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Narrador 1
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Senhor do seu nariz
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Vizinho 3
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Criança 2
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Aldeão 1
Aldeão 2
Aldeão 3
Aldeão 4
Aldeão 5
Aldeão 6
Governador
Marciano 1
Marciano 2
Rapaz
2
O senhor do seu nariz
de Álvaro Magalhães
Adaptação teatral
de Constantino Mendes Alves
Senhor do seu nariz – Custou-me muito nascer. Estava tão bem desnascido,
aconchegado. Foi então que apareceu uma fada…
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Mãe – Não diga isso, não me desgrace o rapaz.
Fada – Digo, digo. Quando crescer vai ter um nariz do tamanho de um chouriço. Por
isso…
Mãe – Mas que raio de fada me saiu. Não te preocupes filho.
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crescia mais depressa que ele. Quando parou de crescer tinha um nariz a perder de
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vezes doem-me as costas.
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Narrador 1 – As pessoas cheiravam o mar, os bosques e as flores…
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Senhor do seu nariz – Eu cheirava o mar, os bosques e as flores, como nem o mar, os
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4
Vizinho 6 - É um sem vergonha.
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Carteiro -Às tantas é a minha mulher. Não tem cuidado. Vou já acudi-la.
Senhor do seu nariz - Espere, na mata da Pedra Encantada também há uma fogueira
que não foi bem apagada. Pode provocar um incêndio.
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chegará um temporal vindo do mar. É preciso avisar toda a gente.
Narrador 2 – Lá em baixo, o carteiro deu as notícias do Senhor do seu nariz e tudo
aquilo se confirmou.
Narrador 1 – Todos os males foram assim evitados, menos o bolo da mulher do
carteiro que efetivamente estava esturrado.
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Aldeão 1 – Afinal aquele nariz…
Aldeão 2 – …tem alguma utilidade.
Aldeão 3 – Mas que senhor nariz!
Aldeão 4 – Temos que reconhecer que esse nariz nos salvou.
Aldeão 5 – Esse nariz tem um poder.
Aldeão 6 – Afinal não é um defeito.
Narrador 2 – O senhor do seu nariz passou a viver na cidade, na praça principal, num
palácio muito espaçoso de paredes acolchoadas (por causa das narigadas).
Narrador 1 – Passou a ser o senhor Cheirador, era requisitado por todos para os mais
diversos assuntos.
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Narrador 1 - …a meio da primavera, chegou à cidade um aroma desconhecido. Podia
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Marciano 1 – Tlem tu baq.
Marciano 2 -Baq tu tlem.
Marciano 1 – Tlim tlim tlom, tlam.
Marciano 2 -Tlam, tlom, tlim,tlim.
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Marciano 1 -Tof tof, taf, taf.
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6
Aldeão 4 – Tiveram medo do nariz dele.
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Agora é a velha Otília a fazer pão para a sua aldeia. Daqui cheira-me que a galinha da
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O Senhor do Seu Nariz e a Fada Mágica

  • 1. 1 Personagens Narrador 1 Narrador 2 Senhor do seu nariz Mãe Fada Vizinho 1 Vizinho 2 Vizinho 3 Vizinho 4 Vizinho 5 Vizinho 6 Vizinho 7 Vizinho 8 Vizinho 9 Vizinho 10 Criança 1 Criança 2 Criança 3 Carteiro Aldeão 1 Aldeão 2 Aldeão 3 Aldeão 4 Aldeão 5 Aldeão 6 Governador Marciano 1 Marciano 2 Rapaz
  • 2. 2 O senhor do seu nariz de Álvaro Magalhães Adaptação teatral de Constantino Mendes Alves Senhor do seu nariz – Custou-me muito nascer. Estava tão bem desnascido, aconchegado. Foi então que apareceu uma fada… Fada – A vida deste rapaz vai dar para o torto. Mãe – Não diga isso, não me desgrace o rapaz. Fada – Digo, digo. Quando crescer vai ter um nariz do tamanho de um chouriço. Por isso… Mãe – Mas que raio de fada me saiu. Não te preocupes filho. Narrador 1 – E foi isso mesmo que aconteceu. O tempo ia passando e o seu nariz crescia mais depressa que ele. Quando parou de crescer tinha um nariz a perder de vista, mas continuava otimista. Um nariz do tamanho de um chouriço? Senhor do seu nariz – Podia ser pior, e se fosse do tamanho de um presunto? Narrador 2 – Era desagradável ser tão diferente do resto da gente. Vizinho 1 – Que raio de nariz! Vizinho 2 – Nunca vi coisa assim… Vizinho 3 – Donde é que isto saiu? Senhor do seu nariz -É o meu destino, o que hei de fazer eu? Por ser tão grande às vezes doem-me as costas. Vizinho 1 – Devia ter um aparelho. Vizinho 2 – Ou um pássaro segurando o nariz. Vizinho 3 – Que nariz! Senhor do seu nariz – O problema é que em certos lugares não cabemos os dois. Narrador 2 – Havia sítios onde só o nariz ia, ele esperava cá fora. Ou vice-versa. Tanta vez isso aconteceu: ou entrava o nariz ou entrava ele. Narrador 1- Aliás, também havia coisas que corriam bem e chegavam para o fazer feliz. Nas corridas, por exemplo, ganhava sempre por um nariz. Narrador 2 – E, claro, cheirava como ninguém, pois então. Narrador 1 – As pessoas cheiravam o mar, os bosques e as flores…
  • 3. 3 Senhor do seu nariz – Eu cheirava o mar, os bosques e as flores, como nem o mar, os bosques e as flores sabem que são. Mãe – Filho! Vem jantar, tenho aqui uma refeição que te vai regalar… Senhor do seu nariz – Eu sei mãe, já me cheirou a um excelente assado que acabaste de cozinhar. Mãe – Sabes sempre o que é o jantar. Senhor do seu nariz - Claro! E quando estou esfomeado, basta fechar os olhos e ficar ali a saborear aquilo que mais gosto. Chego a ficar enfartado. Narrador 2 – Porém nem tudo corria bem. Com um nariz tão grosso e comprido, nunca parrava despercebido. Vizinho 4 – Olha para ele, parece que está sempre a apontar para mim Criança 1– O homem do nariz enorme! Criança 2 - Que feio! Criança 3 – Deve ser mau. Crianças todas – Vamos fugir dele! Vizinho 5 – Está-se a armar em importante. Vizinho 6 – Lá por ter um nariz importante não quer dizer dizer que seja mais que nós. Vizinho 7 – Vê lá por onde andas, estás sempre a bater-nos com esse raio desse nariz. Vizinho 8 – Não se pode estar ao pé dele. Narrador 1 – Onde chegava ficava logo tudo deserto. Senhor do seu nariz – Porque fogem? Eu não faço mal nenhum. Vizinho 4 – Mete o nariz em todo o lado. Vizinho 5 – É muito desagradável, sabe sempre quem toma ou não toma banho. Vizinho 6 – Ou se alguém não muda de roupa. Vizinho 7 – Que desenvergonhado! Vizinho 8 – Sabe o que almoçamos. Vizinho 9 – Ou por onde andamos. Vizinho 10 – Você não tem vergonha? Senhor do seu nariz – Que hei de fazer? Vizinho 4 – É muito metediço. Vizinho 5 – Até chega a cheirar o que estamos a pensar.
  • 4. 4 Vizinho 6 - É um sem vergonha. Vizinho 7 – E quando está constipado? Vizinho 8 – É cada fungadela! Senhor do seu nariz – Eu é eu tenho de o carregar. Olha aqui está um pássaro que pousou no meu nariz, só me faltava essa! Narrador 2 – Estava visto que o mundo não era feito para gente com um nariz assim, do tamanho de um chouriço. Narrador 2 – Por isso, foi-se afastando e acabou vivendo sozinho no cimo da serra, numa casa abandonada. Mas era pequena e a ponta do nariz ficava fora da janela. Passava o inverno coberta de neve. Narrador 1 – Até que, certa manhã, apareceu lá em cima o carteiro da cidade. Ia levar- lhe uma carta. Senhor do seu nariz – Como vai a vida lá em baixo? Carteiro -Vamos andando. Tudo normal. Senhor do seu nariz – Eu sei. Perguntei por perguntar. Porque isso sei eu. Olhe agora mesmo, sabe o que está a acontecer? Carteiro – Como posso saber? Senhor do seu nariz – Está um bolo de mel e nozes a queimar no forno, ali para os lados da Praça das Flores. Carteiro – Como é que sabe? Senhor do seu nariz – Cheira-me a queimado para esse lado. Carteiro -Às tantas é a minha mulher. Não tem cuidado. Vou já acudi-la. Senhor do seu nariz - Espere, na mata da Pedra Encantada também há uma fogueira que não foi bem apagada. Pode provocar um incêndio. Carteiro – Não é possível. Senhor do seu nariz – E também… Olhe o tempo está mudar e a meio da madrugada chegará um temporal vindo do mar. É preciso avisar toda a gente. Narrador 2 – Lá em baixo, o carteiro deu as notícias do Senhor do seu nariz e tudo aquilo se confirmou. Narrador 1 – Todos os males foram assim evitados, menos o bolo da mulher do carteiro que efetivamente estava esturrado.
  • 5. 5 Aldeão 1 – Afinal aquele nariz… Aldeão 2 – …tem alguma utilidade. Aldeão 3 – Mas que senhor nariz! Aldeão 4 – Temos que reconhecer que esse nariz nos salvou. Aldeão 5 – Esse nariz tem um poder. Aldeão 6 – Afinal não é um defeito. Narrador 2 – O senhor do seu nariz passou a viver na cidade, na praça principal, num palácio muito espaçoso de paredes acolchoadas (por causa das narigadas). Narrador 1 – Passou a ser o senhor Cheirador, era requisitado por todos para os mais diversos assuntos. Narrador 2 – Tudo corria às mil maravilhas, até que um dia… Narrador 1 - …a meio da primavera, chegou à cidade um aroma desconhecido. Podia ser uma coisa boa.. Narrador 2 - …ou uma coisa má. Era preciso saber o que aquilo era. Narrador 1 – E o desconhecido é um monstro temido… Governador – Estamos perdidos. Vêm aí os marcianos! Vão invadir a Terra. Senhor do seu nariz – Terei e investigar… Marciano 1 – Tlem tu baq. Marciano 2 -Baq tu tlem. Marciano 1 – Tlim tlim tlom, tlam. Marciano 2 -Tlam, tlom, tlim,tlim. Governador - É um casal de marcianos. Senhor do seu nariz - E estão a fazer um piquenique. Aldeão 1 – Vai lá tu falar com eles. Aldeão 2 – E se estiverem armados? Senhor do seu nariz – Eu vou lá. Olá senhores marcianos! Marciano 1 -Tof tof, taf, taf. Marciano 2 – Taf, taf, tof, tof. E fogem.
  • 6. 6 Aldeão 4 – Tiveram medo do nariz dele. Aldeão 5 – Formidável! Aldeão 6 – Pudera é uma arma temível. Aldeões, todos – És o nosso herói, viva o senhor do seu nariz! Senhor do seu nariz – Ficou aqui um queijo. Narrador 2 – O queijo cheirava mal, mas era delicioso. Pelo menos foi o que disse o senhor Veloso, o único que teve coragem de o provar. Comeu até ficar cheio. Narrador 1– Toda a população ovacionou o novo herói e o Governador até o condecorou com uma medalha o seu nariz. Governador – Este é um dia verdadeiramente feliz. Graça ao nosso herói livrámo-nos dos poderosos inimigos marcianos. Viva o senhor do seu nariz! Entrega-lhe uma medalha no nariz. Levam-no aos ombros. Narrador 2 – O tempo foi passando, ora depressa, ora devagar, sem que nada de especial acontecesse. Até que um dia… Senhor do seu nariz - …e cheira-me a lenha, o sr Moreira está a acender a sua lareira. Agora é a velha Otília a fazer pão para a sua aldeia. Daqui cheira-me que a galinha da Maria está a pôr um ovo. Agora cheira-me…cheira-me, esta é boa, cheira-me a uma coisa que já não me cheirava há muito tempo. Narrador 1 – Mais exatamente, desde o dia do seu nascimento. Senhor do seu nariz – Cheira-me a pó de fada. Vou seguir-lhe rasto. Fada – Ai, ai, que estou toda partidinha, ai que me dói as cruzes, as pernas, o corpo todo. Senhor do seu nariz – Olhem lá quem é! Você é a fada do ar, mas está em muito mau estado. O que lhe aconteceu? Não se lembra de mim? Fada – (envergonhada) – Sim, claro, desculpa lá no que te fadei, ter-te dado esse enorme nariz como um chouriço. Senhor do seu nariz – Deixa lá isso! Fada – Não consigo regressar e o meu corpo de fada está a definhar. Acho que vou morrer. Senhor do seu nariz – Vou levar-te para casa. Cuidarei de ti. Narrador 2 – E assim foi. Em casa do senhor do seu nariz a fada comeu uma excelente sopa de ervilhas, comeu pão acabado de cozer e leite fresco. Achou tudo novo e bonito. Começou a sentir-se melhor.
  • 7. 7 Fada – Vou fazer-te excelentes cozinhados com pozinhos mágicos, que dão à comida excelente gosto. Senhor do seu nariz -A comida é ótima. Pena é que ninguém te possa ver. Fada – Não, isso seria o meu fim. Narrador 1 – Mas um dia um rapazinho, que passava ali por perto, sentiu um cheiro muito bom a comida e não era preciso ter um enorme nariz para sentir isso. Rapaz – Há ali uma fada, o senhor do seu nariz tem em casa uma fada! Aldeão 1 – Como é possível? Aldeão 2 – Uma fada? Aldeão 3 – As fadas não são das histórias? Rapaz – Eu sei o que vi! Aldeões, todos – Se calhar fazemos parte de uma história Aldeão 4 - Magnífico. Aldeão 5 – Formidável. Aldeão 6 – Fantástico. Fada – Tenho de partir esta noite. Mas já não sei onde são as portas no ar. Senhor do seu nariz – Vou levar-te à montanha, um sítio onde às vezes me cheirava a pó de fada. Às vezes lembrava-me de ti Fada – E não me dizias… Senhor do seu nariz – Não queria que te fosses embora. A porta do ar, é aqui. Fada -Devo-te a vida. Esse nariz foi a minha salvação. Senhor do seu nariz – E a minha, não? Fada – Agora sei porque te fadei assim. Era para o meu próprio bem, às vezes as fadas também pensam nelas próprias. Senhor do seu nariz - Temos que nos despedir, o meu nariz já está fungar. Fada – Eu hei de voltar. Todos os domingos virei fazer um almoço especial. Narrador 2 – Quando se abriram as portas do ar, saíram de lá intensos perfumes. O sr do seu nariz começou a tossir. A fada riu-se, deu duas voltas e desapareceu no ar. Fada – Até domingo! Senhor do seu nariz -Mal posso esperar.