Apostila

1. Centro de Educação a Distância do Ceará – Rua Iolanda Barreto, 317 - Derby Clube - Sobral/CE
CEP 62.042-270 Fone: (88) 3695.1950
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Autores:
Aline Helle Ribeiro Barros
Daniel Vasconcelos Rocha
Diego Farias Firmino
Mariana Teixeira de Castro
Túlio Flavio de Vasconcelos
Educar pela
Pesquisa como
um Princípio
Pedagógico
MÓDULO II
A Pesquisa Escolar Construida
e Desenvolvida pelos
Estudantes, sob Orientação
dos Professores

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EDUCAR PELA PESQUISA COMO UM PRINCÍPIO
PEDAGÓGICO
...........................................................................................................................................
A PESQUISA ESCOLAR CONSTRUÍDA E DESENVOLVIDA PELOS
ESTUDANTES, SOB ORIENTAÇÃO DOS PROFESSORES
Fonte: https://blog.opinionbox.com/como-fazer-pesquisa-de-mercado-segmentacao-especifica/
Quando falamos em pesquisa, esta se caracteriza como uma atividade que
pode cumprir as seguintes funções:
 Motivadora: Se bem conduzida, respeitando os níveis de
desenvolvimento cognitivos do estudante, poderá estimulá-lo a ver, no
processo de busca de informações, um modo atraente de resolver
problemas e da qual poderá se utilizar em outros momentos de sua vida,
pois
A melhor forma de ensinar é aquela que propicia aos alunos o
desenvolvimento de competências para lidar com as características
da sociedade atual, que enfatiza a autonomia do aluno para a busca

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de novas compreensões, por meio da produção de ideias e de ações
criativas e colaborativas.
(WebArtigos – A escola e o Currículo Escolar Frente aos Novos
Desafios Sociais 13/10/2013)
 Socializadora: favorece a interação do estudante com seus
colegas, e também com outros segmentos da comunidade escolar e
outros espaços escolares;
 Integradora: oferece condições para que o estudante, no
decorrer da atividade de leitura, de reflexão e de redação, integre
diferentes noções, competências e conhecimentos oriundos dos
diferentes campos do saber, presentes no currículo. Em Língua
Portuguesa, por meio da leitura e produção de textos; em Geografia e
História, a respeito da metodologia de pesquisa; na Matemática, na
necessidade de saber decodificar informações estatísticas.
AULAS-PESQUISA
Podemos transformar uma parte das aulas em processos contínuos de
informação, comunicação e de pesquisa, onde vamos construindo o
conhecimento equilibrando o individual e o grupal, entre o professor –
coordenador - facilitador e os estudantes - participantes ativos. Aulas -
informação, onde o professor mostra alguns cenários, algumas sínteses, o
estado da arte, as coordenadas de uma questão ou tema. Aulas-pesquisa,
onde professores e estudantes procuram novas informações, cercar um
problema, desenvolver uma experiência, avançar em um campo que não
conhecemos. O professor motiva, incentiva, dá os primeiros passos para
sensibilizar o estudante para o valor do que vamos fazer, para a importância da
participação do estudante neste processo. Um estudante motivado e com
participação ativa avança mais, facilita todo o nosso trabalho. O papel do
professor agora é o de gerenciador do processo de aprendizagem, é o

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coordenador de todo o andamento, do ritmo adequado, o gestor das diferenças
e das convergências.
Uma proposta viável é escolher os temas fundamentais do curso e
trabalhá-los mais coletivamente e os secundários ou pontuais pesquisá-los
mais individualmente ou em pequenos grupos.
Fonte: http://www2.fcfar.unesp.br/#!/instituicao/departamentos/alimentos-e-
nutricao/laboratorios/
Os grandes temas da matéria são coordenados pelo professor, iniciados
pelo professor, motivados pelo professor, mas pesquisados pelos estudantes,
às vezes todos simultaneamente; às vezes, em grupos; às vezes,
individualmente. A pesquisa grupal na Internet pode começar de forma aberta,
dando somente o tema sem referências a sites específicos, para que os
estudantes procurem de acordo com a sua experiência e conhecimento prévio.
Isso permite ampliar o leque de opções de busca, a variedade de resultados, a
descoberta de lugares desconhecidos pelo professor. Eles vão gravando os
endereços, artigos e imagens mais interessantes em pastas e também fazem
anotações escritas, com rápidos comentários sobre o que estão salvando O

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professor incentiva a troca constante de informações, a comunicação, mesmo
parcial, dos resultados que vão sendo obtidos, para que todos possam se
beneficiar dos achados dos colegas. É mais importante aprender através da
colaboração, da cooperação do que da competição. O professor estará atento
aos vários ritmos, às descobertas, servirá de elo entre todos, será o divulgador
de achados, o problematizador e principalmente o incentivador. Depois de um
tempo, ele coordena a síntese das buscas feitas, organiza os resultados, os
caminhos que parecem mais promissores.
Passa-se, num segundo momento, à pesquisa mais focada, mais
específica, a partir dos resultados anteriores. O mesmo tema vai ser
pesquisado no mesmo endereço, de forma semelhante por todos. É uma forma
de aprofundar os dados conseguidos anteriormente e evitar o alto grau de
entropia e dispersão que pode acontecer na etapa anterior da pesquisa aberta.
Como na etapa anterior é importante a troca de informações, a divulgação dos
principais achados. Há vários caminhos para aprofundar as pesquisas: Do
simples ao complexo, do geral ao específico, do aberto ao dirigido, focado. Os
temas podem ser aprofundados como em ondas, cada vez mais ricas, abertas,
aprofundadas. Os estudantes comunicam os resultados da pesquisa. O
professor os ajuda a fazer a síntese do que encontraram.
O professor atua como coordenador, motivador, elo de união do grupo.
Os textos e materiais que parecem mais promissores são salvos, impressos ou
enviados por email para cada estudante. Faz-se uma síntese dos materiais
coletados, das ideias percebidas, das questões levantadas e se pede que
todos leiam esses materiais que parecem mais importantes para a próxima
aula, numa leitura mais aprofundada e que sirva como elo com a próxima etapa
de uma discussão mais rica, com conhecimento de causa. Os melhores textos
e materiais podem ser incorporados à bibliografia. O professor utilizou uma
parte do material preparado de antemão (planejamento) e o enriqueceu com as
novas contribuições da pesquisa grupal (construção cooperativa). Assim o
papel do estudante não é o de "tarefeiro", o de executar atividades, mas o de
co-pesquisador, responsável pela riqueza, qualidade e tratamento das
informações coletadas. O professor está atento às descobertas, às dúvidas, ao

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intercâmbio das informações (os estudantes pesquisam, escolhem, imprimem),
ao tratamento das informações. O professor ajuda, problematiza, incentiva,
relaciona.
Ao mesmo tempo, o professor coordena a escolha de temas ou
questões mais específicos, que são selecionados ou propostos pelos
estudantes, dentro dos parâmetros propostos pelo professor e que serão
desenvolvidos individualmente ou em pequenos grupos. É interessante que os
estudantes escolham algum assunto dentro do programa que esteja mais
próximo do que eles valorizam mais. Quanto mais jovens são os estudantes,
mais curto deve ser o tempo entre o planejamento e a execução das
pesquisas. Nas datas combinadas, as pesquisas são apresentadas
verbalmente para a classe, trazem um resumo escrito para a aula ou o enviam
pela lista interna para todos os participantes. Estudantes e professor
perguntam, complementam, participam.
O professor procura ajudar a contextualizar, a ampliar o universo
alcançado pelos estudantes, a problematizar, a descobrir novos significados no
conjunto das informações trazidas. Esse caminho de ida e volta, onde todos se
envolvem, participam - na sala de aula, na lista eletrônica e na homepage - é
fascinante, criativo, cheio de novidades e de avanços. O conhecimento que é
elaborado a partir da própria experiência se torna muito mais forte e definitivo
em nós.
A proposta de educar pela e na pesquisa tem pelo menos quatro
pressupostos cruciais:
1.A convicção de que a educação pela pesquisa é a especificidade mais
própria da educação escolar e acadêmica.
2.O reconhecimento de que o questionamento reconstrutivo com
qualidade formal e política é o cerne do processo.
3. A necessidade de superar a aula caracterizada pela simples cópia, a
nova formação se constituirá em uso da pesquisa como atitude cotidiana
do professor e do estudante na sala de aula.

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4.E a definição de educação como processo de formação da competência
histórica e humana.
EDUCAR PELA PESQUISA
Destacar o “questionamento reconstrutivo” que leva à inovação e faz
avançar o conhecimento;
PESQUISA EM SALA DE AULA
Envolver os sujeitos, estudantes e professores, num processo de
questionamento de verdades implícitas nas formações discursivas, propiciando,
a partir daí, a construção de argumentos que levem a novas verdades;
PESQUISA-AÇÃO
Acreditar numa realidade em permanente construção e na possibilidade
de modificá-la pela participação comprometida dos envolvidos.

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É cada vez mais reconhecida a ideia de que a pesquisa é uma prática
indissociável do ensino, devendo, por consequência, fazer parte tanto da
formação do professor como da sua prática docente.
Pesquisa exige questionamento sistemático, metódico, argumentado. Na
vida real, a gente não usa uma ciência só, uma tecnologia só. A vida real não
tem perguntas e respostas, ela tem problemas e busca de soluções que
envolvem uma multifacetamento muito grande, que envolvem uma
multidisciplinaridade nata dos problemas.
A pesquisa é vivenciada por momentos:
1.O questionamento reconstrutivo (é o cerne do processo), um
Problema concreto e próximo da realidade vivida, que seja de fato
importante buscar soluções;
2.O Argumento, a construção de uma nova verdade para aquele
problema, uma nova hipótese, embasada na pesquisa, no diálogo com
os companheiros, nas leituras, com a participação de interlocutores
(professores de varias disciplinas) diversos, nas discussões e estudos;
3.Comunicação, aonde os estudantes vão se comunicar, realizar a partir
daí uma coletividade em um trabalho cooperativo, sujeito de criticas,
reconhecendo-se a qualidade política que daí emerge, transformando os
sujeitos que nela se envolvem pelo fortalecimento de sua autonomia.