Este documento descreve uma pesquisa sobre como os educadores podem usar o desenho infantil para promover o desenvolvimento sócio-afetivo de crianças. A pesquisa será realizada em uma escola comunitária em São Luís e usará observações, entrevistas e revisão bibliográfica. O objetivo é analisar como as atividades de desenho podem ser usadas para apoiar a aprendizagem e relacionamentos das crianças.
1. CENTRO DE ENSINO SUPERIOR SANTA FÉ
CURSO DE PEDAGOGIA
MARIA DE JESUS BARBOSA
O DESENHO INFANTIL: Refletindo afeto e criatividade diante da ação
educativa
2. 1 IDENTIFICAÇÃO
1.1 Nome do aluno
Maria de Jesus Barbosa
1.2 Curso
Pedagogia
1.3 Nome do Orientador
Mariana B. Rocha Figueiredo
1.4 Área temática
Desenho Infantil
1.4.1 Tema principal de interesse
O desenho infantil: refletindo afeto e criatividade diante da ação
educativa.
3. 1.4.2 Experiência ou vinculação com o tema pretendido
Esse tema surgiu a partir do estágio supervisionado obrigatório na
Educação Infantil, na escola “ Carlos Macieira” tendo oportunidade de
estar dentro de uma sala de aula participando ativamente do processo de
ensino-aprendizagem.
2 JUSTIFICATIVA
A importância da análise da contribuição do educador diante da
utilização do desenho, tendo em vista a necessidade de compreender
como ferramenta facilitadora da aprendizagem e das relações sócioafetivas.
4. 3 FORMULAÇÃO DO PROBLEMA A INVESTIGAR
De que forma a ação do professor poderá contribuir diante das
atividades do desenho para o desenvolvimento sócio-afetivo da
criança?
4 OBJETIVOS
4.1 Geral
Analisar a contribuição do educador diante da utilização do
desenho enquanto ferramenta no desenvolvimento sócio-afetivo
em crianças da Educação Infantil.
4.2 Específicos
Investigar de qual forma os educadores trabalham os desenhos
em sala de aula;
Observar o desenvolvimento da capacidade criadora através das
atividades de desenho;
Identificar através do desenho o desenvolvimento sócio-afetivo
das crianças de 5 anos da Educação Infantil.
5. 5 Hipótese
O educador necessita estar preparado para acolher a
criança que chega em sala de aula , podendo realmente
vivenciar/observar o seu processo de ensinoaprendizagem, possibilitando uma aprendizagem mais
significativa, considerando o estilo de vida e as
experiências do indivíduo.
6. 6 MARCO TEÓRICO
O desenho infantil está presente na vida dos seres
humanos desde sua existência, em que os mesmos
retratam seus ancestrais. A criança, ao nascer, sempre
interage com os adultos, que os auxiliam a sobrevivência
no ambiente. Segundo Vigotsky (apud REGO, 1995,
p.59) “os adultos procuram incorporar as crianças a sua
cultura , atribuindo significado às condutas e aos objetos
culturais que formaram ao longo da história.”
7. Segundo REGO (1995):
Para Vigotsky, o desenvolvimento do
sujeito se dá a partir das constantes
alterações com o meio social em que vive,
já que as formas psicológicas mais
sofisticadas emergem da vida social.
Assim, o desenvolvimento psíquicohumano é sempre mediado pelo outro
(outras pessoas do grupo cultural), que
indica, delimita e atribui significados à
realidade. (p.21).
8. Há uma grande importância através do desenho, pois
se pode observar as relações afetivas através do mesmo,
sendo representados através de desproporções, exageros
e omissões.
Nesse sentido Vasconcelos e Valsiner ,(1995):
Wallon considera a criança como ser social
desde seu nascimento e expressa os processos
afetivos como anteriores a quaisquer outros
tipos de comportamento. Enfatizando
a
profunda vinculação existente entre afetividade
e movimento, na base de todas as formas de
interação da criança pequena, seja com o
mundo físico ou social. (p.40).
9. Para Wallon (apud BRULFERT; GARCIA, 1999) A primeira
forma de troca psíquica se dá através das emoções, onde a
criança obtém expressões através dos adultos, habitualmente
pela linguagem corporal, conseguindo movimenta-se sozinha.
Segundo Wallon (apud VASCONCELOS ; VALSINER,
1995) a imitação é um aspecto relevante, onde o mesmo põe
como ação na qual a criança toma conhecimento de suas
percepções esta imersa desde os primeiros anos de vida.
Dentre todas as formas de reações que unem a
criança aos outros, as que correspondem à simpatia
propriamente dita representam certo nível no seu
desenvolvimento. Este nível sucede ao nível do
simples mimetismo afetivo.Se, desde o terceiro mês,
sob certas condições ainda bem exclusivas, o grito
induz ao grito, o sorriso, o mimetismo afetivo só
aparecerá no segundo semestre, ou seja, na idade
em que começam também a se manifestar as
emoções
diferenciadas.(WALLON,
apud
BRULFERT;GARCIA,1999,P.43).
10. Assim como o educador propõe atividades em que o
aluno tem que transcrever a figura ou cobrir pontilhado, o
mesmo estará reforçando o ensino copista.
O educador deve trabalhar a imitação de forma onde
as experiências sejam propiciadas, permitindo a criança
construir seus próprios desenhos, deixando de lado os
modelos abordados ou preestabelecidos.
11. Exercendo o papel do educador, o professor além de
repassar o s conteúdos, é capaz de orientar o aluno e
leva-lo a compreensão da arte, envolvendo em diversos
aspectos, dentre eles a criatividade e o cognitivo.
Todavia, o professor, além de conhecimento amplo de
outras áreas, deve também ter uma experiência adequada
como profissional, como educador que conhece a história
da Arte, os procedimentos e o manuseio dos materiais
artísticos, a estética e a sociologia da arte, além, é claro,
de ser um assíduo visitante de expressões, que tenha
senso critico para discernir qualidades verdadeiras e não
as impostas pela mídia sobre as obras que vê e as
mostras que visita.(SANS, 2007,p.96).
12. Quando o desenho serve para ilustrar temas de
datas comemorativas, cartazes, presentes para pais e
enfeite de salas de aula.
Outro ponto importante são atividades utilizadas
para colorir, folhas mimeografas,coordenação motora
e memorização de números e escritas.
Fatores interferindo no desenvolvimento infantil,
precisam serem revistos por profissionais que ainda
utilizam esse método.
Segundo Sans (2007, p. 97) destaca aspectos
importantes para a atuação do professor diante de
sua prática como: identidade, sinceridade, cuidado
(leitura de imagens), competição, realização de
amostras e a vivência na área.
13. Enfim, o educador, sendo parte do ensinoaprendizagem precisa buscar sempre grandes
descobertas, sempre pronto para resolver os
problemas que se referem a aprendizagem,
facilitando sua prática ante o ensino.
14. 7 ESTADO ATUAL DA ARTE
De acordo com algumas pesquisas, foram
encontrados alguns artigos parecidos com o tema
abordado. Silva (2011) em seu artigo “Desenho Infantil:
Desvios e alterações no processo criativo” relata sobre a
relevância da análise do desenvolvimento do desenho
na infância. Outro artigo encontrado foi de Novaes e
Neves (2009) “A Criança e o Desenvolvimento Infantil: A
sensibilidade do educador mediante uma produção
artística infantil”, que discorre a compreensão e o
conhecimento das fases do desenho infantil e a sua
relação com a evolução do desenvolvimento humano.
15. 8 DELIMITAÇÃO DO OBJETO DE PESQUISA OU
CAMPODE INVESTIGAÇÃO
A pesquisa será realizada na escola comunitária
“Mundo Encantado da Criança”, situada em São Luís, na
Avenida 03, s/n , no bairro Angelim.
16. 9 PROCEDIMENTOS METODOLOGICOS
pesquisa bibliográfica;
pesquisa de campo, para Marconi e Lakatos (2010, p.
169) é “aquela utilizada com o objetivo de conseguir
informações
e/ou
conhecimentos
acerca
de
um
problema”.
Também descritiva, como diz Marconi e Lakatos
(2010, p. 170), pois “consiste em investigações de
pesquisa empírica cuja finalidade é o delineamento ou
análise das características de fatos ou fenômenos”.
18. Na visão de Maanen (1979 a):
é
uma
pesquisa
qualitativa,
pois
é
“diferentes técnicas interpretativas que
visam a descrever e a decodificar os
componentes de um sistema complexo de
significados. [...] traduzir e expressar o
sentido dos fenômenos do mundo social;
[...]. (p. 520).
19. 10 RESULTADOS ESPERADOS
Busca-se
com
este
trabalho,
atingir
uma
compreensão maior sobre a importância de atividades
de desenho em sala de aula permeado em objetivos
pedagógicos, psicomotores e em especial sócio-afetivos,
em que os educadores alcançarão um olhar mais
sensível, crítico e minucioso sobre as necessidades de
seus alunos. Pretende-se também ajudar na formação
dos futuros profissionais da educação, contribuindo para
a construção de sua identidade docente, tornando-os
capazes de repensar sobre suas práticas e atitudes, não
somente dentro de sala de aula, mas além do espaço
escolar.
20. 11 CRONOGRAMA DE ATIVIDADES
2012/
2013
DESCRIÇAO DAS ATIVIDADES
JUN
SET
OUT
X
X
X
NOV
DEZ
JAN
FEV
MAR
ABR
MAI
JUN
X
Leitura de livros
Revisão
bibliográfica
análise crítica do material
AGO
X
Escolha do tema
JUL
e
Elaboração preliminar do
texto e redação provisória
X
Entrega e apresentação do
Projeto
X
Aplicação de Questionário
X
Análise crítica do material
coletado
X
Elaboração preliminar do
texto e redação provisória
X
Redação final
Entrega
e
Monografia
X
X
X
X
defesa
da
X
21. REFERÊNCIAS
MAANEN,John Van. Reclaiming qualitative methods for
organizational research:a preface. Adminitrative Science Quartely,
v.24. n. 4. December: 1979. p. 520.
MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria.
Fundamentos da metodologia científica. 7ª Edição – São Paulo:
Atlas, 2010.
NOVAES, Ema Roseli de; NEVES, Helena Roussenq. A criança e o
desenho infantil: a sensibilidade do educador mediante uma
produção artística infantil. 22 jan. 2009.
REGO, Teresa Cristina. Vygotsky: uma perspectiva históricocultural da educação. Rio de Janeiro: Vozes, 1995.
SANS,Paulo de Tarso Sheida. Pedagogia do desenho
infantil.Campinas:Àtomo, 2007.
22. SILVA, Rose Aparecida da. Desenho Infantil:
Desvios e Alterações no Processo Criativo. 2011.
VASCONCELOS, Vera Maria Ramos de;
VALSINER, Jaan. Perspectiva co-construtivista
na psicologia e na educação. Porto Alegre: Artes
Médicas, 1995.