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REDE: UMA ESTRATÉGIA PARA O 
COTIDIANO OU O “INESPERADO” NUM CAPSi 
Que população chega atualmente nos CAPS infantis da 
cidade de São Paulo? 
AÇÃO 
1 
•Respondendo... 
Crianças e adolescentes que não se relacionam, que não brincam, que 
não aprendem, que não comem, que se cortam, se drogam, ou que as 
vezes fazem coisas de crianças ou de adolescentes. 
Crianças e adolescentes que sofrem e trazem consigo suas famílias, a 
escola que frequentam, o lugar em que vivem e por onde deveriam 
circular com autonomia e proteção!
REDE: UMA ESTRATÉGIA PARA O 
COTIDIANO OU O “INESPERADO” NUM CAPSi 
Diante da resposta, surgem outras perguntas: 
• Qual o objeto de nosso trabalho? 
A doença/diagnóstico? ou O sofrimento? 
• Qual o sujeito de nossa intervenção? 
AÇÃO 
1 
A criança e o adolescente? ou Suas famílias? ou Os lugares onde circulam 
ou deveriam circular: seu território? 
• Quais estratégias usar nestas situações? 
Atendimento individual/grupal? ou Atendimento familiar? ou Uso de 
medicação? ou Reuniões com outro atores? ou Tudo isto junto e o que mais?
AÇÃO 
1 
REDE: UMA ESTRATÉGIA PARA O 
COTIDIANO OU O “INESPERADO” NUM CAPSi 
Uma das estratégias usadas há algum tempo no CAPS Infantil V. 
Prudente é a rede. Ela nos conecta: 
• Com as escolas 
• Com o Conselho Tutelar 
• Com as Unidades Básicas de Saúde 
Porém a equipe do CAPSi V Prudente, apesar de ter profissionais 
experientes e comprometidos com a clínica da saúde mental na infância , 
enfrenta inúmeros desafios em seu cotidiano, inclusive circunstâncias 
cada vez mais complexas...
AÇÃO 
1 
REDE: UMA ESTRATÉGIA PARA O 
COTIDIANO OU O “INESPERADO” NUM CAPSi 
E vamos percebendo a necessidade de outras formas de rede: mais 
frouxas, mais firmes, com trama mais aberta, trama mais fechada, ora 
com um formato, ora com outro... 
Então, nada como o cotidiano! 
O dia-a-dia, que com seus imprevistos e desafios nos convoca a fazer 
algo diferente. Pensar redes diferentes?
AÇÃO 
1 
REDE: UMA ESTRATÉGIA PARA O 
COTIDIANO OU O “INESPERADO” NUM CAPSi 
Esta é a história de como a partir de algo “inesperado”, uma nova rede 
tem sido tecida na região de Vila Prudente. 
... A rede de Proteção à Criança e Adolescente de Vila Prudente. 
É nova porque propõe pensar novas respostas para dilemas inéditos ou 
não, em nossa prática cotidiana. 
Vamos ao “inesperado”! 
Era uma vez um garotinho chamado Lucas. Foi encaminhado de uma UBS 
da região em 2009, com 5 anos na época...
Continuando ... 
seu diagnóstico: autismo, deficiência mental e auditiva. Estava matriculado em 
escola regular, mas não frequentava. 
Sua família: a mãe e dois irmãos pré adolescentes 
Projeto Terapêutico : Consultas com o psiquiatra e uso de medicação; 
atendimento da criança em grupo duas vezes por semana; atendimento da mãe 
em grupo de responsáveis, atendimento individual de Lucas e sua mãe, 
sobretudo buscando auxiliar a genitora na procura, obtenção e organização de 
recursos para seu filho e sua família. Conversas com a escola para tentar incluir 
Lucas naquele espaço 
O CAPS tinha “cercado o caso” por todos os lados.... 
AÇÃO 
1 
REDE: UMA ESTRATÉGIA PARA O 
COTIDIANO OU O “INESPERADO” NUM CAPSi
REDE: UMA ESTRATÉGIA PARA O 
COTIDIANO OU O “INESPERADO” NUM CAPSi 
Mas, sempre existem desafios.... 
AÇÃO 
1 
O manejo da genitora com Lucas e com os demais filhos era marcado 
por ausências, negligencias e a falta de uma rede familiar, e de 
vizinhança que a ajudasse no cuidado com os seus. Os pais das crianças 
não aparecem, situação tão comum nas situações que atendemos. 
O local onde a família vivia era de extrema vulnerabilidade, cercada por 
condições de grande miséria e violência.
A escola regular não conseguia incluir Lucas em sua rotina. 
A mãe se preocupava com Luís, o filho do meio, que demonstrava 
comportamento “agressivo”. Apesar da UBS de referência se dispor a 
atendê-lo, a mãe não tinha vínculo com aquele serviço, e o 
acompanhamento nunca se efetivou. 
Uma primeira observação: 
A família, nosso usuário, também escolhe a rede que ela quer 
formar!!! 
AÇÃO 
1 
REDE: UMA ESTRATÉGIA PARA O 
COTIDIANO OU O “INESPERADO” NUM CAPSi
AÇÃO 
1 
REDE: UMA ESTRATÉGIA PARA O 
COTIDIANO OU O “INESPERADO” NUM CAPSi 
No decorrer do atendimento, mudanças no Projeto Terapêutico. 
Lucas passa a frequentar escola especial, e sua genitora continua 
atendida em grupo de orientação no CAPS Infantil. 
Mas a mãe começa a faltar, coincidentemente com o abandono de Lucas 
na escola. 
Começa então a preocupação em envolver outros atores, pois era 
evidente que apenas o CAPS não poderia “cercar” aquela situação!
A UBS nos conta que a mãe estava grávida e tal informação era 
desconhecida de todos. A mãe não realizou o acompanhamento pré-natal! 
Outras informações do Conselho Tutelar diziam que Lucas havia piorado 
e que sua irmã mais velha, estava usando drogas e ficando dias fora de 
casa! 
Sentimento de impotência: Quem responsabilizar frente tantos desafios: 
•O CAPS? 
•A UBS? 
•A Escola? 
Se faz necessário acionar a rede. 
AÇÃO 
1 
REDE: UMA ESTRATÉGIA PARA O 
COTIDIANO OU O “INESPERADO” NUM CAPSi
AÇÃO 
1 
REDE: UMA ESTRATÉGIA PARA O 
COTIDIANO OU O “INESPERADO” NUM CAPSi 
Uma ilusão: Naquele momento, o acionamento da rede era uma espécie 
de panacéia, onde todos esperávamos soluções mágicas advindas de 
outro, o qual supomos ter o saber e a solução necessários para aquela 
circunstância. 
O bebê nasce! Diante da situação de penúria e risco em que a família se 
encontrava, surge depois de muita discussão , receios e angústias, a 
proposta de acolher/abrigar o bebê ainda sem nome.
Naquele momento, o CAPS ainda se apresentava numa postura de 
“perito” da situação. Então os “demais” serviços da rede (escola, UBS, 
Cons. Tutelar), respondiam de duas maneiras: 
- com distância da situação de Lucas, pouco se envolvendo 
- não se sentindo autorizados a propor ou desencadear ações. 
AÇÃO 
1 
REDE: UMA ESTRATÉGIA PARA O 
COTIDIANO OU O “INESPERADO” NUM CAPSi
AÇÃO 
1 
REDE: UMA ESTRATÉGIA PARA O 
COTIDIANO OU O “INESPERADO” NUM CAPSi 
O trabalho em rede requer relações de horizontalidade entre seus 
membros e isto é obvio na teoria, mas um grande desafio na prática! 
-Nesta tarefa com diferentes parcerias, estão envolvidas rivalidades, 
disputas pelo poder, aceitação dos próprios limites. 
- É importante neste processo, rever e transformar paradigmas, 
deslocando os atores envolvidos da posição de saber absoluto para uma 
postura de compartilhar e se corresponsabilizar frente à determinada 
situação.
REDE: UMA ESTRATÉGIA PARA O 1 
Após diversas visitas e conversas com a genitora, abre-se processo 
junto ao Ministério Público. A Justiça pediu providencias, mas não 
deu tempo e em junho de 2013, o bebê agora nomeado Luan, foi 
afogado pelo irmão “especial” Lucas, conforme relato da mãe. 
AÇÃO 
COTIDIANO OU O “INESPERADO” NUM CAPSi
REDE: UMA ESTRATÉGIA PARA O 
COTIDIANO OU O “INESPERADO” NUM CAPSi 
O não tão “INESPERADO” aconteceu! 
Esta situação desorganizou a todos os envolvidos: 
AÇÃO 
1 
- A rede não foi competente? 
- Seria mais um algarismo a engrossar as estatísticas das chamadas 
“mortes violentas de crianças e adolescentes”? 
- Como sair do registro da culpa, pois neste caso a criança e sua família 
estavam inseridas em nossos serviços? Eles tinham nome, casa, rosto! 
- Como nós, profissionais envolvidos, poderíamos transformar o 
sentimento de impotência e desamparo impregnado na maioria de nós, 
em potencia na tarefa diária de cuidar do outro.
AÇÃO 
1 
REDE: UMA ESTRATÉGIA PARA O 
COTIDIANO OU O “INESPERADO” NUM CAPSi 
Precisávamos recompor a rede, mas qual a rede a ser acionada? 
Entra em cena: 
- a APD-Programa de acompanhamento ao portador de deficiência 
intelectual, 
- o CREAS, 
- a universidade (PUC São Paulo – através da faculdade de Psicologia), 
- a Justiça, que sob o impacto da morte de um bebê pede urgência nas 
ações.
AÇÃO 
1 
REDE: UMA ESTRATÉGIA PARA O 
COTIDIANO OU O “INESPERADO” NUM CAPSi 
Na busca de compor um projeto único, os diferentes atores começam a 
demonstrar um movimento de maior autonomia, disponibilizando 
tempo, espaço e, sobretudo capacidade de acolher a família 
O CAPS não é mais o único serviço presente nesta situação! 
Nesta reorganização, o CAPS Infantil pode “...se deslocar do eixo 
terapêutico, da herança clínico-médica, para ressignificar a saúde 
mental no eixo da saúde social (1999, Fernandes, M.I.A. Saúde mental: a 
clausura de um conceito. Revista USP)”, postura fundamental para trabalhar 
em rede com situações tão complexas.
- Nova reflexão e aprendizado: A rede competente é a que está 
disponível e que consegue se vincular e se co-responsabilizar com o 
sujeito de nossa ação, pois como sujeito ele também responde pela 
própria vida e as circunstâncias que escolhe viver. 
- Outro desafio: Implicar o sujeito, alvo de nossa ação de rede, pois não 
raramente, ele é desconsiderado em sua subjetividade e autonomia. 
A família de Lucas precisava estar implicada em seu “projeto”! 
AÇÃO 
1 
REDE: UMA ESTRATÉGIA PARA O 
COTIDIANO OU O “INESPERADO” NUM CAPSi
AÇÃO 
1 
REDE: UMA ESTRATÉGIA PARA O 
COTIDIANO OU O “INESPERADO” NUM CAPSi 
Assim, em setembro de 2013, com o apoio da PUC, fizemos dois 
seminários, que apontava como um dos possíveis desdobramentos, a 
criação de um fórum na região, de caráter intersetorial: 
...a REDE DE PROTEÇÃO DA CRIANÇA EE AADDOOLLEESSCCEENNTTEE DDEE VVIILLAA 
PPRRUUDDEENNTTEE 
Este fórum não é inédito, e como ele muitos acontecem, inclusive em 
diferentes regiões de São Paulo.
AÇÃO 
1 
REDE: UMA ESTRATÉGIA PARA O 
COTIDIANO OU O “INESPERADO” NUM CAPSi 
- O fórum se reúne mensalmente e tem como tarefa discutir questões 
envolvendo crianças e adolescentes. 
- A preocupação é estabelecer parcerias pautadas no compromisso ético 
e político com o sistema de garantias previsto no ECA, efetivando-o 
cotidianamente no fazer de cada serviço. 
- Há um grupo de trabalho intersetorial que se dispõe a preparar as 
reuniões , pautado nas demandas advindas das discussões do grupo. 
- Além das reuniões, há um email para comunicação, informes, 
publicização das atas e consulta sobre pautas e demandas.
AÇÃO 
1 
REDE: UMA ESTRATÉGIA PARA O 
COTIDIANO OU O “INESPERADO” NUM CAPSi 
- Numa parceria com o Ministério Público da Vara da Infância do 
Ipiranga, em especial na pessoa da promotora Dra. Maria Izabel A 
Sampaio Castro, a rede ganhou novos atores, e que se num primeiro 
momento vem cumprindo uma “determinação”, depois ficam e 
parecem estar aproveitando o espaço com sugestões de pautas e 
participação nas discussões. 
- Mais um desafio: Que as discussões da “Rede de Proteção” possam 
alimentar o cotidiano dos serviços e vice-versa , não permitindo que tal 
espaço se torne uma rede burocrática, e sim um disparador de tantas 
outras redes que se fizerem necessárias.
AÇÃO 
1 
REDE: UMA ESTRATÉGIA PARA O 
COTIDIANO OU O “INESPERADO” NUM CAPSi 
Neste processo de construção, temos apreendido que as costuras desta 
rede precisam ser tecidas de tal forma a demarcar contornos e limites, 
seja através do afrouxamento de alguns nós , seja na criação de outras 
conexões com a força de diferentes “fios”. 
Por fim, acreditamos que a originalidade, a força, e mesmo o 
esgarçamento destes tecidos que vão sendo costurados, podem nos 
auxiliam no enfrentamento das complexas circunstâncias com as quais 
nos deparamos em nosso dia-a-dia, sendo elas corriqueiras ou 
inesperadas!
AÇÃO 
1 
REDE: UMA ESTRATÉGIA PARA O 
COTIDIANO OU O “INESPERADO” NUM CAPSi 
Experiência do CAPS Infantil Vila Prudente 
Supervisão Técnica de Saúde Vila Prudente/Sapopemba 
Coordenadoria Regional de Saúde Sudeste 
Autora: Marisa Corrêa Siebert 
Email: supervisaovpsap@gmail.com

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Seminário Saúde Mental na Atenção Básica: "Vínculos e Diálogos Necessários" - 04 e 05 de novembro de 2014

  • 1. REDE: UMA ESTRATÉGIA PARA O COTIDIANO OU O “INESPERADO” NUM CAPSi Que população chega atualmente nos CAPS infantis da cidade de São Paulo? AÇÃO 1 •Respondendo... Crianças e adolescentes que não se relacionam, que não brincam, que não aprendem, que não comem, que se cortam, se drogam, ou que as vezes fazem coisas de crianças ou de adolescentes. Crianças e adolescentes que sofrem e trazem consigo suas famílias, a escola que frequentam, o lugar em que vivem e por onde deveriam circular com autonomia e proteção!
  • 2. REDE: UMA ESTRATÉGIA PARA O COTIDIANO OU O “INESPERADO” NUM CAPSi Diante da resposta, surgem outras perguntas: • Qual o objeto de nosso trabalho? A doença/diagnóstico? ou O sofrimento? • Qual o sujeito de nossa intervenção? AÇÃO 1 A criança e o adolescente? ou Suas famílias? ou Os lugares onde circulam ou deveriam circular: seu território? • Quais estratégias usar nestas situações? Atendimento individual/grupal? ou Atendimento familiar? ou Uso de medicação? ou Reuniões com outro atores? ou Tudo isto junto e o que mais?
  • 3. AÇÃO 1 REDE: UMA ESTRATÉGIA PARA O COTIDIANO OU O “INESPERADO” NUM CAPSi Uma das estratégias usadas há algum tempo no CAPS Infantil V. Prudente é a rede. Ela nos conecta: • Com as escolas • Com o Conselho Tutelar • Com as Unidades Básicas de Saúde Porém a equipe do CAPSi V Prudente, apesar de ter profissionais experientes e comprometidos com a clínica da saúde mental na infância , enfrenta inúmeros desafios em seu cotidiano, inclusive circunstâncias cada vez mais complexas...
  • 4. AÇÃO 1 REDE: UMA ESTRATÉGIA PARA O COTIDIANO OU O “INESPERADO” NUM CAPSi E vamos percebendo a necessidade de outras formas de rede: mais frouxas, mais firmes, com trama mais aberta, trama mais fechada, ora com um formato, ora com outro... Então, nada como o cotidiano! O dia-a-dia, que com seus imprevistos e desafios nos convoca a fazer algo diferente. Pensar redes diferentes?
  • 5. AÇÃO 1 REDE: UMA ESTRATÉGIA PARA O COTIDIANO OU O “INESPERADO” NUM CAPSi Esta é a história de como a partir de algo “inesperado”, uma nova rede tem sido tecida na região de Vila Prudente. ... A rede de Proteção à Criança e Adolescente de Vila Prudente. É nova porque propõe pensar novas respostas para dilemas inéditos ou não, em nossa prática cotidiana. Vamos ao “inesperado”! Era uma vez um garotinho chamado Lucas. Foi encaminhado de uma UBS da região em 2009, com 5 anos na época...
  • 6. Continuando ... seu diagnóstico: autismo, deficiência mental e auditiva. Estava matriculado em escola regular, mas não frequentava. Sua família: a mãe e dois irmãos pré adolescentes Projeto Terapêutico : Consultas com o psiquiatra e uso de medicação; atendimento da criança em grupo duas vezes por semana; atendimento da mãe em grupo de responsáveis, atendimento individual de Lucas e sua mãe, sobretudo buscando auxiliar a genitora na procura, obtenção e organização de recursos para seu filho e sua família. Conversas com a escola para tentar incluir Lucas naquele espaço O CAPS tinha “cercado o caso” por todos os lados.... AÇÃO 1 REDE: UMA ESTRATÉGIA PARA O COTIDIANO OU O “INESPERADO” NUM CAPSi
  • 7. REDE: UMA ESTRATÉGIA PARA O COTIDIANO OU O “INESPERADO” NUM CAPSi Mas, sempre existem desafios.... AÇÃO 1 O manejo da genitora com Lucas e com os demais filhos era marcado por ausências, negligencias e a falta de uma rede familiar, e de vizinhança que a ajudasse no cuidado com os seus. Os pais das crianças não aparecem, situação tão comum nas situações que atendemos. O local onde a família vivia era de extrema vulnerabilidade, cercada por condições de grande miséria e violência.
  • 8. A escola regular não conseguia incluir Lucas em sua rotina. A mãe se preocupava com Luís, o filho do meio, que demonstrava comportamento “agressivo”. Apesar da UBS de referência se dispor a atendê-lo, a mãe não tinha vínculo com aquele serviço, e o acompanhamento nunca se efetivou. Uma primeira observação: A família, nosso usuário, também escolhe a rede que ela quer formar!!! AÇÃO 1 REDE: UMA ESTRATÉGIA PARA O COTIDIANO OU O “INESPERADO” NUM CAPSi
  • 9. AÇÃO 1 REDE: UMA ESTRATÉGIA PARA O COTIDIANO OU O “INESPERADO” NUM CAPSi No decorrer do atendimento, mudanças no Projeto Terapêutico. Lucas passa a frequentar escola especial, e sua genitora continua atendida em grupo de orientação no CAPS Infantil. Mas a mãe começa a faltar, coincidentemente com o abandono de Lucas na escola. Começa então a preocupação em envolver outros atores, pois era evidente que apenas o CAPS não poderia “cercar” aquela situação!
  • 10. A UBS nos conta que a mãe estava grávida e tal informação era desconhecida de todos. A mãe não realizou o acompanhamento pré-natal! Outras informações do Conselho Tutelar diziam que Lucas havia piorado e que sua irmã mais velha, estava usando drogas e ficando dias fora de casa! Sentimento de impotência: Quem responsabilizar frente tantos desafios: •O CAPS? •A UBS? •A Escola? Se faz necessário acionar a rede. AÇÃO 1 REDE: UMA ESTRATÉGIA PARA O COTIDIANO OU O “INESPERADO” NUM CAPSi
  • 11. AÇÃO 1 REDE: UMA ESTRATÉGIA PARA O COTIDIANO OU O “INESPERADO” NUM CAPSi Uma ilusão: Naquele momento, o acionamento da rede era uma espécie de panacéia, onde todos esperávamos soluções mágicas advindas de outro, o qual supomos ter o saber e a solução necessários para aquela circunstância. O bebê nasce! Diante da situação de penúria e risco em que a família se encontrava, surge depois de muita discussão , receios e angústias, a proposta de acolher/abrigar o bebê ainda sem nome.
  • 12. Naquele momento, o CAPS ainda se apresentava numa postura de “perito” da situação. Então os “demais” serviços da rede (escola, UBS, Cons. Tutelar), respondiam de duas maneiras: - com distância da situação de Lucas, pouco se envolvendo - não se sentindo autorizados a propor ou desencadear ações. AÇÃO 1 REDE: UMA ESTRATÉGIA PARA O COTIDIANO OU O “INESPERADO” NUM CAPSi
  • 13. AÇÃO 1 REDE: UMA ESTRATÉGIA PARA O COTIDIANO OU O “INESPERADO” NUM CAPSi O trabalho em rede requer relações de horizontalidade entre seus membros e isto é obvio na teoria, mas um grande desafio na prática! -Nesta tarefa com diferentes parcerias, estão envolvidas rivalidades, disputas pelo poder, aceitação dos próprios limites. - É importante neste processo, rever e transformar paradigmas, deslocando os atores envolvidos da posição de saber absoluto para uma postura de compartilhar e se corresponsabilizar frente à determinada situação.
  • 14. REDE: UMA ESTRATÉGIA PARA O 1 Após diversas visitas e conversas com a genitora, abre-se processo junto ao Ministério Público. A Justiça pediu providencias, mas não deu tempo e em junho de 2013, o bebê agora nomeado Luan, foi afogado pelo irmão “especial” Lucas, conforme relato da mãe. AÇÃO COTIDIANO OU O “INESPERADO” NUM CAPSi
  • 15. REDE: UMA ESTRATÉGIA PARA O COTIDIANO OU O “INESPERADO” NUM CAPSi O não tão “INESPERADO” aconteceu! Esta situação desorganizou a todos os envolvidos: AÇÃO 1 - A rede não foi competente? - Seria mais um algarismo a engrossar as estatísticas das chamadas “mortes violentas de crianças e adolescentes”? - Como sair do registro da culpa, pois neste caso a criança e sua família estavam inseridas em nossos serviços? Eles tinham nome, casa, rosto! - Como nós, profissionais envolvidos, poderíamos transformar o sentimento de impotência e desamparo impregnado na maioria de nós, em potencia na tarefa diária de cuidar do outro.
  • 16. AÇÃO 1 REDE: UMA ESTRATÉGIA PARA O COTIDIANO OU O “INESPERADO” NUM CAPSi Precisávamos recompor a rede, mas qual a rede a ser acionada? Entra em cena: - a APD-Programa de acompanhamento ao portador de deficiência intelectual, - o CREAS, - a universidade (PUC São Paulo – através da faculdade de Psicologia), - a Justiça, que sob o impacto da morte de um bebê pede urgência nas ações.
  • 17. AÇÃO 1 REDE: UMA ESTRATÉGIA PARA O COTIDIANO OU O “INESPERADO” NUM CAPSi Na busca de compor um projeto único, os diferentes atores começam a demonstrar um movimento de maior autonomia, disponibilizando tempo, espaço e, sobretudo capacidade de acolher a família O CAPS não é mais o único serviço presente nesta situação! Nesta reorganização, o CAPS Infantil pode “...se deslocar do eixo terapêutico, da herança clínico-médica, para ressignificar a saúde mental no eixo da saúde social (1999, Fernandes, M.I.A. Saúde mental: a clausura de um conceito. Revista USP)”, postura fundamental para trabalhar em rede com situações tão complexas.
  • 18. - Nova reflexão e aprendizado: A rede competente é a que está disponível e que consegue se vincular e se co-responsabilizar com o sujeito de nossa ação, pois como sujeito ele também responde pela própria vida e as circunstâncias que escolhe viver. - Outro desafio: Implicar o sujeito, alvo de nossa ação de rede, pois não raramente, ele é desconsiderado em sua subjetividade e autonomia. A família de Lucas precisava estar implicada em seu “projeto”! AÇÃO 1 REDE: UMA ESTRATÉGIA PARA O COTIDIANO OU O “INESPERADO” NUM CAPSi
  • 19. AÇÃO 1 REDE: UMA ESTRATÉGIA PARA O COTIDIANO OU O “INESPERADO” NUM CAPSi Assim, em setembro de 2013, com o apoio da PUC, fizemos dois seminários, que apontava como um dos possíveis desdobramentos, a criação de um fórum na região, de caráter intersetorial: ...a REDE DE PROTEÇÃO DA CRIANÇA EE AADDOOLLEESSCCEENNTTEE DDEE VVIILLAA PPRRUUDDEENNTTEE Este fórum não é inédito, e como ele muitos acontecem, inclusive em diferentes regiões de São Paulo.
  • 20. AÇÃO 1 REDE: UMA ESTRATÉGIA PARA O COTIDIANO OU O “INESPERADO” NUM CAPSi - O fórum se reúne mensalmente e tem como tarefa discutir questões envolvendo crianças e adolescentes. - A preocupação é estabelecer parcerias pautadas no compromisso ético e político com o sistema de garantias previsto no ECA, efetivando-o cotidianamente no fazer de cada serviço. - Há um grupo de trabalho intersetorial que se dispõe a preparar as reuniões , pautado nas demandas advindas das discussões do grupo. - Além das reuniões, há um email para comunicação, informes, publicização das atas e consulta sobre pautas e demandas.
  • 21. AÇÃO 1 REDE: UMA ESTRATÉGIA PARA O COTIDIANO OU O “INESPERADO” NUM CAPSi - Numa parceria com o Ministério Público da Vara da Infância do Ipiranga, em especial na pessoa da promotora Dra. Maria Izabel A Sampaio Castro, a rede ganhou novos atores, e que se num primeiro momento vem cumprindo uma “determinação”, depois ficam e parecem estar aproveitando o espaço com sugestões de pautas e participação nas discussões. - Mais um desafio: Que as discussões da “Rede de Proteção” possam alimentar o cotidiano dos serviços e vice-versa , não permitindo que tal espaço se torne uma rede burocrática, e sim um disparador de tantas outras redes que se fizerem necessárias.
  • 22. AÇÃO 1 REDE: UMA ESTRATÉGIA PARA O COTIDIANO OU O “INESPERADO” NUM CAPSi Neste processo de construção, temos apreendido que as costuras desta rede precisam ser tecidas de tal forma a demarcar contornos e limites, seja através do afrouxamento de alguns nós , seja na criação de outras conexões com a força de diferentes “fios”. Por fim, acreditamos que a originalidade, a força, e mesmo o esgarçamento destes tecidos que vão sendo costurados, podem nos auxiliam no enfrentamento das complexas circunstâncias com as quais nos deparamos em nosso dia-a-dia, sendo elas corriqueiras ou inesperadas!
  • 23. AÇÃO 1 REDE: UMA ESTRATÉGIA PARA O COTIDIANO OU O “INESPERADO” NUM CAPSi Experiência do CAPS Infantil Vila Prudente Supervisão Técnica de Saúde Vila Prudente/Sapopemba Coordenadoria Regional de Saúde Sudeste Autora: Marisa Corrêa Siebert Email: supervisaovpsap@gmail.com