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Estudo das narrativas Orais e Histórias
de Vida ou Literatura
Prof.ªDr.ªMirnaLúcia Moraes
Período: 15/07 a22/07/2022
UniversidadeFederalRuralda Amazônia
O que é história Oral?
Processo de trabalho que privilegia o diálogo
e a colaboração de sujeitos considerando
suas experiências, memórias, identidades e
subjetividades, para a produção do
conhecimento. Neste processo de
intervenção e mediação se dáa construção de
narrativas e de estudos referentes à
experiênciadepessoase degrupos.
O que não é?
Entrevista
Soluçãopara
amnésiasocial
01
04
Coleta
aleatória
02
Preenchimento
de lacuna
03
05 Confiabilidade
Uma História para a História Oral
A Universidade
de Columbia
Uma História para a História Oral
O pós-
guerrae a
voltados
soldados;
O papeldo
rádioe das
históriasde
pessoas
comuns;
A novidadenas
tecnologiasde
registrosde
áudio;
História oral produto de seu tempo
• Éresultadoe resultantedasforças queatuaramnomovimento
de construçãodoconhecimento.
• Foimarcadapelaspreocupações da:
NovaHistória– fontes
Históriadotempo presente
• Emostrou alternativasparaa escritade:
HistóriaVistadebaixo
Históriadocotidiano
Tempo Presente
• Seleção de temas a partir do presente. Isso garante àhistória
umconstantemovimento.
• A chamada “história do tempo presente”passou das margens
do campo histórico para o centro da disciplina, mudando o
papel eo ofício dohistoriador:
“A reintegração do tempo presente faz varrer da visão da
história, os últimos vestígios do positivismo: o historiador do
tempo presente sabe o quanto sua objetividade é frágil, que seu
papel não é o de uma chapa fotográfica que se contenta em
observarfatos, elecontribuiupara construí-los.”
(RÉMOND, 1996,p. 208).
Presença do presente
• O final do séc. XX, deu extensão a um presente massivo, invasor,
onipresente, fabricando cotidianamente o passado e o futuro do
qualeletem necessidade.
• Um presentejápassadoantesde tercompletamentechegado.
• O passado aproxima-se sempre mais do presente, que se evoca e
quesehistoriciza.
• Desde o fim dos anos de 1960, este presente se descobriu inquieto,
embusca deraízes,obcecadocom amemória.
Háumarupturaentrepresentee passado.
Crescimento
• A partir da década de 1950 a História Oral passa a crescer e ser
adotadacomo formadeproduçãodeconhecimentomundoafora.
• Difícil estipular em que momento da História surgem diversas
metodologias etendênciasdaHistóriaOral
Penso que a diversidade é parte da ampliação do uso e da falta,
noiníciode umaorganizaçãoregulamentadora.
Issosemdúvidatemprós e contras
• O queécomumatodas as tendênciasdeHistóriaOral?
Talvez apenas a oralidade... Ou nem isso, pois hoje belos
trabalhos estão sendo feitos com o registro da performance de surdos
e/ou artistas.
Qual o valor da História Oral?
• Importa dizer que o uso da História Oral ainda não é
completamente aceito, mas que os trabalhos que a utilizam vêm
ganhandorelevânciasignificativa.
• Importância do registro da memória no mundo contemporâneo
frente a dissolução da memória e dos elos que nos ligam a um
passado.
• Como ficamas identidades,presentificadasefragmentadas.
• Quais possibilidades para que as memórias, tradições e
patrimôniosnãosepercampor nãoteremsidoregistrados.
História Oral para que?
• Assim como muitos teóricos perguntam com
referência à História, podemos também fazer paraa
HistóriaOral.
• Paraentenderopassado?
Ou
• Paracompreenderadiferença?
O passado funcionando como um vetor, um
indicadorpara entenderadiferença.
Pois, pela diferença se compreende as
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01
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registro”?
02
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contemporaneida
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03
O tempo da memória
• A memóriaoperaemumtempo sincrônicode
múltiplastemporalidades.
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• Comprometimentoscom ooutro
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essaspossibilidades.
Quais possibilidades do uso
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Referências bibliográficas
• BLOCH, M. Apologiada Históriaou o ofício de historiador. Rio de Janeiro: Jorge
Zahar ed., 2001.
• BOURDIEU, Pierre. A miséria do mundo. Petrópolis:Vozes, 1997.
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EDUSP, São Paulo.1997.
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jan 2008, p.8-9.
• FERREIRA, Marieta de Moraes. &AMADO, Janaína. (orgs.)Usos eAbusos da
História Oral. Rio de Janeiro:Fundação Getúlio Vargas, 1996.
• ______(org). Entre-vistas: abordagens e usos da históriaoral. Rio de Janeiro.
Fundação Getúlio Vargas, 1994.
• GIDDENS, A. As conseqüências da modernidade. São Paulo,Ed. UNESP, 1991.
• ______. Modernidade e identidade. Rio de Janeiro:Ed. JorgeZahar, 2002.
• GROS, F. (org). Foucault: a coragem da verdade. São Paulo: ParábolaEditorial,
2004, p.22.
• HALBAWCS, M. A memória coletiva. São Paulo: Vértice, 1990.
• HARTOG, François. Tempo e patrimônio. Varia hist. vol.22 no.36 Belo Horizonte July/Dec.
2006, p. 261-273.
• HUYSSEN, A.Seduzidos pela memória: arquitetura, monumentos, mídia. Rio de Janeiro:
Aeroplano Editora, 2004.
• LE GOFF, J. História e memória. Campinas, SP:Ed. Unicamp, 1996.
• MENESES, U. B de. Os paradoxos da Memória. In: MIRANDA,D.S. de. Memória e Cultura:
a importância de memória na formação cultural humana. São Paulo, Ed. SESC-SP, 2007.
• MEIHY, José Carlos Sebe Bom e HOLANDA, Fabíola. História Oral. Como fazer, como
pensar. 1.ed. São Paulo: Editora Contexto, 2007.
• ______. Dez preconceitos contra história oral. In Oralidades (USP), v.1, p. 1-15, 2007.
• ______. Os novos rumos da história oral. In Revista de História (USP), v.155, p. 1-20, 2006.
• POLLAK, M.Memória e identidade social. In: Estudos Históricos, Rio de Janeiro, vol. 5,
ano 10, 1992, pp.200-212.
• ________. Memória esquecimento, silêncio. In: Estudos Históricos. Rio de Janeiro, vol. 2,
n. 3, 1989, pp. 3-15.
• RÉMOND, R.Algumas questões de alcance geral à guisa de introdução. IN:FERREIRA,
Marieta. M. e AMADO, Janaina. Usos e abusos da história
• RIBEIRO, S.L. S. ;CARVALHO, Maria Lucia Mendes .História Oral na Educação: memórias e
identidades. 1. ed. São Paulo: Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, 2013.
• ______; MEIHY, J. C. S.B. Guia Prático de História Oral. São Paulo: Contexto, 2011.
• ______. Tramas e traumas: identidades em marcha. São Paulo: DH/FFLCH/USP, 2008.
• ______. História Oral na Escola: instrumentos para o ensino de história. Oralidades, São
Paulo, no. 4 – jun/dez 2008, pp. 99-109.
• ______, IOKOI, Zilda, ANDRADE,Marcia e REZENDE, Simone. Vozes da terra: histórias de
vida dos assentados rurais de São Paulo. São Paulo: Fundação ITESP/ Imprensa Oficial,
2005.
• ______. Processos de mudança no MST:história de uma família cooperada. São Paulo,
Dissertação de Mestrado DH/FFLCH, 2002.
• SARLO, B. Cenas da vida pós-moderna: intelectuais, arte e vídeo-cultura na Argentina. Rio
de Janeiro, Ed. UFRJ, 1997;
• ________. Tempo passado: cultura da memória e guinada subjetiva. São Paulo: Companhia
das Letras, Belo Horizonte: Editora UFMG, 2007.

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Estudo das narrativas Orais e Histórias de Vida

  • 1. Estudo das narrativas Orais e Histórias de Vida ou Literatura Prof.ªDr.ªMirnaLúcia Moraes Período: 15/07 a22/07/2022 UniversidadeFederalRuralda Amazônia
  • 2.
  • 3. O que é história Oral? Processo de trabalho que privilegia o diálogo e a colaboração de sujeitos considerando suas experiências, memórias, identidades e subjetividades, para a produção do conhecimento. Neste processo de intervenção e mediação se dáa construção de narrativas e de estudos referentes à experiênciadepessoase degrupos.
  • 4. O que não é? Entrevista Soluçãopara amnésiasocial 01 04 Coleta aleatória 02 Preenchimento de lacuna 03 05 Confiabilidade
  • 5. Uma História para a História Oral A Universidade de Columbia Uma História para a História Oral O pós- guerrae a voltados soldados; O papeldo rádioe das históriasde pessoas comuns; A novidadenas tecnologiasde registrosde áudio;
  • 6. História oral produto de seu tempo • Éresultadoe resultantedasforças queatuaramnomovimento de construçãodoconhecimento. • Foimarcadapelaspreocupações da: NovaHistória– fontes Históriadotempo presente • Emostrou alternativasparaa escritade: HistóriaVistadebaixo Históriadocotidiano
  • 7. Tempo Presente • Seleção de temas a partir do presente. Isso garante àhistória umconstantemovimento. • A chamada “história do tempo presente”passou das margens do campo histórico para o centro da disciplina, mudando o papel eo ofício dohistoriador: “A reintegração do tempo presente faz varrer da visão da história, os últimos vestígios do positivismo: o historiador do tempo presente sabe o quanto sua objetividade é frágil, que seu papel não é o de uma chapa fotográfica que se contenta em observarfatos, elecontribuiupara construí-los.” (RÉMOND, 1996,p. 208).
  • 8. Presença do presente • O final do séc. XX, deu extensão a um presente massivo, invasor, onipresente, fabricando cotidianamente o passado e o futuro do qualeletem necessidade. • Um presentejápassadoantesde tercompletamentechegado. • O passado aproxima-se sempre mais do presente, que se evoca e quesehistoriciza. • Desde o fim dos anos de 1960, este presente se descobriu inquieto, embusca deraízes,obcecadocom amemória. Háumarupturaentrepresentee passado.
  • 9. Crescimento • A partir da década de 1950 a História Oral passa a crescer e ser adotadacomo formadeproduçãodeconhecimentomundoafora. • Difícil estipular em que momento da História surgem diversas metodologias etendênciasdaHistóriaOral Penso que a diversidade é parte da ampliação do uso e da falta, noiníciode umaorganizaçãoregulamentadora. Issosemdúvidatemprós e contras • O queécomumatodas as tendênciasdeHistóriaOral? Talvez apenas a oralidade... Ou nem isso, pois hoje belos trabalhos estão sendo feitos com o registro da performance de surdos e/ou artistas.
  • 10. Qual o valor da História Oral? • Importa dizer que o uso da História Oral ainda não é completamente aceito, mas que os trabalhos que a utilizam vêm ganhandorelevânciasignificativa. • Importância do registro da memória no mundo contemporâneo frente a dissolução da memória e dos elos que nos ligam a um passado. • Como ficamas identidades,presentificadasefragmentadas. • Quais possibilidades para que as memórias, tradições e patrimôniosnãosepercampor nãoteremsidoregistrados.
  • 11. História Oral para que? • Assim como muitos teóricos perguntam com referência à História, podemos também fazer paraa HistóriaOral. • Paraentenderopassado? Ou • Paracompreenderadiferença? O passado funcionando como um vetor, um indicadorpara entenderadiferença. Pois, pela diferença se compreende as transformaçõeseas dinâmicasdavida.
  • 12. Críticas? Mesmocomo reconhecimento,háqueseaceitare lidar comas críticas.Destacamosaqui3delas: Imprecisãoda memória 01 “Registropelo registro”? 02 Garantirquenão sepercamnomar de informaçãoda contemporaneida de. 03
  • 13. O tempo da memória • A memóriaoperaemumtempo sincrônicode múltiplastemporalidades. • Qualo tempo damemória? • Presentequenecessitadopassado Construçãoacontecenopresente Respondea demandasdopresente Usos sãofeitos no presente
  • 14. História oral: um documento líquido? • NecessidadedeMediação • Entrevistacomoreferente(semparidadeou equivalência) • ConstruçãodeumDocumento/narrativa– liquidez(Baumann) • Comprometimentoscom ooutro • Envolvimentoe Ética
  • 15. Entre a amnésia e a vontade de nada esquecer • O presenteseimpõe, ecom elea buscapor memóriase ocrescente movimentopelapatrimonialização. Imperativosdacontemporaneidade Tudo épatrimônio Toda memóriaprecisaserregistrada • A aceleraçãocomo novaformaparaaexperiência: mudançabruscadeumregimede memóriaparaumoutro; Imposiçãode umanovaordemdo tempo.
  • 16. Disputa pela memória • Memóriaepoder Como construção social, a produção da memória é mediada pelas relações de poder deumgrupoou sociedade. Essas relações fazem aparecer ou não determinadas memórias coletivas (ou não)como sefossemverdadesuniversais.
  • 17. O que é diferente no trabalho com História Oral? Subjetividade 01 Memória– individuale coletiva 02 Valorização da Experiência 03 Identidadee Comunidade 04
  • 18. Como iniciar um trabalho de História Oral? Se HistóriaOral deVida; Se TradiçãoOral; Definiçãode Gênerode HistóriaOral: Se Testemunhal. Escritade um Projetode HistóriaOral; Se Temática; Primeiros passos:
  • 19. Elaboração de Projeto • A existênciade umprojetoéfundamentalpara aHistóriaOral. • Projetoé umplanejamentoarticuladode investigaçãoqueincluiumasériede entrevistasqueobedecem atratamento específicode: Coleta Trabalhocomo texto Relaçãoentreas entrevistas
  • 20. Gêneros de trabalhos - HO • Históriaoraltemática projetos depesquisae/ou técnicaauxiliarparaorganizaçãode acervos; • Históriaoraldevida projetos depesquisae/ou comoformade diagnósticodeproblemas e tecnologiasocial; • Tradiçãooral Projetos depesquisae/ou formadeproduçãode conhecimentosobre comunidadestradicionaisemquea oralidadeéformaprincipaldetransmissão cultural; • Históriaoraltestemunhal projetos depesquisae/ou formadeproduçãode conhecimentosobre gruposou pessoasquevivenciaramtraumas;
  • 21. Quais limites do uso História Oral? • Desde o início falamos em um processo colaborativo, portanto cabe ao pesquisador da área se comprometer com a história contadapelooutro. • O maiorlimiteé portantoético.
  • 22. • Desenvolverumtrabalhodeformareflexiva, emuma perspectivacríticaemancipatória. • Fornecersubsídiosparaaleituraedesconstruçãodo conhecimentoproduzidoevidenciando: Complexidade Heterogeneidade Quais possibilidades do uso História Oral?
  • 23. • Realizar a produção do conhecimento histórico de forma a compreender e garantir a coexistência democrática. Defendendo: Pluralidade Diversidade Inclusão Nãohierarquização • Importante: Evidente que não é a única forma de produção de conhecimento que possibilita esta fazer, mas é a que escolhemos e com ela vimos a importância de explorar essaspossibilidades. Quais possibilidades do uso História Oral?
  • 24. Referências bibliográficas • BLOCH, M. Apologiada Históriaou o ofício de historiador. Rio de Janeiro: Jorge Zahar ed., 2001. • BOURDIEU, Pierre. A miséria do mundo. Petrópolis:Vozes, 1997. • CANCLINI, N. G. Culturas híbridas, estratégicas paraentrar e sair da modernidade. EDUSP, São Paulo.1997. • COSTA, Emília Viottida. O historiador e asociedade. In: Cadernos Cedem, ano 1, n. 1, jan 2008, p.8-9. • FERREIRA, Marieta de Moraes. &AMADO, Janaína. (orgs.)Usos eAbusos da História Oral. Rio de Janeiro:Fundação Getúlio Vargas, 1996. • ______(org). Entre-vistas: abordagens e usos da históriaoral. Rio de Janeiro. Fundação Getúlio Vargas, 1994. • GIDDENS, A. As conseqüências da modernidade. São Paulo,Ed. UNESP, 1991. • ______. Modernidade e identidade. Rio de Janeiro:Ed. JorgeZahar, 2002. • GROS, F. (org). Foucault: a coragem da verdade. São Paulo: ParábolaEditorial, 2004, p.22.
  • 25. • HALBAWCS, M. A memória coletiva. São Paulo: Vértice, 1990. • HARTOG, François. Tempo e patrimônio. Varia hist. vol.22 no.36 Belo Horizonte July/Dec. 2006, p. 261-273. • HUYSSEN, A.Seduzidos pela memória: arquitetura, monumentos, mídia. Rio de Janeiro: Aeroplano Editora, 2004. • LE GOFF, J. História e memória. Campinas, SP:Ed. Unicamp, 1996. • MENESES, U. B de. Os paradoxos da Memória. In: MIRANDA,D.S. de. Memória e Cultura: a importância de memória na formação cultural humana. São Paulo, Ed. SESC-SP, 2007. • MEIHY, José Carlos Sebe Bom e HOLANDA, Fabíola. História Oral. Como fazer, como pensar. 1.ed. São Paulo: Editora Contexto, 2007. • ______. Dez preconceitos contra história oral. In Oralidades (USP), v.1, p. 1-15, 2007. • ______. Os novos rumos da história oral. In Revista de História (USP), v.155, p. 1-20, 2006. • POLLAK, M.Memória e identidade social. In: Estudos Históricos, Rio de Janeiro, vol. 5, ano 10, 1992, pp.200-212. • ________. Memória esquecimento, silêncio. In: Estudos Históricos. Rio de Janeiro, vol. 2, n. 3, 1989, pp. 3-15.
  • 26. • RÉMOND, R.Algumas questões de alcance geral à guisa de introdução. IN:FERREIRA, Marieta. M. e AMADO, Janaina. Usos e abusos da história • RIBEIRO, S.L. S. ;CARVALHO, Maria Lucia Mendes .História Oral na Educação: memórias e identidades. 1. ed. São Paulo: Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, 2013. • ______; MEIHY, J. C. S.B. Guia Prático de História Oral. São Paulo: Contexto, 2011. • ______. Tramas e traumas: identidades em marcha. São Paulo: DH/FFLCH/USP, 2008. • ______. História Oral na Escola: instrumentos para o ensino de história. Oralidades, São Paulo, no. 4 – jun/dez 2008, pp. 99-109. • ______, IOKOI, Zilda, ANDRADE,Marcia e REZENDE, Simone. Vozes da terra: histórias de vida dos assentados rurais de São Paulo. São Paulo: Fundação ITESP/ Imprensa Oficial, 2005. • ______. Processos de mudança no MST:história de uma família cooperada. São Paulo, Dissertação de Mestrado DH/FFLCH, 2002. • SARLO, B. Cenas da vida pós-moderna: intelectuais, arte e vídeo-cultura na Argentina. Rio de Janeiro, Ed. UFRJ, 1997; • ________. Tempo passado: cultura da memória e guinada subjetiva. São Paulo: Companhia das Letras, Belo Horizonte: Editora UFMG, 2007.