O documento apresenta três poemas sobre o amor e um conto sobre três irmãs, sendo uma delas muito bela e doce, enquanto as outras duas são feias e mal-humoradas. A escola promoveu uma Semana dos Namorados com poemas românticos, músicas e uma árvore para dedicatórias para estimular valores afetivos entre os alunos.
11. Meu Grande Amor
Eu procuro amar numa imensa ternura
Empregando um amor que só eu sinto e quero,
Pois não sou a amante banal de um romance
vulgar...
Eu procuro amar
Como amo a vida
Num desejo de eternidade imensa
Agradando a minha carne
Como agrado minh’ alma
Sem medo, sem hipocrisia
Em busca do prazer
Que teu corpo pode dar...
O calor da sua alma
O brilho de teus olhos
O cheiro da sua axila
A dor de tua boca
A quentura de seus lábios.
Eu quero amar...
Agradecendo a minha velhice criadora
O meu sonho de guia
Fazendo de meus cabelos
Uma nova bandeira de Beleza
Para minha indestrutível poesia.
Daniela Santos Lima, 7ª A
19. Mitos - O Folclore do Mestre André
Ciclo I e II - Data: Mês de Maio – Coordenador (a): Edimilson e Márcia
APRESENTAÇÃO: Livro e CD - Mitos - O Folclore do Mestre André
“Mitos - O Folclore do Mestre André”. Trata-se de um grande clássico
de caráter didático primordial para a educação infanto-juvenil.
Duração: duas aulas – O saci Pererê
OBJETIVO GERAL: Texto e áudio de fácil entendimento que estimula o
jovem e acriança a pensar e adquirir interesse pela leitura.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS: Levar aos educandos o prazer de ouvir e ler
histórias, desenvolver a atenção através da linguagem oral,
reprodução oral e escrita (desenho), interação e desenvolvimento do
senso crítico.
JUSTIFICATIVA: A necessidade de desenvolver a concentração dos
educandos.
ESTRATÉGIA: Os alunos ouvem a história e a reproduzem através da
linguagem oral e escrita (desenho).
AVALIAÇÃO: Assimilação do áudio através da fala e dos desenhos
reproduzidos pelos alunos.
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30.
31.
32. 3
°
A
n
o
B
Não é no silêncio que os
homens se fazem, mas na
palavra, no trabalho, na
ação-reflexão
Paulo Frei
33.
34.
35. Cachinho Dourados e os Três Ursos
Professor (a): Sônia Regina - Série/Ano: 3º A- Data: 29/05 –
Coordenador (a): Edimilson
APRESENTAÇÃO: Livro e CD de contos ideias para educandos em
fase de alfabetização.
OBJETIVO GERAL: Texto e áudio de fácil entendimento que estimular
a criança a pensar e adquirir interesse pela leitura.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS: Levar aos educandos o prazer de ouvir e ler
histórias, desenvolver a atenção através da linguagem oral,
reprodução oral e escrita (desenho), interação e desenvolvimento do
senso crítico.
JUSTIFICATIVA: A necessidade de desenvolver a concentração dos
educandos.
ESTRATÉGIA: Os alunos ouvem a história e a reproduzem através da
linguagem oral e escrita (desenho).
36. Cachinhos Dourados e os Três
Contos »
Ursos
Era uma vez, uma família de ursinhos; o Pai Urso, a Mãe Urso e o
Pequeno Urso. Os três moravam numa bela casinha, bem no meio da
floresta.
O Papai Urso, o maior dos três, era também o mais forte, muito corajoso e
tinha uma voz bem grossa. A Mamãe Urso era um pouco menor, era gentil e
delicada e tinha uma voz meiga. O Pequeno Urso era o menorzinho, muito
curioso e sua voz era fininha.
Certa manhã, ao se levantarem, Mamãe Urso fez um delicioso mingau,
como era de costume. Porém, o mingau estava muito quente.
Sendo assim, mamãe Urso propôs que fossem dar uma voltinha junta pela
floresta, enquanto o mingau esfriava.
E assim fizeram. Mamãe Urso deixou o mingau em suas tigelinhas,
esfriando em cima da mesa e os três ursos saíram pela floresta.
Enquanto eles estavam fora, apareceu por ali uma menina de cabelos loiros
cacheados, era conhecida como Cachinhos Dourados. Ela morava do outro
lado da floresta, num vilarejo, e tinha o mau hábito de sair de casa sem
avisar seus pais.
Quando se aproximou da casinha dos ursos, já muito cansada de tanto
andar, resolveu bater na porta.
Bateu, bateu, mas ninguém respondeu.
Assim, ao perceber que a porta estava apenas encostada, resolveu entrar.
Ao entrar, se deparou com uma mesa forrada com uma bela toalha xadrez e
em cima da mesa havia três tigelinhas de mingau.
Como estava com muita fome, e não viu ninguém na casa, resolveu provar
a iguaria.
37. Provou, então, o mingau da tigela maior, mas achou-o muito quente.
Provou o da tigela do meio e achou-o muito frio.
Provou o mingau da tigelinha menor e achou-o delicioso, não resistiu e
comeu-o todo.
Após comer o mingau, Cachinhos Dourados foi em direção à sala. Lá
encontrou três cadeiras, como estava muito cansada, resolveu sentar-se.
Achou a primeira cadeira muito grande e levantou-se a seguir.
Sentou-se, então, na cadeira do meio, mas achou-a desconfortável e
ainda grande demais.
Sentou-se na cadeirinha menor e achou-a muito confortável e num bom
tamanho. Porém, sentou-se tão desajeitadamente que a quebrou.
Ainda cansada, Cachinhos Dourados resolveu subir às escadas.
Encontrou um quarto com três caminhas, uma grande, uma média e uma
pequena.
Tentou deitar-se na cama maior, mas achou-a muito dura. Deitou-se na do
meio e achou-a macia demais. Deitou-se na menor e achou-a muito boa.
Estava tão cansada que não resistiu e acabou pegando no sono.
Enquanto ela dormia, os ursinhos voltaram do passeio. Foram logo à
cozinha para tomar o mingau, que era o café da manhã. Estranharam a
porta aberta, e logo perceberam que alguém havia estado ali.
__Alguém mexeu no meu mingau! - rosnou o Papai Urso.
__Alguém comeu do meu mingau! – disse brava a Mamãe Urso.
__ Alguém comeu todo o meu mingau! –gritou o Pequeno Urso.
Os três ursos se dirigiram para a sala. Papai Urso olhou para sua cadeira
e exclamou:
__ Alguém sentou na minha cadeira!
Mamãe Urso, com sua voz, já não tão meiga, reclamou:
__ Alguém também sentou na minha cadeira!
O Pequeno Urso, chorando, queixou-se:
__ Alguém quebrou a minha cadeirinha!
Os três subiram as escadas, e foram em direção ao quarto.
Papai Urso olhou para sua cama e perguntou:
__ Quem deitou na minha cama?
Mamãe Urso olhou para sua cama e disse:
__Alguém esteve deitado na minha cama e deixou-a bagunçada!
O Pequeno Urso, muito bravo, gritou:
__Alguém está deitado na minha caminha!
Cachinhos Dourados acordou com o grito de Pequeno Urso.
Ficou muito assustada ao ver os três ursos bravos olhando para ela.
Seu susto foi tão grande que em um só pulo saiu da cama e já estava
descendo as escadas. Mal deu tempo para que os ursos piscassem os
olhos. Num segundo pulo, Cachinhos Dourados pulou a janela e saiu
correndo pela floresta, rápida como o pensamento.
Depois desse enorme susto a menina aprendeu a lição, nunca mais fugiu
de casa, muito menos entrou em casa de ninguém sem ser convidada.
38. Ser feliz sem motivo é a
mais autêntica forma de
felicidade.
Carlos Drummond de
Andrade
39. Agradecemos ao professores e
alunos, pela participação no
PROJETO MITOS – O FOLCLORE DO
MESTRE ANDRÉ.
Chegamos a conclusão que o
mesmo foi um sucesso em todos
os aspectos, pois conseguimos
despertar a atenção dos alunos
que na demonstraram aprender
de forma prazerosa a maioria das
das propostas prevista.
Professoras: Judite, Conceição e
Cirlei
41. Resumo do Mês de Maio de 2012
•Total de livros emprestados – 1330
•Livros mais lido – O Poço do Visconde
O Médico e o Monstro
•Sala Campeã em Empréstimo - 6ª A
•Sala que mais entregou em dia - 6ª B
• Talento do mês: Lucas da Silva – 7ª C
• Leitor homenageado: Bruno
• Poetisa Aprendiz: Daniela Santos Lima 7ª A
•Projeto: Mitos – O Folclore do Mestre André –
Ciclo I e Ciclo LL
43. Iniciação a Poesias
Professor (a): Malu - Série/Ano: Todos os cursos- Data: 12/06 –
Coordenadores: Edmilson, Márcia e Ademilson
APRESENTAÇÃO: Painel com poemas de Fernando Pessoa.
OBJETIVO GERAL: Apresentação do gênero literário poético.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS: Despertar o interesse pelo gênero e
iniciação ao projeto de Poesias no Messias Todos os Dias, previsto
para o segundo semestre.
JUSTIFICATIVA: Inserir o educando no contexto poético.
ESTRATÉGIA: Painel expositivo com poesias de Fernando Pessoa.
45. Um dos documentos mais interessantes do espólio de Fernando
Pessoa (1888-1935) é sem dúvida o manuscrito de O Guardador
de Rebanhos, autógrafo assinado por Fernando Pessoa e Alberto
Caeiro, um dos heterónimos do poeta. Talvez não seja a mais
importante peça do espólio, mas, como diz Ivo Castro no prefácio
à edição deste texto, "por servir de sede completa a um dos seus
grandes ciclos de poemas, por pôr em causa a versão do próprio
Pessoa sobre a génese dos heterónimos, por fornecer amplos
meios de corrigir o texto-vulgata do Guardador de Rebanhos, por
documentar reveladoramente os métodos de trabalho e de
criação textual do poeta e, finalmente, por se ter conservado na
obscuridade nos últimos quarenta anos, desconhecido do público
e da maioria dos pessoanos, - por esses motivos todos o presente
manuscrito [...] merecerá sem dificuldade ser considerado uma
das jóias da coroa". http://purl.pt/369/1/ficha-obra-
guardador-rebanhos.html
53. Semana dos Namorados
Professor (a): Malu - Série/Ano: Todos os cursos- Data: 12/06 –
Coordenadores: Edmilson, Márcia e Ademilson
APRESENTAÇÃO: exposição de painel com poemas românticos de
autoria de poetas da literatura nacional e internacional, CD
diversos com músicas românticas , e árvore do amor, Conto
violino Cigano contado pelas professores
OBJETIVO GERAL: Resgate de valores afetivos.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS: Levar aos educando a oportunidade de
valorizar aqueles que amam, reprodução oral e escrita, desenvolver a
escrita formal, incentivo ao ato de escrever texto próprio, exercitar a
memória, interação e desenvolvimento do senso crítico.
JUSTIFICATIVA: A necessidade de resgatar valores afetivos.
ESTRATÉGIA: Os alunos copiam, ou criam pequenas dedicatórias de
livre escolha e colam no painel em forma de árvore e reescrevem e
desenham o conto Violino Cigano
69. Numa bela casa rodeada por um bosque enorme e
sombrio viveu muito tempo atrás um barão viúvo e
rico com suas três filhas. A mais velha chamava-se
Dronha e era talvez a pessoa mais insuportável das
redondezas. Porque além de muito feia, com sua boca
enorme de dentes pontiagudos, ela conseguia deixar
uma impressão horrível em todos que a conheciam.
Achava que o mundo conspirava contra ela e não
poupava ninguém do seu mau humor, com suas
palavras sempre ríspidas e seus olhos apertados em
constante irritação. A filha do meio era mais tonta do
que propriamente de má índole.
70. Mas era preguiçosa e impaciente, e maltratava todo
mundo exigindo que seus desejos fossem satisfeitos
imediatamente. Seu nome era Catina e sua aparência de
igualava à de Dronha em feiura. O pior de tudo era o
contraste entre as duas e a irmã mais nova, Leila. Não
havia ninguém que não gostasse dela. Bela como um
botão de rosa, parece que sua beleza tornava-se ainda
mais exuberante pela alegria e doçura que
acompanhavam todos os seus gestos, pela graça do seu
olhar, pelo acolhimento atencioso que dispensava a
quem se aproximava dela. Por sua causa, a situação das
outras irmãs ficava ainda mais delicada. Era evidente, por
exemplo, a preferência do velho barão pela filha mais
nova e, o mais grave, todos os jovens do povoado só
pediam a mão de Leila em casamento. Para garantir que
as outras duas não ficassem solteiras, o pai dizia que só
permitiria que Leila se casasse depois das irmãs. Isso não
adiantou nada já que ninguém aparecia para cortejar
Dronha e Catina.
Um dia elas pediram ao pai que não deixasse mais Leila ir
junto com elas aos bailes e festas, para ver se alguém as
convidava para dançar. Assim foi feito mas mesmo Leila
tendo concordado de bom grado em não sair de casa, as
irmãs ficavam a noite inteira sentadas num canto da
festa, ignoradas por todos. A raiva que as duas sentiam
de Leila foi aumentado dia a dia, até que Dronha chamou
Catina e lhe disse:
71. - Temos que fazer alguma coisa para nos livrarmos de
Leila. Se ela continuar viva, não há esperança para nós,
vamos ficar solteiras até nossa morte.
- Que horror – disse Catina -, ela é nossa irmã, você não
pode nem pensar em fazer nada contra ela. Não conte
comigo para nenhum plano.
- Pois então está bem. Cuido de tudo sozinha, não preciso
mesmo de uma idiota que só atrapalha como você.
No dia seguinte Dronha convidou Leila para um passeio
no bosque. Leila ficou feliz, afinal quase nunca saía de
casa e adorava caminhar no meio das árvores. As duas
passaram a tarde conversando enquanto se
embrenhavam cada vez mais para o fundo do bosque,
onde havia um grande precipício à beira do caminho. Foi
para lá mesmo que Dronha conduziu a irmã sem que ela
desconfiasse de nada.
- Nossa – disse Leila -, eu nunca tinha chegado até aqui.
Imagine se alguém cair lá embaixo, dá medo só de
pensar.
- Que tal experimentar esse medo pessoalmente? - gritou
Dronha, empurrando Leila com toda força abismo abaixo.
72. No meio da queda, a pobre menina agarrou um ramo de
zimbro enraizado no morro e ali ficou dependurada,
tentando não soltar a mão de jeito nenhum.
- Por favor – ela dizia -, não faça isso comigo, Dronha. Não
me deixe morrer nesse lugar. Ajude-me a sair daqui.
- Vou ajuda-la, com certeza – respondeu a irmã
completamente transtornada. E, pegando um pedaço de
pau, Dronha bateu com fúria na mão da irmã que segurava
o galho de zimbro.
Com um grito de dor, Leila largou o galho e caiu nas
profundezas do abismo. A irmã olhou para baixo e não viu
nem sinal dela. No silêncio daquele lugar tenebroso ficou
guardado o segredo do seu crime, e ela foi para casa certa
de que tinha feito o que era necessário e que agora sua
sorte ia mudar.
No dia seguinte o barão achou estranho que Leila não
estivesse na casa e que ninguém soubesse dizer para onde
ela tinha ido. Preocupado, ordenou que os empregados
dessem uma busca nos arredores, depois foi ele mesmo
acompanhado de homens valorosos procurar a menina
nos quatro cantos daquele reino, dia e noite sem parar.
Mas Leila tinha desaparecido e, por incrível que pareça,
ninguém se lembrou de procurá-la no abismo do bosque.
Um ano se passou, e enquanto na casa grande o barão
chorava a perda de sua filha querida, Leila jazia sem vida
no fundo do precipício.
73. Mas enquanto seu corpo se decompunha e se misturava à
terra, às folhas secas, às pedras e à areia, o ramo de zimbro
de permanecia na sua mão foi se enraizando e ganhando
força no meio daquele solo fértil e úmido. Depois de dois
anos transformou-se numa árvore comprida, cujos ramos
mais altos chegaram até o caminho, à beira do abismo. A
copa imponente da árvore de zimbro balançava ao vento, e
de seus galhos emanava uma estranha melodia, que em
tudo se parecia com uma música cigana.
Todos os dias, atraído por essa melodia, um jovem pastor
cigano chamado Lavuta se aproximava da árvore sentava-se
embaixo dela. Ele era conhecido como o melhor tocador de
violino da região. As pessoas diziam que, quando ele
tocava, era como se os mais melodiosos espíritos da
floresta estivessem animando seu coração e seus dedos.
Todos paravam seus afazeres para escutá-lo, até as
crianças, as plantas, os animais e os rios se aquietavam
num silêncio embevecido, quando Lavuta tocava.
Toda vez que ele ouvia o lamento da árvore de zimbro,
deixava seu rebanho e vinha para perto dela, sentava-se,
punha seu velho violino sob o queixo e começava a tocar. O
violino estava bastante estragado, mas Lavuta gostava dele
como se gosta de um amigo querido. Um dia, enquanto
tocava entretido embaixo da árvore, o arco do violino se
partiu.
74. Lavuta depositou o violino no chão para examinar o arco,
e no mesmo instante o violino escorregou precipício
abaixo. Ele se levantou de um salto mas não conseguiu
pegá-lo. O pastor desesperou-se pois aquele violino era
tudo que ele tinha neste mundo, e chorou por muito
tempo, até adormecer, inconformado, deitado de bruços,
com o rosto na terra.
E então ele teve um sonho: ele estava ali, naquele
mesmo lugar, escutando os murmúrios dos galhos da
árvore de zimbro, e aos poucos o triste lamento foi se
transformando numa música que soava como um violino.
Ele percebeu que era seu violino que tocava sozinho e,
junto com ele, uma voz de mulher cantava uma triste
melodia cigana. Ele compreendia muito bem as palavras
da canção, que dizia:
“Lavuta, pegue seu violino e toque, para todo mundo
saber que eu fui morta por uma mulher má de dentes
pontiagudos.”
O pastor, dentro do seu sonho, pensou que não poderia
tocar, pois o violino tinha caído no precipício. Como se
tivesse escutado seus pensamentos, uma voz ecoou lá do
fundo do abismo, dizendo-lhe que cortasse o alto do
tronco da árvore de zimbro e que com a madeira fizesse
outro violino.
Quando acordou logo em seguida, Lavuta lembrou do
sonho com todos os detalhes, achou tudo muito
estranho, mas ao mesmo tempo resolveu não dar muita
75. importância, pois aquilo tinha sido apenas um sonho.
Depois de reunir o rebanho, ele voltou para seu quarto,
que ficava num lugar distante, dentro das terras do barão.
Naquela mesma noite ele teve outro sonho: via uma linda
jovem entrar no seu quarto segurando um violino.
Olhando melhor, percebeu que era seu violino que ela
estendia na sua direção. Em língua cigana ela dizia:
- Toque seu violino e depois quebre-o de encontro à
mesa. Se fizer isso, eu serei sua mulher.
Em seguida ela desapareceu no ar e Lavuta acordou.
Nesse mesmo momento ele tomou uma decisão. Na
manhã seguinte, assim que se levantou, foi até a beira do
precipício para cortar a árvore de zimbro. Passou o dia
inteiro esculpindo e moldando a madeira, até que o
violino ficou pronto quando a noite chegou. Feliz da vida,
admirando sua obra, Lavuta se preparou para
experimentar o violino, mas assim que ele levantou o
arco, o violino começou a tocar sozinho. Era a mesma
melodia e a mesma voz cantando a canção cigana do seu
sonho.
A melodia soava muito alto e chegava lá fora, pela janela
aberta do seu quarto. O cuidador de cavalos do barão,
que passava por ali naquele momento, ouviu as estranhas
palavras daquela música e foi falar com Lavuta.
- Quem está cantando? – ele perguntou.
Lavuta lhe contou toda a história desde seu primeiro
sonho, e o amigo o aconselhou a mostrar o violino mágico
para o barão.
76. - Você sabia – ele disse – que a mulher do barão era
cigana? Acho que ele vai gostar de conhecer esse milagre
e vai até compreender as palavras da canção.
Os dois foram juntos até a casa grande e pediram para ver
o barão. Quando ele apareceu, o violino começou a tocar e
o pobre arregalou os olhos, sobressaltado:
- É a voz da minha filha. Onde é que ela está?
Ele correu pelos cantos da sala, por toda parte, e não
encontrou ninguém. Mas as palavras da música ele havia
entendido muito bem, e sabia perfeitamente quem era a
mulher má de dentes pontiagudos. Horrorizado, ele foi
atrás da filha mais velha e não teve muito trabalho em
fazê-la confessar o que havia feito. O velho barão expulsou
as duas filhas de sua casa, dizendo-lhes que nunca mais
voltassem, achando que Catina tivesse sido cúmplice da
irmã, embora ela não soubesse de nada.
Enquanto isso, de volta ao seu quarto, Lavuta ficou um
certo tempo segurando o violino mágico, pensando na
jovem que havia aparecido no seu sonho.
- Será que é mesmo Leila, a filha do barão? – ele dizia para
si mesmo. – Ela prometeu que se casaria comigo se eu
quebrasse o violino na mesa.
77. Ele não sabia se devia ou não acreditar no sonho. Olhou o
violino pela última vez e com um gesto firme espatifou-o
de encontro à mesa. No mesmo momento, Leila
apareceu, viva, diante dele. Na mão ela trazia seu velho
violino, consertado, com cordas novas, a madeira
brilhando, perfeita. Completamente aturdido, Lavuta
escutou sua história.
- Durante dois anos eu fiquei enterrada no abismo – ela
começou, falando com voz doce e perfumada. – Minha
mãe foi uma cigana conhecedora das artes da magia.
Quando meu pai a conheceu, ficou encantado com sua
beleza e apaixonou-se por ela. Ela também o amou, mas
antes de se casarem ela foi amaldiçoada por um espírito
que a desejava para si. O espírito determinou que todas
as crianças que nascessem daquela união seriam feias e
más. Depois que minhas duas irmãs nasceram minha mãe
suplicou ao espírito que a libertasse do feitiço. Ele
concordou, com uma condição: quando ela tivesse outra
criança, deveria morrer e ir viver com ele no reino dos
espíritos. O preço da minha beleza foi a morte da minha
mãe. Depois, quando minha irmã me empurrou no
precipício, a alma da minha mãe se converteu no ramo de
zimbro que eu agarrei na queda. E foi segurando o ramo,
a mão de minha mãe, que eu caí lá embaixo. Criando
raízes, o ramo virou árvore e eu pude nascer pela segunda
vez do corpo da minha mãe. Mas minha forma humana
eu só poderia recuperar se um homem transformasse a
madeira da árvore no objeto mais querido do seu
coração. Você amava seu violino
78. Lavuta, e quando ele caiu no abismo eu sabia que apenas
você, com seu amor, poderia me devolver à vida. Por isso
apareci no seu sonho e agora estou aqui.
- Parece que o que tinha que acontecer já foi feito – disse
Lavuta. – Eu recebi meu violino de volta e você voltou a
viver. Mas também me lembro de uma certa promessa...
- Eu não a esqueci – disse Leila com um sorriso
encantador. – Você não quer experimentar seu violino
antes de mais nada?
Lavuta se preparou para tocar e, como antes, o violino
começou a tocar sozinho a melodia do sonho
acompanhada da canção cigana. Pouco depois, o barão
entrou , atraído pela música, e mal pôde acreditar quando
viu a filha estendendo os braços apara abraçá-lo.
- Meu pai – ela disse -, o pastor Lavuta me devolveu à vida
e eu prometi casar-me com ele.
O velho barão estava tão radiante que não fez nenhuma
objeção ao casamento. Pouco importava se seu futuro
genro era um pobre pastor; a única coisa que ele queria
era ver sua filha feliz e viva.
E ele nunca teve nenhuma razão para se arrepender do
seu consentimento. O pastor Lavuta ficou conhecido em
todo o reino, não por ter se casado com a filha do barão,
mas sim por ser o maior violinista de que aquele povo
teve notícia. Até hoje se contam histórias que falam de
como Leila e Lavuta se amaram, dos filhos que tiveram e
de como o pastor prosperou e tornou-se senhor daquelas
terras, graças à sua arte, que a todos encantava.
79. Mas todas as histórias que foram contadas, de geração em
geração, começam falando do verdadeiro amor e da
sabedoria de uma mulher cigana.
Recontado por Regina Machado em: O violino cigano
e outros contos de mulheres sábias. São Paulo: Companhia
das Letras, 2004.
80.
81.
82.
83.
84.
85.
86.
87. Resumo do Mês de Junho de 2012
•Total de Livros emprestados – 563
•Livro Mais lido – Tristão e Isolda
•Sala Campeã em Empréstimo – 2ºD
•Sala que mais entregou em dia - 2ª D
•Visitantes do mês: Lucas Mateus - 7ª D
Ariane Tomas - 3ª A
•Leitores do mês: Isaque Faria - 6ª A
Evelin Machado - 3ª A
89. Empréstimo
2º Bimestre
S/M 5 6 T
1º A 14 10 24
1º B 37 34 71
1º C 33 28 61
1º D 41 19 60
1º E 8 3 11
2º A 26 6 32
2º B 11 4 15
2º C 39 11 50
2º D 33 85 118
2º E 9 4 13
3º A 20 14 34
3º B 13 2 15
3º C 8 13 21
4º A 24 10 34
4º B 16 7 23
4ª A 9 18 27
4ª B 28 11 39
4ª C 8 12 20
4ª D 20 5 25
693
Total 397 296
90. Estatística - Empréstimo de Livros
Ciclo I - 2º Bimestre 2012
120
100
80
60
40
20
0
1º 1º 1º 1º 1º 2º 2º 2º 2º 2º 3º 3º 3º 4º 4º 4ª 4ª 4ª 4ª
A B C D E A B C D E A B C A B A B C D
93. Empréstimo
2º Bimestre
S/M 5 6 T
1º A 12 20 32
1º B 0 0 0
1º C 0 9 9
1º D 0 3 3
2º A 0 0 0
2º B 0 0 0
2º C 0 0 0
2º D 0 0 0
3º A 0 0 0
3º B 0 0 0
3º C 0 0 0
1ºT A 0 0 0
1ºT B 0 0 0
1ºT C 0 0 0
1ºT D 0 1 1
2ºT A 0 0 0
3ºT A 0 0 0
45
Total 12 33
94. Estatística - Empréstimo de Livros
Ensino Médio e Eja - 2º Bimestre
2012
35
30
25
20
15
10
5
0
1ºT A
1ºT B
1ºT D
2ºT A
3ºT A
1º C
2º C
3º C
1ºT C
1º A
1º D
2º A
2º D
1º B
2º B
3º A
3º B
98. Classificação
1º Bimestre
C S Total
1º 6ªB 124
2º 2º C 100
3º 1º D 97
4º 6ªD 89
5º 1º C 81
6º 6ªA 75
7º 5ªB 74
8º 6ªC 72
9º 2º E 71
10º 1º B 66
11º 6ªE 65
12º 3º A 58
13º 5ªC 57
14º 6ªF 57
15º 3º C 53
16º 4ª A 51
17º 4º A 49
18º 4ª B 46
99. Classificação
1º Bimestre
C S Total
19º 2º A 45
20º 5ªA 45
21º 7ªC 45
22º 2º B 42
23º 1º A 37
24º 3º B 35
25º 1º E 31
26º 4º B 25
27º 2º D 24
28º 4ª C 20
29º 7ªD 18
30º 7ªA 16
31º 3ºT A 15
32º 1º A 13
33º 2º A 13
34º 8ªA 11
35º 8ªB 11
36º 2º D 10
100. 1º Bimestre
C S Total
37º 7ªB 9
38º 8ªC 9
39º 4ª D 8
40º 7ª E 8
41º 2º B 5
42º 3º B 3
43º 3º C 3
44º 1º C 2
45º 3º A 2
46º 2ºT A 2
47º 1º B 1
48º 2º C 1
49º 1ºT C 1
50º 8ªD 0
51º 1º D 0
52º 1ºT A 0
53º 1ºT B 0
54º 1ºT D 0
101. 20
40
60
80
100
120
140
0
6ªB
1º D
1º C
5ªB
2º E
6ªE
5ªC
3º C
4º A
2º A
7ªC
1º A
1º E
2º D
7ªD
3ºT A
2º A
8ªB
Empréstimo de Livros
7ªB
4ª D
Classificação - 1º Bimestre
2º B
3º C
3º A
1º B
1ºT C
1º D
1ºT B
102. Classificação
2 º Bimestre
C S Total
1º 2º D 118
2º 6ª A 113
3º 1º B 71
4º 5ªB 66
5º 1º C 61
6º 1º D 60
7º 5ªC 59
8º 5ª A 58
9º 6ªE 58
10º 2º C 50
11º 6ªD 49
12º 6ªB 48
13º 6ªF 44
14º 4ª B 39
15º 3º A 34
16º 4º A 34
17º 2º A 32
18º 7ªD 32
103. Classificação
2 º Bimestre
C S Total
19º 1º A 32
20º 7ªC 28
21º 4ª A 27
22º 4ª D 25
23º 1º A 24
24º 6ªC 24
25º 4º B 23
26º 3º C 21
27º 4ª C 20
28º 7ªB 17
29º 2º B 15
30º 3º B 15
31º 2º E 13
32º 7ªE 12
33º 8ªC 12
34º 1º E 11
35º 1º C 9
36º 7ªA 8
104. Classificação
2 º Bimestre
C S Total
37º 8ªD 7
38º 8ª A 6
39º 1º D 3
40º 8ªB 1
41º 1ºT D 1
42º 1º B 0
43º 2º A 0
44º 2º B 0
45º 2º C 0
46º 2º D 0
47º 3º A 0
48º 3º B 0
49º 3º C 0
50º 1ºT A 0
51º 1ºT B 0
52º 1ºT C 0
53º 2ºT A 0
54º 3ºT A 0
105. 20
40
60
80
100
120
0
2º D
1º B
1º C
5ªC
6ªE
6ªD
6ªF
3º A
2º A
1º A
4ª A
1º A
4º B
4ª C
2º B
2º E
8ªC
1º C
empréstimo de Livros
8ªD
Classificação 2º Bimestre
1º D
1ºT D
2º A
2º C
3º A
3º C
1ºT B
2ºT A
106. Classificação Final
C Série Total
1º 6ªA 188
2º 6ªB 172
3º 1º D 157
4º 2º C 150
5º 1º C 142
6º 2º D 142
7º 5ªB 140
8º 6ªD 138
9º 1º B 137
10º 6ªE 123
11º 5ªC 116
12º 5ªA 103
13º 6ªF 101
14º 6ªC 96
15º 3º A 92
16º 4ª B 85
17º 2º E 84
18º 4º A 83
107. Classificação Final
C Série Total
19º 4ª A 78
20º 2º A 77
21º 3º C 74
22º 7ªC 73
23º 1º A 61
24º 2º B 57
25º 3º B 50
26º 7ªD 50
27º 4º B 48
28º M 1º A 45
29º 1º E 42
30º 4ª C 40
31º 4ª D 33
32º 7ªB 26
33º 7ªA 24
34º 8ªC 21
35º 7ªE 20
36º 8ªA 17
108. Classificação Final
C Série Total
37º 3ºT A 15
38º M 2º A 13
39º 8ªB 12
40º M 1º C 11
41º M 2º D 10
42º 8ªD 7
43º M 2º B 5
44º M 1º D 3
45º M 3º B 3
46º M 3º C 3
47º M 3º A 2
48º 2ºT A 2
49º M 1º B 1
50º M 2º C 1
51º 1ºT C 1
52º 1ºT D 1
53º 1ºT A 0
54º 1ºT B 0
109. RELATÓRIO DO 1° SEMESTRE - 2012
São Paulo, 30 de junho de 2012.
No dia 10/03/2012, deu-se início as atividades regulares
da Sala de Leitura, durante os meses de fevereiro e início de
março estas foram impossibilitadas devido reforma geral da
escola.
A partir de 10/03/2012 iniciou-se o projeto anual “Me
Leva Que Eu Vou, Mas Volto Feliz” voltado para o estímulo de
empréstimo de livros e incentivo a leitura, focado na divulgação
dos resultados no que se refere a números e a destaques
humanos (incluindo alunos que possuem habilidades
diversificadas como: poesias, desenhos e outros), envolvendo
toda a comunidade escolar que participa espontaneamente.
Paralelo a este projeto as responsáveis pela sala de leitura,e a
comunidade escolar apresentaram outros projetos de leitura e
audiovisuais devidamente analisados e aprovados pela equipe
gestora.
•Tristão e Isolda (filme e livro), com a participação da 6ª série e
sob a orientação da professora Martinha;
•Mitos - Folclore do Mestre André (áudio e leitura do texto o
Saci), direcionado ao ciclo I e ciclo II que envolveu diversas salas e
professores;
•Leitura de textos livres – (temas diversos), abrangeu o Ciclo I,
Ciclo II, Ensino Médio e Eja;
•Iniciação a Poesia – painel com poemas de Fernando pessoa;
•A Semana dos Namorados - com painel destacando poesias
românticas de poetas da literatura nacional e estrangeira, árvore
do amor e músicas românticas diversas.
Os resultados dos projetos foram satisfatórios, pois atingiram a
maioria dos objetivos almejados.
Observação: Os detalhes dos projetos estão no portfólio que será
gravado em CD e imprimido.
110. Resumo do 1º Semestre de 2012
•Total de Livros emprestados – 3.175
•Livro Mais lido – Tristão e Isolda
•Sala Campeã em Empréstimo - 6ª A
•Sala que mais entregou em dia - 6ª A
•Leitores do mês: Isaque Semestre - 6ª A
Evelin Machado - 3ª A