2. QUESTIONÁRIO DO CONTEXTO CULTURAL DOS ALUNOS QUEM SÃO OS NOSSOS ALUNOS? JOSÉ DE SOUSA MARTINS (SOCIÓLOGO) O BAIRRO DE PERIFERIA APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DO QUESTIONÁRIO DO CONTEXTO CULTURAL DOS ALUNOS
3. QUEM SÃO OS ALUNOS? JOSÉ DE SOUSA MARTINS A APARIÇÃO DO DEMÔNIO NA FÁBRICA (2008) A SOCIEDADE VISTA DO ABISMO (2002) A SOCIABILIDADE DO HOMEM SIMPLES (2000) FRONTEIRA: A DEGRADAÇÃO DO OUTRO NOS CONFINS DO HUMANO (1997) HENRI LEVEBVRE (FILÓSOFO MARXISTA)
4. As idéias de Henri Lefebvre A sociedade atual não é constituída de uma temporalidade única. O contemporâneo é a contemporaneidade dos tempos históricos, das vivências desencontradas porque situadas diferencialmente no percurso da História. (...). (Martins, 2000).
5. CAPITALISMO Destruição de relações sociais que não sejam relações capitalistas (Empresa > Estado) MIGRAÇÕES DESENRAIZAMENTO (EXCLUI PARA INCLUIR) FORÇA DE TRABALHO Transforma todos em produtores e consumidores de mercadorias Membro da sociedade capitalista
6. CAPITALISMO TEMPO MAIOR SEM TRABALHO Lula x Vicentinho QUEM PRODUZ NÃO É QUEM CONSOME Economia global Favorecimento da economia de países pobres onde os salários não pagam para poder consumir o que se produz. O GRAVE PROBLEMA SOCIAL E POLÍTICO É A INCLUSÃO
7. CAPITALISMO QUAL O PREÇO MORAL DESSA FORMA DE INCLUSÃO "Por isso, o problema está em discutir as formas de inclusão, o preço moral e social da inclusão, o comprometimento profundo do caráter desses membros das novas gerações, desde muito cedo submetidos a uma socialização degradante. O que a sociedade capitalista propõe hoje aos chamados excluídos está nas formas crescentemente perversas de inclusão, na degradação da pessoa e na desvalorização do trabalho como meio de inserção digna na sociedade.“ (p. 124)
9. CAPITALISMO VISÃO DAS CLASSES SOCIAIS É INSUFICIENTE NOVA DESIGUALDADE SOCIAL Grupoplenamenteincluído Grupoincluído de forma marginal (sinais de resistência cultural)
10. CAPITALISMO A sociedade capitalista está criando estrutura social baseada em princípios estamentais (categorias sociais existentes antes das classes sociais). Enrijecimento das camadas sociais (incluídos x "excluídos”) Ações motivadas por qualidade social das pessoas. Exemplo: os crimes contra mendigos e outros (duas humanidades). Os constrangimentos econômicos exacerbam a consciência de diferenças não econômicas. Exemplo: o consumo pela qualidade do objeto, pela sua nobreza e não pela sua função. Os linchamentos
11. CAPITALISMO O TRABALHO TEM UM PAPEL SECUNDÁRIO NO PROCESSO DE REPRODUÇÃO DO CAPITAL TRABALHO PURO TERCERIZAÇÃO O CAPITAL NÃO TEM NENHUMA RESPONSABILIDADE SOCIAL
14. José de Souza Martins (2000): “Urbano e rural não são realidades substantivamente diversas. A metrópole paulistana é amplamente rural nos costumes dos bairros, sobretudo pobres, no modo de habitar, no modo de circular (você já reparou que aqui as pessoas preferem transitar pelo meio da rua, em vez de transitar pela calçada? O meio da rua é para elas rural, é o caminho, a vereda, em que é preciso evitar as beiras, os lugares perigosos, de contato com o mato; a calçada é urbana, mas deslocada, usada como depósito de entulho, de materiais de construção, de acesso de carros: não é lugar de trânsito das pessoas). O urbano está no rural, de muitos modos: o rádio, o carro, a antena parabólica, o avião. Os espaços se encurtaram, num certo sentido, mas o descompasso permanece.”
15. José de Souza Martins (2000): “A sociedade contemporânea distribuiu espacialmente quem produz e quem consome. Foi o mundo industrial que criou a periferia em todas as partes, que fez da classe trabalhadora uma classe espacialmente residual, relegada aos espaços inferiores das terras baratas, dos territórios poluídos e pobres de infra-estrutura, de serviços, de bens públicos.” Artigo no jornal Estado de São Paulo: “A cidade clandestina dos sem-prefeito” (Domingo, 9 de Janeiro de 2005, Caderno Metrópole, p. C3)
66. Categoria “PEDAÇO” MAGNANI (2002): “supõe uma referência espacial, a presença regular de seus membros e um código de reconhecimento e comunicação entre eles”. (p. 20)
67. Quais os gêneros musicais de sua preferência? Samba□ rock□ pop□ tecno□ rap□ sertaneja□ instrumental□ black□ soul□ jazz□ salsa□ axé□ blues□ reague□ outros□ quais? ........
69. O que vê na tv? Novela□ noticiário□ programa de reportagem□ seriado□ programa de auditório□ clip de música□ filme□ entrevistas□ programas de esporte□ jogo de futebol□ jogo de voleibol□ jogo de basquetebol□ outros□ quais? Qual(is) seu(s) programa(s) preferido(s) na televisão?
71. Quais as atividades (livres) que costuma fazer fora do período de aula de segunda feira à sexta feira?(sábado e domingo)
72. Quais as atividades (livres) que costuma fazer fora do período de aula de segunda feira à sexta feira? Outras atividades ...................................................
90. Qual(is) atividade(s) física(s) você gosta de praticar? Onde você costuma praticar essa(s) atividade(s)? Quantas vezes por semana você pratica essa(s) atividade(s)? 1 vez por semana□ 2 vezes por semana□ 3 vezes por semana□ Todos os dias da semana□
91. Qual(is) atividade(s) física(s) você pratica bem? Qual(is) atividade(s) física(s) você gostaria de aprender? O que você faz para cuidar da saúde? O que você faz para cuidar do corpo?
93. ENTREVISTA R. Porque o meu time, todo mundo pensava que o time da 5ªA ia ser o campeão. P. Por que?R. Porque, eles, além do Dê, falaram que ele jogava bem demais. E porque a minha sala, os moleques não joga muito bem. Falavam assim, então: “sua sala não tem jeito de ser campeão”. Aí, a outra favorita era a 5ª B, que zoava com o nosso time...
94. ENTREVISTA P. Porque era favorita, a 5ª B ?R. Porque tinha mais, eles falavam, os moleque jogavam na “toca do lobo”...jogam... P. O que é a “toca do lobo”?R. Não tem a rua da Portugária ali? Subindo é a escolinha que tem lá em cima.
95. ENTREVISTA P. Ah, tá, tem uma escolinha. Mas, é campo, assim, ou é society? R. É society. Agora, eles tão querendo fazer um campo. A maioria falava que tinha, que era mais favorito que todo mundo, era uns três que jogavam lá no outro campo: o Jeferson, o Arturzinho e o outro era o goleiro, que jogavam bem. A minha sala nunca era a favorita porque o meu time, falavam, que só eu que jogava bem. Mas, eu falei ó, isso não é, não. Porque o time não tem um só, se tem... como a gente vai jogar tem 3, 4. O primeiro jogo a gente começou perdendo, eu falei, então, é verdade isso que eles falavam. Então, eu sempre achava que a gente nunca ia ganhar...
96. As idéias de Henri Lefebvre A sociedade atual não é constituída de uma temporalidade única. O contemporâneo é a contemporaneidade dos tempos históricos, das vivências desencontradas porque situadas diferencialmente no percurso da História. (...). (Martins, 2000).
98. “Fronteira: a degradação do Outronosconfins do humano” J. S. Martins (1997) ALTA TECNOLOGIA ÍNDIO CAMPONESES FAZENDEIRO TRABALHO ESCRAVO MATADOR PROFISSIONAL PERÍODO COLONIAL
99. O Tempo das Ruasna São Paulo de Fins do Império(FrayaFrehse, 2005)