O documento descreve as origens do pensamento filosófico no Oriente Médio e na Grécia Antiga. Os primeiros filósofos gregos, chamados pré-socráticos, buscavam compreender a natureza sem recorrer aos deuses, procurando o princípio fundamental das coisas. Tales de Mileto propôs a água, Heráclito o fogo e suas transformações, e Parmênides a imutabilidade do ser. Pitágoras defendia que os números explicam o universo, enquanto Demócrito postulou os átomos como component
3. 1. Pensamento filosófico
o O pensamento filosófico busca compreender as
coisas como são, em sua essência.
o Elimina – se a magia e o fantástico na busca de
respostas para explicar a realidade.
o A lógica e a razão são seus instrumentos essenciais.
o Conhecer não é apenas aceitar, mas espantar – se
e questionar tudo aquilo que nos cerca.
4. 2. O conhecimento no Oriente Médio
Egito e Mesopotâmia:
o A Revolução Neolítica gerou um salto tecnológico,
a sedentarização e as civilizações hidráulicas.
o Surgiram ainda a cerâmica e a metalurgia.
o O Estado surgiu como instituição necessária à
administração da coletividade.
o Estado teocrático: religião, instrumento de poder.
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6. Pragmatização do conhecimento:
o Num processo civilizatório complexo o conhecimento
utilitário e prático desenvolveu – se.
o A astronomia auxiliava na prevenção de enchentes.
o Noções de matemática e física eram úteis e práticas.
o O conhecimento era útil na solução de problemas.
o Limitou – se o pensamento lógico e racional num
ambiente em que a religião e os deuses foram mais
importantes.
7. 3. Grécia: o nascer da Filosofia
Expansão comercial e colonização:
o O crescimento comercial e a colonização geraram
profundas transformações na Grécia: urbanização,
novas classes sociais, estímulo à navegação.
o Os gregos mantiveram contatos com outros povos
(egípcia, fenícia, babilônica), assimilando sua cultura:
matemática, astronomia, práticas comerciais, etc.
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9. O ócio criativo e o ambiente para debate:
o As transformações econômicas trouxeram
benefícios sociais e melhores condições de vida.
o A escravidão liberou a elite para pensar.
o Os novos grupos sociais e suas reivindicações
estimularam o debate sobre direitos e política.
o A religião, sem um clero poderoso e sem dogmas,
era mais liberal e utilitária, permitia o livre pensar.
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12. O fracasso do mito e o nascer da Filosofia:
o Devido às transformações a vida econômica, social
e política tornava – se mais complexa.
o Os mitos eram impotentes para dar sentidos.
o O livre questionamento permitiu a busca de
respostas na compreensão da nova realidade.
o O logos (razão) deu caráter de ciência à Filosofia,
na busca das causas e efeitos.
13. 3. Do mito ao logos (razão): nasce a Filosofia
o Humanização dos deuses gregos liberando o
homem das amarras religiosas.
o Calendário baseado em atividades humanas.
o Expansão comercial e alfabeto desenvolvendo o
pensamento abstrato.
o Política: debates, participação, reivindicações.
14. O que é novo na Filosofia grega, parece – me consistir,
não tanto na substituição dos mitos por algo mais
científico, mas sim, em uma nova atitude em relação
aos mitos. A nova atitude que tenho em mente é a
atitude crítica. A dúvida e a crítica existiram,
certamente, antes disso. O que é novo, porém, é que a
dúvida e a crítica tornam – se agora, por sua vez, parte
da tradição da escola. Uma tradição de caráter
superior substitui a preservação tradicional do dogma.
15. 4. Pré – socráticos: o despertar da razão
Os filósofos da physis (natureza) – cosmologia:
o Natureza: como a realidade se apresenta.
o Os physiologos (filósofos da natureza) buscavam
entender a natureza sem apelar aos deuses.
o Buscavam a arché (o princípio gerador de tudo).
o Compreender a realidade era essencial.
16. Tales de Mileto (624 – 546 a.C.)
o Primeiro filósofo, defendia a água como arché.
o Viveu no Egito e percebeu o quanto a água era
essencial aos egípcios.
o Considerava a água era matéria, deus inteligente,
base da vida e do futuro.
o A água, encontrada em todos os estados, era vital.
o Tudo é um: nascia a Filosofia.
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18. Para Tales a água poderia ocupar qualquer forma
(líquido, sólido, gasoso), tendo um caráter especial,
identificada como a physis, dado origem a tudo o mais.
Toda matéria, dotada de umidade, teria utilidade par a
vida. A inexistência de umidade, a completa seca,
corresponderia a não existência – a morte.
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20. Heráclito de Éfeso ( 535 – 475 a.C.)
o O fator de mudança das coisas é o fogo.
o A água em seus estados está vinculada ao fogo:
se perde fogo fica sólida, se ganha fogo evapora.
Tudo flui (panta rhei):
o Um homem não se banha duas vezes no mesmo rio.
o Nem o rio, nem nós seremos os mesmos na segunda vez.
o Tudo se transforma incessantemente.
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22. A dialética de Heráclito: ser e não ser
o O fogo associava – se ao conflito entre os opostos:
quente e frio, doce e salgado, dia e noite.
o O ser não é mais nem menos que o não ser.
o O verdadeiro está na unidade dos opostos, no ser
e no não ser.
o Nada persiste, nada permanece, é parte integrante
do movimento do surgir e do desaparecer.
23. Parmênides de Eleia (515 – 445 a.C.)
o Oposição a Heráclito e à sua dialética.
o Se algo é, não pode não ser.
o Se deixou de ser não é verdadeiro.
o Um ser perfeito não pode deixar de ser.
o A existência do ser restringe – se ao presente,
eterno e imutável: o passado já não existe e o
futuro ainda não existe.
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25. Para Parmênides o dia é dia e a noite é noite.
Juntos são dia e noite, não podem não ser.
Dia e noite são partes de um todo indivisível.
26. Para Parmênides o futuro é uma possibilidade que
ainda não existe. É impossível pensar a respeito dele.
Afinal, não é possível pensar o nada,
pois o próprio ato de pensar está vinculado ao ser.
27. Ontologia: estudo das propriedades gerais do ser
o A verdade não está nas coisas, pois os sentidos
não são confiáveis.
o Expressamos apenas nossas impressões e opiniões.
o Cada um interpreta algo conforme seus sentidos.
o A verdade está com ela mesma e a prática da razão
é o único caminho para se chegar à ela.
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33. Pitágoras de Samos (570 – 495 a.C.)
o O princípio do Universo está nos números.
o Tudo que existe pode ser traduzido numa proporção
matemática ou somatória.
o A matemática está em tudo: nas dimensões do corpo
e nas leis naturais ao nosso redor.
o Numa música percebe – se a matemática, não a
ouvimos por sermos parte dela.
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36. Demócrito de Abdera (460 – 371 a. C.)
o Abandonou o caráter monista da physis.
o Defendeu uma visão múltipla e pluralista.
o Há uma matéria invisível, infinita e indivisível.
o Os átomos estão separados pelo vazio, mas com
atração, repulsão, associações e dissociações.
o As propriedades do átomo contrapõem – se ao
mutável de Heráclito e ao imutável de Parmênides.