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ESCOLA ESTADUAL PROFESSOR JOÃO CRUZ 
Título: Realismo: Retrato da sociedade brasileira com base em obras Machadianas. 
Disciplina: Língua Portuguesa 
Professor: Maria Piedade Teodoro da Silva 
Alunos: Ana Letícia Faria nº3 
Larissa Maciel Matos nº26 
Millena Caroline Figueira nº32 
Série: Segundo ano do Ensino Médio B 
Jacareí 
2014
SUMÁRIO 
1. INTRODUÇÃO.........................................................................................................3 
2. REALISMO NA SOCIEDADE BRASILEIRA...........................................................4 
2.1 Origem do Movimento Literário Realismo...................................................4 
2.1.1 Origem do Movimento Literário Realismo no Brasil.............;...................4 
2.2. O que foi o Movimento Literário Realismo no Brasil...................................5 
2.3 Nova tendência...........................................................................................5 
2.3.1 Nova tendência: Realismo-Naturalismo...................................................5 
2.3.2 Realismo- Naturalismo no Brasil..............................................................5 
2.4 Evolução do Movimento Literário Realismo para o Movimento Literário 
Naturalismo..................................................................................................................6 
2.5 Machado de Assis: maior escritor do Brasil.................................................7 
2.5.1 Importância de Machado para o Movimento Literário Realismo no 
Brasil.........................................................................................................................................7 
2.5.2 Fases pertencentes às escrituras de Machado de Assis.........................8 
2.5.2.1Conceito das principais obras das fases machadianas.......................8 
2.5.3 Quem é Joaquim Maria Machado de Assis............................................11 
2.5.4. Trabalhos de Machado de Assis...........................................................11 
2.6 Colaborador do Movimento: Aluísio de Azevedo......................................13 
2.6.1 Quem é Tancredo Belo Gonçalves de Azevedo....................................13 
2.6.2 Principais obras e estilo de escritura de Aluísio de Azevedo.................13 
3. Considerações finais...........................................................................................15 
4. Referências...........................................................................................................16 
5. Anexos...................................................................................................................19 
5.1 Machado de Assis.....................................................................................19 
5.2 Obras machadianas...................................................................................19 
5.3 Aluísio Azevedo.........................................................................................21 
5.4 Obras de Aluísio Azevedo.........................................................................22
1. INTRODUÇÃO 
Essa pesquisa tem como foco aprofundar conhecimento sobre o 
Movimento Literário Realismo, este terá como foco o Brasil. De antemão, pode-se 
dizer que esse movimento se configura em nítida oposição ao Movimento Literário 
Romantismo. 
Já se sabe que o tema "Realismo: retrato da sociedade brasileira" é 
bem abrangente, por isso o estudo se norteia em responder, no decorrer da 
pesquisa, os seguintes questionamentos: "Quais são as características do 
Movimento Literário Realismo?", "Como se deu a evolução do Movimento Literário 
Realismo para o Movimento Literário Naturalismo?" e "Por que Machado de Assis foi 
importante para o Movimento Literário Realismo no Brasil?". 
Justifica-se o trabalho então não só por ser uma exigência do Currículo 
do Estado de São Paulo, mas também por faltar entendimento crítico de textos 
literários principalmente do Realismo: origens e suas características. 
Têm-se como objetivo conhecer o Movimento Literário Realismo no 
Brasil, entender a evolução do Movimento Literário Realismo para o Movimento 
Literário Naturalismo, além de conhecer o maior escritor do Movimento Literário 
Realismo brasileiro e sua importância: Machado de Assis. 
Espera-se que, no final da pesquisa ter respondido todos os 
questionamentos propostos, assim como concluir todos os objetivos almejados, 
obtendo assim um conhecimento maior sobre o Movimento Literário Realismo que 
teve como foco o Brasil e as obras Machadianas.
2. REALISMO NA SOCIEDADE BRASILEIRA 
2.1 Origem do Movimento Literário Realismo 
Realismo trata-se de um movimento artístico e literário surgido em 
meados do século XIX, na Europa (na França mais precisamente), em sequência, e 
em oposição do Movimento Literário Romantismo, contrariamente, a estética 
romântica, em que a narrativa de aventura ou a o romance de amor contrapunham 
um herói íntegro às forças sociais instituídas, o texto realista criticava as futilidades 
da vida burguesa. 
2.1.1 Origem do Movimento Literário Realismo no Brasil 
No Brasil, o Realismo se manifestou por volta de 1870, fugindo do foco 
sentimental e emocional, sendo expresso por textos em prosa e em verso. Dentro da 
sociedade brasileira não era mais possível ignorar a desigualdade de direitos e 
supressão da liberdade que marcavam a sociedade da época. Armados de um olhar 
atento, os escritores souberam transpor para o contexto da literatura, muitas vezes 
de modo cômico e mordaz, os impasses vivenciados pela sociedade. A imagem de 
uma elite que adaptava as ideologias progressistas a seus próprios interesses 
constituiu um dos maiores alvos da crítica do Realismo brasileiro “A vida sem luta é 
um mar morto no centro do organismo universal” (ASSIS, 2010). Machado de Assis 
defendia que as pessoas lutassem por seus direitos, para assim, viver em uma 
sociedade igualitária.
2.2 O que foi o Movimento Literário Realismo no Brasil 
Na literatura brasileira, o Movimento Literário Realismo manifestou-se, 
principalmente, na prosa. Os romances realistas tornaram-se instrumentos de crítica 
ao comportamento burguês e às instituições sociais. Muitos escritores românticos 
começaram a explorar a proposta da literatura realista. Os especialistas em literatura 
dizem que o marco inicial do movimento, no Brasil, é a publicação do livro Memórias 
Póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis, em 1881. Nessa obra, o escritor 
fluminense faz duras críticas à sociedade da época. 
2.3 Nova tendência 
2.3.1 Nova tendência: Realismo-Naturalismo 
A partir da segunda metade do século XIX, as concepções estéticas 
que nortearam o ideário romântico começaram a perder espaço. Uma nova 
tendência, baseada na trama psicológica e em personagens inspirados na realidade, 
toma conta da literatura ocidental. Estava inaugurado o Realismo-Naturalismo. 
2.3.2 Realismo-Naturalismo no Brasil 
No Brasil, essa passagem ocorre em 1881, com a publicação de 
“Memória Póstumas de Brás Cubas”, de Machado de Assis (1839-1908) o romance 
marca um tom cheio de ironias “(...) Escrevi-a com a pena da galhofa e a tinta da 
melancolia” (Machado, 2013) e negatividade “(...) não sei se lhe menti algumas 
rabugens de pessimismo“ (Machado, 2013) e novo estilo na obra de Machado, bem 
como audácia e inovando a literatura no cenário nacional “(...) Quando meu pai foi
eleito deputado e veio para o Rio de Janeiro com a família“ (Machado, 2008), que o 
fez receber, à época, resenhas estranhas, o autor rompe com Memórias Póstumas 
de Brás Cubas com a narração linear e objetivista retratando o Rio de Janeiro e sua 
época em geral com pessimismo, ironia e indiferença que era seu marco. Memórias 
Póstumas de Brás Cubas retrata a escravidão, as classes sociais, o cientificismo e o 
positivismo da época, chegando a criar, inclusive, uma nova filosofia. E de “O 
Mulato”, de Aluísio Azevedo (1857-1913) também marcou essa passagem, esse livro 
contém denuncia ao preconceito racial na sociedade maranhense e da corrupção do 
clero, provocando irritação os comprovincianos de Aluísio a ponto de o escritor 
resolver mudar-se para a corte, onde fizera sucesso. Enquanto o livro de Machado 
apresenta acentuado viés realista, o de Aluísio é claramente naturalista. 
“Machado de Assis é considerado o maior escritor do Realismo por criticar a 
sociedade burguesa”; “Aluísio de Azevedo é naturalista por escrever que o ser 
humano e suas atitudes dependem do meio em que vivem” 
2.4 Evolução do Movimento Literário Realismo para o Movimento Literário 
Naturalismo 
Enquanto o Romantismo era criticado por exaltar o sentimento, a 
emoção e iludir o leitor, levando-o a um mundo de sonhos, o Realismo, segundo o 
escritor português, Eça de Queiroz, condenaria o que houvesse de mal na 
sociedade. 
Os escritores realistas consideravam que a arte deveria ser dotada de 
uma finalidade moralizante. A função do escritor era condenar os vícios, mostrar o 
certo e o errado, para limpar a sociedade e a consciência dos indivíduos. 
Curiosamente, tanto o Romantismo quanto o Realismo apresentavam como 
princípios fundamentais a aliança entre o belo, o justo e o verdadeiro, contudo, por 
vias diferentes. Enquanto o artista realista acreditava na possibilidade de alcançar a 
verdade absoluta por meio da ciência, o romântico, como um iluminado por Deus, se 
guiava pela religião. 
Para apontar todas as mazelas sociais, o romance realista se 
caracterizava por descrições minuciosas, de maneira a constituir um espelho da
sociedade para não falsear a realidade. Apesar de criticar os valores burgueses, os 
romances realistas acabavam por validá-los, já que o pensamento da época não 
contemplava outra saída. Como refém social, o homem, por heroísmo, renunciava à 
própria vida, ou seguia a sociedade burguesa e renunciava à singularidade. 
Ao punir a adúltera Luisa com a morte em O Primo Basílio, Eça de 
Queiroz induz as esposas a permanecerem casadas e fiéis aos maridos, validando o 
casamento, grande símbolo das instituições da sociedade burguesa, que pretendia 
combater. 
Embora seja contemporâneo do Romantismo e do Realismo, Machado 
de Assis não deve ser classificado como membro integrante de nenhum desses dois 
movimentos literários, uma vez que em suas obras são encontradas críticas a 
ambos os estilos de época. Afinal, como citado anteriormente, ele antecipou traços 
da estética modernista, sendo considerado por muitos autores como “inclassificável”. 
[...] cavalgando um corcel nervoso, rijo, veloz, como o corcel 
das antigas baladas que o Romantismo foi buscar ao castelo 
medieval, para dar com ele nas ruas do nosso século. O pior 
é que o estafaram a tal ponto, que foi preciso deitá-lo à 
margem, onde o Realismo o veio achar comido de lazeira e 
vermes, e, por compaixão, o transportou para os seus livros. 
(ASSIS, 1978). 
A literatura realista preserva uma “atitude natural”. O signo realista ou 
representacional é doentio, pois pretende apagar a sua própria condição de signo 
para alimentar a ilusão de que estamos percebendo a realidade sem a sua 
intervenção. Dessa maneira, nega o caráter produtivo da linguagem e elimina o fato 
de que só temos um mundo, porque temos a linguagem para significá-lo. 
2.5 Machado de Assis: maior escritor do Brasil 
2.5.1 Importância de Machado para o Movimento Literário Realismo no Brasil
Machado de Assis é importante para o Movimento Literário Realismo 
no Brasil por ser um grande crítico e escritor revelador não só do comportamento 
humano, mas também do contexto sócio-político da época assim como em seus 
romances pertencentes ao Romantismo. 
2.5.2 Fases pertencentes às escrituras de Machado de Assis 
Os romances de Machado de Assis costumam ser divididos em duas 
fases. Segundo, Roberto Schwarz (Viena, 20 de agosto de 1938) um crítico literário, 
ensaísta e professor aposentado de Teoria Literária brasileira que redigiu estudos 
sobre Machado de Assis, a primeira fase, contém "romances considerados 
convencionais, tanto por manterem-se presos às características dos romances do 
século XIX como pela abordagem do contexto social". É, por assim dizer, a fase 
romântica do autor, na qual as personagens de suas obras possuem características 
românticas, sendo o amor e os relacionamentos amorosos os principais temas de 
seus livros. A segunda fase vem depois das crises epilépticas de Machado e é como 
se tivesse havido uma evolução espiritual do autor. Esta é a fase, chamada realista. 
Roberto Schwartz nos diz que é nesta fase que Machado de Assis "dá a pena (de 
escrever)" às elites do seu tempo, ironizando o autoritarismo e a sociedade 
senhorial, abrindo espaços para as questões psicológicas das personagens. É a 
fase em que o autor retrata muito bem as características do Movimento Literário 
Realismo. Machado de Assis faz uma análise profunda e realista do ser humano, 
destacando suas vontades, necessidades, defeitos e qualidades. 
2.5.2.1 Conceito das principais obras das fases machadianas 
Na primeira fase suas obras de maior ênfase foram: Ressurreição 
(1872), seu primeiro livro, é caracterizada por não haver excessos sentimentais, 
reviravoltas na trama e final feliz do folhetim tipicamente romântico. Trata-se mais de 
um romance psicológico, "o que, se não é inédito, é raro em romances românticos",
no qual, mais importante que a intriga é "estudar o caráter e o comportamento" dos 
personagens. A Mão e a Luva (1874), Narra a história de Guiomar, moça altiva e 
segura de si, que procura, com frieza e calculismo, realizar o ambicioso plano de 
ascender socialmente, compensando a sua modesta origem. Três homens 
pretendem a mão de Guiomar: Estevão, Jorge e Luis Alves; Helena (1876), um 
romance que se trata da história de uma moça, que sobe na escala social 
inesperadamente. Quando o Conselheiro Vale morre, consta em seu testamento que 
Helena (protagonista), moça internada num colégio de Botafogo, é sua filha. Helena 
passa a viver com Úrsula, irmã do conselheiro, Estácio, agora meio-irmão, Dr. 
Camargo, amigo de Vale e médico da família, e Eugênia, filha do Dr. Camargo. 
Helena em face de seu temperamento expansivo e comunicativo conquista a afeição 
de D. Úrsula e de Estácio. Mendonça apaixona-se pela moça. Helena passa a ser 
objeto de afeição do próprio irmão, que, no entanto, está noivo de Eugênia. O padre 
Melchior, guia espiritual da família, suspeita dos freqüentes encontros entre Helena 
e Salvador. O mistério é esclarecido: Salvador é o pai de Helena, que fora 
arrebatada pelo conselheiro, - encarregando-se de sua educação. Helena, 
profundamente chocada com o estado de coisas, mesmo com a possibilidade de 
poder casar com Estácio, não agüenta a emoção, adoece e morre; e Iaiá Garcia 
(1878) uma trama que se desenrola entre os anos de 1866 e 1871. Casamentos 
arranjados, amores proibidos e jogos de interesse compõem este painel que retrata 
a sociedade contemporânea ao autor, e na segunda fase suas principais obras 
foram Memórias Póstumas de Brás Cubas, Quincas Borba e Dom Casmurro. 
Em Memórias Póstumas de Brás Cubas, Machado de Assis quebra as 
regras da literatura fazendo uma narrativa não-linear que resultou a estranhamento 
naquela época. O narrador nessa obra é extremamente negativo e também é um 
defunto-autor, ou seja, Brás Cubas é um defunto retratando sua vida para eterniza-la, 
essa posição de defunto-autor faz com que Brás Cubas se encontre na posição 
na qual não precisa seguir juízos, pois tal pode falar o que quiser sobre o que quiser 
(olhar unilateral) que não terá como contrariado, entretanto chama o leitor para 
participar da obra para que tenhamos a mesma visão que ele. Para te convencer 
melhor, ele faz o uso da narrativa lenta e não-linear já que existe o tempo 
psicológico e o cronológico. Machado de Assis tem como característica falar sem 
freio colocando todas suas críticas expressas em suas obras, então o narrador quer
construir as personagens (Brás Cubas, Virgília, Marcela, Eugênia, Nhã Lo Ló, Lobo 
Neves, Quincas Borba, Dona Plácida, Prudêncio) de dentro para fora. Machado de 
Assis nessa obra critica as relações humanas, hipocrisia, a falsidade e o status 
burguês. No último capítulo é retratada toda negatividade, no qual é expresso que 
Brás Cubas não teve um grande amor, não foi senador, não se casou, mas como um 
bom irônico termina o capítulo dizendo que ao menos não deixou um filho para 
propagar a miséria humana. 
Em Quincas Borba, Machado esteve preocupado em utilizar o 
pessimismo e a ironia para criticar os costumes e a filosofia de seu tempo, embora 
não subtraia resíduos românticos da trama. Quincas Borba foi escrito em terceira 
pessoa, a fim de contar a história de Rubião, ingênuo rapaz que se torna discípulo e 
herdeiro do filósofo Quincas Borba, personagem do romance anterior, e que, sendo 
enganado por seu amigo capitalista Cristiano e sua esposa Sofia, paixão de Rubião, 
vive na pele todo o fundamento teórico do Humanitismo, filosofia fictícia daquele 
filósofo. Quincas Borba, de fato, foca-se melhor nos temas secundários. Estes 
incluem uma paródia ao cientificismo e ao evolucionismo da época, bem como ao 
positivismo de Comte e à lei do mais forte, uma adaptação da seleção natural de 
Charles Darwin a nível social. O livro tem recebido vários estudos e interpretações 
ao longo do tempo, sobretudo sociológicos, que o consideram um romance que trata 
principalmente da transformação do homem em objeto do homem e a sua 
"coisificação". Quincas Borba, um dos que mais interesse tem despertado em novas 
edições e traduções para outras línguas, está entre os principais livros da obra 
machadiana. 
Em Dom Casmurro, o romance inicia-se numa situação posterior a 
todos os seus acontecimentos. Bento Santiago, já um homem de idade, conta ao 
leitor como recebeu a alcunha de Dom Casmurro. A expressão fora inventada por 
um jovem poeta, que tentara ler para ele no trem alguns de seus versos. Como 
Bento cochilara durante a leitura, o rapaz ficou chateado e começou a chamá-lo 
daquela forma. O narrador inicia então o projeto de rememorar sua existência, o que 
ele chama de "atar as duas pontas da vida". O leitor é apresentado à infância de 
Bentinho, quando ele vivia com a família num casarão da rua de Matacavalos. 
No artigo "Instinto de Nacionalidade" (1899), Machado critica o principal 
ponto de honra do Romantismo brasileiro: o tema nacionalista, nesse artigo ele diz 
em poucas palavras que, para ser brasileiro não é necessário falar sempre de
imagens nacionalistas e de símbolos, como na natureza do Brasil, e a figura 
indígena. Em relação ao Realismo, Machado sempre se manteve crítico as normas 
da escola. Para Carlos Fuentes, a produção de Machado de Assis é um verdadeiro 
milagre do contexto limitado do realismo latino-americano. 
2.5.3 Quem é Joaquim Maria Machado de Assis 
Nasceu no Rio de Janeiro em 21 de junho de 1839, filho de uma 
família muito pobre. Mulato e vítima de preconceito, perdeu na infância sua mãe e 
foi criado pela madrasta. Superou todas as dificuldades da época e tornou-se um 
grande escritor. Na infância, estudou numa escola pública durante o primário e 
aprendeu francês e latim. Trabalhou como aprendiz de tipógrafo, foi revisor e 
funcionário público. Machado de Assis morreu de câncer, em sua cidade natal, no 
ano de 1908. 
2.5.4 Trabalhos de Machado de Assis 
Publicou seu primeiro poema intitulado “Ela”, na revista Marmota 
Fluminense. 
ELA 
Seus olhos que brilham tanto, 
Que prendem tão doce encanto, 
Que prendem um casto amor 
Onde com rara beleza, 
Se esmerou a natureza 
Com meiguice e com primor 
Suas faces purpurinas 
De rubras cores divinas
De mago brilho e condão; 
Meigas faces que harmonia 
Inspira em doce poesia 
Ao meu terno coração! 
Sua boca meiga e breve, 
Onde um sorriso de leve 
Com doçura se desliza, 
Ornando purpúrea cor, 
Celestes lábios de amor 
Que com neve se harmoniza. 
Com sua boca mimosa 
Solta voz harmoniosa 
Que inspira ardente paixão, 
Dos lábios de Querubim 
Eu quisera ouvir um -sim- 
P’ra alívio do coração! 
Vem, ó anjo de candura, 
Fazer a dita, a ventura 
De minh’alma, sem vigor; 
Donzela, vem dar-lhe alento, 
“Dá-lhe um suspiro de amor!(ASSIS, 2008) 
Trabalhou como colaborador de algumas revistas e jornais do Rio de 
Janeiro. Foi um dos fundadores da Academia Brasileira de letras e seu primeiro 
presidente. 
2.6 Colaborador do Movimento: Aluísio de Azevedo 
2.6.1 Quem é Aluísio Tancredo Belo Gonçalves de Azevedo
Considerado o pioneiro do naturalismo no Brasil, o 
romancista, contista, cronista, diplomata, caricaturista e jornalista brasileiro; além de 
bom desenhista e discreto pintor.Aluísio de Azevedo nasceu em São Luís, Maranhão 
em 14 de abril de 1857. Quando jovem ele fazia caricaturas e poesias, como 
colaborador, para jornais e revistas no Rio de Janeiro. 
Faleceu em Buenos Aires, Argentina, no dia 21 de janeiro de 1913. 
2.6.2 Principais obras e estilo de escritura de Aluisio de Azevedo 
Fundador da cadeira número quatro da Academia Brasileira de Letras e 
crítico social, este escritor naturalista foi autor de diversos livros, entre eles estão: 
Seu primeiro romance publicado foi: Uma lágrima de mulher, em 1880. O Mulato, 
que provocou escândalo na época de seu lançamento, Casa de Pensão, que o 
consagrou e O Cortiço, conhecido com sua obra mais importante, o enredo de O 
cortiço serve como padrão da obra de Aluísio Azevedo. O romance gira em torno da 
vida de certo cortiço carioca, retratado como local promíscuo, capaz de contaminar 
os que dali se aproximam. Sobre esse pano de fundo, o leitor acompanha a 
ascensão econômica e social do inescrupuloso João Romão. Partidário do 
pessimismo e influenciado por teorias deterministas, Azevedo submete seus 
personagens ao poder do sexo e do dinheiro, de maneira que os dramas individuais 
se tornam apêndices da luta coletiva cujo centro é o cortiço. O próprio estilo de 
Azevedo reforça essas características: destacando-se pela descrição de grandes 
painéis, o autor transmite a impressão de que os principais personagens não são as 
pessoas, mas, sim, as forças da natureza ou da vida em sociedade. Obra de severa 
crítica social, O cortiço denuncia os preconceitos raciais e a exploração do homem 
pelo homem. 
Este autor, que não escondia seu inconformismo com a sociedade 
brasileira e com suas regras escreveu, Durante grande parte de sua vida, Aluísio de
Azevedo viveu daquilo que ganhava como escritor, mas ao entrar para a vida 
diplomática ele abandonou a produção literária. 
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
O Movimento Literário Realismo não possui as mesmas características 
do Romantismo: espontaneidade e emoção; ele mostra a realidade, criticas e 
angustias da sociedade; dentro do realismo o homem apresentava a influência de 
movimentos políticos. 
Os escritores visavam não retratar o belo, como no Movimento Literário 
Romantismo, Machado de Assis se destacava no Realismo brasileiro, por ser 
considerado “criador” do Realismo no Brasil, sendo absurdamente crítico e negando 
a burguesia. 
Com o Realismo surgiu novos campos de conhecimentos na literatura, 
como: sociologia e a psicologia, além de evoluir algum tempo depois para outro 
movimento que prezava uma de suas características: a natureza, sendo criado o 
Naturalismo.
4. REFERÊNCIAS 
· ASSIS, Machado de. Memórias Póstumas de Brás Cubas, 2008 
· ASSIS, Machado de. Memórias Póstumas de Brás Cubas, 1978 
· ASSIS, Machado de. Dom Casmurro, 2012 
· BARRETO, Ricardo Gonçalves. Português Ensino Médio: Ser protagonista 2. 
São Paulo SM, 2010. 
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bras-cubas-analise-obra-machado-assis-700294.shtml> Acessado em: 26 de 
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Acessado em: 26 de novembro de 2014 às: 16h02min. 
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<http://guiadoestudante.abril.com.br/estudar/literatura/realismo-naturalismo-contexto- 
historico-autores-dicas-questao-comentada-598963.shtml> 
Acessado em: 26 de novembro de 2014 às: 16h01min. 
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Acessado em: 24 de novembro de 2014 às: 14h02min. 
· Disponível em: <http://aprovadonovestibular.com/realismo-autores-obras-caracteristicas. 
html> Acessado em: 24 de novembro de 2014 às: 13h51min. 
· Disponível em: 
<http://www.nilc.icmc.usp.br/nilc/literatura/realismo.naturalismo1.htm> 
Acessado em: 24 de novembro de 2014 às: 13h47min. 
· Disponível em: <http://www.infoescola.com/literatura/realismo/> Acessado 
em: 24 de novembro de 2014 às: 13h42min. 
· Disponível em: <http://vestibular.brasilescola.com/resumos-de-livros/ 
machado-assis.htm>. Acessado em: 24 de novembro de 2014 às: 
13h30min 
· Disponível em: <http://www.suapesquisa.com/machadodeassis/> Acessado 
em: 24 de novembro de 2014 às: 13h29min. 
· Disponível em: 
<http://www.ciencialit.letras.ufrj.br/garrafa12/robertadacosta_autor.html> 
Acessado em: 24 de novembro de 2014 às: 13h17min. 
· Disponível em: 
<http://guiadoestudante.abril.com.br/literatura/materia_416007.shtml> 
Acessado em: 24 de novembro de 2014 às: 13h17min. 
· Disponível em: <http://pt.slideshare.net/JosAlexandreDosSantos/machado-de-assis- 
anlise-da-obra> Acessado em: 24 de novembro de 2014 às: 13h17min. 
· Disponível em: <http://almaprolixa.blogspot.com.br/2008/08/crtica-social-em-memrias- 
pstumas-de-brs.html> Acessado em: 24 de novembro de 2014 às: 
13h16min.
· Disponível em: <http://valiteratura.blogspot.com.br/2011/09/memorias-postumas- 
de-bras-cubas-machado.html> Acessado em: 24 de novembro de 
2014 às: 13h12min. 
· Disponível em: <http://pt.slideshare.net/viviantrombini/o-realismo-25292654> 
Acessado em: 24 de novembro de 2014 às: 13h04min. 
· Disponível em <http://pt.scribd.com/doc/3671834/Literatura-Pre-Vestibular- 
Impacto-Realismo-Naturalismo-Aspectos-Gerais> Acessado em: 24 de 
novembro de 2014 às: 13h04min.
5. ANEXOS 
5.1 Machado de Assis 
5.2 Obras Machadianas 
Primeira fase:
Segunda fase:
5.3 Aluisio de Azevedo
5.4 Obras de Aluisio de Azevedo
Realismo: Retrato da sociedade brasileira com base em obras Machadianas.

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Realismo: Retrato da sociedade brasileira com base em obras Machadianas.

  • 1. ESCOLA ESTADUAL PROFESSOR JOÃO CRUZ Título: Realismo: Retrato da sociedade brasileira com base em obras Machadianas. Disciplina: Língua Portuguesa Professor: Maria Piedade Teodoro da Silva Alunos: Ana Letícia Faria nº3 Larissa Maciel Matos nº26 Millena Caroline Figueira nº32 Série: Segundo ano do Ensino Médio B Jacareí 2014
  • 2. SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO.........................................................................................................3 2. REALISMO NA SOCIEDADE BRASILEIRA...........................................................4 2.1 Origem do Movimento Literário Realismo...................................................4 2.1.1 Origem do Movimento Literário Realismo no Brasil.............;...................4 2.2. O que foi o Movimento Literário Realismo no Brasil...................................5 2.3 Nova tendência...........................................................................................5 2.3.1 Nova tendência: Realismo-Naturalismo...................................................5 2.3.2 Realismo- Naturalismo no Brasil..............................................................5 2.4 Evolução do Movimento Literário Realismo para o Movimento Literário Naturalismo..................................................................................................................6 2.5 Machado de Assis: maior escritor do Brasil.................................................7 2.5.1 Importância de Machado para o Movimento Literário Realismo no Brasil.........................................................................................................................................7 2.5.2 Fases pertencentes às escrituras de Machado de Assis.........................8 2.5.2.1Conceito das principais obras das fases machadianas.......................8 2.5.3 Quem é Joaquim Maria Machado de Assis............................................11 2.5.4. Trabalhos de Machado de Assis...........................................................11 2.6 Colaborador do Movimento: Aluísio de Azevedo......................................13 2.6.1 Quem é Tancredo Belo Gonçalves de Azevedo....................................13 2.6.2 Principais obras e estilo de escritura de Aluísio de Azevedo.................13 3. Considerações finais...........................................................................................15 4. Referências...........................................................................................................16 5. Anexos...................................................................................................................19 5.1 Machado de Assis.....................................................................................19 5.2 Obras machadianas...................................................................................19 5.3 Aluísio Azevedo.........................................................................................21 5.4 Obras de Aluísio Azevedo.........................................................................22
  • 3. 1. INTRODUÇÃO Essa pesquisa tem como foco aprofundar conhecimento sobre o Movimento Literário Realismo, este terá como foco o Brasil. De antemão, pode-se dizer que esse movimento se configura em nítida oposição ao Movimento Literário Romantismo. Já se sabe que o tema "Realismo: retrato da sociedade brasileira" é bem abrangente, por isso o estudo se norteia em responder, no decorrer da pesquisa, os seguintes questionamentos: "Quais são as características do Movimento Literário Realismo?", "Como se deu a evolução do Movimento Literário Realismo para o Movimento Literário Naturalismo?" e "Por que Machado de Assis foi importante para o Movimento Literário Realismo no Brasil?". Justifica-se o trabalho então não só por ser uma exigência do Currículo do Estado de São Paulo, mas também por faltar entendimento crítico de textos literários principalmente do Realismo: origens e suas características. Têm-se como objetivo conhecer o Movimento Literário Realismo no Brasil, entender a evolução do Movimento Literário Realismo para o Movimento Literário Naturalismo, além de conhecer o maior escritor do Movimento Literário Realismo brasileiro e sua importância: Machado de Assis. Espera-se que, no final da pesquisa ter respondido todos os questionamentos propostos, assim como concluir todos os objetivos almejados, obtendo assim um conhecimento maior sobre o Movimento Literário Realismo que teve como foco o Brasil e as obras Machadianas.
  • 4. 2. REALISMO NA SOCIEDADE BRASILEIRA 2.1 Origem do Movimento Literário Realismo Realismo trata-se de um movimento artístico e literário surgido em meados do século XIX, na Europa (na França mais precisamente), em sequência, e em oposição do Movimento Literário Romantismo, contrariamente, a estética romântica, em que a narrativa de aventura ou a o romance de amor contrapunham um herói íntegro às forças sociais instituídas, o texto realista criticava as futilidades da vida burguesa. 2.1.1 Origem do Movimento Literário Realismo no Brasil No Brasil, o Realismo se manifestou por volta de 1870, fugindo do foco sentimental e emocional, sendo expresso por textos em prosa e em verso. Dentro da sociedade brasileira não era mais possível ignorar a desigualdade de direitos e supressão da liberdade que marcavam a sociedade da época. Armados de um olhar atento, os escritores souberam transpor para o contexto da literatura, muitas vezes de modo cômico e mordaz, os impasses vivenciados pela sociedade. A imagem de uma elite que adaptava as ideologias progressistas a seus próprios interesses constituiu um dos maiores alvos da crítica do Realismo brasileiro “A vida sem luta é um mar morto no centro do organismo universal” (ASSIS, 2010). Machado de Assis defendia que as pessoas lutassem por seus direitos, para assim, viver em uma sociedade igualitária.
  • 5. 2.2 O que foi o Movimento Literário Realismo no Brasil Na literatura brasileira, o Movimento Literário Realismo manifestou-se, principalmente, na prosa. Os romances realistas tornaram-se instrumentos de crítica ao comportamento burguês e às instituições sociais. Muitos escritores românticos começaram a explorar a proposta da literatura realista. Os especialistas em literatura dizem que o marco inicial do movimento, no Brasil, é a publicação do livro Memórias Póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis, em 1881. Nessa obra, o escritor fluminense faz duras críticas à sociedade da época. 2.3 Nova tendência 2.3.1 Nova tendência: Realismo-Naturalismo A partir da segunda metade do século XIX, as concepções estéticas que nortearam o ideário romântico começaram a perder espaço. Uma nova tendência, baseada na trama psicológica e em personagens inspirados na realidade, toma conta da literatura ocidental. Estava inaugurado o Realismo-Naturalismo. 2.3.2 Realismo-Naturalismo no Brasil No Brasil, essa passagem ocorre em 1881, com a publicação de “Memória Póstumas de Brás Cubas”, de Machado de Assis (1839-1908) o romance marca um tom cheio de ironias “(...) Escrevi-a com a pena da galhofa e a tinta da melancolia” (Machado, 2013) e negatividade “(...) não sei se lhe menti algumas rabugens de pessimismo“ (Machado, 2013) e novo estilo na obra de Machado, bem como audácia e inovando a literatura no cenário nacional “(...) Quando meu pai foi
  • 6. eleito deputado e veio para o Rio de Janeiro com a família“ (Machado, 2008), que o fez receber, à época, resenhas estranhas, o autor rompe com Memórias Póstumas de Brás Cubas com a narração linear e objetivista retratando o Rio de Janeiro e sua época em geral com pessimismo, ironia e indiferença que era seu marco. Memórias Póstumas de Brás Cubas retrata a escravidão, as classes sociais, o cientificismo e o positivismo da época, chegando a criar, inclusive, uma nova filosofia. E de “O Mulato”, de Aluísio Azevedo (1857-1913) também marcou essa passagem, esse livro contém denuncia ao preconceito racial na sociedade maranhense e da corrupção do clero, provocando irritação os comprovincianos de Aluísio a ponto de o escritor resolver mudar-se para a corte, onde fizera sucesso. Enquanto o livro de Machado apresenta acentuado viés realista, o de Aluísio é claramente naturalista. “Machado de Assis é considerado o maior escritor do Realismo por criticar a sociedade burguesa”; “Aluísio de Azevedo é naturalista por escrever que o ser humano e suas atitudes dependem do meio em que vivem” 2.4 Evolução do Movimento Literário Realismo para o Movimento Literário Naturalismo Enquanto o Romantismo era criticado por exaltar o sentimento, a emoção e iludir o leitor, levando-o a um mundo de sonhos, o Realismo, segundo o escritor português, Eça de Queiroz, condenaria o que houvesse de mal na sociedade. Os escritores realistas consideravam que a arte deveria ser dotada de uma finalidade moralizante. A função do escritor era condenar os vícios, mostrar o certo e o errado, para limpar a sociedade e a consciência dos indivíduos. Curiosamente, tanto o Romantismo quanto o Realismo apresentavam como princípios fundamentais a aliança entre o belo, o justo e o verdadeiro, contudo, por vias diferentes. Enquanto o artista realista acreditava na possibilidade de alcançar a verdade absoluta por meio da ciência, o romântico, como um iluminado por Deus, se guiava pela religião. Para apontar todas as mazelas sociais, o romance realista se caracterizava por descrições minuciosas, de maneira a constituir um espelho da
  • 7. sociedade para não falsear a realidade. Apesar de criticar os valores burgueses, os romances realistas acabavam por validá-los, já que o pensamento da época não contemplava outra saída. Como refém social, o homem, por heroísmo, renunciava à própria vida, ou seguia a sociedade burguesa e renunciava à singularidade. Ao punir a adúltera Luisa com a morte em O Primo Basílio, Eça de Queiroz induz as esposas a permanecerem casadas e fiéis aos maridos, validando o casamento, grande símbolo das instituições da sociedade burguesa, que pretendia combater. Embora seja contemporâneo do Romantismo e do Realismo, Machado de Assis não deve ser classificado como membro integrante de nenhum desses dois movimentos literários, uma vez que em suas obras são encontradas críticas a ambos os estilos de época. Afinal, como citado anteriormente, ele antecipou traços da estética modernista, sendo considerado por muitos autores como “inclassificável”. [...] cavalgando um corcel nervoso, rijo, veloz, como o corcel das antigas baladas que o Romantismo foi buscar ao castelo medieval, para dar com ele nas ruas do nosso século. O pior é que o estafaram a tal ponto, que foi preciso deitá-lo à margem, onde o Realismo o veio achar comido de lazeira e vermes, e, por compaixão, o transportou para os seus livros. (ASSIS, 1978). A literatura realista preserva uma “atitude natural”. O signo realista ou representacional é doentio, pois pretende apagar a sua própria condição de signo para alimentar a ilusão de que estamos percebendo a realidade sem a sua intervenção. Dessa maneira, nega o caráter produtivo da linguagem e elimina o fato de que só temos um mundo, porque temos a linguagem para significá-lo. 2.5 Machado de Assis: maior escritor do Brasil 2.5.1 Importância de Machado para o Movimento Literário Realismo no Brasil
  • 8. Machado de Assis é importante para o Movimento Literário Realismo no Brasil por ser um grande crítico e escritor revelador não só do comportamento humano, mas também do contexto sócio-político da época assim como em seus romances pertencentes ao Romantismo. 2.5.2 Fases pertencentes às escrituras de Machado de Assis Os romances de Machado de Assis costumam ser divididos em duas fases. Segundo, Roberto Schwarz (Viena, 20 de agosto de 1938) um crítico literário, ensaísta e professor aposentado de Teoria Literária brasileira que redigiu estudos sobre Machado de Assis, a primeira fase, contém "romances considerados convencionais, tanto por manterem-se presos às características dos romances do século XIX como pela abordagem do contexto social". É, por assim dizer, a fase romântica do autor, na qual as personagens de suas obras possuem características românticas, sendo o amor e os relacionamentos amorosos os principais temas de seus livros. A segunda fase vem depois das crises epilépticas de Machado e é como se tivesse havido uma evolução espiritual do autor. Esta é a fase, chamada realista. Roberto Schwartz nos diz que é nesta fase que Machado de Assis "dá a pena (de escrever)" às elites do seu tempo, ironizando o autoritarismo e a sociedade senhorial, abrindo espaços para as questões psicológicas das personagens. É a fase em que o autor retrata muito bem as características do Movimento Literário Realismo. Machado de Assis faz uma análise profunda e realista do ser humano, destacando suas vontades, necessidades, defeitos e qualidades. 2.5.2.1 Conceito das principais obras das fases machadianas Na primeira fase suas obras de maior ênfase foram: Ressurreição (1872), seu primeiro livro, é caracterizada por não haver excessos sentimentais, reviravoltas na trama e final feliz do folhetim tipicamente romântico. Trata-se mais de um romance psicológico, "o que, se não é inédito, é raro em romances românticos",
  • 9. no qual, mais importante que a intriga é "estudar o caráter e o comportamento" dos personagens. A Mão e a Luva (1874), Narra a história de Guiomar, moça altiva e segura de si, que procura, com frieza e calculismo, realizar o ambicioso plano de ascender socialmente, compensando a sua modesta origem. Três homens pretendem a mão de Guiomar: Estevão, Jorge e Luis Alves; Helena (1876), um romance que se trata da história de uma moça, que sobe na escala social inesperadamente. Quando o Conselheiro Vale morre, consta em seu testamento que Helena (protagonista), moça internada num colégio de Botafogo, é sua filha. Helena passa a viver com Úrsula, irmã do conselheiro, Estácio, agora meio-irmão, Dr. Camargo, amigo de Vale e médico da família, e Eugênia, filha do Dr. Camargo. Helena em face de seu temperamento expansivo e comunicativo conquista a afeição de D. Úrsula e de Estácio. Mendonça apaixona-se pela moça. Helena passa a ser objeto de afeição do próprio irmão, que, no entanto, está noivo de Eugênia. O padre Melchior, guia espiritual da família, suspeita dos freqüentes encontros entre Helena e Salvador. O mistério é esclarecido: Salvador é o pai de Helena, que fora arrebatada pelo conselheiro, - encarregando-se de sua educação. Helena, profundamente chocada com o estado de coisas, mesmo com a possibilidade de poder casar com Estácio, não agüenta a emoção, adoece e morre; e Iaiá Garcia (1878) uma trama que se desenrola entre os anos de 1866 e 1871. Casamentos arranjados, amores proibidos e jogos de interesse compõem este painel que retrata a sociedade contemporânea ao autor, e na segunda fase suas principais obras foram Memórias Póstumas de Brás Cubas, Quincas Borba e Dom Casmurro. Em Memórias Póstumas de Brás Cubas, Machado de Assis quebra as regras da literatura fazendo uma narrativa não-linear que resultou a estranhamento naquela época. O narrador nessa obra é extremamente negativo e também é um defunto-autor, ou seja, Brás Cubas é um defunto retratando sua vida para eterniza-la, essa posição de defunto-autor faz com que Brás Cubas se encontre na posição na qual não precisa seguir juízos, pois tal pode falar o que quiser sobre o que quiser (olhar unilateral) que não terá como contrariado, entretanto chama o leitor para participar da obra para que tenhamos a mesma visão que ele. Para te convencer melhor, ele faz o uso da narrativa lenta e não-linear já que existe o tempo psicológico e o cronológico. Machado de Assis tem como característica falar sem freio colocando todas suas críticas expressas em suas obras, então o narrador quer
  • 10. construir as personagens (Brás Cubas, Virgília, Marcela, Eugênia, Nhã Lo Ló, Lobo Neves, Quincas Borba, Dona Plácida, Prudêncio) de dentro para fora. Machado de Assis nessa obra critica as relações humanas, hipocrisia, a falsidade e o status burguês. No último capítulo é retratada toda negatividade, no qual é expresso que Brás Cubas não teve um grande amor, não foi senador, não se casou, mas como um bom irônico termina o capítulo dizendo que ao menos não deixou um filho para propagar a miséria humana. Em Quincas Borba, Machado esteve preocupado em utilizar o pessimismo e a ironia para criticar os costumes e a filosofia de seu tempo, embora não subtraia resíduos românticos da trama. Quincas Borba foi escrito em terceira pessoa, a fim de contar a história de Rubião, ingênuo rapaz que se torna discípulo e herdeiro do filósofo Quincas Borba, personagem do romance anterior, e que, sendo enganado por seu amigo capitalista Cristiano e sua esposa Sofia, paixão de Rubião, vive na pele todo o fundamento teórico do Humanitismo, filosofia fictícia daquele filósofo. Quincas Borba, de fato, foca-se melhor nos temas secundários. Estes incluem uma paródia ao cientificismo e ao evolucionismo da época, bem como ao positivismo de Comte e à lei do mais forte, uma adaptação da seleção natural de Charles Darwin a nível social. O livro tem recebido vários estudos e interpretações ao longo do tempo, sobretudo sociológicos, que o consideram um romance que trata principalmente da transformação do homem em objeto do homem e a sua "coisificação". Quincas Borba, um dos que mais interesse tem despertado em novas edições e traduções para outras línguas, está entre os principais livros da obra machadiana. Em Dom Casmurro, o romance inicia-se numa situação posterior a todos os seus acontecimentos. Bento Santiago, já um homem de idade, conta ao leitor como recebeu a alcunha de Dom Casmurro. A expressão fora inventada por um jovem poeta, que tentara ler para ele no trem alguns de seus versos. Como Bento cochilara durante a leitura, o rapaz ficou chateado e começou a chamá-lo daquela forma. O narrador inicia então o projeto de rememorar sua existência, o que ele chama de "atar as duas pontas da vida". O leitor é apresentado à infância de Bentinho, quando ele vivia com a família num casarão da rua de Matacavalos. No artigo "Instinto de Nacionalidade" (1899), Machado critica o principal ponto de honra do Romantismo brasileiro: o tema nacionalista, nesse artigo ele diz em poucas palavras que, para ser brasileiro não é necessário falar sempre de
  • 11. imagens nacionalistas e de símbolos, como na natureza do Brasil, e a figura indígena. Em relação ao Realismo, Machado sempre se manteve crítico as normas da escola. Para Carlos Fuentes, a produção de Machado de Assis é um verdadeiro milagre do contexto limitado do realismo latino-americano. 2.5.3 Quem é Joaquim Maria Machado de Assis Nasceu no Rio de Janeiro em 21 de junho de 1839, filho de uma família muito pobre. Mulato e vítima de preconceito, perdeu na infância sua mãe e foi criado pela madrasta. Superou todas as dificuldades da época e tornou-se um grande escritor. Na infância, estudou numa escola pública durante o primário e aprendeu francês e latim. Trabalhou como aprendiz de tipógrafo, foi revisor e funcionário público. Machado de Assis morreu de câncer, em sua cidade natal, no ano de 1908. 2.5.4 Trabalhos de Machado de Assis Publicou seu primeiro poema intitulado “Ela”, na revista Marmota Fluminense. ELA Seus olhos que brilham tanto, Que prendem tão doce encanto, Que prendem um casto amor Onde com rara beleza, Se esmerou a natureza Com meiguice e com primor Suas faces purpurinas De rubras cores divinas
  • 12. De mago brilho e condão; Meigas faces que harmonia Inspira em doce poesia Ao meu terno coração! Sua boca meiga e breve, Onde um sorriso de leve Com doçura se desliza, Ornando purpúrea cor, Celestes lábios de amor Que com neve se harmoniza. Com sua boca mimosa Solta voz harmoniosa Que inspira ardente paixão, Dos lábios de Querubim Eu quisera ouvir um -sim- P’ra alívio do coração! Vem, ó anjo de candura, Fazer a dita, a ventura De minh’alma, sem vigor; Donzela, vem dar-lhe alento, “Dá-lhe um suspiro de amor!(ASSIS, 2008) Trabalhou como colaborador de algumas revistas e jornais do Rio de Janeiro. Foi um dos fundadores da Academia Brasileira de letras e seu primeiro presidente. 2.6 Colaborador do Movimento: Aluísio de Azevedo 2.6.1 Quem é Aluísio Tancredo Belo Gonçalves de Azevedo
  • 13. Considerado o pioneiro do naturalismo no Brasil, o romancista, contista, cronista, diplomata, caricaturista e jornalista brasileiro; além de bom desenhista e discreto pintor.Aluísio de Azevedo nasceu em São Luís, Maranhão em 14 de abril de 1857. Quando jovem ele fazia caricaturas e poesias, como colaborador, para jornais e revistas no Rio de Janeiro. Faleceu em Buenos Aires, Argentina, no dia 21 de janeiro de 1913. 2.6.2 Principais obras e estilo de escritura de Aluisio de Azevedo Fundador da cadeira número quatro da Academia Brasileira de Letras e crítico social, este escritor naturalista foi autor de diversos livros, entre eles estão: Seu primeiro romance publicado foi: Uma lágrima de mulher, em 1880. O Mulato, que provocou escândalo na época de seu lançamento, Casa de Pensão, que o consagrou e O Cortiço, conhecido com sua obra mais importante, o enredo de O cortiço serve como padrão da obra de Aluísio Azevedo. O romance gira em torno da vida de certo cortiço carioca, retratado como local promíscuo, capaz de contaminar os que dali se aproximam. Sobre esse pano de fundo, o leitor acompanha a ascensão econômica e social do inescrupuloso João Romão. Partidário do pessimismo e influenciado por teorias deterministas, Azevedo submete seus personagens ao poder do sexo e do dinheiro, de maneira que os dramas individuais se tornam apêndices da luta coletiva cujo centro é o cortiço. O próprio estilo de Azevedo reforça essas características: destacando-se pela descrição de grandes painéis, o autor transmite a impressão de que os principais personagens não são as pessoas, mas, sim, as forças da natureza ou da vida em sociedade. Obra de severa crítica social, O cortiço denuncia os preconceitos raciais e a exploração do homem pelo homem. Este autor, que não escondia seu inconformismo com a sociedade brasileira e com suas regras escreveu, Durante grande parte de sua vida, Aluísio de
  • 14. Azevedo viveu daquilo que ganhava como escritor, mas ao entrar para a vida diplomática ele abandonou a produção literária. 3. CONSIDERAÇÕES FINAIS O Movimento Literário Realismo não possui as mesmas características do Romantismo: espontaneidade e emoção; ele mostra a realidade, criticas e angustias da sociedade; dentro do realismo o homem apresentava a influência de movimentos políticos. Os escritores visavam não retratar o belo, como no Movimento Literário Romantismo, Machado de Assis se destacava no Realismo brasileiro, por ser considerado “criador” do Realismo no Brasil, sendo absurdamente crítico e negando a burguesia. Com o Realismo surgiu novos campos de conhecimentos na literatura, como: sociologia e a psicologia, além de evoluir algum tempo depois para outro movimento que prezava uma de suas características: a natureza, sendo criado o Naturalismo.
  • 15. 4. REFERÊNCIAS · ASSIS, Machado de. Memórias Póstumas de Brás Cubas, 2008 · ASSIS, Machado de. Memórias Póstumas de Brás Cubas, 1978 · ASSIS, Machado de. Dom Casmurro, 2012 · BARRETO, Ricardo Gonçalves. Português Ensino Médio: Ser protagonista 2. São Paulo SM, 2010. · Disponível em: <http://www.infoescola.com/literatura/realismo/>. Acessado em: 30 de novembro de 2014 às: 14h27min · Disponível em: <http://educacao.globo.com/literatura/assunto/autores/aluisio-azevedo. html>. Acessado em 29 de novembro de 2014 às: 10h59min · Disponível em: <http://vestibular.uol.com.br/revisao-de-disciplinas/ literatura/aluisio-azevedo.jhtm>. Acessado em: 29 de novembro de 2014 às: 10h59min. · Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/A_M%C3%A3o_e_a_Luva>. Acessado em: 26 de novembro de 2014 às: 16h30min. · Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Ressurrei%C3%A7%C3%A3o_ %28livro%29>. Acessado em: 26 de novembro de 2014 às: 16h24min. · Disponível em: <http://lindinhapoesias.blogspot.com.br/2008/08/poema-ela-machado- de-assis.html> Acessado em: 26 de novembro de 2014 às: 16h16min. · Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Quincas_Borba> Acessado em: 26 de novembro de 2014 às: 16h12min. · Disponível em: <http://guiadoestudante.abril.com.br/estudar/literatura/memorias-postumas-
  • 16. bras-cubas-analise-obra-machado-assis-700294.shtml> Acessado em: 26 de novembro às: 16h04min. · Disponível em: <http://www.coladaweb.com/literatura/obras-do-realismo-e-naturalismo> Acessado em: 26 de novembro de 2014 às: 16h02min. · Disponível em: <http://guiadoestudante.abril.com.br/estudar/literatura/realismo-naturalismo-contexto- historico-autores-dicas-questao-comentada-598963.shtml> Acessado em: 26 de novembro de 2014 às: 16h01min. · Disponível em: <http://www.suapesquisa.com/biografias/aluisiodeazevedo/> Acessado em: 24 de novembro de 2014 às: 14h02min. · Disponível em: <http://aprovadonovestibular.com/realismo-autores-obras-caracteristicas. html> Acessado em: 24 de novembro de 2014 às: 13h51min. · Disponível em: <http://www.nilc.icmc.usp.br/nilc/literatura/realismo.naturalismo1.htm> Acessado em: 24 de novembro de 2014 às: 13h47min. · Disponível em: <http://www.infoescola.com/literatura/realismo/> Acessado em: 24 de novembro de 2014 às: 13h42min. · Disponível em: <http://vestibular.brasilescola.com/resumos-de-livros/ machado-assis.htm>. Acessado em: 24 de novembro de 2014 às: 13h30min · Disponível em: <http://www.suapesquisa.com/machadodeassis/> Acessado em: 24 de novembro de 2014 às: 13h29min. · Disponível em: <http://www.ciencialit.letras.ufrj.br/garrafa12/robertadacosta_autor.html> Acessado em: 24 de novembro de 2014 às: 13h17min. · Disponível em: <http://guiadoestudante.abril.com.br/literatura/materia_416007.shtml> Acessado em: 24 de novembro de 2014 às: 13h17min. · Disponível em: <http://pt.slideshare.net/JosAlexandreDosSantos/machado-de-assis- anlise-da-obra> Acessado em: 24 de novembro de 2014 às: 13h17min. · Disponível em: <http://almaprolixa.blogspot.com.br/2008/08/crtica-social-em-memrias- pstumas-de-brs.html> Acessado em: 24 de novembro de 2014 às: 13h16min.
  • 17. · Disponível em: <http://valiteratura.blogspot.com.br/2011/09/memorias-postumas- de-bras-cubas-machado.html> Acessado em: 24 de novembro de 2014 às: 13h12min. · Disponível em: <http://pt.slideshare.net/viviantrombini/o-realismo-25292654> Acessado em: 24 de novembro de 2014 às: 13h04min. · Disponível em <http://pt.scribd.com/doc/3671834/Literatura-Pre-Vestibular- Impacto-Realismo-Naturalismo-Aspectos-Gerais> Acessado em: 24 de novembro de 2014 às: 13h04min.
  • 18. 5. ANEXOS 5.1 Machado de Assis 5.2 Obras Machadianas Primeira fase:
  • 20.
  • 21. 5.3 Aluisio de Azevedo
  • 22. 5.4 Obras de Aluisio de Azevedo