1. Literatura brasileira:
estilos de época
Quinhentismo >> Barroco >>
Arcadismo >> Romantismo >>
Realismo/Naturalismo >> Parnasianismo >>
Simbolismo >> Pré-Modernismo >>
Modernismo >> Autores Contemporâneos.
2. Ifes campus Venda Nova do Imigrante
LITERATURA BRASILEIRA
Prof. Olivaldo Marques
3. Contexto histórico
Na segunda metade do século XIX, a ciência impõe-se
como única explicação para todos os problemas da
humanidade. A visão idealizada do mundo e da
sociedade é substituída por uma concepção de vida
pautada em atitudes materialistas e cientificistas.
Desenvolvem-se novas correntes filosóficas e científicas e
disseminam-se as ideias liberais, socialistas e anarquistas.
A literatura, como expressão do homem em seu tempo,
torna-se analista: a pena, transformada em bisturi, corta e
recorta o comportamento humano em busca de uma
explicação metódica
4. Contexto histórico
O século XIX foi pródigo em transformações de toda
ordem: políticas, econômicas, sociais, filosóficas e,
sobretudo, científicas. Essas mudanças determinaram os
rumos do século XX e obrigaram à reformulação de várias
perspectivas tidas como fundamentais até então.
O capitalismo industrial já estava em curso, criando uma
nova elite e uma nova burguesia. No momento pós-
abolição da escravatura, eram pagos salários miseráveis à
numerosa classe proletária, gerando conturbações sociais.
5. Contexto histórico
As ciências fervilham de descobertas, especialmente
as ligadas à Biologia, levando a novas concepções
filosóficas e à revisão de conceitos religiosos
consagrados
Trecho de Madame Bovary
Dentre as correntes de pensamento, destacamos o
Positivismo, o Determinismo, o Evolucionismo, o
Marxismo; e a Psicanálise, desenvolvida por
Sigmund Freud
6. Contexto histórico
POSITIVISMO:
Augusto Comte (1798-1857) só admite as verdades
positivas, ou seja, as científicas, aquelas que emanam do
experimentalismo, da observação e da constatação, e
repudia a metafísica.
MANIFESTO COMUNISTA DE MARX:
Este manifesto era destinado, sobretudo, à classe operária,
pretendendo despertar a consciência de classes.
"O capital atropela não apenas os limites máximos morais, mas
também os puramente físicos na jornada de trabalho. Usurpa o
tempo para o crescimento, o desenvolvimento e a manutenção
sadia do corpo. Rouba o tempo necessário para o consumo de ar
puro e luz solar."(Marx - O capital,1867)
7. Contexto histórico
EVOLUCIONISMO:
Darwin elaborou a teoria da seleção natural, defendendo que a
concorrência entre as espécies eliminaria os organismos mais fracos,
permitindo à espécie evoluir, graças às heranças genéticas favoráveis
dos indivíduos mais fortes e mais aptos.
DETERMINISMO:
Todo acontecimento é uma consequência necessária de um
acontecimento ou de uma série de acontecimentos anteriores.
• determinismo, de Hippolyte Taine, que defende que o comportamento
humano é determinado por três fatores: o meio, a raça e o momento
histórico;
PSICANÁLISE FREUDIANA:
Interpretação de sonhos, o subconsciente, o impulso sexual como
centro das atividades afetivas.
8. Contexto histórico
Num momento de efervescências científicas e
filosóficas, acompanhadas de convulsões sociais e de
profundas mudanças econômicas, era natural que a
arte não permanecesse atada à subjetividade
romântica. Era necessário um compromisso maior
com a realidade objetiva, para combater o idealismo
da escola antecessora.
9. História do Realismo
O Realismo fundou uma Escola artística que surge no século
XIX em reação ao Romantismo e se desenvolve baseada na
observação da realidade, na razão e na ciência.
O Realismo é um movimento artístico surgido na França, e cuja
influência se estendeu a numerosos países europeus. Esta
corrente aparece no momento em que ocorrem as primeiras
lutas sociais, sendo também objeto de ação contra o capitalismo
progressivamente mais dominador. Das influências intelectuais
que mais ajudaram no sucesso do Realismo denota-se a reação
contra as excentricidades românticas e contra as suas falsas
idealizações da paixão amorosa.
10. Realismo na literatura
Motivados pelas teorias científicas e filosóficas da época,
os escritores realistas desejavam retratar o homem e a
sociedade em sua totalidade. Não bastava mostrar a face
sonhadora e idealizada da vida como fizeram os
românticos; era preciso mostrar a face nunca antes
revelada: a do cotidiano massacrante, do amor adúltero,
da falsidade e do egoísmo humano, da impotência do
homem comum diante dos poderosos.
11. Realismo na literatura
Uma característica comum ao Realismo é o seu forte
poder de crítica, porém sem subjetividade. Grandes
escritores realistas descrevem o que está errado de forma
natural. Em lugar do egocentrismo romântico, verifica-se
um enorme interesse de descrever, analisar e até em
criticar a realidade. Em lugar de fugir à realidade, os
realistas procuram apontar falhas como forma de
estimular a mudança das instituições e dos
comportamentos humanos. Na Europa, o realismo teve
início com a publicação do romance realista Madame
Bovary (1857) de Gustave Flaubert.
12. Realismo no Brasil
No Brasil, esse contexto se inicia em 1881, com Machado de
Assis, que publica Memórias póstumas de Brás Cubas (primeiro
romance realista do Brasil).
Durante o período de passagem do Romantismo para o
Realismo , o Brasil sofreu inúmeras mudanças na história
econômica, política e social.
O Realismo encontrou no Brasil uma realidade propícia para a
ascensão da literatura, já que escritores como Castro Alves e
José de Alencar haviam preparado o terreno.
14. Romance realista
Características realistas observadas na obra
machadiana Dom Casmurro:
o A contemporaneidade, pois traça um retrato fiel da
época, dos costumes e ambientes dando ênfase nesse
caso à vida de uma família abastada e de classe
média alta no Rio de Janeiro do século XIX;
o O retrato fiel também das personagens, fugindo
assim das idealizações românticas e dando-lhes
aspectos concretos nos quais são expostos o caráter,
os motivos e intenções de suas ações;
15. Romance realista
o A materialização do amor, fugindo deste modo dos
aspectos românticos nos quais o amor por vezes fica
apenas no plano das ideias;
o O gosto pelos detalhes, dos quais Machado abusa
tornado a narrativa lenta e com pouca ação;
o A análise psicológica constante de seus personagens
revelando assim seus conflitos internos, suas tensões,
medos e uma extensa gama de sentimentos;
o A análise dos valores sócios da época através de
sacadas irônicas e da descrição das personagens.