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Primeira História
A primeira história leva-nos ao tempo da construção do Convento de Mafra, cuja edificação
foi feita por D. João V e oferecida a Deus, para que este lhe desse um herdeiro, uma vez
que o rei era casado já há dois anos com D. Maria e até então não tinham tido filhos.
Saramago fala e critica a opressão que os nobres e o clero exerciam sobre o povo, uma
vez que esta grandiosa construção custou muitos sacrifícios e originou muitas mortes nos
populares.
Segunda História
A segunda história é a história de amor entre Blimunda e Baltazar, pessoas pobres e
humildes. Blimunda tem o dom de ver por dentro das pessoas, mas para isso tem que
estar em jejum. São ambos amigos do padre Lourenço, um homem perseguido pela
inquisição, que tem o desejo de voar e que, para isso, desenhou uma máquina, à qual
chamou passarola. Pede a ajuda de Baltasar para a construir e este, após algumas
hesitações, aceita. Com a ajuda da amada, mudam-se para a quinta do Duque de Aveiro,
em S. Sebastião da Pedreira, para iniciarem a obra.
Entretanto, com a partida do padre para a Holanda, o casal parte também para Mafra, que
é a terra de Baltasar. Estiveram sem se ver durante 3 anos, até que Baltasar recomeça a
construção da máquina. Num desses dias, consegue voar e nunca mais aparece.
Blimunda procura-o durante nove anos, até que um dia, num auto-de-fé, encontra-o. Ele
fora condenado à fogueira. Até esse ponto, Blimunda nunca tinha visto Baltasar por dentro,
pois mal se levantava comia sempre um pouco de pão, para não estar em jejum. No
entanto, instantes antes de morrer ela olhou-o, recolheu a sua vontade, porque ele lhe
pertencia.
Estrutura do livro
25 capítulos - não formais
Plano da história
 Portugal no século XVIII
 Reinado de D. João V
 Construção do Convento de Mafra
 Inquisição, autos de fé, casamento dos infantes
Plano da ficção da história
 O narrador molda as personagens históricas, transformando-as
 D. João e D. Ana caricaturados
Plano do fantástico
 Construção da Passarola
 Dom de Blimunda
O Romance
 Romance histórico - oferece uma descrição minuciosa da sociedade portuguesa da
época.
 Romance social - preocupa-se com a realidade social fazendo sobressair o povo
oprimido.
 Romance de intervenção - denúncia a história repressiva portuguesa da 1ªmetade do
séc. XX.
 Romance de espaço - traduz não só o ambiente histórico, mas também vários quadros
sociais que permitem um melhor conhecimento do ser humano.
O Narrador
 Saramago rejeita a omnipotência do narrador, na medida em que considera que é o
autor que põe em causa o presente que conhece e o passado que lhe chega através
das suas investigações.
 Há diversas vezes um discurso de sobreposições narrativas com uma voz (ou um plural
de vozes) que tanto descreve como desconstrói as situações, que dialoga com o
narratário ou manuseia as personagens, que domina os conhecimentos da história ou
se sente limitado, que faz ponderações ou ironiza.
Personagens
 D. João V
 Povo
 Baltasar e Blimunda
 Padre Bartolomeu de Gusmão (O Voador)
 Domenico Scarlatti
No livro existem dois grupos antagónicos de personagens - a classe opressora,
representada pela aristocracia e alto clero - e os oprimidos, o povo.

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A história de Baltasar e Blimunda

  • 1. Primeira História A primeira história leva-nos ao tempo da construção do Convento de Mafra, cuja edificação foi feita por D. João V e oferecida a Deus, para que este lhe desse um herdeiro, uma vez que o rei era casado já há dois anos com D. Maria e até então não tinham tido filhos. Saramago fala e critica a opressão que os nobres e o clero exerciam sobre o povo, uma vez que esta grandiosa construção custou muitos sacrifícios e originou muitas mortes nos populares. Segunda História A segunda história é a história de amor entre Blimunda e Baltazar, pessoas pobres e humildes. Blimunda tem o dom de ver por dentro das pessoas, mas para isso tem que estar em jejum. São ambos amigos do padre Lourenço, um homem perseguido pela inquisição, que tem o desejo de voar e que, para isso, desenhou uma máquina, à qual chamou passarola. Pede a ajuda de Baltasar para a construir e este, após algumas hesitações, aceita. Com a ajuda da amada, mudam-se para a quinta do Duque de Aveiro, em S. Sebastião da Pedreira, para iniciarem a obra. Entretanto, com a partida do padre para a Holanda, o casal parte também para Mafra, que é a terra de Baltasar. Estiveram sem se ver durante 3 anos, até que Baltasar recomeça a construção da máquina. Num desses dias, consegue voar e nunca mais aparece. Blimunda procura-o durante nove anos, até que um dia, num auto-de-fé, encontra-o. Ele fora condenado à fogueira. Até esse ponto, Blimunda nunca tinha visto Baltasar por dentro, pois mal se levantava comia sempre um pouco de pão, para não estar em jejum. No entanto, instantes antes de morrer ela olhou-o, recolheu a sua vontade, porque ele lhe pertencia. Estrutura do livro 25 capítulos - não formais Plano da história  Portugal no século XVIII  Reinado de D. João V  Construção do Convento de Mafra  Inquisição, autos de fé, casamento dos infantes Plano da ficção da história  O narrador molda as personagens históricas, transformando-as  D. João e D. Ana caricaturados Plano do fantástico  Construção da Passarola  Dom de Blimunda
  • 2. O Romance  Romance histórico - oferece uma descrição minuciosa da sociedade portuguesa da época.  Romance social - preocupa-se com a realidade social fazendo sobressair o povo oprimido.  Romance de intervenção - denúncia a história repressiva portuguesa da 1ªmetade do séc. XX.  Romance de espaço - traduz não só o ambiente histórico, mas também vários quadros sociais que permitem um melhor conhecimento do ser humano. O Narrador  Saramago rejeita a omnipotência do narrador, na medida em que considera que é o autor que põe em causa o presente que conhece e o passado que lhe chega através das suas investigações.  Há diversas vezes um discurso de sobreposições narrativas com uma voz (ou um plural de vozes) que tanto descreve como desconstrói as situações, que dialoga com o narratário ou manuseia as personagens, que domina os conhecimentos da história ou se sente limitado, que faz ponderações ou ironiza. Personagens  D. João V  Povo  Baltasar e Blimunda  Padre Bartolomeu de Gusmão (O Voador)  Domenico Scarlatti No livro existem dois grupos antagónicos de personagens - a classe opressora, representada pela aristocracia e alto clero - e os oprimidos, o povo.