíveis a partir dos textos/discursos produzidos pelos próprios profissionais acerca da sua atividade. BRONCKART (2004) apresenta essas diferentes interpretações como estratégias de reorganização das autorepresentações profissionais, cuja atualização constante serve de “motor de desenvolvimento” dos indivíduos em situação de trabalho.
  10. O agir profissional é representado a partir de interpretações temático-discursivas apreensíveis a partir dos textos/discursos produzidos pelos próprios profissionais acerca da sua atividade. BRONCKART (2004) apresenta essas diferentes interpretações como estratégias de reorganização das autorepresentações profissionais, cuja atualização constante serve de “motor de desenvolvimento” dos indivíduos em situação de trabalho.
  11. Jean Piaget foi diretor do Instituto entre 1921-1932.
  12. Jean Piaget foi diretor do Instituto entre 1921-1932.
  13. QUANDO SE PRIVILEGIA UM DOS VÉRTICES AS CONSEQUÊNCIAS SÃO FUNESTAS: QUANDO SE PRIVILEGIA O PROFESSOR, TUDO VIRA ARTESANATO E O ALUNO ASSUME A POSIÇÃO DE COFRE DE BANCO. QUANDO SE PRIVILEGIA O ALUNO TÊM –SE O LAISSER-FAIRE DA ESCOLA ROGERIANA. QUANDO SE PRIVILEGIA O SABER FICAMOS COM O TECNICISMO E O BEHAVIORISMO. A ESPIRAL INTERNA RESPEITA OS PRINCÍPIOS DA PROGRESSÃO E RECURSIVIDADE DAS CAPACIDADES CONSTRUÍDAS AO LONGO DO PROCESSO ESCOLAR.
  14. Processus allant des savoirs ou objets hors institution scolaire vers les savoirs ou objets désignés comme étant à enseigner/apprendre tels qu&amp;apos;ils se présentent dans les programmes scolaires et moyens d&amp;apos;enseignement. Processus allant des savoirs ou objets désignés comme étant à enseigner/apprendre tels qu&amp;apos;ils se présentent dans les programmes scolaires et moyens d&amp;apos;enseignement aux savoirs ou objets effectivement enseignés en classe. Processus allant des savoirs ou objets effectivement enseignés en classe aux contenus appris par les élèves. Processus impliquant l&amp;apos;évaluation des contenus d&amp;apos;apprentissage
  15. Limitações materiais (salas, números de alunos, disponibilidade de recursos)
  16. Les gestes didactiques fondamentaux: la mise en place des dispositifs didactiques: les consignes et leurs reformulations les régulations internes et les contributions des élèves les institutionnalisations des dimensions de l&amp;apos;objet enseigné Produit de tensions: entre système d&amp;apos;enseignement et demandes sociales entre disciplines scolaires et savoirs de référence scientifiques ou d&amp;apos;expertise entre les disciplines scolaires et à leur intérieur dans le processus d&amp;apos;enseignement: capacités et attentes des élèves Le dispositif didactique serait en effet considéré comme « constitué d’un ensemble de consignes qui définissent un but susceptible d’être atteint dans l’activité en classe, ainsi que les conditions concrètes d’atteinte de ce but et les actions à exécuter » (Dolz, Schneuwly, Thévenaz &amp; Wirthner, 2001). Cerner le dispositif didactique reviendrait à s’intéresser à certains outils (support matériel, forme sociale de travail, consignes etc.) révélateurs du milieu créé par l’enseignant pour montrer et traiter les différentes dimensions de l’objet de savoir Pour élucider les différentes transformations opérées par les enseignants, il revient au chercheur de reconstituer le dispositif mis en place par eux À la lumière du cadre théorique, le chercheur fait l’hypothèse que la transformation dont il est question ici passe par une certaine élémentarisation de l’objet enseigné sous diverses formes Cette élémentarisation se donne à voir à travers un déploiement de gestes et d’outils d’enseignement Consigne: Instruction ou ordre donné à une personne (qui, dans notre cadre, va donner lieu à une ou plusieurs activités)
  17. Des outils génériques propres à l’univers scolaire: Tableau noir, livres, cahiers, etc. Des outils spécifiques à une discipline: Manuels, écrits au tableau noir, photocopies, etc. Manières de présenter les objets à enseigner et leurs dimensions (leçon magistrale, interactions question-réponse, etc.)
  18. A DIMENSÃO RADICALMENTE INTERATIVA DO DESENVOLVIMENTO HUMANO. DIMENSÃO BIOPSICOSSOCIAL; DIMENSÃO SOCIOSUBJETIVA; DIMENSÃO SOCIOFORMATIVA
  19. Des outils génériques propres à l’univers scolaire: Tableau noir, livres, cahiers, etc. Des outils spécifiques à une discipline: Manuels, écrits au tableau noir, photocopies, etc. Manières de présenter les objets à enseigner et leurs dimensions (leçon magistrale, interactions question-réponse, etc.)
  20. Análise de texto (ANTX) : Esta categoria inclui dispositivos que levam a atividades analíticas realizadas acerca de diferentes textos.Produção de texto (PRTX) : trata-se de dispositivos que são projetados para fazer os alunos escreverem textos ou pedaços de textos argumentativos ou com intenção argumentativa no contexto de atividades subjacentes ou que buscam sancionar o ensino / aprendizagem de texto opinião.Elaboração de conteúdo (ELCO) : Estes são os dispositivos projetados para permitir que os alunos identifiquem o conteúdo: argumentos, contrargumentos, informações sobre o tema , posições opostas no debate, etc.Trabalho com conectores (Conn) : Esta categoria inclui todos os dispositivos em que as atividades induzem, de uma forma ou de outra ao trabalho com conectores argumentativos (por isso, então, dessa forma, etc.).Debate (Deba) : Esta categoria inclui todos os dispositivos em que os alunos são colocados em situação de debate em sala de aula em duplas ou em grupos, etc.Explicação ( Expl ) : Relaciona-se a uma série de atividades orais iniciadas a fim de descrever, apresentar, esclarecer ou definir certos conceitos na perspectiva de preparar uma exploração pontual ou posterior.Trabalhar na grade de avaliação ( GrEv ): Este é o conjunto de dispositivos que são projetados para desenvolver ou rever uma rubrica como uma ferramenta para trabalhar com o texto, ou entender o seu propósito.Teoria Género ( ThLx ) : Este refere-se a um trabalho essencialmente teórico para definir ou dar as características do gênero.Leitura de Descoberta (Lede) : Estes são dispositivos que incentivam a leitura, em voz alta ou em silêncio, a fim de descobrir o conteúdo ou a forma de um ou mais textos apresentados aos estudantes.Autocrítica ( AuCr ) : Esta é uma série de atividades colaborativas entre professores e alunos sobre as atividades de produção oral ou escrita anteriormente desenvolvidas pelos alunos, nas quais um retorno à análise crítica é incentivada pelo professor para melhorar o desempenho ou fazer uma síntese crítica.
  21. Étude synoptique de l’ensemble des types de tâches à travers les tableaux générés par le programme (données quantitatives du dispositif didactique de chaque objet) Recours aux filtres du tableau pour sélectionner uniquement les codes des quatre types d’activités les plus représentatives du traitement de chaque objet (TO et SR) Microanalyse des types d’activités sélectionnés (données qualitatives sur la base des consignes et leurs reformulations) Comparaison des deux objets d’étude Tendance générale chez les enseignants à varier les types d’activités (au moins 3 par enseignants) TO05 met largement à contribution l’analyse textuelle (sur les 16 activités prévues, 12 sont dévolues à l’analyse des fables) À l’exception d’un seul enseignant (TO09), les 16 autres se servent des extraits de texte comme support matériel pour l’enseignement/ apprentissage du TO Prédominance de 4 catégories d’activités
  22. Em nosso estudo, utilizamos entrevistas anteriores e posteriores a aulas de língua portuguesa para alunos do Ensino Fundamental. A partir do corpus coletado, analisamos o discurso dos professores ao descrever o seu próprio agir, utilizando uma metodologia de análise descendente, partindo dos tipos de discurso e chegando às estratégias enunciativas, em particular à análise das vozes e das modalizações presentes nos textos orais analisados.
  23. Em nosso estudo, utilizamos entrevistas anteriores e posteriores a aulas de língua portuguesa para alunos do Ensino Fundamental. A partir do corpus coletado, analisamos o discurso dos professores ao descrever o seu próprio agir, utilizando uma metodologia de análise descendente, partindo dos tipos de discurso e chegando às estratégias enunciativas, em particular à análise das vozes e das modalizações presentes nos textos orais analisados.
  24. O agir profissional é representado a partir de interpretações temático-discursivas apreensíveis a partir dos textos/discursos produzidos pelos próprios profissionais acerca da sua atividade. BRONCKART (2004) apresenta essas diferentes interpretações como estratégias de reorganização das autorepresentações profissionais, cuja atualização constante serve de “motor de desenvolvimento” dos indivíduos em situação de trabalho.
  25. O agir profissional é representado a partir de interpretações temático-discursivas apreensíveis a partir dos textos/discursos produzidos pelos próprios profissionais acerca da sua atividade. BRONCKART (2004) apresenta essas diferentes interpretações como estratégias de reorganização das autorepresentações profissionais, cuja atualização constante serve de “motor de desenvolvimento” dos indivíduos em situação de trabalho.
  26. a principal característica observada nos dados analisados foi a presença simultânea e interrelacionada do que denominaremos de figuras de ação interna, nas quais o professor reflete, interpreta e elabora linguageiramente componentes do seu próprio agir, colocando-se como a fonte das representações sobre a parte ou as dimensões deste agir que ele se auto-atribui; e figuras de ação externa, nas quais o professor reflete, interpreta e elabora linguageiramente o agir dos outros protagonistas (aluno, alunos, outros professores). Nestas figuras, a reflexão sempre é feita pelo profissional, que ainda é a fonte das representações textualizadas, mas estas representações dizem respeito às porções ou às dimensões do agir realizado por outros protagonistas e não por ele-mesmo. Chamamos a atenção para o fato de que não se trata de &amp;lt;&amp;lt;um outro&amp;gt;&amp;gt; qualquer, mas de co-actantes, isto é, de alguém implicado no agir-referente, seja pela presença física-temporal, seja pela função social que ocupa. Esta distinção entre figuras de ação internas e externas re-explora e fortalece a distinção genérica feita por Bronckart entre « figura de ação interna » e «  figura de ação interna  » (ver Bronckart, 2001). De acordo com o autor, a figura de ação interna procede das representações e avaliações que uma pessoa tem de sua própria responsabilidade na atividade coletiva, comportando assim componentes (intenções, capacidades, etc,) autorepresentados, enquanto que a figura de ação interna diz respeito às representações e avaliações acerca de ações vindas do exterior, ou produzidas por outros, sobre a responsabilidade de um certo indivíduo ou coletivo.
  27. A ação ocorrência externa é caracteriza pelo uso da terceira pessoa no discurso, antecedida de uma ação interna do professor, marcada pelo uso da primeira pessoa no discurso. Diferentemente da ação interna em que o actante oraliza as representações do seu próprio agir, na ação externa ocorrência ele constrói representações sobre o agir do aluno, com base em atitudes empiricamente observáveis.
  28. O DESENVOLVIMENTO HUMANO ESTÁ LIGADO AO DESENVOLVIMENTO DO HUMANO. NA RELAÇÃO ENTRE O FUNCIONAMENTO COLETIVO E INDIVIDUAL DAS PRÁTICAS HUMANAS CONCRETAS. UMA PRÁTICA É CONSTITUÍDA PELA SUA REALIZAÇÃO EMPÍRICA E PELOS PRÉ-CONSTRUTOS SÓCIO-HISTÓRICOS RELATIVOS A ELA. OS PRÉ-CONSTRUTOS SÃO AS REPRESENTAÇÕES, OS MODOS DE FAZER, SABER, SER E DIZER ELABORADOS E ACUMULADOS NESSAS OBRAS CULTURAIS. Ó INDIVÍDUO ACOLHIDO EM DETERMINADA PRÁTICA É CAPAZ DE ATUALIZÁ-LA OU DE MANTÊ-LA A PARTIR DA RECONSTRUÇÃO GNOSIOLÓGICA (DEBATE REFLEXIVO) QUE LHE É PECULIAR.
  29. A DIMENSÃO RADICALMENTE INTERATIVA DO DESENVOLVIMENTO HUMANO. DIMENSÃO BIOPSICOSSOCIAL; DIMENSÃO SOCIOSUBJETIVA; DIMENSÃO SOCIOFORMATIVA
  30. A ação ocorrência externa é caracteriza pelo uso da terceira pessoa no discurso, antecedida de uma ação interna do professor, marcada pelo uso da primeira pessoa no discurso. Diferentemente da ação interna em que o actante oraliza as representações do seu próprio agir, na ação externa ocorrência ele constrói representações sobre o agir do aluno, com base em atitudes empiricamente observáveis.