Esta história dramática do Capuchinho Vermelho resume: (1) O lobo engana Capuchinho para chegar antes à casa da avó doente; (2) O lobo come a avó e espera por Capuchinho; (3) Quando Capuchinho chega, o lobo também a come; (4) Um caçador ouve a borboleta e salva Capuchinho e a avó do lobo, enchendo sua barriga de pedras.
2. Num dia bonito de Verão
vejam o que aconteceu, com atenção!
Esta é a história de uma menina muito bem educada,
Mas por ser boa menina um dia foi descuidada.
Como sempre usava uma touca encarnada,
Capuchinho vermelho passou a ser chamada.
3. Mãe: Capuchinho, capuchinho, onde estás?
Capuchinho: Aqui, aqui, na árvore, cá atrás!
Borboleta: Alguma coisa anda no ar que não é boa
de cheirar!
Mãe: Vem cá capuchinho, que te quero falar.
Capuchinho: Aqui vou, um, dois, três, já cá estou!
Mãe: Aqui está o lanche da tua avó: Três bolos, um
pãozinho, marmelada e uma maçã assada.
Vais leva-lo à tua avó, que está doente que
mete dó.
Capuchinho: Coitada, com a sua idade deve estar
4. Mãe: Não te demores no caminho, faz tudo
certinho, pelo carreiro direitinho.
Capuchinho: Pois bem minha mãe, irei direitinha à
casa da avozinha!
Mãe: Não passes pela floresta, pois lá vive o lobo
mau que não presta.
5. Lá foi o nosso capuchinho, muito certa do caminho.
Capuchinho canta:
Que linda flor
Que lindo dia
Que boa cor
Tem a alegria!
Bis.
Borboleta: Alguma coisa anda no ar que não é boa
de cheirar!
Capuchinho: Que linda flor, lá bem dentro da
floresta.
7. Aproxima-se do capuchinho.
Lobo: Olá! Eu sou o lobão!
Capuchinho: Olá! Eu sou o capuchinho só, que
vai a casa da avó!
Lobo, a pensar: Espera aí, que eu vou enganar
esta aqui!
Lobo: Porque não vais por este caminho, é mais
bonito para um capuchinho.
Borboleta: Alguma coisa anda no ar que não é
boa de cheirar!
Capuchinho: Pois sim, se me está dizer assim!
8. Lobo, a falar sozinho: Vai pelo caminho mais comprido, a
tempo de eu ser bem sucedido.
9. O lobo chega a casa da avó.
Lobo: Truz! Truz! Truz!
Avó: Quem é?
Lobo, imitando voz de menina: o Capuchinho que te
traz um bom lanchinho!
Avó: Entra, entra!
Salta o lobo e come a avó.
Deita-se na cama.
10. Chega o Capuchinho.
Capuchinho: truz, truz, truz!
Lobo, imitando a voz da avó: Quem é? Quem é?
Capuchinho: Sou eu o capuchinho que te traz um rico
lanchinho!
Borboleta: Alguma coisa anda no ar que não é boa de cheirar!
Lobo: Entra, entra!
Capuchinho: Avó, tens as orelhas tão grandes…
Lobo : É para te ouvir melhor minha netinha!
Capuchinho: Avó, tens o nariz tão grande…
Lobo: É para te cheirar melhor minha netinha!
Capuchinho: Avó! Tens os olhos tão grandes…
Lobo: É para te ver melhor minha netinha!
Capuchinho: Avó, tens a boca tão grande…
Lobo: É para te comer melhor!
Salta para o capuchinho e come-o.
Borboleta: E alguma coisa aconteceu, não dizia já eu?
11. O lobo dorme.
Passam dois caçadores.
Narrador: Depois de comer o capuchinho o lobo fez
um bom soninho.
A Borboleta esvoaça, dança: Ai que grande aflição,
que me valha o caçador João.
Caçador João: Que quer esta borboleta, tão agitada
como o tocar de uma sineta?
A borboleta anda à volta do caçador.
Caçador João: Quer chamar-me à atenção, será que
viu o papão?
O caçador segue a borboleta.
12. Caçador João: Aqui é a casa da avozinha daquela Capuchinha.
Caçador João: Parece tudo muito parado, não se vê a avó em nenhum
lado.
Olha pela janela
Caçador João: Está lá o lobo a dormir, espera que não vai ficar a rir!
Escuta a barriga do lobo.
Caçador João: Comeu-as o mauzão, de um trago como se fosse pão.
Entra e abre a barriga do lobo. Saem de lá o capuchinho e a avozinha.
Capuchinho e avozinha: Obrigado, aquele malandro é que foi o
culpado.
Caçador João: Enchamos a barriga dele com pedras.
Cosem a barriga do lobo
O lobo acorda sozinho.
Lobo: Ai que sede que me dá, tenho de ir àquele poço lá!
Cai no poço.
13. Cantam todos os outros:
Tanta manha é no que dá,
Rir no fim é o melhor que há.
Borboleta: Cheira bem agora assim, não pode haver
melhor fim!
14. FIM
Imagens da internet
Texto adaptado e composição – Constantino Mendes Alves
constalves19@gmail.com 2014
(agradeço feedbeck, dê a sua opinião)
Esta edição não tem intuitos comerciais.