2. FORM – COMMERCE
FORMAÇÃO ESPECIALIZADA EM VITRINISMO E ATENDIMENTO AO PÚBLICO
MANUAL DE FORMAÇÃO – VITRINISMO
ÍNDICE
Nota Introdutória........................................................................................................................................3
Orientações Metodológicas........................................................................................................................4
Orientações Metodológicas........................................................................................................................5
Ficha Técnica.............................................................................................................................................6
Proposta de Planos de Sessão....................................................................................................................8
Texto de Apoio à Formação.....................................................................................................................14
Objectivos................................................................................................................................................15
Recursos Didácticos.................................................................................................................................38
Instrumento de Avaliação........................................................................................................................49
Referências Bibliográficas.......................................................................................................................52
Sites Internet Úteis...................................................................................................................................54
2
3. Nota Introdutória
"Vender é a arte de criar e transferir emoções, originando muita satisfação em quem lhe confiou a
possibilidade de prestar um serviço."
César Romão
Os presentes materiais/recursos representam o trabalho desenvolvido pela GHD – Global Human
Development no âmbito do Projecto FORM – COMMERCE, Formação Especializada em Vitrinismo e
Atendimento ao Público, financiado pelo POEFDS (Programa Operacional Emprego, Formação e
Desenvolvimento Social) no âmbito da Tipologia de Projecto 4.2.2 – Desenvolvimento de Estudos e
Recursos Didácticos.
A vertente da Gestão de Vendas engloba as áreas do vitrinismo e do atendimento ao público, ambas
claramente interligadas, certamente devido à sua pertinência e contribuição para a atracção, manutenção
e fidelização de clientes de estabelecimentos/marcas comerciais. Afinal, a montra de um estabelecimento
actua como um principais (e certamente dos primeiros) atractivos (convite) para o potencial cliente, e o
atendimento que é prestado ao cliente em todas as fases do processo de compra (antes, durante e no
pós-venda) é crucial para o desfecho não só da compra imediata, mas também para a garantia de
compras futuras. A publicidade “boca-a-boca” é uma das principais fontes (positivas ou negativas) de
divulgação de determinada loja ou serviço.
Neste contexto, o Projecto FORM-COMMERCE desenvolveu 3 (três) recursos didácticos desenvolvidos –
Programa de Formação, Mala Pedagógica e Aplicação multimédia – que almejam constituir-se como
instrumentos:
De apoio ao desenvolvimento de intervenções (formativas) no domínio do vitrinismo e do
atendimento ao público.
Complementares aos materiais existentes direccionados para o público-alvo – prioritariamente
lojistas de PMEs e micro empresas – com necessidades de formação profissional contínua
complementar.
Estes não serão certamente recursos exaustivos e/ou detalhados, não se pretendendo substituir ou
anular outras fontes de informação ou outros recursos disponíveis no mercado, mas antes compilar de
forma estruturada um conjunto de temas relacionados com a vertente de Vendas – Vitrinismo e
Atendimento ao Público aplicáveis aos profissionais de pequenos estabelecimentos comerciais.
Esperamos que os mesmos correspondam ao objectivo inicial e possam efectivamente servirem de apoio
à formação e qualificação de todos os profissionais envolvidos no processo de venda.
GHD – Global Human Development
(Peritos em Formação e Desenvolvimento de Recursos Humanos)
3
5. Orientações Metodológicas
O desenvolvimento dos recursos didácticos apresentados seguiu um conjunto de opções
metodológicas que decorreram do tipo de necessidades manifestadas pelo seu público-alvo –
profissionais com funções relacionadas com a preparação de montras e o atendimento ao
público de estabelecimentos comerciais de pequena e média dimensão:
-
O princípio orientador que esteve na base da concepção, visa direccionar o utilizador para
uma perspectiva mais dinâmica e abrangente de alguns conceitos relacionados com o
vitrinismo e o atendimento ao público. Neste contexto são valorizados conteúdos modulares
passíveis de abranger um conjunto de temáticas relevantes para o aprofundar de
conhecimento nos domínios acima mencionados;
-
Os recursos apresentados devem constituir-se como instrumento facilitador e impulsor da
reflexão do seu utilizador em torno de questões basilares para a gestão das componentes de
vitrinismo e atendimento ao público, despertando o desejo de aprofundar os temas e (re)
descobrir outras formas de intervenção – fomento da auto aprendizagem. Assim sendo, os
recursos propostos não pretendem constituir-se como uma referência exaustiva e exclusiva
de informação sobre uma determinada temática, mas antes como complemento de outras
fontes de informação e aprendizagem;
-
A sequência dos temas abordados neste manual foi seleccionada considerando um percurso
formativo proposto e que o seu utilizador poderá utilizar em termos de aprendizagem. Deste
modo, a opção pela estruturação modular do manual permite a opção por temáticas
individuais sem prejuízo do processo de auto descoberta e aprendizagem.
5
7. Designação do Produto
FORM – COMMERCE: Formação Especializada em Vitrinismo e
Atendimento ao Público
Caracterização Técnica
Recursos didácticos de apoio ao desenvolvimento de intervenções
formativas no domínio do Vitrinismo e do Atendimento ao Público.
Tipologia de Suporte
Formato múltiplo (suporte em papel, suporte CD-ROM e disponibilização de
conteúdos multimédia em página Internet)
Destinatários
Objectivos
Activos de estabelecimentos comerciais dos sectores do comércio a retalho,
restauração, serviços e pequeno turismo, com necessidades de formação
complementar nas áreas do vitrinismo e do atendimento ao público.
O objectivo pedagógico de cada um dos recursos didácticos é que estes se
possam constituir como ferramentas válidas e eficazes, passíveis de serem
utilizadas em situações de aprendizagem, de forma a facilitar a
aprendizagem e a auto-descoberta por parte dos formandos,
nomeadamente:
Apoiando o desenvolvimento de intervenções (formativas) no domínio
do vitrinismo e do atendimento ao público.
Complementando os materiais existentes direccionados para o públicoalvo – prioritariamente lojistas de PMEs e micro empresas – com
necessidades de formação profissional contínua complementar.
Resumo / Principais Conteúdos
Programa de Formação – Vitrinismo e Atendimento ao Público
Mala Pedagógica – Recursos para o formador e para o formando
Aplicação multimédia FORM – COMMERCE (CD-ROM)
Requisitos / Especificações
Técnicas
Os conteúdos estarão disponíveis em http://www.ghd.pt ou mediante
solicitação por escrito para a entidade promotora (sujeita a disponibilidade
de existências).
A disponibilização dos recursos em versão editada (formato papel) estará
condicionada ao número de exemplares disponíveis e deverá ser solicitada
por escrito para a entidade promotora.
Autor(es)
Ana Sofia Manzoni
Design e Concepção Gráfica
Pedro Reis (uxte visual design)
Promotor
GHD – Global Human Development
Edição
1ª Edição – Fevereiro de 2008
Financiado por
POEFDS, no âmbito da Tipologia de Projecto 4.2.2 – Desenvolvimento de
Estudos e Recursos Didácticos
Projecto Nº 279-RD-2004
7
9. FORM-COMMERCE: FORMAÇÃO ESPECIALIZADA EM VITRINISMO E ATENDIMENTO AO PÚBLICO
ÁREA DE COMPETÊNCIA: 1. VITRINISMO
OBJECTIVOS
Adquirir conhecimentos para a concepção e realização de montras;
Saber aplicar as técnicas de exposição específicas para cada tipo de produto;
Saber promover e valorizar os produtos expostos;
Utilizar os conhecimentos técnicos adquiridos na concepção de um trabalho final.
Nota Pedagógica:
Este documento ilustra uma proposta para o desenvolvimento de sessões formativas com as respectivas indicações metodológicas/pedagógicas. Ainda assim, os
Planos de Sessão e os seus conteúdos devem ser adaptados aos diferentes tipos de público e contextos de formação, devendo o Coordenador/Formador verificar a
sua adequabilidade previamente à utilização dos mesmos.
9
10. FORM-COMMERCE: FORMAÇÃO ESPECIALIZADA EM VITRINISMO E ATENDIMENTO AO PÚBLICO
ÁREA DE COMPETÊNCIA: 1. VITRINISMO
UNIDADE DE FORMAÇÃO: 1.1 ENQUADRAMENTO
DURAÇÃO: 12 Horas
CONTEÚDOS
PROGRAMÁTICOS
O Vitrinismo
Importância do
Vitrinismo/Visual
Merchandising
OBJECTIVOS
ESPECÍFICOS
ACTIVIDADES
MÉTODOS /
TÉCNICAS
Identificar a contribuição da
função de Vitrinismo para a
empresa
Saber expor de forma clara e
sucinta a importância do
Vitrinismo em termos de
estratégia e sucesso
comercial da empresa
Desenvolver competências
no domínio da análise crítica
da função de concepção de
montras (auto-análise)
Painel de discussão
Desenvolvimento de exercícios
práticos.
Método activo
Debate
AUXILIARES
PEDAGÓGICOS
Recursos
didácticos: Manual
de Vitrinismo;
Hand-outs de
apresentação em
power-point.
Exemplos de visual
merchandising
diversos (montras,
fachadas,
expositores) em
diferentes
contextos de venda
AVALIAÇÃO
TEMPO
2h
Observação
Questionário de
auto-análise
6h
4h
10
11. FORM-COMMERCE: FORMAÇÃO ESPECIALIZADA EM VITRINISMO E ATENDIMENTO AO PÚBLICO
ÁREA DE COMPETÊNCIA: 1. VITRINISMO
UNIDADE DE FORMAÇÃO: 1.2 PERFIL DO PROFISSIONAL
DURAÇÃO: 24 Horas
CONTEÚDOS
PROGRAMÁTICOS
OBJECTIVOS
ESPECÍFICOS
Enumerar os conhecimentos,
atitudes e comportamentos
aplicáveis ao perfil do
profissional
O Perfil do Profissional
Caracterizar elementos
fundamentais da actuação
em contexto de trabalho
ACTIVIDADES
Análise do Perfil profissional,
itinerário formativo e legislação
aplicável
Debate e análise comparativa dos
diferentes cenários/contextos de
trabalho
MÉTODOS /
TÉCNICAS
AUXILIARES
PEDAGÓGICOS
AVALIAÇÃO
TEMPO
Recursos didácticos:
Manual de Vitrinismo;
Hand-outs de
apresentação em
power-point.
Legislação aplicável
Método activo.
Perfil Profissional de
Técnico/a de
Vitrinismo (Conforme
proposto no CNQ)
Observação
Auto-avaliação
24 h
Itinerário Formativo de
Técnico/a de
Vitrinismo (Conforme
proposto no CNQ)
11
12. FORM-COMMERCE: FORMAÇÃO ESPECIALIZADA EM VITRINISMO E ATENDIMENTO AO PÚBLICO
ÁREA DE COMPETÊNCIA: 1. VITRINISMO
UNIDADE DE FORMAÇÃO: 1.3 – CONCEITOS ESSENCIAIS
DURAÇÃO: 24 Horas
CONTEÚDOS
PROGRAMÁTICOS
OBJECTIVOS
ESPECÍFICOS
Enumerar e caracterizar os
elementos essenciais para
uma boa montra
A Montra
Técnicas de
Exposição
ACTIVIDADES
Análise e debate sobre os
diferentes tipos de clientes
MÉTODOS /
TÉCNICAS
Método activo.
Estudo de Casos (opcional)
Identificar os factores chave
associados ao
desenvolvimento da
actividade
Exercícios práticos – Definição
de orientações a aplicar no
estabelecimento
Definir e caracterizar etapas
de um projecto de vitrinismo
Exercícios práticos – Definição
de projecto de vitrinismo
AUXILIARES
PEDAGÓGICOS
AVALIAÇÃO
Recursos didácticos:
Manual de Vitrinismo;
Hand-outs de
apresentação em powerpoint.
TEMP
O
8h
Observação
Método
demonstrativo
Método activo.
Exemplos de documentos
estratégicos – Visão,
Missão, Regulamentos de
Funcionamento/Assistência
Técnica, etc.
16 h
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13. FORM-COMMERCE: FORMAÇÃO ESPECIALIZADA EM VITRINISMO E ATENDIMENTO AO PÚBLICO
ÁREA DE COMPETÊNCIA: 1. VITRINISMO
UNIDADE DE FORMAÇÃO: 1.4 – COMPONENTE VISUAL
DURAÇÃO: 60 Horas
CONTEÚDOS
PROGRAMÁTICOS
Princípios de design
Projecto de Vitrinismo
Erros mais
frequentes/a evitar
OBJECTIVOS
ESPECÍFICOS
Enumerar e caracterizar os 7
princípios de design a
projectos de vitrinismo com
vista à sua aplicação
Desenvolver, em contexto de
prática simulada (oficina), o
projecto de vitrinismo
(previsto no módulo anterior)
aplicando os princípios de
design
Elaborar propostas para a
redução dos erros mais
frequentes
ACTIVIDADES
MÉTODOS /
TÉCNICAS
Estudo de caso (exposição e
debate)
Desenvolvimento de projecto
Método
demonstrativo
Método activo
Elaboração de guião de
propostas (a aplicar no posto de
trabalho)
AUXILIARES
PEDAGÓGICOS
Recursos
didácticos:
Manual de
Vitrinismo;
Hand-outs de
apresentação
em power-point.
Materiais e
equipamentos
diversos
AVALIAÇÃO
TEMPO
12 h
Observação
Aplicação de
grelha de
avaliação
(projecto de
vitrinismo)
8h
40 h
13
15. Objectivos
A formação e o domínio de conceitos e conhecimentos associados ao Vitrinismo visam:
•
Adquirir conhecimentos relativos à concepção e realização de montras;
•
Aplicar as técnicas de exposição específicas para cada tipo de produto;
•
Promover e valorizar os produtos expostos;
•
Contribuir, através do desenvolvimento de projectos de vitrinismo, para a atracção de Clientes;
•
Contribuir para o desenvolvimento e sucesso da empresa (estabelecimento/marca).
Considera-se “Montra” todo o espaço do estabelecimento comercial, fachada e interiores, reservado á
exposição de produtos destinados a comercialização por parte do estabelecimento. O profissional do
sector, o/a vitrinista assume não apenas a responsabilidade pela estética e orientações técnicas na
criação da montra mas também pela indução e estimulo do impulso de compra junto do consumidor.
O “Vitrinismo” (ou “visual merchandising” se consideramos toda a componente de arquitectura
promocional de um estabelecimento), constitui-se como uma poderosa ferramenta com o objectivo de
apelar aos sentidos do consumidor e influenciar a intenção de compra.
Através de projectos de vitrinismo pretende-se transformar o processo de compra numa experiência
sensorial, influenciando o consumidor através de cores, sons, aromas e estímulos diversos que provocam
uma troca de sensações, muitas vezes imperceptível, mas de grande influência sobre as decisões de
compra.
A predominância dos sentidos, que determina a maneira como normalmente capta os sinais/estímulos
externos, varia de pessoa para pessoa, sendo que existem pessoas com maior sensibilidade para
estímulos relacionados com o tacto e as sensações, outras mais alertas a sinais auditivos e ainda as que
se relacionam mais facilmente com estímulos visuais.
Todos os estímulos – tacto, auditivos, visuais e até mesmo olfactivos – podem e devem estar presentes
num ambiente comercial – explorados quer através da própria arquitectura do espaço comercial, quer
através da disposição e enquadramento de toda a envolvente do estabelecimento.
Importa assim, estimular o potencial consumidor mesmo antes de este entrar no estabelecimento –
“obrigando-o” a parar na montra do estabelecimento e atraindo-o para o seu interior.
Afinal, até mesmo uma compra planeada pode ser influenciada por um impulso.
15
16. O estabelecimento deve conseguir apresentar um ambiente que consiga promover uma relação entre o
produto comercializado e o seu público-alvo, de modo a que este se sinta “atraído” pelo aspecto visual
exterior do estabelecimento (fachada, montra) e que após a entrada dentro do mesmo não se sinta
defraudado nas suas expectativas, mas ao invés se sinta enquadrado no ambiente interior que continuará
a contribuir para influenciar a sua decisão de compra e contribuirá para que o Cliente regresse ao
estabelecimento, sempre com a intenção de compra.
16
17. A Importância da Montra
“Uma em cada quatro vendas têm origem numa montra atractiva”
Visual Merchandising, Iowa State University
A existência do comércio, enquanto conceito de troca, é tão antiga quanto a própria civilização. Desde os
primórdios que o homem utilizou o comércio para a sua sobrevivência, através da troca de mercadorias
com base no valor do uso até à criação da moeda, como factor de troca.
A preocupação com a exposição das mercadorias é algo que remonta aos tempos mais longínquos:
“Um dos primeiros exemplos de que se tem notícia surgiu nos mercados árabes. Lá, cada lojista exibia
seus produtos no meio de muita cor, com o uso de tecidos rebuscados. [...] Já os egípcios, segunda
civilização mais antiga da história, optaram por outro caminho: o uso da imagem para representar suas
ideias. Por fim, pode-se citar o mercado romano de Trajano, que é a primeira organização das lojas nos
moldes do que hoje se conhece por shoppings center. As suas mais de cem lojas eram divididas por
segmentos, de modo a concentrar os interessados em cada tipo de produto”.
(Vizzari Consultoria, www.ivizzari.com)
Em simultâneo com a evolução do comércio e das trocas comerciais, assistiu-se a uma sofisticação na
forma de apresentação das mercadorias com o objectivo de “seduzir” o consumidor e concretizar a
compra.
Actualmente, designa-se por “visual merchandising” (conceito mais alargado que abrange o vitrinismo) à
actividade desenvolvida com o intuito de atrair e captar clientes para determinado estabelecimento
comercial. Face a um consumidor cada vez mais informado, exigente e com acesso a uma ampla
variedade de opções de compra este “apelo” ao cliente torna-se cada vez mais um imperativo
concorrencial.
Existem inúmeros elementos que condicionam um projecto de vitrinismo bem estruturado e destinado a
contribuir para o aumento das vendas e do número de clientes de um determinado estabelecimento.
Um projecto de vitrinismo mal elaborado poderá, para além de não surtir nenhum dos efeitos acima
mencionados, comprometer a imagem e o lucro do estabelecimento.
Contudo ainda persistem estabelecimentos nos quais o conceito de exposição se resume à colocação de
artigos na montra sem qualquer preocupação no que concerne à sua adequação com a imagem e
17
18. identidade do estabelecimento e adequação com a estratégia da empresa. Noutros persiste ainda a ideia
de que quanto maior for a quantidade de artigos expostos na montra, melhor serão os resultados
alcançados. Em ambas as situações estaremos perante ambientes (visualmente) poluídos que em nada
contribuem para atrair o cliente, podendo mesmo contribuir para o seu afastamento.
A montra de um estabelecimento funciona como transmissor da identidade da marca/estabelecimento
junto do público-alvo. É através da montra (e da fachada do estabelecimento) que cada empresa
comunica a sua estratégia comercial/identidade ao consumidor final. Enquanto veículo privilegiado de
transmissão, esta componente assume o papel de “primeiro vendedor” junto do consumidor, atraindo-o
para o interior do estabelecimento e apelando à compra:
“As cores, formas, lay-out, decoração, equipamentos de exposição, os produtos, a comunicação visual e
a sinalização são elementos explorados, percebidos pela visão do consumidor, através dos quais,
constroem os seus sentimentos e emoções para com a loja. Outros recursos como sons, aromas e
estímulos do paladar e tacto complementam a montagem do cenário comparado ao palco de um teatro,
onde o espectáculo é apresentado ao consumidor”.
(Juracy Parente. Varejo no Brasil: Gestão e Estratégia.)
Em média, bastam 11 segundos para que o consumidor repare ou não numa montra de um
estabelecimento, e nesse curto espaço de tempo é possível “deixar” uma marca no consumidor, que
embora possa não entrar nesse momento no estabelecimento ficará (ou não) com a intenção de
regressar.
Oitenta por cento das nossas percepções são criadas pela visão: motivo pelo qual se diz usualmente que
“uma imagem vale mais do que mil palavras”. Cada cliente possui uma imagem mental de determinado
estabelecimento e dos seus produtos. Um estabelecimento comercial deverá possuir um ambiente
convidativo que faça o cliente sentir-se confortável e simultaneamente “convide” à compra.
Contudo, importa salientar que o aspecto visual (o mais facilmente identificável) de um estabelecimento
não tem de passar obrigatoriamente por conceitos arquitectónicos dispendiosos, materiais importados e
produções sofisticadas. A montra do estabelecimento deve ser adequada ao seu público-alvo, sob pena
de inibir ou até mesmo afastar o cliente desejado. Ao estabelecimento/marca cabe definir não só o tipo de
cliente que se deseja (i.e. com o qual a sua marca se identifica) mas também articular toda a componente
de merchandising (montra, fachada exterior, ambiente interior) de acordo não só com esse cliente mas
também com a imagem/identidade a transmitir.
Por exemplo, um determinado salão de cabeleireiro poderá optar por uma imagem bem mais arrojada, em
termos de cores, luzes e som ambiente, caso se deseje posicionar junto de uma camada mais jovem,
enquanto que um outro salão de cabeleireiro poderá optar por um “visual” mais suave, monocromático e
com som ambiente relaxado caso se direccione para uma clientela mais tradicional que se dirige ao
cabeleireiro com intenção de descontrair. Outra opção, muito em voga, seria um ambiente claramente
18
19. infantil, com mobiliário colorido, jogos e brinquedos disponíveis para os “pequenos” clientes que se
desejam atrair.
Como se pode verificar, a montra e toda a envolvente do espaço comercial, para além de dar
suporte/enquadramento ao negócio pode e deve significar maior rentabilidade – i.e. maior afluência de
clientes, maior notoriedade no mercado, etc.
Considere a sua montra, como uma grande janela que se torna referência do seu negócio - Sinónimo de
imagem e movimento. Desde que seja bem compreendida e desenvolvida pode ser um dos elementos
chave para o desenvolvimento do seu negócio. Caso contrário, poderá reduzir-se a uma silenciosa e
adormecida obscuridade.
Reflicta sobre as seguintes questões:
A montra do seu estabelecimento reflecte a imagem/identidade do mesmo?
Os produtos expostos na montra encontram-se em boas condições ou denotam sinais de desgaste
(pelo sol, pela acumulação de pó, etc.)?
A montra apresenta produtos que não correspondem aos existentes no interior do estabelecimento
e/ou remete para uma época festiva já ultrapassada (por exemplo, montras natalícias em Janeiro)?
Quando foi a última vez que o seu estabelecimento alterou a sua montra? Com que regularidade o
faz?
Existe articulação entre a componente exterior (montra, fachada) e o ambiente comunicado no
interior do estabelecimento (visual, som ambiente, apresentação e disposição dos produtos,
atendimento, etc.)?
O objectivo de uma montra é atrair o cliente para o interior da loja, sendo por este motivo considerada
como o “Cartão de Visita” do estabelecimento. Mais, é também o instrumento mais eficaz e barato de
atracção de um consumidor:
“Menor custo: ao analisarmos os recursos financeiros mobilizados para as campanhas de comunicação
como catálogos, folders, media (televisão, rádio, jornais, etc.) ou brindes, o custo (da montra) é muito
menor. Para se ter uma ideia, ela custa mensalmente menos do que um vendedor, com a diferença de
que é responsável por mais de 80% das vendas directas. [...].Imediatismo: a resposta do consumidor é
imediata, pois após a montagem ele já vai estar frente a frente com o produto. Se a vitrina for atraente, o
seu impulso de compra é instantâneo. [...]. Menor risco: por ser imediata, fica fácil medir os seus
resultados nos primeiros dias. Se o resultado não for satisfatório, a sua readaptação pode ser feita com
grande velocidade, diferentemente das campanhas, que só podem ser medidas após um considerável
período de exposição”.
(Vizzari Consultoria, www.ivizzari.com)
19
20. O Perfil do Profissional – Vitrinismo
O profissional que intervém na concepção de projectos de vitrinismo deverá possuir competências para
criar soluções variadas de vendas para todo o segmento da loja. Mais do que um “arrumador” do espaço
do estabelecimento comercial, deverá assumir-se como um gerador de ideias e conceitos capaz de
induzir vendas. Deve estar sempre bem informado sobre as tendências mais actuais, conhecer e saber
utilizar os materiais passíveis de serem utilizados na montagem de cenários (montras e expositores), no
sentido de se obter a melhor solução custo-benefício para determinado estabelecimento.
O perfil profissional do Vitrinista, baseia-se no perfil do Técnico/a de Vitrinismo (nível 3) sendo definido
como o “profissional que concebe, organiza e executa a exposição e decoração de espaços
comerciais, stands de feiras e eventos de acordo com o posicionamento definido. Actua ao nível da
decoração de montras, expositores e áreas exteriores e interiores dos espaços a decorar, com o objectivo
de promover a imagem e o potencial dos produtos e/ou serviços, garantindo a sua máxima atractividade,
de acordo com as normas de higiene, segurança e ambiente de trabalho”.
(Portaria nº 445/2004 de 30 de Abril, Ministérios da Educação e da Segurança Social e do Trabalho).
As principais actividades a desenvolver por este profissional são:
Analisar as potencialidades de exposição do produto e/ou serviço e o perfil do público-alvo;
Caracterizar o espaço de intervenção, identificando os pontos estratégicos de exposição;
Elaborar projectos de vitrinismo para os diferentes espaços de exposição;
Executar e/ou adquirir os adereços e equipamentos necessários de acordo com o projecto elaborado;
Realizar a montagem, manutenção e desmontagem das exposições.
(Fonte: Catálogo Nacional de Qualificações – 341028 – Técnico/a de Vitrinismo)
A formação do profissional que actua no domínio do vitrinismo é variada e inclui o domínio de tecnologias
específicas como sejam o Marketing, Merchandising e Publicidade, a Fotografia e Vídeo, Técnicas de
representação, e Decoração de interiores e imagem.
A identificação com a imagem do estabelecimento/marca e o reconhecimento da estratégia comercial de
cada empresa são factores determinantes para o sucesso da função. O vitrinista deverá aliar às
20
21. qualificações técnicas adquiridas através da formação um apurado sentido de estética, criatividade,
sentido crítico e bom senso no momento da concepção de determinado projecto de vitrinismo.
Felizmente, são já muitos os estabelecimentos que recorrem a profissionais qualificados com visão crítica
para identificar a melhor estratégia de comunicação e gerar vendas. O vitrinista pode e deve constituir-se
como um aliado na implementação da estratégia de comunicação e comercial dos estabelecimentos.
Assim deverá exibir os seguintes conhecimentos, comportamentos e atitudes:
Em termos de …
-
-
De decoração: técnicas e ferramentas de decoração de interiores e imagem,
caracterização de espaços de intervenção
Visual merchandising: conceitos de arquitectura interior e exterior
-
Informática: Domínio de programas específicos aplicáveis ao sector
-
Sociabilidade (relacionamento)
-
Saber ouvir: identificar necessidades e expectativas
-
Saber transmitir, através de projectos de vitrinismo, a identidade de cada
estabelecimento/marca
-
Atitudes
Do público-alvo: características, desejos e expectativas
-
Comportamentos
Dos produtos/serviços comercializados: Características e aplicação
Conhecimentos
Da empresa (marca/estabelecimento): Estratégia comercial
Colaboração: espírito de equipa
-
Disposição
-
Segurança e independência
-
Auto-estima e auto-controlo
21
22. Conceitos Básicos Essenciais ao Vitrinismo
Conforme referido em pontos anteriores, a forma de expor os produtos no estabelecimento comercial é
um dos factores que mais contribui para despertar no consumidor o desejo de comprar.
O consumidor é inicialmente atraído pela montra/fachada do estabelecimento comercial que captando a
sua atenção o impele a visitar/entrar no estabelecimento.
Refira-se que o acto de compra, como muitos de nós sabemos, possui uma forte componente de impulso,
sendo que, (in)felizmente até o factor custo (isto é, o preço) se pode tornar secundário caso o consumidor
(nós) já tenhamos sido “apanhados” por uma apresentação atractiva.
Nove (9) Elementos Essenciais para uma Boa Montra
Limpeza
Material de
venda em bom
estado de
conservação
Monstras e
expositores
atractivos
Renovação
periódica da
decoração e
material
promocional
9 Elementos
Essenciais para
uma “Boa
Exposição”
Posicionamento
dos produtos e
material
promocional
Harmonia entre
cores,
mobiliário,
artigos, etc.
Iluminação
adequada
Apresentação
atractiva dos
produtos
Ambiente
“clean” – foco
no importante
22
23. Nem todos os produtos e seus respectivos materiais promocionais se podem posicionar como “obras de
arte”, mas a arte de expor os produtos (o vitrinismo) tem efectivamente o poder de transformar o mais
banal dos produtos em montras atractivas e apelativas para o consumidor.
Imagine-se por exemplo, uma montra de um supermercado com os produtos em exibição desordenada e
sem qualquer articulação entre eles e outra montra, também de um supermercado, na qual os produtos
são apresentados segundo uma temática – por exemplo, produtos indicados para um pequeno almoço
saudável ou produtos articulados em torno de uma receita para festejar o dia da mãe.
Qualquer que seja o produto ou artigo em exposição existe uma maior probabilidade de captar o interesse
do consumidor caso se encontre exposto de forma criativa. Aspectos simples como o posicionamento e
disposição de um grupo de produtos podem fazer muito pela sua aparência e capacidade de apelar ao
consumidor.
23
24. Factores Chave
Harmonia entre os
diferentes elementos
Considerando o actual ambiente concorrencial, a empresa deve preocupar-se com a gestão de todos os detalhes que podem influenciar, de forma
positiva ou não, o sucesso do estabelemento/marca, não deixando nenhum “detalhe” ao acaso. Um estabelecimento comercial é bem conseguido
quando se consegue “harmonizar” os diferentes elementos que coexistem no espaço comercial. Para tal torna-se importante verificar factores como a
funcionalidade do espaço, a fachada, a(s) montra(s), a decoração, o mobiliário, os equipamentos, o mix de produtos expostos em destaque, a forma
de exposição dos mesmos, a sinalética, a temperatura ambiente, o som ambiente, as cores, a iluminação, os materiais promocionais e até os aromas
da loja. De igual modo, a apresentação da equipa de vendas, a sua postura e comportamento influenciam o resultado final. De nada adianta um
espaço impecável se o cliente “sente” um clima estranho, frio ou mesmo hostil por parte da equipa de vendas.
Primeira impressão
A primeira impressão, por muito “impróprio” que seja referi-lo, condiciona a predisposição do consumidor para entrar dentro do estabelecimento. Um
estabelecimento com uma montra atractiva, criativa e que apele ao consumidor tem maior probabilidade de atrair clientes do que um estabelecimento
com aspecto desmazelo e desorganizado, que não “convida” o consumidor a entrar.
Simplicidade
A simplicidade pode ser eficaz na atracção do consumidor. A harmonia, já referida anteriormente, insere-se em ambientes limpos de excessos – a
sobreposição de produtos e mensagens promocionais dificulta a apreensão por parte do consumidor. As montras devem expor os produtos segundo
temáticas simples e em consonância com a mensagem a transmitir. Excesso de informação (inclusive informação visual) provoca desequilíbrio e
desconforto no consumidor. A exposição em excesso de produtos “cansa” o olhar do consumidor, sendo que muitas vezes se consegue maior
impacto com o destaque mais “moderado” de determinado produto.
Coerência
A harmonia entre cores, mobiliário e posicionamento dos artigos no espaço de venda contribui para a “sensação” de coerência do estabelecimento.
Para transmitir determinada identidade ao cliente, é necessário que todos os elementos se encontrem harmonizados e sejam coerentes entre eles. A
criação de um ambiente coerente passa pela incorporação de objectos de uso comum para transmitir essa sensação ao cliente – por exemplo, uso de
elementos alusivos a personagens da banda desenhada num café com recurso a livros de banda desenhada disponíveis para leitura dos clientes,
fotos dos anos 60 e som ambiente da época numa loja de roupa vintage, ou ainda um espaço lounge com porcelana seleccionada numa loja de chá,
etc.
Assegurar impacto imediato
Os estudos comprovam que o tempo disponível para captar a atenção dos consumidores é de apenas 11 segundos. Como o fazer? Existem inúmeras
possibilidades – através da harmonia de cores, da utilização de elementos inovadores (ou produtos na moda), do recurso ao movimento, através do
uso de humor, do exagero na exposição dos artigos (com cuidado para não quebrar o principio da simplicidade), etc. Caberá a cada profissional
24
25. determinar o que mais se
adequa a cada estabelecimento. Regra geral: captar um “segundo” olhar (e idealmente, assegurar a entrada no estabelecimento) por parte do cliente.
Infelizmente muitos estabelecimentos comerciais ainda pecam por falta de organização e limpeza do seu estabelecimento e montra comercial. É
possível encontrar montras com temáticas desfasadas no tempo (por exemplo, decorações natalícias que perduram bem depois da época festiva),
acumulações de pós em produtos expostos e em caixas no interior do estabelecimento, etc.
Organização e limpeza
Para o consumidor, estas “lacunas” contribuem para passar a mensagem de que o estabelecimento se encontra ultrapassado, que “parou no tempo”
ou pior ainda que possui uma qualidade inferior. E normalmente (com excepção de situações muito pontuais, como antiquários e lojas de velharias)
esta não é a mensagem que os estabelecimentos gostam de passar.
Mais, a limpeza é um aspecto de primeira necessidade em qualquer estabelecimento comercial (não deve ser apenas considerado nos
estabelecimentos que comercializam alimentos). Tem de ser uma devoção. O espaço, as montras e os expositores devem estar impecáveis, tais
como as casas de banho, os vestiários e todo o espaço envolvente ao estabelecimento – frente de loja.
Pontos de foco
Outro elemento importante é a constituição de pontos de atracção no interior do espaço comercial, com a intenção de atrair a atenção do cliente para
produtos em destaque – por exemplo, novidades, produtos em promoção e/ou produtos que necessitam de rápida rotação de stock (produtos
perecíveis, sujeitos a campanhas sazonais, etc.).
Crie “mini-montras” no interior do estabelecimento alertando para combinações possíveis, por exemplo de bombons e perfumes para o dia dos
namorados, material escolar e jogos infantis para o regresso às aulas, óculos, estojos para óculos e produtos de limpeza, alimentos e livros de
receitas, etc. por forma a “lembrar” o consumidor de que “necessita” também de outros artigos ou a associar o produto da loja com outros que já
possui.
Despertar emoções
Renovação frequente
Faça uso dos elementos sensoriais estimulando os sentidos dos consumidores – a utilização adequada de uma palete de cores, o aroma de pão
acabado de cozer, café moído ou a escuta de uma banda sonora específica podem condicionar a entrada do consumidor no seu estabelecimento.
Recorra a cores fortes para causar impacto ou seleccione uma gama de cores mais neutra para se direccionar para um público empresarial e mais
tradicionalista. Imagina alguma criança (e não só) a resistir a uma montra elaborada com jogos e bonecos articulados. E embalagens prontas a
consumir de produtos gourmet numa montra de um estabelecimento com um aroma irresistível a café ou bolinhos quentes? Não desperdice as
oportunidades de “deliciar/seduzir” o seu consumidor.
As montras à semelhança dos pontos de interesse no interior do estabelecimento devem ser renovadas frequentemente. O desenvolvimento de
projectos de vitrinismo é um processo complicado que requer profissionais qualificados e em clara consonância com a estratégia e objectivos
25
26. comerciais
do
estabelecimento. Ainda assim, mais do que um custo devem ser considerados como um investimento: Afinal, mais de 74% dos consumidores entram
nos estabelecimentos devido ao apelo de uma montra bem elaborada.
26
27. Técnicas de Exposição
Na qualidade de ferramenta de comunicação, a montra deve encontrar-se alinhada com a imagem do
estabelecimento assumindo-se como uma unidade visual que possibilite a identificação imediata por parte
do consumidor.
Neste contexto, é essencial a criação de uma unidade visual para a montra e o estabelecimento no seu
todo, em clara articulação com outras campanhas promocionais do estabelecimento/marca. A
uniformização é conseguida através de um projecto claro e bem definido no qual o técnico de vitrinismo
assumirá um importante papel.
Em termos de sequência é possível definir os elementos a definir/caracterizar:
Orçamento
Definição da verba disponível para cada projecto de vitrinismo – material, tempo e custo
do profissional. Nem sempre grandes orçamentos correspondem a boas montras, mas
importa saber qual a verba disponível antes de se iniciar um determinado projecto.
Objectivo
Após a definição do orçamento, importa analisar o principal objectivo da montra –
embora usualmente seja a venda do produto, podem ainda verificar-se situações de
carácter institucional ou meramente informativo.
Tema
Levar em conta o calendário de épocas festivas e procurar tirar o máximo de vantagens
das datas comemorativas. Explorar temas pertinentes que despertem a atenção do
público-alvo. O tema escolhido vai definir as cores e as imagens, que serão essenciais
para a concepção da montra. É importante o profissional dominar o tema a trabalhar
através da pesquisa e consulta de livros, sites de Internet, visita aos locais, etc.
Público-alvo
Caracterização do consumidor a alcançar: dados sócio-económicos, faixa etária, etc.
Composição Estética
A composição estética da montra encontra-se relacionada com as condições físicas do espaço, como o
seu dimensionamento, o fluxo de transeuntes, sentido do trânsito dos veículos, etc.
É distinto o tratamento dado a uma montra que vai ser vista de perto por transeuntes de uma montra que
será essencialmente visualizada de um carro em movimento. O olhar do consumidor prende-se
27
28. primeiramente num ponto cerca de um metro do chão e vai daí passando a direita, a baixo e a esquerda.
Portanto, na planificação das peças deve-se considerar a visualização no sentido horário dispondo nesta
área os produtos aos quais se deseja dar maior destaque. Elementos muito acima da altura dos olhos
perdem o efeito devendo ser utilizados apenas se a montra puder ser visualizada a distância.
Para melhor se trabalhar uma montra deve-se levar em conta o equilíbrio, pois é a partir dele que teremos
uma harmonia visual de todo o seu contexto. A partir de um eixo central imaginário, começaremos a
idealizá-la, dividindo a montra em duas partes iguais ou não, explorando a simetria ou assimetria.
A partir destes dois conceitos de composição, pode se então aplicar outros conceitos para a elaboração
de uma montra com uma composição harmoniosa e perfeita, visualmente falando.
Paleta de Cores
O uso de cores, nas montras e expositores é uma das formas mais simples de atrair a atenção do
consumidor.
Contudo, e de forma a não cair em exageros nem “combinações berrantes” convém conhecer a Roda das
Cores e as combinações possíveis.
Assim, consideram-se, basicamente, doze cores, classificadas em primárias,
secundárias e terciárias.
As cores primárias são também conhecidas como "cores puras" e não
se formam pela mistura de outras cores: vermelho, amarelo e azul;
As cores secundárias resultam da mistura de duas cores primárias na
mesma proporção: verde, laranja e violeta; e
As cores terciárias são criadas a partir da mistura de uma cor primária e
uma cor secundária.
Podemos ainda diferenciar entre:
Cores Complementares: são aquelas que estão opostas na Roda das Cores. São contrastantes
entre si.
Cores Análogas: são cores vizinhas entre si na Roda das Cores. São próximas entre si.
Cores Quentes: são cores onde predominam os tons de vermelho, amarelo e laranja. Caracterizamse como cores vibrantes, alegres, agressivas, sensuais etc., dando, inclusive, a sensação de calor.
São cores associadas à época do verão. Variam do vermelho ao amarelo na roda das cores.
28
29.
Cores Frias: são cores onde predominam os tons de azul, verde e roxo. Caracterizam-se como
cores melancólicas, tristes, que proporcionam a sensação de calma e serenidade. São cores
associadas à época do inverno. Variam do verde ao violeta na roda de cores.
Cores Neutras: são aquelas onde não há predomínio de tonalidades quentes ou frias. São cores
neutras os tons de preto, branco, cinza, castanho e bege.
Todas as cores apresentam alguns aspectos psicológicos interessantes que podem ser aplicados
consoante o “estado de espírito” que se deseje imputar a determinado projecto de vitrinismo:
Cor
Características
Elegância, sobriedade, austeridade. Associada a conceitos tradicionais e intemporais.
Energético, vitalizante, motivador de euforia. Apela a sentimentos associados à saúde, sol, verão e
iluminação.
Pureza, leveza, limpeza, delicadeza.
É a mais luminosa das cores. Estimula o sistema nervoso, convida à acção e ao esforço. Palavras-chave:
luz, acção, vida.
É uma cor quente, radiosa, estimulante, dominadora, excitante, e até agressiva. Apela à actividade, força,
poder, paixão.
É uma cor mística, melancólica, fria. Apela à introspecção, ao distanciamento, à religiosidade
Sensação de frescura e limpeza. Acalma e dá sensação de paz. Lembra a natureza, esperança, juventude.
Repousa, acalma e revigora. Apela ao descanso, recolhimento, equilíbrio.
Neutralidade, distinção, classe.
Técnicas básicas para a criação de esquemas de cores
De seguida, apresentam-se os esquemas básicos para a utilização das cores:
29
30. Esquema Complementar
Relaciona cores diretamente opostas;
Possui intenso contraste, aplicando as cores na saturação
máxima, gerando uma sensação de vibração. Deve ser
utilizado com precaução;
Procure utilizar cores complementares de valor, saturação
diferente ou proporções distintas.
Esquema Análogo
Combinação de duas ou três cores adjacentes (vizinhas);
É o esquema mais harmonioso, possuindo uma vibração
mínima.
Neste esquema deverá seleccionar uma cor para ser a
dominante, uma segunda cor para dar apoio, sendo utilizada
uma terceira cor para salientar/dar ênfase (juntamente com o
preto, branco ou cinzento).
Esquema Triádico
Combina três cores equidistantes (triangulação);
Como a intensidade entre as cores são pouco distintas, esse
esquema é mais versátil;
Pode-se utilizar essa técnica para diminuir a vibração óptica
das cores.
Esquema Divídico
Combina uma cor complementar com mais duas adjacentes
(vizinhas) a ela;
Essa combinação possui um contraste menor do que ao
esquema complementar.
30
31. Esquema Tetrádico
Combina quatro cores igualmente espaçadas;
Esse esquema pode ser utilizado como técnica de iluminação;
Normalmente este esquema funciona melhor se uma das cores
for dominante.
Iluminação de Montras
A selecção da iluminação adequada é um dos factores essenciais para a criação de uma boa montra.
Caso esta for mal dimensionada, deficiente ou não for devidamente seleccionada tendo em conta as
características do estabelecimento e dos produtos comercializados poderá originar uma desagradável
sensação de desconforto no cliente.
Para alcançar bons resultados no que concerne à iluminação do estabelecimento e montra, deverá ter em
consideração:
O tipo de ambiente que pretende obter;
O tempo de permanência dos clientes nesse mesmo ambiente;
A sensibilidade visual;
A articulação com o projecto arquitectónico, se possível compondo luz artificial com a luz natural ou
outro recurso que ofereça melhor iluminação;
O consumo de energia.
Uma montra bem iluminada pode ajudar a vender determinados produtos e a promover a imagem do
estabelecimento. A iluminação das montras deverá ser o suficientemente forte para se sobrepor a
reflexos de objectos exteriores, tais como carros estacionados ou edifícios.
Á noite, a utilização de iluminação adicional poderá ajudar a tornar a área da montra maior.
As zonas mais escondidas necessitam de iluminação adicional, pelo que poderá complementar a
iluminação fluorescente com lâmpadas incandescentes claras.
31
32. Para dar ênfase a detalhes como sejam preços e zonas de informação, poderá recorrer a projectores
miniatura portáveis.
32
33. Princípios de Design
Na concepção de uma montra é necessário ter um conhecimento real dos princípios de design. Os
principais princípios de design utilizados em projectos de vitrinismo incluem: equilíbrio, proporção,
ritmo, ênfase, cor, iluminação e harmonia. Quando devidamente aplicados é possível obter-se uma
apresentação harmoniosa, eficaz e esteticamente bem conseguida.
Uma melhor compreensão destes princípios irá auxiliar o vitrinista na sua tarefa de concepção:
Equilíbrio
O equilíbrio refere-se ao equilíbrio existente entre as duas metades de uma montra. O equilíbrio baseia-se
na teoria da igualdade, sendo possível a existência de dois tipos de equilíbrio:
Equilíbrio tradicional ou simétrico, no qual ambas as metades da montra se apresentam iguais;
Equilíbrio informal ou assimétrico, no qual ambas as metades apresentam dimensões distintas
(em termos de produto em exposição).
Ao conceber uma montra, considere as seguintes regras relativamente ao equilíbrio:
1. Ao utilizar vários elementos mais pequenos e atractivos, estes têm tendência para ofuscar o
elemento de maiores dimensões;
2. Um vasto espaço em branco com um único objecto destacará chamando a atenção para esse
mesmo objecto;
3. Caso o artigo seja colocado em ângulo ou atravessado, o espaço lateral do mesmo torna-se
relevante;
4. Caos um artigo seja posicionado de forma centrada, então o espaço vazio perderá importância.
Proporção
A proporção é a razão das partes para a totalidade da montra. Refere-se à relação comparativa existente
entre as distâncias, dimensões, quantidades, ângulos ou partes. Cada produto, de forma isolada, poderá
ser “normal”, contudo quando colocado com outros produtos de diferentes dimensões poderá parecer
desproporcionado. Deverá considerar a proporcionalidade dos vários produtos relativamente uns aos
outros.
33
34. Ritmo
O ritmo refere-se à medição do movimento organizado que o consumidor realiza quando observa uma
montra: do produto dominante aos produtos subordinados, da apresentação principal para as
apresentações secundárias, etc.
O ritmo pode ser provocado, claramente apresentado ou subtilmente sugerido, repetido de forma a
“provocar” o olhar.
Quando um padrão é repetido, o impacto junto do consumidor aumenta, tornando-se apelativo para o
mesmo.
Ênfase
A ênfase é o ponto de contacto visual inicial. É a partir deste ponto que todos os movimentos do olhar
fluem. A ênfase é pois a formulação de um ponto focal ao qual todos os restantes elementos em
exposição se encontram subordinados. Poderá ser uma dimensão, cor ou posicionamento. Regra geral, o
ponto focal é um produto que se deseja destacar.
Cor
A cor contribui significativamente para a atracção do consumidor para a montra, bem como para o
estabelecimento no seu todo. A cor de uma montra atrai o olhar do consumidor e “obriga-o” a parar e
olhar. As combinações de cores seleccionadas para o tecto, paredes, chão e decoração em geral podem
influenciar o ambiente geral de um estabelecimento. A alteração de um esquema de cor pode alterar as
atitudes do consumidor e a sua percepção de um estabelecimento e pode aumentar (ou diminuir) o
negócio.
A cor pode alterar a dimensão e adicionar interesse a um estabelecimento “sem vida”, pode direccionar a
atenção do consumidor para um determinado artigo e também desviar a atenção do mesmo de
determinada área problemática.
Iluminação
A iluminação é essencial para chamar a atenção para a mercadoria a comercializar. O olhar do
consumidor é automaticamente atraído para a área ou produto mais iluminado. Neste contexto, a
34
35. iluminação pode ser utilizada para atrair a atenção para uma determinada área, para um determinado
produto, etc.
Harmonia
A harmonia é a base de todos os princípios supra mencionados e refere-se à forma como todos os
elementos de uma montra se articulam entre si e contribuem para o resultado final.
Sem harmonia o consumidor sente-se desconfortável e não será atraído pela montra.
Numa montra devem coexistir três formas de harmonia:
Harmonia funcional, relativa à articulação física dos elementos da montra, que devem ser realistas
e coerentes entre si;
Harmonia estrutural, relativa ao ajustamento de todos os elementos; os produtos não devem ser
apresentados desajustados ou de forma desorganizada numa montra;
Harmonia decorativa, referindo-se aos elementos incluídos na montra apenas com fins decorativos.
35
36. Recomendações Finais
Alguns pontos a ter em consideração:
1. A montra deverá ser renovada, pelo menos a cada 15 dias;
2. Reveja o estado geral da montra. Não deve apresentar montras em mau estado de conservação,
com lâmpadas fundidas, pó e acumulação de insectos;
3. A montra deve apresentar um aspecto cuidado e organizado (afinal, é o reflexo da imagem do
estabelecimento), pelo que deverá evitar objectos que não “comuniquem” entre si, exposição de
produtos descontinuados/fora de stock, etc.;
4. Crie ambientes segundo a temporada, por exemplo: estações do ano, festas locais, Natal, Ano Novo
etc.
5. O preço deve estar afixado em local visível e deverá eliminar quaisquer mensagens dúbias que
possam induzir em erro o potencial cliente;
6. Faça uma montra alusiva a um evento a cada dois meses em datas importantes, como: o Dia da
Mãe, o Dia da Criança, etc. Apele ao consumidor.
7. Assegure-se que os vendedores possuem toda a informação sobre eventuais promoções indicadas
na montra.
36
37. Erros Mais Frequentes na Concepção de Montras
1. Demasiados produtos
2. Poucos produtos
3. Inexistência de um tema de suporte
4. Renovação da montra pouco frequente (menos de 2 vezes/mês)
5. Inexistência de orçamento para a concepção de montras
6. Falta de atenção ao detalhe
7. Erros na aplicação de conceitos básicos de design
37
39. VITRINISMO
“As cores, formas, lay-out, decoração, equipamentos de exposição,
os produtos, a comunicação visual e a sinalização são elementos
explorados, percebidos pela visão do consumidor, através dos
quais, constroem os seus sentimentos e emoções para com a loja.
Outros recursos como sons, aromas e estímulos do paladar e tacto
complementam a montagem do cenário comparado ao palco de um
teatro, onde o espectáculo é apresentado ao consumidor”
(Juracy Parente. Varejo no Brasil: Gestão e Estratégia)
Tipologia de Projecto 4.2.2. – Desenvolvimento de Estudos e Recursos Didácticos
FORM – COMMERCE: Formação Especializada em Vitrinismo e Atendimento ao Público
Objectivos Gerais
» Adquirir conhecimentos relativos à concepção e
realização de montras;
» Aplicar as técnicas de exposição específicas para
cada tipo de produto;
» Promover e valorizar os produtos expostos;
» Contribuir, através do desenvolvimento de projectos
de vitrinismo, para a atracção de Clientes;
» Contribuir para o desenvolvimento e sucesso da
empresa (estabelecimento/marca).
FORM-COMMERCE
Vitrinismo
39
40. Conceitos básicos
“Uma em cada quatro vendas têm origem numa montra atractiva”
Visual Merchandising, Iowa State University
•
Considera-se Montra todo o espaço do estabelecimento comercial, fachada
e interiores, reservado á exposição de produtos destinados a
comercialização por parte do estabelecimento.
•
A montra de um estabelecimento funciona como transmissor da identidade
da marca/estabelecimento junto do público-alvo. É através da montra que
cada empresa comunica a sua estratégia comercial/identidade ao
consumidor final.
FORM-COMMERCE
Vitrinismo
Porque é Que é Tão Importante?
• Em média, bastam 11 segundos para que o consumidor repare
ou não numa montra de um estabelecimento;
• Oitenta por cento das nossas percepções são criadas pela visão:
motivo pelo qual se diz usualmente que “uma imagem vale mais
do que mil palavras”.
Considere a sua montra, como uma grande janela que se torna
referência do seu negócio - Sinónimo de imagem e movimento.
Desde que seja bem compreendida e desenvolvida pode ser um dos
elementos chave para o desenvolvimento do seu negócio.
Caso contrário, poderá reduzir-se a uma silenciosa e adormecida
obscuridade.
FORM-COMMERCE
Vitrinismo
40
41. Porque é Que é Tão Importante?
Quantas vezes, ao longo do último mês, reflectiu sobre as seguintes questões?
•
A montra do seu estabelecimento reflecte a imagem/identidade do mesmo?
•
Os produtos expostos na montra encontram-se em boas condições ou denotam sinais
de desgaste (pelo sol, pela acumulação de pó, etc.)?
•
A montra apresenta produtos que não correspondem aos existentes no interior do
estabelecimento e/ou remete para uma época festiva já ultrapassada (por exemplo,
montras natalícias em Janeiro)?
•
Quando foi a última vez que o seu estabelecimento alterou a sua montra? Com que
regularidade o faz?
•
Existe articulação entre a componente exterior (montra, fachada) e o ambiente
comunicado no interior do estabelecimento (visual, som ambiente, apresentação e
disposição dos produtos, atendimento, etc.)?
FORM-COMMERCE
Vitrinismo
O Perfil do Profissional – Vitrinismo
•
O profissional que intervém na concepção de projectos de vitrinismo
deverá possuir competências para criar soluções variadas de vendas para
todo o segmento da loja.
•
Mais do que um “arrumador” do espaço do estabelecimento comercial,
deverá assumir-se como um gerador de ideias e conceitos capaz de
induzir vendas.
•
Deve estar sempre bem informado sobre as tendências mais actuais,
conhecer e saber utilizar os materiais passíveis de serem utilizados na
montagem de cenários (montras e expositores), no sentido de se obter a
melhor solução custo-benefício para determinado estabelecimento.
FORM-COMMERCE
Vitrinismo
41
42. O Perfil do Profissional – Vitrinismo
FORM-COMMERCE
Vitrinismo
Conceitos Básicos Essenciais ao
Vitrinismo
Nove ( 9) Elem ent os Essenciais par a um a Boa Mon t r a
Limpeza
Renovação
periódica da
decoração e
material
promocional
Material de
venda em bom
estado de
conservação
Monstras e
expositores
atractivos
9 Elementos
Essenciais
para uma
“Boa
Exposição”
Posicionamento
dos produtos e
material
promocional
Harmonia entre
cores,
mobiliário,
artigos, etc.
Iluminação
adequada
Apresentação
atractiva dos
produtos
Ambiente
“clean” – foco
no importante
FORM-COMMERCE
Vitrinismo
42
45. Projecto de Vitrinismo
É essencial a criação de
uma unidade visual
para a montra e o
estabelecimento no seu
todo, em clara
articulação com outras
campanhas
promocionais do
estabelecimento/marca.
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Vitrinismo
Roda das Cores
FORM-COMMERCE
Vitrinismo
45
46. Roda das Cores (cont.)
FORM-COMMERCE
Vitrinismo
I lum inação
Factor essencial para uma boa montra.
Caso seja mal dimensionada, deficiente ou não for devidamente seleccionada
poderá originar uma desagradável sensação de desconforto no cliente.
Ter em atenção:
•
Tipo de ambiente que pretende obter;
•
Tempo de permanência dos clientes nesse mesmo ambiente;
•
Sensibilidade visual;
•
•
Articulação com o projecto arquitectónico, se possível compondo luz
artificial com a luz natural ou outro recurso que ofereça melhor iluminação;
Economia de energia.
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Vitrinismo
46
47. Princípios de Design
Os principais princípios de design utilizados em
projectos de vitrinismo incluem:
Equilíbrio, Proporção, Ritmo, Ênfase, Cor,
Iluminação e Harmonia.
Quando devidamente aplicados é possível
obter-se uma apresentação harmoniosa,
eficaz e esteticamente bem conseguida.
FORM-COMMERCE
Vitrinismo
Recomendações Finais
•
A montra deverá ser renovada, pelo menos a cada 15 dias;
•
Reveja o estado geral da montra. Não deve apresentar montras
em mau estado de conservação, com lâmpadas fundidas, pó e
acumulação de insectos;
•
A montra deve apresentar um aspecto cuidado e organizado
(afinal, é o reflexo da imagem do estabelecimento), pelo que
deverá evitar objectos que não “comuniquem” entre si, exposição
de produtos descontinuados/fora de stock, etc.;
•
Crie ambientes segundo a temporada, por exemplo: estações do
ano, festas locais, Natal, Ano Novo etc.
FORM-COMMERCE
Vitrinismo
47
48. Recomendações Finais (cont.)
•
O preço deve estar afixado em local visível e deverá eliminar
quaisquer mensagens dúbias que possam induzir em erro o
potencial cliente;
•
Faça uma montra alusiva a um evento a cada dois meses em
datas importantes, como: o Dia da Mãe, o Dia da Criança, etc.
Apele ao consumidor.
•
Assegure-se que os vendedores possuem toda a informação
sobre eventuais promoções indicadas na montra.
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Vitrinismo
7 Erros a Evitar
1.
Demasiados produtos
2.
Poucos produtos
3.
Inexistência de um tema de suporte
4.
Renovação da montra pouco frequente (menos de
2 vezes/mês)
5.
Inexistência de orçamento para a concepção de
montras
6.
Falta de atenção ao detalhe
7.
Erros na aplicação de conceitos básicos de design
FORM-COMMERCE
Vitrinismo
48
50. O processo de avaliação (ou auto-avaliação) é um elemento fundamental no contexto de um
processo formativo para a análise dos resultados da aprendizagem e do trabalho efectuado e
também (e não menos importante) para a identificação e implementação de medidas e acções
de melhoria e correcção futuras.
Considerando os conhecimentos e conteúdos adquiridos no módulo “Vitrinismo” é proposto o
seguinte Questionário de Auto Avaliação:
QUESTIONÁRIO DE AUTO-AVALIAÇÃO
Verdadeiro
Falso
1) Enquadramento
a) O Vitrinismo é uma função acessória para o sucesso comercial
de determinado estabelecimento/marca?
b) A montra é o primeiro “vendedor” do seu estabelecimento
comercial?
2) Perfil do Profissional
a) A criatividade é o elemento mais importante para um profissional
de Vitrinismo
b) A formação constitui-se como factor distintivo do bom profissional
de Vitrinismo.
3) Conceitos Essenciais
a) Todos os produtos podem ser apresentados/exibidos da mesma
forma?
b) No desenvolvimento de uma Montra o vitrinista deverá ter em
consideração a imagem/identidade da empresa?
c) Um projecto de vitrinismo deverá englobar a análise do públicoalvo e os objectivos comerciais a alcançar, entre outros?
4) Componente Visual
a) Os princípios de design podem ser aplicados a projectos de
vitrinismo?
b) A renovação das montras não é considerada essencial para
estimular a compra. Uma “boa montra” deverá permanecer
exposta durante muito tempo?
50
51. Realize ainda uma auto-reflexão sobre os seguintes pontos:
O que aprendi de novo:
O que devo aplicar na minha empresa/posto de trabalho:
Áreas (no que concerne a atitudes, conhecimentos e comportamentos) a melhorar/corrigir:
Soluções do Questionário de Auto-Avaliação:
1.a) Falso (A montra do estabelecimento é não só o “primeiro vendedor” como também o principal cartão
de visita junto do consumidor e potencial cliente); 1.b) Verdadeiro; 2.a) Falso (para além da criatividade,
o profissional deverá dominar técnicas e conhecimentos específicos como sejam o marketing, o
merchandising, a decoração, a fotografia, etc.); 2.b) Verdadeiro; 3.a) Falso (A concepção da montra
deverá ter em atenção o tipo de produtos a expor, adequando a sua disposição, orientações, cor,
iluminação, etc. em função dos mesmos), 3.b) Verdadeiro; 3.c) Verdadeiro; 4.a) Verdadeiro; 4.b) Falso
(para atrair e captar a atenção do potencial cliente (quem passa na rua e olha para a montra), esta deverá
ser renovada, no mínimo, a cada 15 dias).
51
53. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Arte de mostrar, decoração de espaços comerciais (A) - Carlos Afonso, ed. Cecoa, 2000
Arte do azulejo em Portugal (A) - Alexandre Pais, J.P. Monteiro, Paulo Henriques, ed. Instituto
Camões, 2003
Comércio, cidade e qualidade de vida - Direcção Geral do Comércio e da Concorrência, 1999
Decoração do estabelecimento comercial - Carlos Afonso (s/d), ed. Cecoa
Gestão de espaços comerciais - Pedro Santos Pereira, CECOA, 2000
Gestão do linear – comércio/mercados - A. Miranda Ferreira, AIP - Associação Industrial
Portuguesa / Câmara de Comércio e Indústria, 1997
Manual da distribuição - José António Rousseau, Abril / Controljornal, 1997
Merchandising da loja - João Alberto Catalão, CECOA, 1996
Varejo no Brasil: Gestão e Estratégia – Juracy Parente, 1.ed. Editora Atlas, 2000
53
55. SITES INTERNET ÚTEIS
ANQ - Agência Nacional para a Qualificação: http://www.anq.gov.pt
CCP – Confederação do Comércio e Serviços de Portugal: www.ccp.pt
CECOA – Centro de Formação Profissional para o Comércio e Afins: www.cecoa.pt
CNQ - Catálogo Nacional de Qualificações: www.catalogo.anq.gov.pt
Diário da República Electrónico: http://dre.pt/
IEFP – Instituto de Emprego e Formação Profissional http://portal.iefp.pt
IPAMEI – Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas: www.iapmei.pt
QREN – Quadro de Referência Estratégico Nacional: http://www.incentivos.qren.pt/
SIM – Soluções Integradas para a Modernização: http://www.sim.gov.pt/
55