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ISSN: 1578-4282
ISSN (cd-rom): 1695-9884
Deposito legal: J-154-2003
http://revista.ujaen.es/rae
Revista de Antropología Experimental
nº 10, 2010. especial educación 2: 17-27.
Universidad de Jaén (España)
AMBIÊNCIA ESCOLAR:
Aspectos físico, sócio-econômico, cultural e de gestão escolar
Aldo Antonio dos Santos Junior
Universidade do Vale do Itajaí
a2067@ibest.com.br
Kelly Cristina Formehe
Faculdade Dom Bosco
bcsp1@pm.sc.gov.br
Sandro Bilitski Grams
Universidade do Vale do Itajaí
sanbozo@ig.com.br
Resumen:
Palabras clave:
Abstract:
AMBIÊNCIA SCHOOL: Physical, socio-economic, cultural and school management
O estudo possui como escopo descrever os aspectos atinentes à observação de campo realizada
numa organização de ensino público fundamental, do Município de Biguaçú, no Estado de
Santa Catarina. A instituição foi diagnosticada com base em três variáveis organizacionais,
primordialmente, considerando-se o ambiente físico, o ambiente sócio-econômico e cultural
e de gestão escolar. Destacou-se que a instituição apresenta problemas de adequação das
variáveis relacionadas ao design, socioeconômicas, culturais e de gestão escolar, inexistem
programas voltados à melhoria da ambiência escolar, como e.g., planos de excelência e à
qualidade de ensino, premiação para professores, programas que desenvolvam a participação
dos pais ou comunidade na questão da relevância do ensino para a melhoria da qualidade de
vida geral.
The study has as intention to describe the aspects concerning of observation the camp held in
an institution of public education, the city of Biguaçú. The institution was diagnosed with basis
of three organizational variables, first, considering the environment physical, the environment
socio-economic and cultural and finally management school. It was found that the institution
does not have programs aimed to improve the school environment, as e.g, plans for excellence
and quality of education, awards for teachers, programs that develop the participation of
parents or community in question the relevance of education to improving the overall quality
of life.
Ensino. Ambiente físico. Cultural. Diagnóstico. Gestão escolar
Educación. Ambiente físico. Cultural. Diagnóstico. Gestión escolar
Education. Environment physical. Cultural. Diagnosis. Management School
Revista de Antropología Experimental, 10. especial educación 2. 201018
I. Introdução
Em países em vias de desenvolvimento as políticas públicas voltadas à educação, saúde
e segurança são caracterizadas pela pouca ênfase dada pelos governantes acarretando uma
série de disfunções sociais, sendo a maior delas a ausência de cidadania, mormente pela
grande maioria de pessoas menos privilegiadas, engendrando destarte, uma enorme força
centrípeta que engendra graves problemas na qualidade de vida.
Fuente (2009) assevera que os cidadãos menos privilegiados possuem parcas ou nenhu-
ma influência nos centros decisoriais para a promoção de políticas públicas.
A educação constitui o primado nas políticas públicas dos países desenvolvidos, porém,
na República Federativa do Brasil, falta muito para percorrer um caminho a fim de se con-
solidar as instituições de ensino como fator de desenvolvimento da nação.
Caracterizado como uma pesquisa diagnóstica ou descritiva, empregando três protocolos
de registro de dados, desenvolvidos com base em Hoepers (2008) e um questionário, des-
envolvido pelos pesquisadores, a fim de complementar a pesquisa, o trabalho foi realizado
com o propósito de diagnosticar a realidade de uma Escola Básica Estadual a partir de um
leque de variáveis que influenciam o cotidiano da instituição.
A pesquisa se propõe a responder a seguinte pergunta: na Escola de Educação Básica
localizada no Município de Biguaçú, existe uma ambiência para a promoção da atividade
de ensino- aprendizagem?
II. Caracterização do estudo
O diagnóstico foi realizado numa Escola de Educação Básica Estadual do Município de
Biguaçú, Estado de Santa Catarina, com uma população composta por um quadro técnico
de recursos humanos de dezessete professores, oito auxiliares e trezentos e vinte alunos do
período matutino.
A pesquisa de campo foi realizada nos meses de maio e junho de 2009, formando um to-
tal de três instrumentos da seguinte forma: (1) Ambiente físico. (2) Ambiente sócio-econô-
mico e cultural/Ambiente humano e semântico. (3) Aspectos de gestão escolar. Totalizando
vinte e seis variáveis ambientais consagradas na organização.
Constituindo-se numa pesquisa diagnóstico, ou ainda, descritiva empregou-se além do
instrumento de coleta de dados mencionado a observação direta e um questionário contendo
três questões abertas, elaborado por estes pesquisadores com base em Hoepers (2008).
Roesch (1999) estabelece que na pesquisa diagnóstica se levantam variáveis intra-orga-
nizacionais.
Cervo e Bervian (2002) prescrevem que na pesquisa descritiva se efetuam a observação,
o registro, a análise e a correlação dos fatos ou fenômenos sem a intervenção direta dos
observadores.
A pesquisa emprega uma perspectiva de análise de dados basicamente qualitativa. Bar-
betta (1998) estabelece que no momento em que se manuseiam atributos, qualidades ou
categorias, a variável é qualitativa, opostamente aos tipos de dados quantitativos em que se
permeiam dados numéricos. A observação de variáveis qualitativas exige muito dos senti-
dos dos pesquisadores é fundamental o entendimento da exuberância do processo de comu-
nicação humana.
“O analista qualitativo observa tudo, o que é ou não dito: os gestos, o olhar, o
balançar da cabeça, o meneio do corpo, o vaivém das mãos, a cara de quem fala
ou deixa de falar, porque tudo pode estar imbuído de sentido e expressar mais
do que a própria fala” (Demo, 2001: 34).
Revista de Antropología Experimental, 10. especial educación 2. 2010 19
O processo de pesquisa envolvendo pessoas requer uma série de sutilezas e certa expec-
tativa de que as pessoas em sua complexidade podem empregar uma série de máscaras que
podem adulterar a realidade em estudo.
“[...] no âmbito da pesquisa, os seres vivos, especialmente os humanos, quando
submetidos a quaisquer que sejam os determinismos (econômicos, sociais,
culturaisetc.)quecondicionamepodemexplicarseusmodosdefuncionamento,
têm em si um poder de negação, de contra-estratégia que lhes dá, ao menos em
parte, a inteligência destes determinismos e certa capacidade de reagir e de
adaptar-se, senão de transformá-los” (Martins, 2000: s.p.).
Os dados são classificados como sendo primários ou de primeira mão como estabelecem
Barbetta (1998); Mattar (2000); Eco (1977), ou seja, formam aqueles que não foram coleta-
dos anteriormente, constituem aqueles que ainda estão de posse do pesquisador. Para ence-
rrar esta parte, os questionários foram entregues a sete professores de modo randômico.
A atividade teve como finalidade precípua ambientar e orientar estes pesquisadores de
como observar o ambiente educacional, em todas as suas principais dimensões visando
contemplar o desenvolvimento de uma prática pedagógica estabelecida na observação e, por
conseguinte, sugerindo uma orientação para a reflexão.
III. Ambiente físico
A ambiência física vem sendo estudada em muitos campos do conhecimento, e.g., antro-
pologia, sociologia, psicologia, educação, dentre outros.
O design é fundamental para compreensão da realidade organizacional de uma escola
em razão de que essa variável predispõe o comportamento das pessoas, facilitando ou difi-
cultando as relações e o comportamento das pessoas, facilitando ou dificultando as relações
que se encerram nas organizações.
Marques (1995: 146), acerca do imaginário da escola e seu funcionamento estabelece:
“O imaginário da escola atua tanto no que se refere aos sentidos que informam e impulsio-
nam como no que diz respeito às condições de seu funcionamento prático operativo.”
Kischimoto (2007) no âmago das pedagogias da participação – as constutivistas ou so-
cioconstrutivistas, baseiam-se em ambientes escolares abertos, onde predominam a coope-
ração, ambientes de conceitos de educação onde a participação é essencial.
Infere-se que o ambiente deve gerar pulsões à participação e estar em consonância com
as demandas dos discentes.
“[...] o espaço seria o constructo social tributário de interações sociais e de represen-
tações coletivas” (Frehse, 2008: 155). Esse mesmo autor afirma que o espaço está orientado
a um ambiente físico matizado pela cinesia de seleção, de distribuição e acomodação que
influenciam as interações dos seres humanos com o espaço e com o tempo, consagrando-se
como uma variável ecológica.
O espaço é movimento, no qual as formas da paisagem se juntam as pessoas, as relações
sociais, não existe espaço sem a participação humana, sem vida e relações sociais (Bosquat
e Cohn, 2004).
Finalmente, para consagrar o constructo espaço físico, Dayrell (1999), entende que a ar-
quitetura da escola orienta a movimentação dos sujeitos, na definição das funções, em cada
espaço arquitetônico se evidencia um determinado conceito de educação.
Dos resultados obtidos, os quadros semânticos, que seguem abaixo, apresentam a perce-
pção destes pesquisadores de acordo com os três Protocolos já mencionados.
Revista de Antropología Experimental, 10. especial educación 2. 201020
Quadro I – Ambiente físico
INDICADOR CATEGORIZAÇÃO
Localização da escola na comunidade Edificação inapropriada para
operação do ensino fundamental.
Ausência de placas de referência/
indicação da localização da escola.
Fácil acesso desde que empregado
transporte automotor.
Aspecto geral O design é próprio para o
funcionamento do ensino superior,
com uma população adulta.
Apresentando-se em boas condições
de uso, contando com guardas de
uma empresa de segurança para
proteção geral.
Decorações das salas e corredores Apresentam boa ambiência com
cartazes e painéis decorados
caracterizando conceitos
educacionais.
Equipamentos e recursos didático-
pedagógicos
São modernos satisfazendo
quantitativamenteparteasdemandas
educacionais, a biblioteca opera em
lugar exíguo, como se fosse um
depósito de livros.
Espaço e tempo das refeições A cozinha é pequena para toda a
população, porém é gerenciada
de modo racional para que todos
tenham acesso às refeições em
tempo hábil.
Espaço em que os alunos estão mais
presentes
Considerandoafaixaetáriaosalunos
preferem ficar no pátio externo em
dias não chuvosos, para a realização
de brincadeiras.
Fonte: Elaborado por estes pesquisadores.
IV. Ambiente socioeconômico e cultural/ambiente humano e semântico
As diferenças socioeconômicas são certamente observadas no cotidiano das diversas
organizações, independendo da sua natureza, pública, privadas com ou sem fins lucrativos,
inclusive em escolas públicas a despreocupação com esta variável poderá engendrar maio-
res dificuldades para a gestão do processo de ensino-aprendizagem.
Pinto (2007) acerca dos diferentes modelos econômicos em antropologia, propõe o se-
guinte: “la comprensión antropológica de un modelo económico se debe basar en las capa-
cidades, el conocimiento social, la experiencia o las diferentes conexiones que se dan entre
los individuos implicados en él y en como se define, se crea y se distribuye el valor -algo
culturalmente definido.”
Souza e Santos (1999) afirmam que as desigualdades sociais perante as escolas cons-
tituem o resultado de um projeto orientado pela classe dominante a fim de reproduzir a
Revista de Antropología Experimental, 10. especial educación 2. 2010 21
estratificação social vigente que são convenientes aos interesses dessa classe e que essa
conveniência é menos acentuada no ensino elementar se tratando de um fenômeno de en-
culturação ou aculturação.
Existem estudos que afirmam acerca da veracidade da variável socioeconômica e sua
influência no resultado do desempenho das turmas.
“[...] a escola faz a diferença e que essa diferença se manifesta comparando
tanto turmas como escolas. Mesmo após o controle pelo nível socioeconômico,
variáveis relacionadas à escola, como didática do professor e sua expectativa de
aprovação dos alunos, mostram-se importantes para o desempenho do aluno”
(Grifo nosso. Barbosa e Fernandes, 2001 apud Souza, 2005: 416).
Souza e Santos (1999) estabelecem que a evolução orienta para a primazia de reflexões
acerca das estruturas socioeconômicas da sociedade dominante, capazes de modelar as ex-
periências do cotidiano dos alunos que quase sempre são assimétricas. Tendo como fator
intermediário a classe e a cultura dos sujeitos.
Mello e Souza (2005) estabelecem quatro grupos de variáveis que dizem respeito aos
alunos: (1) Características do aluno e da sua família, e.g., idade, sexo. Número de irmãos e
município de procedência; (2) Posse de material escolar como livros didáticos, cadernos e
mochila. (3) Percepções do aluno sobre o professor. (4) Observações sobre o aluno, obtidas
na secretaria da escola, como, notas, faltas, idade e a aprovação ou não do aluno ao final do
ano.
Para encerrar esta parte, Martins (2008) assegura que é necessário possuir muito cuida-
do com uma pesquisa deste gênero, pois as disparidades de classe, cultura, econômica e de
linguagem estabelecem diferentes visões sobre o mesmo foco da questão.
Estes pesquisadores inferem que maiores serão os cuidados na observação direta e aná-
lise dos dados coletados.
Quadro II – Ambiente socioeconômico e cultural/ambiente humano e semântico
INDICADOR CATEGORIZAÇÃO
Composição étnica e racial. Predominantemente de caucasianos,
descendentes de açorianos.
Comunicação verbal baseada
em gírias, com erros e vícios de
linguagem.
Composição socioeconômica Maioria integrante da classe média
e baixa. Os pais com nível médio
em sua maioria e provendo poucas
opções de lazer.
Forma na qual professor, funcionários e
direção se referem aos alunos e a escola.
Bastante informal, vez por outra
com chamados enérgicos, raramente
os alunos são tratados por alcunha.
Forma de tratamento dos alunos entre
pares.
Linguajar simples, com gírias,
palavras de baixo calão, porém
quase sempre sem agressividade.
Revista de Antropología Experimental, 10. especial educación 2. 201022
Com relação aos professores Insatisfação com o salário, com a
escassez de materiais didáticos. De
modo geral os professores se vestem
em trajes populares, somente alguns
poucos se apresentam com trajes
mais clássicos.
Em relação a outras pessoas envolvidas no
ambiente escolar.
Percebe-se certa falta de integração
entre os diversos segmentos de
profissionais que labutam na escola.
As pessoas estão enquadradas de
acordo com sua especialidade.
Comunicação entre professores, pessoal
auxiliar e alunos.
Comunicação aberta entre as
partes. Os horários são cumpridos
regiamente. Os alunos não batem na
porta da sala ao entrar.
Liderança entre os alunos. As lideranças são caracterizadas
pela diferença, no modo de se vestir,
nos estilos agitados e na forma de
participação grupal.
Fonte: Elaborado por estes pesquisadores.
V. Variáveis de gestão escolar
As políticas públicas atuais não contemplam todas as demandas essenciais ao desempen-
ho efetivo do ensino, mormente do ensino fundamental e médio. O motivo dessa questão é
a óbvia ausência de cidadania que impede a luta por melhores investimentos.
“Quando dizemos que não podemos ter um Estado melhor do que a cidadania
que está por trás, estamos realçando que a qualidade da cidadania compromete
por inteiro a qualidade do Estado. Por exemplo, um Estado mais corrupto é
relativamente proporcional a uma cidadania menor ou precariamente vigente”
Demo, 1999: 61).
Pode-se aduzir que num Estado onde as políticas públicas são fragilizadas impera um
conjunto de problemas de ordem socioeconômica na gestão das coisas públicas e, por con-
seguinte, um estado de disfunções e dificuldades diversas que prejudicam o processo edu-
cativo.
“Boa parte da infra-estrutura da rede escolar é precária. A rede de atendimento
é mal distribuída, representando pesado ônus para o poder público em custos de
transporte escolar. Ainda temos escolas de uma só sala, sem serviços básicos,
como água e até mesmo sem banheiros. Raras são as bibliotecas escolares que
escapam à senha que mais parecem depósitos de livros” (Grifo nosso. Vieira e
Vidal, 2007a apud Vieira, 2007: 45).
Martins (2008) apresenta algumas variáveis que afetam a gestão da escola e o processo
de construção da autonomia pedagógica, financeira e administrativa, quais sejam: (1) Nível
de autonomia na organização curricular e em questões que dizem respeito ao financiamento
e gestão da escola. (2) Indicadores de democracia interna. (3) Relações da direção com os
Revista de Antropología Experimental, 10. especial educación 2. 2010 23
pais, docentes e alunos. (4)As relações de professores com alunos. (5) O funcionamento dos
órgãos colegiados. (6) As parcerias. (7) A avaliação externa efetuada sobre a gestão. (8) As
opiniões de professores e alunos sobre o que é um bom diretor. (9) As opiniões da direção
sobre o que é um bom aluno e um bom professor.
Por fim, Vieira (2007) assegura que o sucesso de uma gestão escolar está fundamentado
no sucesso de todos os alunos, sendo essencial manter como orientação a gestão para uma
comunidade de aprendizes, ou seja, a propensão para ensinar aprender da direção da escola.
Quadro III – Ambiente de gestão escolar
INDICADOR CATEGORIZAÇÃO
Direção da escola e pessoal técnico-1.	
administrativo
A escolha do Diretor ocorre por
critérios políticos. A formação
dos professores está baseada em
licenciaturaplenaeespecialização.O
Estilo de gestão amigável,
contingencial.
Visão da administração da escola2.	 Como uma pessoa que possibilita
as relações, comunicativa e
desprendida. Facilitadora das
atividades da escola.
Organização da escola3.	 Horárioscumpridosexemplarmente.
A direção e assessoria mais
especialistas definem o
enquadramento dos alunos nas
salas. O acompanhamento do
trabalho docente é efetuado pela
assessoria técnico-pedagógica, bem
como existe um acompanhamento
das atividades docente.
Projeto político pedagógico4.	 A escola possui um Projeto político
pedagógico desde 1990, sempre
ajustado às contingências. È de
conhecimentodetodososenvolvidos
no processo escolar, inclusive pais
quando procuram orientações.
Registros da vida escolar dos5.	
alunos
OTécnicodeorientaçãoeducacional
registra todos os eventos. Aspectos
de indisciplina que são passados
pela direção. O conselho de classe
é realizado bimestralmente e
registrado em ata. O regente de
classe repassa passa para a turma as
observações. Os pais dos alunos não
são interessados pelos registros.
Órgãos colegiados6.	 Possui todos os órgãos menos o
grêmio estudantil.
Revista de Antropología Experimental, 10. especial educación 2. 201024
Eventos, viagens e visitas.7.	 Acontececomfreqüência,porémsão
realizados por meio de um projeto,
e com anuência dos pais. A escola é
aberta para visitas externas.
8. Programas de voluntariado Não existem programas de
voluntariado na escola.
Fonte: Elaborado por estes pesquisadores.
VI. Apresentação e discussão dos resultados coletados no questionário junto aos
professores
Inúmeras são as dificuldades para o desempenho da atividade docente. Os depoimentos
dos sujeitos apresentaram como óbices, dificuldades para o desempenho da atividade do-
cente, as seguintes variáveis:
Desinteresse por parte dos alunos.
Falta de laboratórios.
Sala de aula cheia.
Ausência de participação dos pais.
Escassez de material didático.
Exigüidade do espaço físico.
À guisa de comparação, noutra pesquisa acerca das dificuldades para o desenvolvimento
do processo de ensino aprendizagem, acena Dieguez (2007: 105-115), apresenta os dados
estampados no gráfico infra, no qual se percebe uma orientação simétrica da realidade das
instituições educacionais.
Fonte: Extraído de (Dieguez, 2007: 105-115).
Revista de Antropología Experimental, 10. especial educación 2. 2010 25
No contexto político, social, cultural e econômico em que se predomina a escassez que
gera algumas dificuldades na vida acadêmica, essas podem ser reduzidas ou sanadas por
intermédio de uma gestão eficaz e efetiva.
Depoimento de um professor com as seguintes características: idade entre 26 a 35 anos,
sexo feminino, com Licenciatura em letras, com oito anos de experiência na rede pública
estadual, municipal e particular apresenta a seguinte fala.
A Coordenação/Direção já ajuda bastante entrando em contato com os pais, chamando-
os na sala e mostrando-lhes a importância do aprendizado da língua estrangeira, mas a
família distanciando-se cada vez mais da escola e isto cada vez mais, traz transtornos e
reflete no aprendizado do aluno.
Percebe-se na fala da professora de educação infantil que mesmo com o desprendimento
de esforços por parte da escola, os pais dos alunos não se conscientizam da relevância da
educação para o futuro de seus filhos.
Ainda, acerca dessa questão os professores apresentaram os seguintes fragmentos dis-
cursivos, categorizados no quadro abaixo.
Quadro IV – Dificuldades na escola que poderiam ser amenizadas no processo de
ensino-aprendizagem
Variável Fragmentos discursivos
Família
Alunos desinteressados
Falta contato com os pais
Necessidade de ajuda da família
Fonte: Elaborado por estes pesquisadores.
Com referência à facilitação do trabalho docente, realizado pela direção e especialistas,
os professores responderam que estes profissionais facilitam abrindo o diálogo e conscien-
tizando os alunos da importância da relação professor-aluno.
Abaixo, denota-se a fala de uma professora do sexo feminino, Pedagoga e Licenciada em
séries iniciais, com quatorze anos de serviço no magistério público estadual.
[...]estesprofissionaisajudamasanaralgunsproblemasdeumjeitomaispreciso
por terem um outro olhar, diagnosticando muitas vezes a causa verdadeira. E se
necessário, tem estes profissionais, autoridade para tomar decisões ou punições
devidas, de acordo com Projeto político Pedagógico.
VII. Óbices encontrados e sugestões
A definição mais precisa das dimensões contidas nos três protocolos poderiam facilitar
sobremaneira o processamento da pesquisa de campo.
A título de aprofundamento da pesquisa talvez fosse interessante a elaboração de um
instrumento de coleta de dados, além dos protocolos, para levantar a fala dos sujeitos envol-
vidos, por conseguinte, a fim de facilitar a análise, engendramento e inferências.
VII. Conclusão
A pesquisa apresentou como sendo de grande relevância, pois, possibilitou uma visão de
amplitude da realidade escolar com base nas três dimensões definidas em Hoepers (2008),
delineadas nos três protocolos.
Pode-se inferir que a Escola Básica apresenta de modo patente uma série de dificulda-
des para operar com a participação efetiva dos pais dos alunos e que, inexistem programas
Revista de Antropología Experimental, 10. especial educación 2. 201026
orientados para instar a atenção desses sujeitos tão relevantes no processo de ensino-apren-
dizagem.
De modo análogo, a escola opera de acordo com uma sistemática burocrática, fechada,
bastante hierarquizada onde traços de falta de integração foram percebidos por estes pesqui-
sadores. Os resultados de modo geral acenam para a urgência de se transladar para a sede
original da escola no centro do Município de Biguaçú que ficará em condições de uso para
o segundo semestre letivo do ano em curso.
Por último, ficou precisamente evidenciada a falta de participação da comunidade na
vida escolar, do mesmo modo que a escola não possui programas, e.g., Avaliação dos mo-
tivos das faltas dos alunos; Programa de Monitor de bibliotecário; Programa aluno desta-
que; Programa professor destaque; Programa inclusão de pais na escola; Levantamento das
causas da falta de participação dos pais na vida acadêmica dos alunos, a fim de incrementar
a excelência e inclusão mais efetiva da comunidade em prol de uma melhor qualidade no
ensino que oferta e desenvolvimento da cidadania.
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ba

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AMBIÊNCIA ESCOLAR: Aspectos físico, sócio-econômico, cultural e de gestão escolar

  • 1. ISSN: 1578-4282 ISSN (cd-rom): 1695-9884 Deposito legal: J-154-2003 http://revista.ujaen.es/rae Revista de Antropología Experimental nº 10, 2010. especial educación 2: 17-27. Universidad de Jaén (España) AMBIÊNCIA ESCOLAR: Aspectos físico, sócio-econômico, cultural e de gestão escolar Aldo Antonio dos Santos Junior Universidade do Vale do Itajaí a2067@ibest.com.br Kelly Cristina Formehe Faculdade Dom Bosco bcsp1@pm.sc.gov.br Sandro Bilitski Grams Universidade do Vale do Itajaí sanbozo@ig.com.br Resumen: Palabras clave: Abstract: AMBIÊNCIA SCHOOL: Physical, socio-economic, cultural and school management O estudo possui como escopo descrever os aspectos atinentes à observação de campo realizada numa organização de ensino público fundamental, do Município de Biguaçú, no Estado de Santa Catarina. A instituição foi diagnosticada com base em três variáveis organizacionais, primordialmente, considerando-se o ambiente físico, o ambiente sócio-econômico e cultural e de gestão escolar. Destacou-se que a instituição apresenta problemas de adequação das variáveis relacionadas ao design, socioeconômicas, culturais e de gestão escolar, inexistem programas voltados à melhoria da ambiência escolar, como e.g., planos de excelência e à qualidade de ensino, premiação para professores, programas que desenvolvam a participação dos pais ou comunidade na questão da relevância do ensino para a melhoria da qualidade de vida geral. The study has as intention to describe the aspects concerning of observation the camp held in an institution of public education, the city of Biguaçú. The institution was diagnosed with basis of three organizational variables, first, considering the environment physical, the environment socio-economic and cultural and finally management school. It was found that the institution does not have programs aimed to improve the school environment, as e.g, plans for excellence and quality of education, awards for teachers, programs that develop the participation of parents or community in question the relevance of education to improving the overall quality of life. Ensino. Ambiente físico. Cultural. Diagnóstico. Gestão escolar Educación. Ambiente físico. Cultural. Diagnóstico. Gestión escolar Education. Environment physical. Cultural. Diagnosis. Management School
  • 2. Revista de Antropología Experimental, 10. especial educación 2. 201018 I. Introdução Em países em vias de desenvolvimento as políticas públicas voltadas à educação, saúde e segurança são caracterizadas pela pouca ênfase dada pelos governantes acarretando uma série de disfunções sociais, sendo a maior delas a ausência de cidadania, mormente pela grande maioria de pessoas menos privilegiadas, engendrando destarte, uma enorme força centrípeta que engendra graves problemas na qualidade de vida. Fuente (2009) assevera que os cidadãos menos privilegiados possuem parcas ou nenhu- ma influência nos centros decisoriais para a promoção de políticas públicas. A educação constitui o primado nas políticas públicas dos países desenvolvidos, porém, na República Federativa do Brasil, falta muito para percorrer um caminho a fim de se con- solidar as instituições de ensino como fator de desenvolvimento da nação. Caracterizado como uma pesquisa diagnóstica ou descritiva, empregando três protocolos de registro de dados, desenvolvidos com base em Hoepers (2008) e um questionário, des- envolvido pelos pesquisadores, a fim de complementar a pesquisa, o trabalho foi realizado com o propósito de diagnosticar a realidade de uma Escola Básica Estadual a partir de um leque de variáveis que influenciam o cotidiano da instituição. A pesquisa se propõe a responder a seguinte pergunta: na Escola de Educação Básica localizada no Município de Biguaçú, existe uma ambiência para a promoção da atividade de ensino- aprendizagem? II. Caracterização do estudo O diagnóstico foi realizado numa Escola de Educação Básica Estadual do Município de Biguaçú, Estado de Santa Catarina, com uma população composta por um quadro técnico de recursos humanos de dezessete professores, oito auxiliares e trezentos e vinte alunos do período matutino. A pesquisa de campo foi realizada nos meses de maio e junho de 2009, formando um to- tal de três instrumentos da seguinte forma: (1) Ambiente físico. (2) Ambiente sócio-econô- mico e cultural/Ambiente humano e semântico. (3) Aspectos de gestão escolar. Totalizando vinte e seis variáveis ambientais consagradas na organização. Constituindo-se numa pesquisa diagnóstico, ou ainda, descritiva empregou-se além do instrumento de coleta de dados mencionado a observação direta e um questionário contendo três questões abertas, elaborado por estes pesquisadores com base em Hoepers (2008). Roesch (1999) estabelece que na pesquisa diagnóstica se levantam variáveis intra-orga- nizacionais. Cervo e Bervian (2002) prescrevem que na pesquisa descritiva se efetuam a observação, o registro, a análise e a correlação dos fatos ou fenômenos sem a intervenção direta dos observadores. A pesquisa emprega uma perspectiva de análise de dados basicamente qualitativa. Bar- betta (1998) estabelece que no momento em que se manuseiam atributos, qualidades ou categorias, a variável é qualitativa, opostamente aos tipos de dados quantitativos em que se permeiam dados numéricos. A observação de variáveis qualitativas exige muito dos senti- dos dos pesquisadores é fundamental o entendimento da exuberância do processo de comu- nicação humana. “O analista qualitativo observa tudo, o que é ou não dito: os gestos, o olhar, o balançar da cabeça, o meneio do corpo, o vaivém das mãos, a cara de quem fala ou deixa de falar, porque tudo pode estar imbuído de sentido e expressar mais do que a própria fala” (Demo, 2001: 34).
  • 3. Revista de Antropología Experimental, 10. especial educación 2. 2010 19 O processo de pesquisa envolvendo pessoas requer uma série de sutilezas e certa expec- tativa de que as pessoas em sua complexidade podem empregar uma série de máscaras que podem adulterar a realidade em estudo. “[...] no âmbito da pesquisa, os seres vivos, especialmente os humanos, quando submetidos a quaisquer que sejam os determinismos (econômicos, sociais, culturaisetc.)quecondicionamepodemexplicarseusmodosdefuncionamento, têm em si um poder de negação, de contra-estratégia que lhes dá, ao menos em parte, a inteligência destes determinismos e certa capacidade de reagir e de adaptar-se, senão de transformá-los” (Martins, 2000: s.p.). Os dados são classificados como sendo primários ou de primeira mão como estabelecem Barbetta (1998); Mattar (2000); Eco (1977), ou seja, formam aqueles que não foram coleta- dos anteriormente, constituem aqueles que ainda estão de posse do pesquisador. Para ence- rrar esta parte, os questionários foram entregues a sete professores de modo randômico. A atividade teve como finalidade precípua ambientar e orientar estes pesquisadores de como observar o ambiente educacional, em todas as suas principais dimensões visando contemplar o desenvolvimento de uma prática pedagógica estabelecida na observação e, por conseguinte, sugerindo uma orientação para a reflexão. III. Ambiente físico A ambiência física vem sendo estudada em muitos campos do conhecimento, e.g., antro- pologia, sociologia, psicologia, educação, dentre outros. O design é fundamental para compreensão da realidade organizacional de uma escola em razão de que essa variável predispõe o comportamento das pessoas, facilitando ou difi- cultando as relações e o comportamento das pessoas, facilitando ou dificultando as relações que se encerram nas organizações. Marques (1995: 146), acerca do imaginário da escola e seu funcionamento estabelece: “O imaginário da escola atua tanto no que se refere aos sentidos que informam e impulsio- nam como no que diz respeito às condições de seu funcionamento prático operativo.” Kischimoto (2007) no âmago das pedagogias da participação – as constutivistas ou so- cioconstrutivistas, baseiam-se em ambientes escolares abertos, onde predominam a coope- ração, ambientes de conceitos de educação onde a participação é essencial. Infere-se que o ambiente deve gerar pulsões à participação e estar em consonância com as demandas dos discentes. “[...] o espaço seria o constructo social tributário de interações sociais e de represen- tações coletivas” (Frehse, 2008: 155). Esse mesmo autor afirma que o espaço está orientado a um ambiente físico matizado pela cinesia de seleção, de distribuição e acomodação que influenciam as interações dos seres humanos com o espaço e com o tempo, consagrando-se como uma variável ecológica. O espaço é movimento, no qual as formas da paisagem se juntam as pessoas, as relações sociais, não existe espaço sem a participação humana, sem vida e relações sociais (Bosquat e Cohn, 2004). Finalmente, para consagrar o constructo espaço físico, Dayrell (1999), entende que a ar- quitetura da escola orienta a movimentação dos sujeitos, na definição das funções, em cada espaço arquitetônico se evidencia um determinado conceito de educação. Dos resultados obtidos, os quadros semânticos, que seguem abaixo, apresentam a perce- pção destes pesquisadores de acordo com os três Protocolos já mencionados.
  • 4. Revista de Antropología Experimental, 10. especial educación 2. 201020 Quadro I – Ambiente físico INDICADOR CATEGORIZAÇÃO Localização da escola na comunidade Edificação inapropriada para operação do ensino fundamental. Ausência de placas de referência/ indicação da localização da escola. Fácil acesso desde que empregado transporte automotor. Aspecto geral O design é próprio para o funcionamento do ensino superior, com uma população adulta. Apresentando-se em boas condições de uso, contando com guardas de uma empresa de segurança para proteção geral. Decorações das salas e corredores Apresentam boa ambiência com cartazes e painéis decorados caracterizando conceitos educacionais. Equipamentos e recursos didático- pedagógicos São modernos satisfazendo quantitativamenteparteasdemandas educacionais, a biblioteca opera em lugar exíguo, como se fosse um depósito de livros. Espaço e tempo das refeições A cozinha é pequena para toda a população, porém é gerenciada de modo racional para que todos tenham acesso às refeições em tempo hábil. Espaço em que os alunos estão mais presentes Considerandoafaixaetáriaosalunos preferem ficar no pátio externo em dias não chuvosos, para a realização de brincadeiras. Fonte: Elaborado por estes pesquisadores. IV. Ambiente socioeconômico e cultural/ambiente humano e semântico As diferenças socioeconômicas são certamente observadas no cotidiano das diversas organizações, independendo da sua natureza, pública, privadas com ou sem fins lucrativos, inclusive em escolas públicas a despreocupação com esta variável poderá engendrar maio- res dificuldades para a gestão do processo de ensino-aprendizagem. Pinto (2007) acerca dos diferentes modelos econômicos em antropologia, propõe o se- guinte: “la comprensión antropológica de un modelo económico se debe basar en las capa- cidades, el conocimiento social, la experiencia o las diferentes conexiones que se dan entre los individuos implicados en él y en como se define, se crea y se distribuye el valor -algo culturalmente definido.” Souza e Santos (1999) afirmam que as desigualdades sociais perante as escolas cons- tituem o resultado de um projeto orientado pela classe dominante a fim de reproduzir a
  • 5. Revista de Antropología Experimental, 10. especial educación 2. 2010 21 estratificação social vigente que são convenientes aos interesses dessa classe e que essa conveniência é menos acentuada no ensino elementar se tratando de um fenômeno de en- culturação ou aculturação. Existem estudos que afirmam acerca da veracidade da variável socioeconômica e sua influência no resultado do desempenho das turmas. “[...] a escola faz a diferença e que essa diferença se manifesta comparando tanto turmas como escolas. Mesmo após o controle pelo nível socioeconômico, variáveis relacionadas à escola, como didática do professor e sua expectativa de aprovação dos alunos, mostram-se importantes para o desempenho do aluno” (Grifo nosso. Barbosa e Fernandes, 2001 apud Souza, 2005: 416). Souza e Santos (1999) estabelecem que a evolução orienta para a primazia de reflexões acerca das estruturas socioeconômicas da sociedade dominante, capazes de modelar as ex- periências do cotidiano dos alunos que quase sempre são assimétricas. Tendo como fator intermediário a classe e a cultura dos sujeitos. Mello e Souza (2005) estabelecem quatro grupos de variáveis que dizem respeito aos alunos: (1) Características do aluno e da sua família, e.g., idade, sexo. Número de irmãos e município de procedência; (2) Posse de material escolar como livros didáticos, cadernos e mochila. (3) Percepções do aluno sobre o professor. (4) Observações sobre o aluno, obtidas na secretaria da escola, como, notas, faltas, idade e a aprovação ou não do aluno ao final do ano. Para encerrar esta parte, Martins (2008) assegura que é necessário possuir muito cuida- do com uma pesquisa deste gênero, pois as disparidades de classe, cultura, econômica e de linguagem estabelecem diferentes visões sobre o mesmo foco da questão. Estes pesquisadores inferem que maiores serão os cuidados na observação direta e aná- lise dos dados coletados. Quadro II – Ambiente socioeconômico e cultural/ambiente humano e semântico INDICADOR CATEGORIZAÇÃO Composição étnica e racial. Predominantemente de caucasianos, descendentes de açorianos. Comunicação verbal baseada em gírias, com erros e vícios de linguagem. Composição socioeconômica Maioria integrante da classe média e baixa. Os pais com nível médio em sua maioria e provendo poucas opções de lazer. Forma na qual professor, funcionários e direção se referem aos alunos e a escola. Bastante informal, vez por outra com chamados enérgicos, raramente os alunos são tratados por alcunha. Forma de tratamento dos alunos entre pares. Linguajar simples, com gírias, palavras de baixo calão, porém quase sempre sem agressividade.
  • 6. Revista de Antropología Experimental, 10. especial educación 2. 201022 Com relação aos professores Insatisfação com o salário, com a escassez de materiais didáticos. De modo geral os professores se vestem em trajes populares, somente alguns poucos se apresentam com trajes mais clássicos. Em relação a outras pessoas envolvidas no ambiente escolar. Percebe-se certa falta de integração entre os diversos segmentos de profissionais que labutam na escola. As pessoas estão enquadradas de acordo com sua especialidade. Comunicação entre professores, pessoal auxiliar e alunos. Comunicação aberta entre as partes. Os horários são cumpridos regiamente. Os alunos não batem na porta da sala ao entrar. Liderança entre os alunos. As lideranças são caracterizadas pela diferença, no modo de se vestir, nos estilos agitados e na forma de participação grupal. Fonte: Elaborado por estes pesquisadores. V. Variáveis de gestão escolar As políticas públicas atuais não contemplam todas as demandas essenciais ao desempen- ho efetivo do ensino, mormente do ensino fundamental e médio. O motivo dessa questão é a óbvia ausência de cidadania que impede a luta por melhores investimentos. “Quando dizemos que não podemos ter um Estado melhor do que a cidadania que está por trás, estamos realçando que a qualidade da cidadania compromete por inteiro a qualidade do Estado. Por exemplo, um Estado mais corrupto é relativamente proporcional a uma cidadania menor ou precariamente vigente” Demo, 1999: 61). Pode-se aduzir que num Estado onde as políticas públicas são fragilizadas impera um conjunto de problemas de ordem socioeconômica na gestão das coisas públicas e, por con- seguinte, um estado de disfunções e dificuldades diversas que prejudicam o processo edu- cativo. “Boa parte da infra-estrutura da rede escolar é precária. A rede de atendimento é mal distribuída, representando pesado ônus para o poder público em custos de transporte escolar. Ainda temos escolas de uma só sala, sem serviços básicos, como água e até mesmo sem banheiros. Raras são as bibliotecas escolares que escapam à senha que mais parecem depósitos de livros” (Grifo nosso. Vieira e Vidal, 2007a apud Vieira, 2007: 45). Martins (2008) apresenta algumas variáveis que afetam a gestão da escola e o processo de construção da autonomia pedagógica, financeira e administrativa, quais sejam: (1) Nível de autonomia na organização curricular e em questões que dizem respeito ao financiamento e gestão da escola. (2) Indicadores de democracia interna. (3) Relações da direção com os
  • 7. Revista de Antropología Experimental, 10. especial educación 2. 2010 23 pais, docentes e alunos. (4)As relações de professores com alunos. (5) O funcionamento dos órgãos colegiados. (6) As parcerias. (7) A avaliação externa efetuada sobre a gestão. (8) As opiniões de professores e alunos sobre o que é um bom diretor. (9) As opiniões da direção sobre o que é um bom aluno e um bom professor. Por fim, Vieira (2007) assegura que o sucesso de uma gestão escolar está fundamentado no sucesso de todos os alunos, sendo essencial manter como orientação a gestão para uma comunidade de aprendizes, ou seja, a propensão para ensinar aprender da direção da escola. Quadro III – Ambiente de gestão escolar INDICADOR CATEGORIZAÇÃO Direção da escola e pessoal técnico-1. administrativo A escolha do Diretor ocorre por critérios políticos. A formação dos professores está baseada em licenciaturaplenaeespecialização.O Estilo de gestão amigável, contingencial. Visão da administração da escola2. Como uma pessoa que possibilita as relações, comunicativa e desprendida. Facilitadora das atividades da escola. Organização da escola3. Horárioscumpridosexemplarmente. A direção e assessoria mais especialistas definem o enquadramento dos alunos nas salas. O acompanhamento do trabalho docente é efetuado pela assessoria técnico-pedagógica, bem como existe um acompanhamento das atividades docente. Projeto político pedagógico4. A escola possui um Projeto político pedagógico desde 1990, sempre ajustado às contingências. È de conhecimentodetodososenvolvidos no processo escolar, inclusive pais quando procuram orientações. Registros da vida escolar dos5. alunos OTécnicodeorientaçãoeducacional registra todos os eventos. Aspectos de indisciplina que são passados pela direção. O conselho de classe é realizado bimestralmente e registrado em ata. O regente de classe repassa passa para a turma as observações. Os pais dos alunos não são interessados pelos registros. Órgãos colegiados6. Possui todos os órgãos menos o grêmio estudantil.
  • 8. Revista de Antropología Experimental, 10. especial educación 2. 201024 Eventos, viagens e visitas.7. Acontececomfreqüência,porémsão realizados por meio de um projeto, e com anuência dos pais. A escola é aberta para visitas externas. 8. Programas de voluntariado Não existem programas de voluntariado na escola. Fonte: Elaborado por estes pesquisadores. VI. Apresentação e discussão dos resultados coletados no questionário junto aos professores Inúmeras são as dificuldades para o desempenho da atividade docente. Os depoimentos dos sujeitos apresentaram como óbices, dificuldades para o desempenho da atividade do- cente, as seguintes variáveis: Desinteresse por parte dos alunos. Falta de laboratórios. Sala de aula cheia. Ausência de participação dos pais. Escassez de material didático. Exigüidade do espaço físico. À guisa de comparação, noutra pesquisa acerca das dificuldades para o desenvolvimento do processo de ensino aprendizagem, acena Dieguez (2007: 105-115), apresenta os dados estampados no gráfico infra, no qual se percebe uma orientação simétrica da realidade das instituições educacionais. Fonte: Extraído de (Dieguez, 2007: 105-115).
  • 9. Revista de Antropología Experimental, 10. especial educación 2. 2010 25 No contexto político, social, cultural e econômico em que se predomina a escassez que gera algumas dificuldades na vida acadêmica, essas podem ser reduzidas ou sanadas por intermédio de uma gestão eficaz e efetiva. Depoimento de um professor com as seguintes características: idade entre 26 a 35 anos, sexo feminino, com Licenciatura em letras, com oito anos de experiência na rede pública estadual, municipal e particular apresenta a seguinte fala. A Coordenação/Direção já ajuda bastante entrando em contato com os pais, chamando- os na sala e mostrando-lhes a importância do aprendizado da língua estrangeira, mas a família distanciando-se cada vez mais da escola e isto cada vez mais, traz transtornos e reflete no aprendizado do aluno. Percebe-se na fala da professora de educação infantil que mesmo com o desprendimento de esforços por parte da escola, os pais dos alunos não se conscientizam da relevância da educação para o futuro de seus filhos. Ainda, acerca dessa questão os professores apresentaram os seguintes fragmentos dis- cursivos, categorizados no quadro abaixo. Quadro IV – Dificuldades na escola que poderiam ser amenizadas no processo de ensino-aprendizagem Variável Fragmentos discursivos Família Alunos desinteressados Falta contato com os pais Necessidade de ajuda da família Fonte: Elaborado por estes pesquisadores. Com referência à facilitação do trabalho docente, realizado pela direção e especialistas, os professores responderam que estes profissionais facilitam abrindo o diálogo e conscien- tizando os alunos da importância da relação professor-aluno. Abaixo, denota-se a fala de uma professora do sexo feminino, Pedagoga e Licenciada em séries iniciais, com quatorze anos de serviço no magistério público estadual. [...]estesprofissionaisajudamasanaralgunsproblemasdeumjeitomaispreciso por terem um outro olhar, diagnosticando muitas vezes a causa verdadeira. E se necessário, tem estes profissionais, autoridade para tomar decisões ou punições devidas, de acordo com Projeto político Pedagógico. VII. Óbices encontrados e sugestões A definição mais precisa das dimensões contidas nos três protocolos poderiam facilitar sobremaneira o processamento da pesquisa de campo. A título de aprofundamento da pesquisa talvez fosse interessante a elaboração de um instrumento de coleta de dados, além dos protocolos, para levantar a fala dos sujeitos envol- vidos, por conseguinte, a fim de facilitar a análise, engendramento e inferências. VII. Conclusão A pesquisa apresentou como sendo de grande relevância, pois, possibilitou uma visão de amplitude da realidade escolar com base nas três dimensões definidas em Hoepers (2008), delineadas nos três protocolos. Pode-se inferir que a Escola Básica apresenta de modo patente uma série de dificulda- des para operar com a participação efetiva dos pais dos alunos e que, inexistem programas
  • 10. Revista de Antropología Experimental, 10. especial educación 2. 201026 orientados para instar a atenção desses sujeitos tão relevantes no processo de ensino-apren- dizagem. De modo análogo, a escola opera de acordo com uma sistemática burocrática, fechada, bastante hierarquizada onde traços de falta de integração foram percebidos por estes pesqui- sadores. Os resultados de modo geral acenam para a urgência de se transladar para a sede original da escola no centro do Município de Biguaçú que ficará em condições de uso para o segundo semestre letivo do ano em curso. Por último, ficou precisamente evidenciada a falta de participação da comunidade na vida escolar, do mesmo modo que a escola não possui programas, e.g., Avaliação dos mo- tivos das faltas dos alunos; Programa de Monitor de bibliotecário; Programa aluno desta- que; Programa professor destaque; Programa inclusão de pais na escola; Levantamento das causas da falta de participação dos pais na vida acadêmica dos alunos, a fim de incrementar a excelência e inclusão mais efetiva da comunidade em prol de uma melhor qualidade no ensino que oferta e desenvolvimento da cidadania. Bibliografía BARBETA, P. A. 1998 Estatística aplicada às ciências sociais. [2. ed.]. Florianópolis: EDUFSC. BOUSQUAT, A.; e COHN, A. 2004 “A dimensão espacial nos estudos sobre saúde: uma trajetória histórica”, em Hist. Cienc. Saude-Manguinho,.11, 3. h t t p : / / w w w. s c i e l o . b r / s c i e l o . p h p ? s c r i p t = s c i _ a r t t e x t & p i d = S 0 1 0 4 - 59702004000300002&lng=en&nrm=iso (07-07-2009). CERVO, A. L.; BERVIAN, P. A. 2002 Metodologia científica. [5. ed.]. São Paulo: Prentice Hall. DAYRELL, J. T. s.f. A escola como espaço sócio-cultural. www.fae.ufmg.br/objuventude/textos/ESCOLA%20ESPACO%20SOCIOCULTURAL.pdf (13-06- 2009). DEMO, P. 1999 Metodologia Científica em Ciências Sociais. São Paulo: Atlas. DIEGUEZ, Flávio. 2007 “Professores, elo frágil da educação”, em Estudos Acançados, 21, 60 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103- 40142007000200008&lng=en&nrm=iso (28-06-2009). FREHSE, F. E. G. 2008 “Sociólogo do espaço”, em. Revista Brasileira de Ciências Sociais, 23, 68 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102- 69092008000300014&lng=en&nrm=iso (16-06-2009). FUENTE, I. G. “Propuesta intercultural iberoamericana para el estudio de la participación política a nivel local” em Revista de Antropología Experimental, 9, 1. http://www. ujaen.es/huesped/rae/articulos2009/01gonzalez09.pdf (07-07-2009). HOEPERS, I. S. 2008 Prática docente: projetos integrados. UNIVALI. Itajaí, Santa Catarina. KISHIMOTO, T. M.; SANTOS, M. L. R.; BASILIO, D. R. 2007 “Narrativas infantis: um estudo de caso em uma instituição infantil” em Educação Pesquisa, .33, 3. h t t p : / / w w w. s c i e l o . b r / s c i e l o . p h p ? s c r i p t = s c i _ a r t t e x t & p i d = S 1 5 1 7 - 97022007000300003&lng=en&nrm=iso (07-07-2009).
  • 11. Revista de Antropología Experimental, 10. especial educación 2. 2010 27 MARQUES, M. O. 1995 “Escola, aprendizagem e docência: imaginário social e intencionalidade política”, en Projeto político pedagógico da escola: uma construção possível. Ilma P. A. V. [Org.]. São Paulo: Papirus. MATTAR, F. N. 2000 Pesquisa de marketing. [2. ed.]. São Paulo: Atlas. MARTINS, J. B. 2000 “Identidade profissional e a produção do conhecimento antropológico: a questão da implicação”, em Congresso Virtual 2000, 16, 59. http://www.naya.org.ar/con- greso2000/ponencias/Joao_Martins.htm#_ftn1 (22-06-2009). MARTINS, A. M. 2008 “O contexto escolar e a dinâmica de órgãos colegiados: uma contribui- ção ao debate sobre gestão de escolas”, em Ensaio: aval.pol.públ.Educ, 16, 59. http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104- 40362008000200003&lng=en&nrm=iso (22-06-2009). MELLO E SOUZA, A. 2005 “Determinantes da aprendizagem em escolas municipais” em, Ensaio: Aval.Pol. Públ.Educ., 13, 4. h t t p : / / w w w. s c i e l o . b r / s c i e l o . p h p ? s c r i p t = s c i _ a r t t e x t & p i d = S 0 1 0 4 - 40362005000400002&lng=en&nrm=iso (26-07-2009). PINTO, Javier Sanjurjo. 2007 “Antropología económica en el contexto rural contemporáneo. producción, inno- vación, adaptación”, en Revista de Antropología Experimental. http://www.ujaen. es/huesped/rae/articulos2007/sanjurjo0507.pdf (09-07- 2009). ROESCH, S. M. A. 1999 Projetos de estágio e de pesquisa em administração. [2 ed.]. São Paulo: Atlas. SOUSA, L. C. and SANTOS, L. 1999 “A relação entre estilos pedagógicos e desempenho escolar em Portugal”, em Psi- cologia Reflex. Crit., 12, 2. h t t p : / / w w w. s c i e l o . b r / s c i e l o . p h p ? s c r i p t = s c i _ a r t t e x t & p i d = S 0 1 0 2 - 79721999000200006&lng=en&nrm=iso (08-07-2009). VIEIRA, S. L. 2007 “Gestão, avaliação e sucesso escolar: recortes da trajetória cearense”, em Estud. Avançados, 21, 60. h t t p : / / w w w. s c i e l o . b r / s c i e l o . p h p ? s c r i p t = s c i _ a r t t e x t & p i d = S 0 1 0 3 - 40142007000200004&lng=en&nrm=iso (10-07-2009). ba