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CANCER DE COLO
DE ÚTERO
APARECIDA DE GOIÂNIA
SECRETARIA MUNICIPAL DE
SAÚDE
SAÚDE DA MULHER
2021
Dra. Fernanda Rassi Alvarenga
CANCER DE COLO DE
ÚTERO
INCA 2018:
•TERCEIRO TUMOR MALIGNO MAIS FREQUENTE
EM MULHERES
•QUARTA CAUSA DE MORTE FEMININA NO
BRASIL
•Causa: infecção pelo HPV ( subtipos 16 e 18)
ATENÇÃO BÁSICA
•EDUCAÇÃO EM SAÚDE
•VACINAÇÃO
•RASTREAMENTO
•DIAGNÓSTICO DAS LESÕES PRECURSORAS
•ENCAMINHAMENTO PARA ATENÇÃO SECUNDÁRIA
•SEGUIMENTO PÓS TRATAMENTO
•BUSCA ATIVA
RASTREAMENTO
CITOLOGIA ONCOPARASITÁRIA
 Deve ser realizado em mulheres de 25 a 64 anos de idade, uma vez por ano e, após dois exames anuais
consecutivos negativos, a cada três anos.
 O início da coleta deve ser aos 25 anos de idade para as mulheres que já tiveram ou têm atividade
sexual.
 O rastreamento antes dos 25 anos deve ser evitado.
 Os exames periódicos devem seguir até os 64 anos de idade e, naquelas mulheres sem história prévia
de doença neoplásica pré-invasiva, interrompidos quando essas mulheres tiverem pelo menos dois
exames negativos consecutivos nos últimos cinco anos.
 Para mulheres com mais 64 anos de idade e que nunca se submeteram ao exame citopatológico, deve-
se realizar dois exames com intervalo de um a três anos. Se ambos os exames forem negativos, essas
mulheres podem ser dispensadas de exames adicionais.
RASTREAMENTO EM GRUPOS
ESPECIAIS
GESTANTES: seguir as recomendações de periodicidade e faixa etária como para as demais
mulheres, devendo sempre ser considerada uma oportunidade a procura ao serviço de saúde
para realização de pré-natal.
MENOPAUSADAS: devem ser rastreadas de acordo com as orientações para as demais
mulheres, e se necessário, proceder à estrogenização previamente à realização da coleta.
HISTERECTOMIZADAS: se submetidas à histerectomia total por lesões benignas, sem história
prévia de diagnóstico ou tratamento de lesões cervicais de alto grau, podem ser excluídas do
rastreamento, desde que apresentem exames anteriores normais, e em casos de histerectomia
histerectomia por lesão precursora ou câncer do colo do útero, a mulher deverá ser
acompanhada de acordo com a lesão tratada.
MULHERES SEM ATIVIDADE SEXUAL: não devem ser submetidas ao rastreamento do câncer do
colo do útero.
IMUNOSSUPRIMIDAS: deve ser realizado em intervalos semestrais no primeiro ano e, se
normais, manter seguimento anual.
SIDA: Em mulheres HIV positivas com contagem de linfócitos CD4+ abaixo de 200 células/mm3
devem ter o rastreamento citológico a cada seis meses.
CITOLOGIA ONCÓTICA – SISTEMA BETHESDA
NOMENCLATURA BRASILEIRA
PAPANICOLAU
1941
OMS
1952
RICHART
1967
BETHESDA
2001
BRASILEIRA
2006
Classe I - - - -
Classe II - - Alterações
Benignas
Alterações
Benignas
- - - ASCUS ASCUS
Classe III Displasia leve
Displasia Moderada
Acentuada
NIC I
NIC II
NIC III
LSIL
HSIL
LSIL
HSIL
Classe IV NIC III HSIL
AIS
HSIL
AIS
Classe V Carcinoma
invasor
Carcinoma invasor Carcinoma
invasor
Carcinoma
invasor
LEGENDA:
NIC - NEOPLASIA INTRA EPITELIAL
ASCUS - ATIPIAS DE SIGNIFICADO INDETERMINADO
LISL - LESÃO INTRA EPITELIAL DE BAIXO GRAU
HSIL - LESÃO INTRA EPITELIAL DE ALTO GRAU
AIS - ADENOCARCINOMA IN SITU
O PROCEDIMENTO – POP
COLETA DE CITOLOGIA ONCOPARASITÁRIA
Antes da coleta:
- Realizar as orientações do exame;
- Explicar o propósito do exame e as suas etapas;
- Realizar anamnese;
- Preencher de forma adequada e legível o formulário para requisição do exame;
- Identificar a lâmina com as iniciais do nome da mulher, na parte fosca, e também o frasco ou
caixa-lâmina;
- Solicitar que a mulher troque de roupa;
MATERIAL NECESSÁRIO
- Mesa ginecológica; escada de dois degraus; mesa
auxiliar; foco de luz; biombo; cesto de lixo
- Espéculos de tamanhos variados;
- Lâminas de vidro com extremidade fosca;
- Espátula de Ayres e escovinha cervical;
- Luvas descartáveis;
- Fixador em spray;
- Porta lâmina;
- Lápis ou caneta;
- Camisolas ou avental, lençóis;
Coleta:
- Lavar as mãos;
- Orientar a mulher a se colocar em posição ginecológica na maca própria;
- Cobrir a pelve;
- Posicionar o foco de luz;
- Colocar luvas descartáveis;
- Inspecionar vulva e introduzir espéculo em posição vertical e ligeiramente inclinada de maneira a expor o colo do útero;
- Realizar inspeção da vagina e colo do útero;
- Utilizar espátula de Ayres para coleta da ectocérvice encaixando ponta mais longa da espátula no orifício externo do colo e
fazendo raspagem em movimento circular a 360º em torno deste. O esfregaço dever ser realizado no sentido transversal da
lâmina, próximo da região fosca;
- Utilizar escovinha cervical para coleta da endocérvice introduzindo-a no orifício do colo e fazendo movimento giratório de
360º.
- O esfregaço deve ser realizado no sentido longitudinal, na metade inferior da lâmina;
- Fixar imediatamente a lâmina com spray fixador, a distância de 20 cm em posição inclinada;
- Retirar o especulo e informar que o exame terminou;
COMPONENTES DO COLO DO ÚTERO
LAUDO ( RESULTADOS) DO COP
ADEQUABILIDADE DA AMOSTRA
◦ SATISFATÓRIA: amostra com representatividade da JEC ( junção escamo-celular), ou seja,
presença de células epiteliais, ou seja, escamosas, glandulares e metaplásicas.
◦ seguir diretrizes do rastreamento.
◦ INSATISFATÓRIA: material acelular ou hipocelular (<10% do esfregaço), ou leitura prejudicada
por presença de sangue, piócitos, artefatos de dessecamento, contaminantes externos ou
intensa superposição celular.
◦ o exame deve ser repetido em 6 a 12 semanas.
CONDUTAS DE ACORDO COM
RESULTADOS DO COP
ALTERAÇÕES CELULARES
BENIGNAS
Correspondente descritivo: células inflamatórias leve,
moderada ou acentuada com Candida sp, Gardnerella
vaginalis ou Trichomonas - ou outros agentes patogênicos.
Conduta: com queixa de corrimento ou conteúdo vaginal
anormal, a paciente deverá ser conduzida conforme diretriz
direcionada, e seguir a rotina de rastreamento citológico
normal.
Correspondente descritivo: células inflamatórias
leve, moderada ou acentuada com ou lactobacilos,
cocos ou outros bacilos.
Conduta: seguir rotina de rastreamento normal
Correspondente descritivo: metaplasia escamosa
imatura ( ou reparação ou células reparativas)
Conduta: seguir rotina de rastreamento.
Correspondente descritivo: inflamação com atrofia - é
achado fisiológico após a menopausa, o pós-parto e
durante a lactação.
Conduta: seguir rotina de rastreamento. Nas
menopausadas, em que a atrofia acentuada dificulta
avaliação da amostra - tratar com estrogênio tópico
vaginal, por 21 dias.
Componente descritivo: presença de células endometriais, mesmo com aparência
típica
Conduta: encaminhar para avaliação da cavidade endometrial com USG transvaginal
inicial e histeroscopia ou biópsia de endométrio e seguir rastreamento citológico do
colo de rotina.
ALTERAÇÕES CELULARES BENIGNAS
CÉLULAS ESCAMOSAS ATÍPICAS
DE SIGNIFICADO
INDETERMINADO
ASC - US
Células escamosas atípicas de significado indeterminado,
possivelmente não neoplásicas
Conduta: mulher com 30 anos ou mais será a repetição desse exame num
intervalo de seis meses / mulher com menos de 30 anos repetir com 12
meses. Se novo resultado normal - seguir rastreamento de rotina. Se novo
resultado com persistência de ASC-US ou lesão de baixo ou alto grau,
encaminhar para colposcopia.
Grávidas manter mesma conduta. Menopausadas, tratar com estrogênio
tópico e repetir coleta. Imunossuprimidas encaminhar imediatamente para
colposcopia.
CÉLULAS ESCAMOSAS ATÍPICAS
DE SIGNIFICADO
INDETERMINADO
ASC - H
Células escamosas atípicas de significado indeterminado, não
podendo excluir lesão de alto grau
Conduta: encaminhar imediatamente para colposcopia.
Menopausadas devem ser tratadas com estrogênio tópico antes
de realizar a colposcopia.
CÉLULAS GLANDULARES ATÍPICAS
AGC
Classificadas em:
• possivelmente não neoplásicas
• em que não se pode excluir lesão intraepitelial de alto grau.
Laudo deve ser descritivo da origem da célula glandular, se
endometrial ou endocervical.
Conduta: encaminhar imediatamente a colposcopia.
Mulheres com idade superior a 35 anos realizar também
investigação da cavidade endometrial.
LESÃO INTRAEPITELIAL
ESCAMOSA DE BAIXO GRAU
LSIL
• Repetir citologia com 06 meses,
• Se novo exame normal seguir rastreamento de rotina,
• Se novo exame com persistência de LSIL ou lesão de alto grau,
encaminhar a colposcopia.
• Mulheres menopausadas devem ser tratadas com estrogênio
tópico antes da nova coleta em 6 meses.
• Imunossuprimidas encaminhar imediatamente a colposcopia.
LESÃO INTRAEPITELIAL
ESCAMOSA DE ALTO GRAU
HSIL
• ENCAMINHAR IMEDIATAMENTE A COLPOSCOPIA
LESÃOINTRAEPITELIALESCAMOSADEALTO
GRAUNÃOSE PODENDOEXCLUIR
MICROINVASÃO– HSIL
CARCINOMAINVASOR
ADENOCARCINOMA“INSITU”
ADENOCARCINOMAINVASOR
ENCAMINHAR IMEDIATAMENTE A COLPOSCOPIA
RESULTADO
CITOLOGIA
CONDUTA
INICIAL
CONDUTA DE
SEGUIMENTO
ASC-US Repetir citologia em 12 meses Normal: seguir rotina
Anormal: colposcopia
ASC-H Encaminhar para colposcopia -
AGC Encaminhar para colposcopia -
AOI Encaminhar para colposcopia -
LSIL Repetir citologia em 06 meses Normal: seguir rotina
Anormal: colposcopia
HSIL Encaminhar para colposcopia -
HSIL não podendo excluir microinvasão Encaminhar para colposcopia -
Carcinoma invasor Encaminhar para colposcopia -
Adenoca in situ ou invasor Encaminhar para colposcopia -
ATENÇÃO SECUNDÁRIA
ATENÇÃO ESPECIALIZADA
 Unidades ambulatoriais e serviços de apoio diagnóstico e terapêutico, responsáveis pela oferta de consultas e exames
especializados;
A unidade secundária deverá confirmar o diagnóstico e tratar ambulatorialmente as lesões precursoras do
câncer pela realização de colposcopia, biópsia e excisão por CAF ( eletrocoagulação).
 O fluxo de encaminhamento e a continuidade da atenção dependem de planejamento e organização mediante central
de regulação;
 Muitas mulheres serão reencaminhadas para as unidades básicas, após diagnóstico ou tratamento, para seguimento
citológico, conforme as diretrizes de condutas pós colposcopia ou tratamento das lesões;
 Profissionais da atenção secundária devem fazer o reencaminhamento formal, com um resumo da história clínica,
diagnóstico e tratamentos realizados, bem como orientar os profissionais da Atenção Primária quanto ao seguimento.
REFERÊNCIAS
WORLD HEALTH ORGANIZATION. Screening for cervical cancer. Disponível em:
<http://www.who. int/cancer/detection/cervical_cancer_screening/en/>. Acesso em: 17
jul. 2014.
BRASIL. Ministério da Saúde. Departamento de Informática do SUS. Sistema de
Informação do Câncer do Colo do útero (SISCOLO). Disponível em:
<http://w3.datasus.gov.br/siscam/index.php>. Acesso em: 01 out. 2014.
NATIONAL CANCER INSTITUTE. The 1988 Bethesda system for reporting cervical/vaginal
cytological diagnosis: National Cancer Institute Workshop. JAMA, v. 262, n. 7, p. 931-
934, 1989.
SOLOMON, D. et al. The 2001 Bethesda system: terminology for reporting results of
cervical cytology. JAMA, v. 287, n. 16, p. 2114-2119, 2002.
INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER JOSÉ ALENCAR GOMES DA SILVA. Nomenclatura
brasileira para laudos citopatológicos cervicais. 3. ed. Rio de Janeiro: INCA, 2012. 23 p.
AMERICAN COLLEGE OF OBSTETRICIANS AND GYNECOLOGISTS. ACOG practice bulletin
n. 99: management of abnormal cervical cytology and histology. Obstetrics and
Gynecology, v. 112, n. 6, p. 1419- 1444, 2008.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção
Básica. HIV/ AIDS, hepatites e outras DST. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2006. 196 p.
(Cadernos de Atenção Básica, n. 18; Série A. Normas e Manuais Técnicos).

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Câncer de Colo do Útero

  • 1. CANCER DE COLO DE ÚTERO APARECIDA DE GOIÂNIA SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE SAÚDE DA MULHER 2021 Dra. Fernanda Rassi Alvarenga
  • 2. CANCER DE COLO DE ÚTERO INCA 2018: •TERCEIRO TUMOR MALIGNO MAIS FREQUENTE EM MULHERES •QUARTA CAUSA DE MORTE FEMININA NO BRASIL •Causa: infecção pelo HPV ( subtipos 16 e 18)
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  • 7. ATENÇÃO BÁSICA •EDUCAÇÃO EM SAÚDE •VACINAÇÃO •RASTREAMENTO •DIAGNÓSTICO DAS LESÕES PRECURSORAS •ENCAMINHAMENTO PARA ATENÇÃO SECUNDÁRIA •SEGUIMENTO PÓS TRATAMENTO •BUSCA ATIVA
  • 8. RASTREAMENTO CITOLOGIA ONCOPARASITÁRIA  Deve ser realizado em mulheres de 25 a 64 anos de idade, uma vez por ano e, após dois exames anuais consecutivos negativos, a cada três anos.  O início da coleta deve ser aos 25 anos de idade para as mulheres que já tiveram ou têm atividade sexual.  O rastreamento antes dos 25 anos deve ser evitado.  Os exames periódicos devem seguir até os 64 anos de idade e, naquelas mulheres sem história prévia de doença neoplásica pré-invasiva, interrompidos quando essas mulheres tiverem pelo menos dois exames negativos consecutivos nos últimos cinco anos.  Para mulheres com mais 64 anos de idade e que nunca se submeteram ao exame citopatológico, deve- se realizar dois exames com intervalo de um a três anos. Se ambos os exames forem negativos, essas mulheres podem ser dispensadas de exames adicionais.
  • 9. RASTREAMENTO EM GRUPOS ESPECIAIS GESTANTES: seguir as recomendações de periodicidade e faixa etária como para as demais mulheres, devendo sempre ser considerada uma oportunidade a procura ao serviço de saúde para realização de pré-natal. MENOPAUSADAS: devem ser rastreadas de acordo com as orientações para as demais mulheres, e se necessário, proceder à estrogenização previamente à realização da coleta. HISTERECTOMIZADAS: se submetidas à histerectomia total por lesões benignas, sem história prévia de diagnóstico ou tratamento de lesões cervicais de alto grau, podem ser excluídas do rastreamento, desde que apresentem exames anteriores normais, e em casos de histerectomia histerectomia por lesão precursora ou câncer do colo do útero, a mulher deverá ser acompanhada de acordo com a lesão tratada. MULHERES SEM ATIVIDADE SEXUAL: não devem ser submetidas ao rastreamento do câncer do colo do útero. IMUNOSSUPRIMIDAS: deve ser realizado em intervalos semestrais no primeiro ano e, se normais, manter seguimento anual. SIDA: Em mulheres HIV positivas com contagem de linfócitos CD4+ abaixo de 200 células/mm3 devem ter o rastreamento citológico a cada seis meses.
  • 10. CITOLOGIA ONCÓTICA – SISTEMA BETHESDA NOMENCLATURA BRASILEIRA PAPANICOLAU 1941 OMS 1952 RICHART 1967 BETHESDA 2001 BRASILEIRA 2006 Classe I - - - - Classe II - - Alterações Benignas Alterações Benignas - - - ASCUS ASCUS Classe III Displasia leve Displasia Moderada Acentuada NIC I NIC II NIC III LSIL HSIL LSIL HSIL Classe IV NIC III HSIL AIS HSIL AIS Classe V Carcinoma invasor Carcinoma invasor Carcinoma invasor Carcinoma invasor LEGENDA: NIC - NEOPLASIA INTRA EPITELIAL ASCUS - ATIPIAS DE SIGNIFICADO INDETERMINADO LISL - LESÃO INTRA EPITELIAL DE BAIXO GRAU HSIL - LESÃO INTRA EPITELIAL DE ALTO GRAU AIS - ADENOCARCINOMA IN SITU
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  • 13. O PROCEDIMENTO – POP COLETA DE CITOLOGIA ONCOPARASITÁRIA Antes da coleta: - Realizar as orientações do exame; - Explicar o propósito do exame e as suas etapas; - Realizar anamnese; - Preencher de forma adequada e legível o formulário para requisição do exame; - Identificar a lâmina com as iniciais do nome da mulher, na parte fosca, e também o frasco ou caixa-lâmina; - Solicitar que a mulher troque de roupa; MATERIAL NECESSÁRIO - Mesa ginecológica; escada de dois degraus; mesa auxiliar; foco de luz; biombo; cesto de lixo - Espéculos de tamanhos variados; - Lâminas de vidro com extremidade fosca; - Espátula de Ayres e escovinha cervical; - Luvas descartáveis; - Fixador em spray; - Porta lâmina; - Lápis ou caneta; - Camisolas ou avental, lençóis;
  • 14. Coleta: - Lavar as mãos; - Orientar a mulher a se colocar em posição ginecológica na maca própria; - Cobrir a pelve; - Posicionar o foco de luz; - Colocar luvas descartáveis; - Inspecionar vulva e introduzir espéculo em posição vertical e ligeiramente inclinada de maneira a expor o colo do útero; - Realizar inspeção da vagina e colo do útero; - Utilizar espátula de Ayres para coleta da ectocérvice encaixando ponta mais longa da espátula no orifício externo do colo e fazendo raspagem em movimento circular a 360º em torno deste. O esfregaço dever ser realizado no sentido transversal da lâmina, próximo da região fosca; - Utilizar escovinha cervical para coleta da endocérvice introduzindo-a no orifício do colo e fazendo movimento giratório de 360º. - O esfregaço deve ser realizado no sentido longitudinal, na metade inferior da lâmina; - Fixar imediatamente a lâmina com spray fixador, a distância de 20 cm em posição inclinada; - Retirar o especulo e informar que o exame terminou;
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  • 16. COMPONENTES DO COLO DO ÚTERO
  • 17. LAUDO ( RESULTADOS) DO COP ADEQUABILIDADE DA AMOSTRA ◦ SATISFATÓRIA: amostra com representatividade da JEC ( junção escamo-celular), ou seja, presença de células epiteliais, ou seja, escamosas, glandulares e metaplásicas. ◦ seguir diretrizes do rastreamento. ◦ INSATISFATÓRIA: material acelular ou hipocelular (<10% do esfregaço), ou leitura prejudicada por presença de sangue, piócitos, artefatos de dessecamento, contaminantes externos ou intensa superposição celular. ◦ o exame deve ser repetido em 6 a 12 semanas.
  • 18. CONDUTAS DE ACORDO COM RESULTADOS DO COP ALTERAÇÕES CELULARES BENIGNAS Correspondente descritivo: células inflamatórias leve, moderada ou acentuada com Candida sp, Gardnerella vaginalis ou Trichomonas - ou outros agentes patogênicos. Conduta: com queixa de corrimento ou conteúdo vaginal anormal, a paciente deverá ser conduzida conforme diretriz direcionada, e seguir a rotina de rastreamento citológico normal. Correspondente descritivo: células inflamatórias leve, moderada ou acentuada com ou lactobacilos, cocos ou outros bacilos. Conduta: seguir rotina de rastreamento normal
  • 19. Correspondente descritivo: metaplasia escamosa imatura ( ou reparação ou células reparativas) Conduta: seguir rotina de rastreamento. Correspondente descritivo: inflamação com atrofia - é achado fisiológico após a menopausa, o pós-parto e durante a lactação. Conduta: seguir rotina de rastreamento. Nas menopausadas, em que a atrofia acentuada dificulta avaliação da amostra - tratar com estrogênio tópico vaginal, por 21 dias. Componente descritivo: presença de células endometriais, mesmo com aparência típica Conduta: encaminhar para avaliação da cavidade endometrial com USG transvaginal inicial e histeroscopia ou biópsia de endométrio e seguir rastreamento citológico do colo de rotina. ALTERAÇÕES CELULARES BENIGNAS
  • 20. CÉLULAS ESCAMOSAS ATÍPICAS DE SIGNIFICADO INDETERMINADO ASC - US Células escamosas atípicas de significado indeterminado, possivelmente não neoplásicas Conduta: mulher com 30 anos ou mais será a repetição desse exame num intervalo de seis meses / mulher com menos de 30 anos repetir com 12 meses. Se novo resultado normal - seguir rastreamento de rotina. Se novo resultado com persistência de ASC-US ou lesão de baixo ou alto grau, encaminhar para colposcopia. Grávidas manter mesma conduta. Menopausadas, tratar com estrogênio tópico e repetir coleta. Imunossuprimidas encaminhar imediatamente para colposcopia.
  • 21. CÉLULAS ESCAMOSAS ATÍPICAS DE SIGNIFICADO INDETERMINADO ASC - H Células escamosas atípicas de significado indeterminado, não podendo excluir lesão de alto grau Conduta: encaminhar imediatamente para colposcopia. Menopausadas devem ser tratadas com estrogênio tópico antes de realizar a colposcopia.
  • 22. CÉLULAS GLANDULARES ATÍPICAS AGC Classificadas em: • possivelmente não neoplásicas • em que não se pode excluir lesão intraepitelial de alto grau. Laudo deve ser descritivo da origem da célula glandular, se endometrial ou endocervical. Conduta: encaminhar imediatamente a colposcopia. Mulheres com idade superior a 35 anos realizar também investigação da cavidade endometrial.
  • 23. LESÃO INTRAEPITELIAL ESCAMOSA DE BAIXO GRAU LSIL • Repetir citologia com 06 meses, • Se novo exame normal seguir rastreamento de rotina, • Se novo exame com persistência de LSIL ou lesão de alto grau, encaminhar a colposcopia. • Mulheres menopausadas devem ser tratadas com estrogênio tópico antes da nova coleta em 6 meses. • Imunossuprimidas encaminhar imediatamente a colposcopia.
  • 24. LESÃO INTRAEPITELIAL ESCAMOSA DE ALTO GRAU HSIL • ENCAMINHAR IMEDIATAMENTE A COLPOSCOPIA
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  • 27. RESULTADO CITOLOGIA CONDUTA INICIAL CONDUTA DE SEGUIMENTO ASC-US Repetir citologia em 12 meses Normal: seguir rotina Anormal: colposcopia ASC-H Encaminhar para colposcopia - AGC Encaminhar para colposcopia - AOI Encaminhar para colposcopia - LSIL Repetir citologia em 06 meses Normal: seguir rotina Anormal: colposcopia HSIL Encaminhar para colposcopia - HSIL não podendo excluir microinvasão Encaminhar para colposcopia - Carcinoma invasor Encaminhar para colposcopia - Adenoca in situ ou invasor Encaminhar para colposcopia -
  • 28. ATENÇÃO SECUNDÁRIA ATENÇÃO ESPECIALIZADA  Unidades ambulatoriais e serviços de apoio diagnóstico e terapêutico, responsáveis pela oferta de consultas e exames especializados; A unidade secundária deverá confirmar o diagnóstico e tratar ambulatorialmente as lesões precursoras do câncer pela realização de colposcopia, biópsia e excisão por CAF ( eletrocoagulação).  O fluxo de encaminhamento e a continuidade da atenção dependem de planejamento e organização mediante central de regulação;  Muitas mulheres serão reencaminhadas para as unidades básicas, após diagnóstico ou tratamento, para seguimento citológico, conforme as diretrizes de condutas pós colposcopia ou tratamento das lesões;  Profissionais da atenção secundária devem fazer o reencaminhamento formal, com um resumo da história clínica, diagnóstico e tratamentos realizados, bem como orientar os profissionais da Atenção Primária quanto ao seguimento.
  • 29. REFERÊNCIAS WORLD HEALTH ORGANIZATION. Screening for cervical cancer. Disponível em: <http://www.who. int/cancer/detection/cervical_cancer_screening/en/>. Acesso em: 17 jul. 2014. BRASIL. Ministério da Saúde. Departamento de Informática do SUS. Sistema de Informação do Câncer do Colo do útero (SISCOLO). Disponível em: <http://w3.datasus.gov.br/siscam/index.php>. Acesso em: 01 out. 2014. NATIONAL CANCER INSTITUTE. The 1988 Bethesda system for reporting cervical/vaginal cytological diagnosis: National Cancer Institute Workshop. JAMA, v. 262, n. 7, p. 931- 934, 1989. SOLOMON, D. et al. The 2001 Bethesda system: terminology for reporting results of cervical cytology. JAMA, v. 287, n. 16, p. 2114-2119, 2002. INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER JOSÉ ALENCAR GOMES DA SILVA. Nomenclatura brasileira para laudos citopatológicos cervicais. 3. ed. Rio de Janeiro: INCA, 2012. 23 p. AMERICAN COLLEGE OF OBSTETRICIANS AND GYNECOLOGISTS. ACOG practice bulletin n. 99: management of abnormal cervical cytology and histology. Obstetrics and Gynecology, v. 112, n. 6, p. 1419- 1444, 2008. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. HIV/ AIDS, hepatites e outras DST. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2006. 196 p. (Cadernos de Atenção Básica, n. 18; Série A. Normas e Manuais Técnicos).