1. UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE EDUCAÇÃO
DEPARTAMENTO DE ENSINO E CURRÍCULO
DISCIPLINA: EDU 02074
SEMINÁRIO DE DOCÊNCIA: Saberes e Constituição da Docência (6
aos 10 anos ou EJA)
DOCENTES: CLARICE SALETE TRAVERSINI E SANDRA DOS
SANTOS ANDRADE
DISCENTE: KÁTIA Mª FAGUNDES DA SILVA
SEMESTRE 2013/1
2. Escola Estadual de Ensino Fundamental
Dr. Gustavo Armbrust
Localização: Zona Norte de Porto Alegre/ RS.
Turma 520 – 5º Ano do Ensino Fundamental.
Número de alunos: 24.
Faixa Etária: Entre 10 e 13 anos (14 meninas e
10 meninos).
3. PRINCÍPIO PEDAGÓGICO
ORIENTADOR DA PRÁTICA
DOCENTE
Incentivar a participação, o
trabalho coletivo, a cooperação e
a alteridade nos processos de
aprendizagens dos alunos.
4. TEMA: PRESERVAÇÃO AMBIENTAL
SUBTEMAS: lixo, desperdício e
consumo sustentável
Justificativa:
O tema foi solicitado pelas professoras da
Turma 520, para ser o orientador da
atividades propostas durante a Semana do
Meio Ambiente
5. TEMA: PRESERVAÇÃO AMBIENTAL
SUBTEMAS: lixo, desperdício e
consumo sustentável
Justificativa:
Os subtemas foram de minha escolha. No
decorrer da Semana de Observação, as atitudes
dos alunos da turma 520 em relação ao desperdício
de alimentos nos momentos da merenda e do
lanche, bem como em relação ao descarte
excessivo de material escolar durante as aulas,
foram as geradoras da minha escolha.
6. Prática Docente
Atividade 1 – Educação Física
Jogos Cooperativos com Balões
Brincando/jogando nos conhecemos e assimilamos
emoções e sensações, nos auxiliando a superar o
egocentrismo e fazermos crescer sentimentos de
solidariedade e cooperação no nosso convívio social
(FORTUNA, 2012).
Objetivos: - Exercitar o relacionamento interpessoal;
- Praticar a cooperação;
7. Por que não funcionou muito bem?
Insatisfação dos alunos – expectativa de
jogarem futebol e vôlei;
Trabalhar em equipe e cooperativamente
exige disciplina – é preciso aprender;
Surgimento de questões de gênero: meninos
não gostaram da ideia da proximidade de seus
corpos com os de outros meninos – apesar de
haver um balão entre eles.
A falta de observação das regras do jogo, fez
com que a atividade não fosse bem realizada.
8. Prática Docente
Atividade 2- Artes/Português/ Ciências
Trabalho em duplas –
Confecção de subdivisões (“casas”) da trilha
para jogo de tabuleiro/idealização das regras
para o jogo de tabuleiro/elaboração das ações
correspondentes às casas do jogo de
tabuleiro.
9. Prática Docente
No ambiente escolar (e fora dele também), uma gama de
relações entre os sujeitos que estão envolvidos nos
processos de aprendizagens, impossibilita perceber
aquele que aprende, como um mero receptor de
conteúdos, bem como enxergar no professor, apenas
aquele que transmite (SACRISTÁN, 2007). Não existe a
possibilidade de transferirmos o conhecimento ao outro,
mas existem possibilidades de construção e produção do
conhecimento com o outro (FREIRE, 1996).
10. Prática Docente
Objetivos:
- Confeccionar artisticamente as subdivisões da
trilha de um jogo de tabuleiro;
- Formular regras e atividades de um jogo
coletivamente.
11. Por que funcionou bem?
Os alunos da turma 520 gostam de realizar
produções artísticas, como desenho e pintura;
Eles se sentiram desafiados em criar algo
artisticamente utilizando os materiais escolares
descartados (incentivados pela técnicas do artista
Vik Muniz – vídeo).
Verbalizaram que era uma forma de aprender
divertida;
A possibilidade de autoria na confecção das
regras, do titulo e do tabuleiro do jogo
transformou-se em uma ferramenta motivadora.
12. O que aprenderam
Que muito barulho atrapalha os estudos;
Que o “zero” possui uma utilidade na
matemática;
Que trabalhar em grupo de forma cooperativa
é mais divertido e mais fácil do que trabalhar
sozinho;
Que assistir vídeos junto com a explicação da
professora fica mais fácil de entender os
conteúdos;
Que para trabalhar em equipe precisamos de
disciplina e organização;
13. O que aprenderam
Que arte e materiais reutilizáveis combinam;
Que quando a atividade é interessante, o tempo “voa”
(- “Profe” tu tens a capacidade de fazer o tempo
passar mais rápido!).
Que o desperdício não é algo bom nem para nós e nem
para o Planeta;
Que o futuro depende do que eu faço agora (nome
escolhido pelos alunos para o jogo de tabuleiro: De
Olho no Futuro).
14. O que aprendi
Que para os alunos que não estão acostumados à
oralidade, a refletir e discutir sobre os
conteúdos, o tempo das atividades precisa ser
ampliado.
Que desconstruir o aprendizado introjetado nos
alunos do “copiar e responder as questões de
estudo” pode ser uma tarefa árdua para o
professor que não acredita nessa prática
pedagógica;
Que o registro individual das aprendizagens,
possibilita ao aluno identificar o que aprendeu ao
estudar um conteúdo;
15. O que aprendi
Que analisar os registros individuais das
aprendizagens dos alunos e depois debater com o
grupo sobre essas aprendizagens, não só
possibilita o reforço do aprendizado individual,
como também do aprendizado coletivo;
Que essa forma de avaliação é um instrumento de
reflexão para o professor que oportuniza recriar
vários caminhos com seus alunos no ato de
aprender e aprimorar o seu fazer docente.
16. REFERÊNCIAS
FORTUNA, Tânia. A Importância de Brincar na Infância. In:
Pedagogia do Brincar. HORN,Cláudia Inês et al. Porto
Alegre: Mediação, 2012. P. 15 – 44.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários
à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996. p. 21-146.
SACRISTÁN, José Gimeno. O currículo como texto da
experiência. Da qualidade do ensino à aprendizagem.
In.:______. A Educação que ainda é Possível: ensaios sobre
uma cultura para a educação. Porto Alegre: ARTMED, 2007. p.
117-131.