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Ciclos da vida,
transições sociais e vulnerabilidade
Aula para HSM SCV 14/05/14
Simone G. Diniz, inspirada em aulas de AC Tanaka, JR Ayres e AA Fonseca
Perguntas norteadoras
• Defina ciclos de vida, e descreva o que mudou na
distribuição da população brasileira quanto a estes
ciclos
• Descreva as transições demográfica, de gênero,
epidemiológica e nutricional no Brasil.
• Quais os principais determinantes destas
transições, e como elas se inter-relacionam?
• Que desafios deve encarar o profissional da
Nutrição para fazer frente a estas transições?
• Defina “risco” e “vulnerabilidade”
• Como a assistência nutricional pode diminuir ou
aumentar a vulnerabilidade das populações ao
adoecimento, nas várias fases dos ciclos de vida? 2
Conceitos de ciclos de vida, curso
de vida, e Saúde Pública
Transição demográfica,
epidemiológica, e nutricional
Transição de gênero e obstétrica
Risco e vulnerabilidade
CICLO DE VIDA - I
CICLO DE VIDA - I
“O tempo
concebido como
progressão
cronológica
rumo à finitude”.
(Simões, 2004)
Fonte :SIMÕES, Júlio Assis. Homossexualidade masculina e curso da vida: pensando idades e identidades sexuais. In:
PISCITELLI, A.; GREGORI, M. F.; CARRARA, S. (orgs.) Sexualidade e saberes: convenções e fronteiras. Rio de Janeiro,
Garamond, 2004.
Conceito
Ciclo de vida compreende o processo de
transformação do ser humano desde seu
início até o fim da vida que pode ser
subdividido em ciclos específicos.
Esses ciclos são as expressões das interações
do biológico com o sócio-ambiental,
interações essas que condicionam o
processo saúde e doença.
Conceito
CICLO DE VIDA - I
M o r t e
(inexistência)
Ciclo de vida
Ciclos específicos ou fases
c
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cente
jovem adulto 
Meia idade
con-
cepto
recém-
nas-
cido
CICLO DE VIDA - I
É preciso relativizar estes ciclos, podem variar muito (jovens dependentes, velhos
independentes, sexualidade e reprodução até tarde etc.)
Transição demográfica, epidemiológica e nutricional
2050
estabilização
Declínio
Fonte: Censos Demográficos, 1940 a 2000 e PNAD 2004 e 2005.
6.2 6.3 6.3
5.8
4.30
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2.37
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1930 1940 1950 1960 1970 1980 1990 2000 2010
Taxa
de
Fecundidade
Total
Ano
Queda da Taxa de Fecundidade
Brasil, 1940 - 2008
Transição Demográfica
Estatísticas Mundiais em
Saúde - 2006
(OMS - 2008):
Argentina 2,3
Chile 1,9
Canadá 1,5
Cuba 1,5
França 1,9
Brasil 2,1
9
Transição demográfica, epidemiológica e nutricional
51.3
38.2
42.9
65.6
68.7
47.7
73.4
55.2
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L.America e Caribe África Ásia Europa America do Norte Mundo
Esperança de vida ao nascer, 1950 e 2010
1950
2010
anos de vida
10
Taxa de fecundidade no mundo
Transição demográfica, epidemiológica e nutricional
O papel da urbanização
11
Transição demográfica, epidemiológica e nutricional
A transição
demográfica, de modo
geral, começa com a
queda das taxas de
mortalidade e, depois
de um certo tempo,
prossegue com a queda
das taxas de natalidade,
que é resultado da
queda da taxa de
fecundidade, o que
provoca uma forte
mudança na estrutura
etária da pirâmide
populacional. (José
Eustáquio Diniz Alves)
12
Padrão de envelhecimento Brasil e Japão
Transição demográfica, epidemiológica e nutricional
Queda acentuada da taxa de fecundidade
no Brasil nas últimas décadas, contínua
O Que há de curioso neste infográfico? Pense em "família”
Esperança de vida ao nascer, por sexo, Brasil: 1950-2050
Fonte: UN/ESA
,00
10,00
20,00
30,00
40,00
50,00
60,00
70,00
80,00
90,00 1950-1955
1955-1960
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1990-1995
1995-2000
2000-2005
2005-2010
2010-2015
2015-2020
2020-2025
2025-2030
2030-2035
2035-2040
2040-2045
2045-2050
Anos
Mulheres Homens
Distribuição das pessoas de 10 anos ou mais de idade
economicamente ativas na semana de referência, por sexo e
anos de estudo, Brasil: 2001 e 20077
Fonte: PNADs 2001 e 2007, Sidra, IBGE
 Entre as pessoas com 11 anos e mais, as mulheres são maioria da PEA brasileira.
 Cerca de 50% da PEA feminina, 20 milhões de mulheres com 11 ou mais anos de estudo
constituem uma “massa crítica”  vanguarda da “Revolução feminina” no Brasil.
80,8
77,2
71,8 72,4 71,5 69,6 72,4
13,6
16,5 18,5
26,6
32,9
44,1
52,4
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
1950 1960 1970 1980 1991 2000 2007
%
Homem Mulher Difernça H - M
Fonte: Censos Demográficos de 1970, 1980, 1991 e 2000 e PNAD-2007, do IBGE
Redução do hiato de gênero no mercado de trabalho
Taxa de participação na PEA por sexo e grupos etários,
Brasil: 1970-2000
Mudançasnasrelaçõesdegênero,ciclos de vidae
impactosparaa Nutrição
• A questão do uso do tempo e dos afazeres domésticos;
divisão de trabalho na família, tempo para cozinhar,
cuidar da casa, compras etc.
• As dificuldades de conciliação entre trabalho
remunerado e família; stress, terceirização, redução do
emprego doméstico (impacto na preparação de refeições
etc.)
• Mudança no tamanho da família e domicílios; aumento
de famílias monoparentais
• A presença feminina na mídia; imposição de padrões
rígidos de beleza (=magreza)
18
19
“Transição epidemiológica”, pode ser
definida como a mudanças no perfil
das causas de morte. Na antiguidade,
imperava os óbitos causados pelas
doenças infecciosas e parasitárias e
pelas guerra.
Transição demográfica, epidemiológica e nutricional
20
Transição demográfica, epidemiológica e nutricional
As tendências atuais, caracterizadas pela
diminuição da mortalidade infantil,
deslocam o óbito para as idades mais
avançadas, aumentando as causas de óbito
relacionadas às doenças crônico-
degenerativas (aparelho circulatório e
neoplasias) [GOLDANI, 1999:28].
Doenças infecciosa ainda importantes no século 21
Malária - 800.000 mortes anuais no mundo
Febre amarela – surto Brasil 2007-2009
Tuberculose – 1,3 milhões de mortes anuais no mundo
Infecção puerperal- 3 causa de óbito materno no país
HIV/AIDS- epidemia a partir dos anos 1980
Fonte SVS - 2005 - Até 1970, os dados referem-se apenas às capitais
Mortalidade Proporcional no Brasil, 1930 - 2005
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
1930 1940 1950 1960 1970 1980 1985 1990 1995 2000 2003 2005
Infecciosas e Parasitárias Neoplasias Causas Externas Aparelho Circulatório Outras Doenças
Transição Epidemiológica
Definição: É um processo de mudança do
padrão alimentar e hábitos de vida que,
somado a outros fatores socioambientais,
resulta numa mudança da epidemiologia
dos problemas nutricionais da população.
Essas mudanças vem acompanhando, embora não
obrigatoriamente de maneira simultânea, as Transições
Demográfica e Epidemiológica
Transição demográfica, epidemiológica e nutricional
23
Transição demográfica, epidemiológica e nutricional
Evolução do sobrepeso e da obesidade no Brasil- 1974-2009
0
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10
15
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19a.
.+20a. 5-9a. 10-
19a.
.+20a. 5-9a 10-
19a.
.+ 20a. 5-9a 10-
19a.
.+ 20a.
1974-1975 1989 2008-2009
Homens c/sobrepeso Mulheres c/sobrepeso Mulheres obesa
Homens obeso
IBGE
Como resultado
observa-se uma
progressiva elevação da
prevalência de
sobrepeso e da
obesidade, às vezes
acompanhadas de
deficiências mais
específicas (como as de
micronutrientes e
vitaminas), que se
instalou de maneira
mais nítida no mundo a
partir da segunda
metade do século 20.
24
25
Nas duas últimas décadas do século 20 a transição
nutricional se inicia também nas populações de
países não industrializados, ou em vias de, como é
o caso dos emergentes (BRICS).
Transição demográfica, epidemiológica e nutricional
Ela se instala inicialmente no hemisfério norte,
nos países industrializados, nas populações
adultas de maior nível socioeconômico. Nesses
países, vai paulatinamente afetando também as
camadas populacionais de menor poder
aquisitivo, além de se instalar em indivíduos cada
vez mais jovens e, inclusive, afetando cada vez
mais as crianças.
A característica específica que se observa nesses países é
que a velocidade com que a Transição Nutricional se instala
e evolui é muito maior, afetando muito mais rapidamente
grande parte da população.
TRANSIÇÃO NUTRICIONAL
Neste processo ocorrem importantes mudanças na composição
da dieta:
Ocorre uma melhoria no acesso à alimentação que evolui de
maneira progressiva para a maioria das populações (urbanas)
Eleva-se o consumo de alimentos já preparados, processados
industrialmente, com consequentes:
aumento no consumo de gorduras saturadas;
aumento na ingestão de sal;
aumento de alimentos refinados (açúcar);
redução no consumo de fibras;
maior consumo de carnes e derivados;
alimentos de maior densidade calórica;
Transição demográfica, epidemiológica e nutricional
28
Quanto aos hábitos de vida, a principal mudança é no sentido de um maior
sedentarismo por redução de atividade física tanto no trabalho quanto nas
atividades de lazer.
Transição demográfica, epidemiológica e nutricional
Epidemia de sobrepeso e obesidade (acúmulo excessivo de gordura)
Surgimento das Doenças crônicas não transmissíveis:
. hipertensão
. diabetes tipo 2
. alterações no perfil lipídico;
. síndrome metabólica (alterações no metabolismo da
glicose/insulina);
. aumento na incidência de doenças cardiovasculares e de
acidentes vasculares cerebrais;
Envelhecimento com piora da qualidade de vida e redução da
longevidade.
CONSEQUÊNCIAS:
Transição demográfica, epidemiológica e nutricional
CICLOS DA VIDA
Por que trabalhar com ciclos da vida?
• Atenção básica trabalha com base populacional, o
enfoque não é a doença;
• Ciclos da Vida propõe um recorte que lide com
sujeitos contextualizados, a doença é uma
intercorrência;
• Ambos são centrados na gestão do cuidado de uma
determinada população;
• Ciclos da Vida permite ações integrais durante
todas as etapas da vida dos sujeitos.
Transição demográfica, epidemiológica e nutricional:
Relação com os ciclos de vida
CICLOS DA VIDA
• Todos:
• Vida intrauterina, parto (perinatal)
• Infância
• Adolescência
• Adultez
• Maturidade
• Terceira Idade
• Mulheres: ciclos menstruais, ciclo gravídico-
puerperal, ciclo/idade reprodutiva (intensa
medicalização e patologização)
Transição demográfica, epidemiológica e nutricional:
Relação com os ciclos de vida
CICLO DE VIDA DAS FAMÍLIAS
(as famílias em mudança)
• Estágios descritos por Wright & Leahey
(2002):
 Adultos jovens (saída de casa);
 Casamento;
 Famílias com filhos pequenos;
 Famílias com adolescentes;
 Saída dos filhos de casa (ninho vazio);
 Famílias no final da vida;
 Crises acidentais e internas (doenças graves,
separações, catástrofes, desemprego, drogadicção, gravidez
indesejada, etc.).
PERÍODO PERINTAL E INFÂNCIA
• Inicia-se antes do nascimento, ou seja no
período gestacional, a importância do
acompanhamento pré-natal;
• Importância fundamental do modo de nascer
no prognóstico de saúde do indivíduo
• Desenvolvimento dinâmico e interativo, “o que
lhes falta em experiência elas têm em
receptividade” Levinger;
• Dependência do adulto na alimentação,
estímulo e interação;
Modosde Nascere Epidemiasdeobesidadee
doençascrônicas/nãotransmissíveis
• Epidemias complexas e
multifatoriais
• Associados ao consumo
excessivo de calorias,
alimentos
nutricionalmente pobres,
sedentarismo, outros
fatores
• Cesárea/ via de parto/
microbioma intestinal:
mais um fator
Configuração da flora intestinal – uma questão de saúde pública
INFÂNCIA
Programas de Nutrição
• A promoção (e proteção) da amamentação
como estratégia prioritária
• O estado nutricional é fator de importância no
desenvolvimento infantil intelectual e psicomotor;
• A saúde psicológica e a competência cognitiva
estão relacionadas com sua capacidade de
interação social;
• Educação nutricional, nas escolas e comunidades;
• Avaliar a saúde bucal é fundamental nesta fase de
troca da dentição;
• Acompanhar o calendário vacinal para proteger de
agravos evitáveis;
ADOLESCÊNCIA
• A atividade física dos adolescentes de hoje é menor
do que em décadas anteriores;
• 80% dos indivíduos que têm o hábito de fumar
começaram antes dos 20 anos;
• A alimentação nutricionalmente desbalanceada,
expõe a diversas alterações orgânicas e
metabólicas;
• A ingestão de bebidas alcoólicas e de outras drogas
é um hábito crescente e preocupante;
• A sexualidade do jovem é fator fundamental em ser
abordado, nesta fase freqüentemente se dá o início
da atividade sexual;
• Prevenção da gravidez não planejada e DST;
ADULTEZ E MATURIDADE
e Programas de Saúde Pública
• É reconhecido que durante o ciclo da vida as mulheres
relatam mais problemas de saúde física e psicológica do que
os homens; embora vivam muitos anos a mais
• Ocorrências naturais na vida da mulher, como gravidez,
parto, puerpério e menopausa as fazem utilizar com maior
frequência os serviços de saúde; demandas nutricionais
específicas desses grupos;
• A abordagem sobre hábitos alimentares saudáveis, atividade
física, prevenção de doenças cardiovasculares, prevenção da
osteoporose e dos cânceres, do alcoolismo e do tabagismo,
entre outros, deveriam ser prioridade dos serviços de saúde
na abordagem da maturidade;
IDOSOS
• A última etapa do ciclo da vida ou terceira idade, assume
um papel de grande relevância para o serviço de saúde
devido ao grande aumento desta população em curto
espaço de tempo; papel da alimentação no manejo das
doenças crônicas
• O grande número de pessoas idosas que moram sozinhas
e a relativa dependência física de familiares; dependência
no prepara de refeições e compras;
• A progressiva perda de suas habilidades visuais, auditivas
e locomotoras e, muitas vezes, de suas faculdades
mentais são os principais fatores que os colocam numa
posição de desvantagem perante os outros indivíduos.
Efeito da redução dos sentidos sobre o apetite
40
Modos de nascer, viver e adoecer
Risco e vulnerabilidade
- Magnitude
Brasil década de 1970 - 75% da população Materno-Infantil
década de 2010- 56,7% da população materno infantil
- 7,4% da população tem 60 anos ou mais
- Risco e Vulnerabilidade
Risco perigo, emergência
Probabilidade de ocorrência de eventos
- Vulnerabilidade é a susceptibilidades de indivíduos ou populações
envolve pessoais, institucionais , aspectos sociais.
Risco
• Um poderoso instrumento para a epidemiologia
– especulação causal e avaliação de efeitos
• Teoria e prática: dos grupos de risco aos
comportamentos de risco
• Comportamento de risco: suficiente para a
prevenção?
Ampliando horizontes:
do risco à vulnerabilidade
• Origens: anos 90 - Coalizão Global
de Políticas contra a aids /
UNAIDS
• Definição: conjunto de aspectos
individuais e coletivos,
relacionado a maior exposição de
indivíduos e populações à
infecção e ao adoecimento, de
modo inseparável, a maior ou
menor disponibilidade de
recursos de todas as ordens para
se protegerem de ambos.
Componentes de vulnerabilidade
• Individual: informação, valores, crenças,
afetos, pulsões, etc.
• Social: condições de vida e trabalho,
cultura, situação econômica, ambiente,
relações de gênero, relações de classe,
relações geracionais, etc.
• Programático: acesso a serviços, existência
e sustentação de programas, qualidade da
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  • 4. CICLO DE VIDA - I “O tempo concebido como progressão cronológica rumo à finitude”. (Simões, 2004) Fonte :SIMÕES, Júlio Assis. Homossexualidade masculina e curso da vida: pensando idades e identidades sexuais. In: PISCITELLI, A.; GREGORI, M. F.; CARRARA, S. (orgs.) Sexualidade e saberes: convenções e fronteiras. Rio de Janeiro, Garamond, 2004. Conceito
  • 5. Ciclo de vida compreende o processo de transformação do ser humano desde seu início até o fim da vida que pode ser subdividido em ciclos específicos. Esses ciclos são as expressões das interações do biológico com o sócio-ambiental, interações essas que condicionam o processo saúde e doença. Conceito CICLO DE VIDA - I
  • 6. M o r t e (inexistência) Ciclo de vida Ciclos específicos ou fases c r i an ça i d o s o adoles cente jovem adulto  Meia idade con- cepto recém- nas- cido CICLO DE VIDA - I É preciso relativizar estes ciclos, podem variar muito (jovens dependentes, velhos independentes, sexualidade e reprodução até tarde etc.)
  • 7. Transição demográfica, epidemiológica e nutricional 2050 estabilização Declínio
  • 8. Fonte: Censos Demográficos, 1940 a 2000 e PNAD 2004 e 2005. 6.2 6.3 6.3 5.8 4.30 2.69 2.37 2.0 0 1 2 3 4 5 6 7 1930 1940 1950 1960 1970 1980 1990 2000 2010 Taxa de Fecundidade Total Ano Queda da Taxa de Fecundidade Brasil, 1940 - 2008 Transição Demográfica Estatísticas Mundiais em Saúde - 2006 (OMS - 2008): Argentina 2,3 Chile 1,9 Canadá 1,5 Cuba 1,5 França 1,9 Brasil 2,1
  • 9. 9 Transição demográfica, epidemiológica e nutricional 51.3 38.2 42.9 65.6 68.7 47.7 73.4 55.2 69 75.4 78.2 67.9 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 L.America e Caribe África Ásia Europa America do Norte Mundo Esperança de vida ao nascer, 1950 e 2010 1950 2010 anos de vida
  • 10. 10 Taxa de fecundidade no mundo Transição demográfica, epidemiológica e nutricional O papel da urbanização
  • 11. 11 Transição demográfica, epidemiológica e nutricional A transição demográfica, de modo geral, começa com a queda das taxas de mortalidade e, depois de um certo tempo, prossegue com a queda das taxas de natalidade, que é resultado da queda da taxa de fecundidade, o que provoca uma forte mudança na estrutura etária da pirâmide populacional. (José Eustáquio Diniz Alves)
  • 12. 12 Padrão de envelhecimento Brasil e Japão Transição demográfica, epidemiológica e nutricional
  • 13. Queda acentuada da taxa de fecundidade no Brasil nas últimas décadas, contínua O Que há de curioso neste infográfico? Pense em "família”
  • 14.
  • 15. Esperança de vida ao nascer, por sexo, Brasil: 1950-2050 Fonte: UN/ESA ,00 10,00 20,00 30,00 40,00 50,00 60,00 70,00 80,00 90,00 1950-1955 1955-1960 1960-1965 1965-1970 1970-1975 1975-1980 1980-1985 1985-1990 1990-1995 1995-2000 2000-2005 2005-2010 2010-2015 2015-2020 2020-2025 2025-2030 2030-2035 2035-2040 2040-2045 2045-2050 Anos Mulheres Homens
  • 16. Distribuição das pessoas de 10 anos ou mais de idade economicamente ativas na semana de referência, por sexo e anos de estudo, Brasil: 2001 e 20077 Fonte: PNADs 2001 e 2007, Sidra, IBGE  Entre as pessoas com 11 anos e mais, as mulheres são maioria da PEA brasileira.  Cerca de 50% da PEA feminina, 20 milhões de mulheres com 11 ou mais anos de estudo constituem uma “massa crítica”  vanguarda da “Revolução feminina” no Brasil.
  • 17. 80,8 77,2 71,8 72,4 71,5 69,6 72,4 13,6 16,5 18,5 26,6 32,9 44,1 52,4 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 1950 1960 1970 1980 1991 2000 2007 % Homem Mulher Difernça H - M Fonte: Censos Demográficos de 1970, 1980, 1991 e 2000 e PNAD-2007, do IBGE Redução do hiato de gênero no mercado de trabalho Taxa de participação na PEA por sexo e grupos etários, Brasil: 1970-2000
  • 18. Mudançasnasrelaçõesdegênero,ciclos de vidae impactosparaa Nutrição • A questão do uso do tempo e dos afazeres domésticos; divisão de trabalho na família, tempo para cozinhar, cuidar da casa, compras etc. • As dificuldades de conciliação entre trabalho remunerado e família; stress, terceirização, redução do emprego doméstico (impacto na preparação de refeições etc.) • Mudança no tamanho da família e domicílios; aumento de famílias monoparentais • A presença feminina na mídia; imposição de padrões rígidos de beleza (=magreza) 18
  • 19. 19 “Transição epidemiológica”, pode ser definida como a mudanças no perfil das causas de morte. Na antiguidade, imperava os óbitos causados pelas doenças infecciosas e parasitárias e pelas guerra. Transição demográfica, epidemiológica e nutricional
  • 20. 20 Transição demográfica, epidemiológica e nutricional As tendências atuais, caracterizadas pela diminuição da mortalidade infantil, deslocam o óbito para as idades mais avançadas, aumentando as causas de óbito relacionadas às doenças crônico- degenerativas (aparelho circulatório e neoplasias) [GOLDANI, 1999:28]. Doenças infecciosa ainda importantes no século 21 Malária - 800.000 mortes anuais no mundo Febre amarela – surto Brasil 2007-2009 Tuberculose – 1,3 milhões de mortes anuais no mundo Infecção puerperal- 3 causa de óbito materno no país HIV/AIDS- epidemia a partir dos anos 1980
  • 21. Fonte SVS - 2005 - Até 1970, os dados referem-se apenas às capitais Mortalidade Proporcional no Brasil, 1930 - 2005 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% 1930 1940 1950 1960 1970 1980 1985 1990 1995 2000 2003 2005 Infecciosas e Parasitárias Neoplasias Causas Externas Aparelho Circulatório Outras Doenças Transição Epidemiológica
  • 22. Definição: É um processo de mudança do padrão alimentar e hábitos de vida que, somado a outros fatores socioambientais, resulta numa mudança da epidemiologia dos problemas nutricionais da população. Essas mudanças vem acompanhando, embora não obrigatoriamente de maneira simultânea, as Transições Demográfica e Epidemiológica Transição demográfica, epidemiológica e nutricional
  • 23. 23 Transição demográfica, epidemiológica e nutricional Evolução do sobrepeso e da obesidade no Brasil- 1974-2009 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 5-9a. 10- 19a. .+20a. 5-9a. 10- 19a. .+20a. 5-9a 10- 19a. .+ 20a. 5-9a 10- 19a. .+ 20a. 1974-1975 1989 2008-2009 Homens c/sobrepeso Mulheres c/sobrepeso Mulheres obesa Homens obeso IBGE Como resultado observa-se uma progressiva elevação da prevalência de sobrepeso e da obesidade, às vezes acompanhadas de deficiências mais específicas (como as de micronutrientes e vitaminas), que se instalou de maneira mais nítida no mundo a partir da segunda metade do século 20.
  • 24. 24
  • 25. 25
  • 26. Nas duas últimas décadas do século 20 a transição nutricional se inicia também nas populações de países não industrializados, ou em vias de, como é o caso dos emergentes (BRICS). Transição demográfica, epidemiológica e nutricional Ela se instala inicialmente no hemisfério norte, nos países industrializados, nas populações adultas de maior nível socioeconômico. Nesses países, vai paulatinamente afetando também as camadas populacionais de menor poder aquisitivo, além de se instalar em indivíduos cada vez mais jovens e, inclusive, afetando cada vez mais as crianças. A característica específica que se observa nesses países é que a velocidade com que a Transição Nutricional se instala e evolui é muito maior, afetando muito mais rapidamente grande parte da população.
  • 27. TRANSIÇÃO NUTRICIONAL Neste processo ocorrem importantes mudanças na composição da dieta: Ocorre uma melhoria no acesso à alimentação que evolui de maneira progressiva para a maioria das populações (urbanas) Eleva-se o consumo de alimentos já preparados, processados industrialmente, com consequentes: aumento no consumo de gorduras saturadas; aumento na ingestão de sal; aumento de alimentos refinados (açúcar); redução no consumo de fibras; maior consumo de carnes e derivados; alimentos de maior densidade calórica; Transição demográfica, epidemiológica e nutricional
  • 28. 28 Quanto aos hábitos de vida, a principal mudança é no sentido de um maior sedentarismo por redução de atividade física tanto no trabalho quanto nas atividades de lazer. Transição demográfica, epidemiológica e nutricional
  • 29. Epidemia de sobrepeso e obesidade (acúmulo excessivo de gordura) Surgimento das Doenças crônicas não transmissíveis: . hipertensão . diabetes tipo 2 . alterações no perfil lipídico; . síndrome metabólica (alterações no metabolismo da glicose/insulina); . aumento na incidência de doenças cardiovasculares e de acidentes vasculares cerebrais; Envelhecimento com piora da qualidade de vida e redução da longevidade. CONSEQUÊNCIAS: Transição demográfica, epidemiológica e nutricional
  • 30. CICLOS DA VIDA Por que trabalhar com ciclos da vida? • Atenção básica trabalha com base populacional, o enfoque não é a doença; • Ciclos da Vida propõe um recorte que lide com sujeitos contextualizados, a doença é uma intercorrência; • Ambos são centrados na gestão do cuidado de uma determinada população; • Ciclos da Vida permite ações integrais durante todas as etapas da vida dos sujeitos. Transição demográfica, epidemiológica e nutricional: Relação com os ciclos de vida
  • 31. CICLOS DA VIDA • Todos: • Vida intrauterina, parto (perinatal) • Infância • Adolescência • Adultez • Maturidade • Terceira Idade • Mulheres: ciclos menstruais, ciclo gravídico- puerperal, ciclo/idade reprodutiva (intensa medicalização e patologização) Transição demográfica, epidemiológica e nutricional: Relação com os ciclos de vida
  • 32. CICLO DE VIDA DAS FAMÍLIAS (as famílias em mudança) • Estágios descritos por Wright & Leahey (2002):  Adultos jovens (saída de casa);  Casamento;  Famílias com filhos pequenos;  Famílias com adolescentes;  Saída dos filhos de casa (ninho vazio);  Famílias no final da vida;  Crises acidentais e internas (doenças graves, separações, catástrofes, desemprego, drogadicção, gravidez indesejada, etc.).
  • 33. PERÍODO PERINTAL E INFÂNCIA • Inicia-se antes do nascimento, ou seja no período gestacional, a importância do acompanhamento pré-natal; • Importância fundamental do modo de nascer no prognóstico de saúde do indivíduo • Desenvolvimento dinâmico e interativo, “o que lhes falta em experiência elas têm em receptividade” Levinger; • Dependência do adulto na alimentação, estímulo e interação;
  • 34. Modosde Nascere Epidemiasdeobesidadee doençascrônicas/nãotransmissíveis • Epidemias complexas e multifatoriais • Associados ao consumo excessivo de calorias, alimentos nutricionalmente pobres, sedentarismo, outros fatores • Cesárea/ via de parto/ microbioma intestinal: mais um fator
  • 35. Configuração da flora intestinal – uma questão de saúde pública
  • 36. INFÂNCIA Programas de Nutrição • A promoção (e proteção) da amamentação como estratégia prioritária • O estado nutricional é fator de importância no desenvolvimento infantil intelectual e psicomotor; • A saúde psicológica e a competência cognitiva estão relacionadas com sua capacidade de interação social; • Educação nutricional, nas escolas e comunidades; • Avaliar a saúde bucal é fundamental nesta fase de troca da dentição; • Acompanhar o calendário vacinal para proteger de agravos evitáveis;
  • 37. ADOLESCÊNCIA • A atividade física dos adolescentes de hoje é menor do que em décadas anteriores; • 80% dos indivíduos que têm o hábito de fumar começaram antes dos 20 anos; • A alimentação nutricionalmente desbalanceada, expõe a diversas alterações orgânicas e metabólicas; • A ingestão de bebidas alcoólicas e de outras drogas é um hábito crescente e preocupante; • A sexualidade do jovem é fator fundamental em ser abordado, nesta fase freqüentemente se dá o início da atividade sexual; • Prevenção da gravidez não planejada e DST;
  • 38. ADULTEZ E MATURIDADE e Programas de Saúde Pública • É reconhecido que durante o ciclo da vida as mulheres relatam mais problemas de saúde física e psicológica do que os homens; embora vivam muitos anos a mais • Ocorrências naturais na vida da mulher, como gravidez, parto, puerpério e menopausa as fazem utilizar com maior frequência os serviços de saúde; demandas nutricionais específicas desses grupos; • A abordagem sobre hábitos alimentares saudáveis, atividade física, prevenção de doenças cardiovasculares, prevenção da osteoporose e dos cânceres, do alcoolismo e do tabagismo, entre outros, deveriam ser prioridade dos serviços de saúde na abordagem da maturidade;
  • 39. IDOSOS • A última etapa do ciclo da vida ou terceira idade, assume um papel de grande relevância para o serviço de saúde devido ao grande aumento desta população em curto espaço de tempo; papel da alimentação no manejo das doenças crônicas • O grande número de pessoas idosas que moram sozinhas e a relativa dependência física de familiares; dependência no prepara de refeições e compras; • A progressiva perda de suas habilidades visuais, auditivas e locomotoras e, muitas vezes, de suas faculdades mentais são os principais fatores que os colocam numa posição de desvantagem perante os outros indivíduos. Efeito da redução dos sentidos sobre o apetite
  • 40. 40 Modos de nascer, viver e adoecer Risco e vulnerabilidade - Magnitude Brasil década de 1970 - 75% da população Materno-Infantil década de 2010- 56,7% da população materno infantil - 7,4% da população tem 60 anos ou mais - Risco e Vulnerabilidade Risco perigo, emergência Probabilidade de ocorrência de eventos - Vulnerabilidade é a susceptibilidades de indivíduos ou populações envolve pessoais, institucionais , aspectos sociais.
  • 41. Risco • Um poderoso instrumento para a epidemiologia – especulação causal e avaliação de efeitos • Teoria e prática: dos grupos de risco aos comportamentos de risco • Comportamento de risco: suficiente para a prevenção?
  • 42. Ampliando horizontes: do risco à vulnerabilidade • Origens: anos 90 - Coalizão Global de Políticas contra a aids / UNAIDS • Definição: conjunto de aspectos individuais e coletivos, relacionado a maior exposição de indivíduos e populações à infecção e ao adoecimento, de modo inseparável, a maior ou menor disponibilidade de recursos de todas as ordens para se protegerem de ambos.
  • 43. Componentes de vulnerabilidade • Individual: informação, valores, crenças, afetos, pulsões, etc. • Social: condições de vida e trabalho, cultura, situação econômica, ambiente, relações de gênero, relações de classe, relações geracionais, etc. • Programático: acesso a serviços, existência e sustentação de programas, qualidade da atenção, etc.