SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 9
Baixar para ler offline
II ENCONTRO NACIONAL DE PESQUISA EM EDUCAÇÃO EM CIÊNCIAS
1 de 9
A DIMENSÃO SOCIAL DO ENSINO DE QUÍMICA – UM ESTUDO
EXPLORATÓRIO DA VISÃO DE PROFESSORES
Wildson L. P. dos Santos1
(PQ),
wildson@unb.br
Eduardo Fleury Mortimer2
(PQ)
mortimer@dedalus.lcc.ufmg.br
Resumo
A contextualização constitui hoje um princípio curricular que possui diferentes funções,
dentre as quais podemos destacar as de motivar o aluno, facilitar a aprendizagem e formá-lo
para o exercício da cidadania. Temos defendido que para esse último objetivo é fundamental
que sejam discutidos em sala de aula aspectos tecnológicos, econômicos, ambientais,
políticos, éticos e sociais relacionados à temas científicos presentes na sociedade. Neste
trabalho buscamos verificar como essas relações vêm sendo representadas no discurso de
professores de química de escolas do ensino médio do Distrito Federal. A investigação foi
feita por meio de entrevistas semi-estruturadas e a análise qualitativa mostra que a maioria
dos professores entrevistados afirma procurar, de alguma forma, incorporar essa dimensão
social ao ensino. Todavia, poucos evidenciam que estejam abordando tal aspecto na
perspectiva de formação da cidadania. A análise dos dados sócio-econômico-culturais dos
professores entrevistados, obtidos por meio de questionários, permitiu estabelecer o perfil da
amostra e levantar questões relativas à formação desses professores.
Introdução
O ensino de ciências, como parte da educação básica, tem como objetivo central a
formação da cidadania, o que implica na necessidade de desenvolver no aluno conhecimentos
básicos de ciência e tecnologia para que ele possa participar da sociedade tecnológica atual,
bem como atitudes e valores sobre as questões ambientais, políticas e éticas relacionadas à
ciência e tecnologia. Nessa perspectiva, o ensino de ciências deveria levar o aluno a vivenciar
situações que propiciassem o desenvolvimento da capacidade de julgar, avaliar e se posicionar
frente às questões sociais que envolvam aqueles aspectos.
A inclusão de conteúdos relativos às implicações sociais da ciência e tecnologia para
formar o cidadão tem sido amplamente recomendada por diversos educadores em ciências
(YAGER, 1990) especialmente nos projetos curriculares com ênfase em CTS, que tem sido
desenvolvidos em diversos países (SOLOMON e AIKENHEAD, 1994). Em trabalho anterior
sobre a formação da cidadania, discutimos a necessidade de desenvolver, nos alunos, a
capacidade de julgar, pois não basta fornecer as informações ao cidadão, considerando que
sua participação se concretiza por meio de uma discussão pública de questões políticas na
sociedade democrática (SANTOS e SCHNETZLER, 1997).
Neste sentido, entendemos que para alcançar o objetivo de formação para o exercício
da cidadania, torna-se essencial discutir as dimensões sociais, ambientais, tecnológicas,
políticas, éticas e econômicas do conhecimento científico no ensino médio. Tal enfoque
permite o de-senvolvimento de conhecimentos que são fundamentais para o cidadão, bem
como possibilita ao aluno a participação em atividades em que ele é estimulado a tomar
1
Professor do Instituto de Química da Universidade de Brasília e doutorando da Faculdade de Educação da
Universidade Federal de Minas Gerais
2
Professor da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Minas Gerais.
II ENCONTRO NACIONAL DE PESQUISA EM EDUCAÇÃO EM CIÊNCIAS
2 de 9
decisões. Isto porque o aluno passa a discutir questões diretamente relacionadas às
implicações sociais da ciência e da tecnologia, como as de poluição, de consumo de produtos
químicos, de fontes de energia, de saúde etc. Tais temas envolvem questões multidisciplinares
e a discussão de suas possíveis soluções depende da análise de custos e benefícios em relação
aos seus aspectos ambientais, econômicos, éticos, sociais e políticos. Portanto, relacionar a
ciência às questões sociais é permitir o desenvolvimento de atitudes e valores vinculados ao
próprio cotidiano do aluno.
Temos desenvolvido trabalhos neste sentido, buscando refletir sobre a necessidade da
inclusão dessas questões nos currículos de ciência (SANTOS e SCHNETZLER, 1997). Em
pesquisa anterior levantamos as concepções de professores sobre tais questões no ensino de
química e ciências (SANTOS e MORTIMER, 1999), na qual os mesmos manifestaram o que
entendiam por contextualização do ensino e apresentaram exemplos neste sentido.
Demonstramos que existem diferentes concepções para o tema e que há uma tendência de os
professores considerarem a contextualização predominantemente como descrição de fatos e
processos do cotidiano. No presente trabalho, investigamos as concepções do professores
sobre contextualização do ensino de química e, ainda, se os professores revelam desenvolver
atividades que enfatizam as dimensões sociais do conhecimento químico em sala de aula e
que função atribuem a essas atividades.
Investigação
Diversas pesquisas sobre o ensino de química nas últimas décadas vêm demonstrando
que ele não tem privilegiado as questões fundamentais voltadas para a formação da cidadania
(CHASSOT, 1995; MALDANER, 1997; MORTIMER, 1988; SANTOS, 1992;
SCHNETZLER, 1980). Todavia, em trabalhos de formação continuada de professores
(MORTIMER et al, 1998b; MÓL et al, 1998) têm sido identificadas experiências isoladas de
professores que buscam a inovação pedagógica no sentido de aproximar-se da finalidade
maior da educação básica. Já existe uma diversidade de materiais didáticos inovadores no
ensino de química que estão sendo utilizados por professores que participaram de sua
elaboração ou de cursos de formação que os difundiram. Tais propostas têm contribuído para
mudanças no ensino. Neste sentido, resolvemos selecionar para investigação professores que
usam materiais alternativos, tentando identificar se eles buscam de alguma forma desenvolver
as dimensões a que nos referimos neste trabalho.
Na Universidade de Brasília foi elaborado o material didático Química na Sociedade
(MÓL e SANTOS, 1998), o qual tem como princípio básico a abordagem do conteúdo
químico por meio de temas envolvendo questões ambientais, sociais, econômicas e éticas. Tal
material, desenvolvido juntamente com professores do ensino médio, está sendo utilizado em
diversas escolas do Distrito Federal. Para selecionar os sujeitos de nossa investigação,
buscamos identificar os professores que estivessem adotando ou fazendo uso do livro
Química na Sociedade como fonte de consulta para elaboração de suas aulas. Tal critério
justifica-se se considerarmos que esse material é uma tentativa de inovação que contempla as
dimensões sociais, ambientais e tecnológicas no ensino de química.
Foram identificados, por esse critério, cinqüenta e um professores, quarenta e um dos
quais concordaram participar do trabalho. A entrevista semi-estruturada utilizada continha
questões: sobre as concepções dos professores; sobre o objetivo do ensino médio; sobre as
relações entre conhecimento químico e a sociedade, o ambiente e a tecnologia; sobre sua
prática pedagógica em sala de aula, as atividades de ensino desenvolvidas, as dificuldades
II ENCONTRO NACIONAL DE PESQUISA EM EDUCAÇÃO EM CIÊNCIAS
3 de 9
encontradas em seu trabalho e os materiais didáticos adotados. Antes da entrevista, os
professores preencheram questionários de dados sócio-econômico-culturais, que tinham por
objetivo caracterizar a amostra nesses termos e identificar possíveis grupos diferenciados.
Além disso, essa caracterização sócio-econômica permite evidenciar o alcance e os limites
dos dados obtidos.
Resultados
Os gráficos 01 a 10 da próxima página apresentam o perfil sócio-econômico dos
professores. Além dos dados dos gráficos, foi possível extrair dos questionários outras
informações que são discutidas a seguir.
Evidencia-se que a maioria dos professores que usa de alguma maneira o material
inovador concluiu a licenciatura a menos de dois anos (gráfico 3) e possui menos de seis anos
de magistério (gráfico 4). No tocante à formação, apenas quatro professores estão concluindo
a licenciatura neste ano e todos os demais já a concluíram. A maioria trabalha cerca de
quarenta horas semanais (gráfico 7) e tem o magistério como principal atividade econômica
(gráfico 8).
A análise de outros dados dos questionários sócio-econômico-culturais evidencia que
oitenta e quatro porcento dos professores lêem jornais e revistas diária ou semanalmente,
cinqüenta e dois porcento lêem revistas de divulgação científicas e quarenta e dois porcento
lêem revistas de informação. Esses dados são importantes na caracterização dessa amostra,
pois a discussão de questões relativas às dimensões sociais da ciência pressupõe uma
constante atualização do professor sobre tais aspectos.
Os dados sobre a faixa etária (gráfico dois) e o tempo de magistério (gráfico quatro)
permitem levantar a hipótese de que os professores mais jovens seriam mais sensíveis à
adotarem novas metodologias.
Sobre a formação dos professores, destaca-se que a maior parte dos professores
participou de mais de três cursos de atualização (gráfico nove). Tal fato pode ser um indicador
de que os professores envolvidos com processos de inovação em geral possuem interesse em
buscar constantemente a sua atualização. Cabe ressaltar que os professores que não
participaram de cursos são, na sua maioria, recém formados ou ainda estão cursando a
licenciatura.
Percebe-se ainda que todos os professores atuam em escolas públicas (gráfico cinco), e
a maioria trabalha em uma ou duas escolas (gráfico seis), com uma jornada de trabalho de 40
horas-aula semanais (gráfico sete). Quase todos os professores dedicam-se exclusivamente ao
magistério (gráfico oito). Com relação à renda, a maioria recebe de seis a quinze salários-
mínimos (gráfico dez). Isto evidencia uma certa estabilidade no trabalho profissional desses
professores e os diferencia daqueles que usam o magistério como fonte de complementação
de salários ou se desdobram em três turnos em diversas escolas, em condições bastante
adversas para um bom desempenho profissional. Deve-se observar, contudo, que alguns
professores, mesmo trabalhando em mais de três escolas com jornada de mais de quarenta
horas, têm buscado a inovação educacional.
II ENCONTRO NACIONAL DE PESQUISA EM EDUCAÇÃO EM CIÊNCIAS
4 de 9
Com relação às entrevistas, as questões elaboradas foram suficientemente amplas para
que o professor pudesse relatar a sua percepção do assunto e a descrição de suas atividades.
Na análise qualitativa dessas entrevistas buscamos identificar a coerência no discurso do
professor entre as concepções e a prática pedagógica por ele relatadas.
Praticamente todos os professores identificaram a formação da cidadania como principal
objetivo do ensino médio e reconheceram a contextualização como um princípio curricular
fundamental. Todavia, dezessete por cento dos professores, apesar de identificarem a
importância desses aspectos, manifestaram ter dificuldades em aplicar tal princípio em sala de
aula ou evidenciaram que dificilmente desenvolvem atividades neste sentido. Os demais
falaram que buscam, por diversas formas, incorporar a contextualização no dia-a-dia de suas
aulas. Esse dado evidencia que alguns professores identificam, no discurso, objetivos do
ensino de química relacionados à formação da cidadania, porém na prática esbarram em uma
série de dificuldades para implementá-los.
PERFIL SÓCIO-ECONÔMICO DOS PROFESSORES
Gráfico 1 - Sexo
Masc. Fem.
(%)
Gráfico 2 - Idade
24
40
18 18
23 a 26 27 a 30 31 a 34 35 a 38
(anos)
(%)
Gráfico 3 - Tempo conclusão curso
21
8
3
6
0 a 2 3 a 5 6 a 9 10 a 13
(anos)
(%)
Gráfico 4 - Tempo de magistério
29
37
18 16
0 a 3 4 a 6 7 a 10 11 a 14
(anos)
(%)
Gráfico 5 - Tipo de escola que leciona
76
24
Públ. Púb./Part.
(%)
Gráfico 6 - Número de escolas que
leciona
42
47
11
1 2 3 a 4
(%)
II ENCONTRO NACIONAL DE PESQUISA EM EDUCAÇÃO EM CIÊNCIAS
5 de 9
Gráfico 7 - Carga horária semanal
29
53
18
20 a 30 31 a 40 41 a 60
(horas)
(%)
Gráfico8-Trabalhaexclusivamentenomagistério
71
29
Sim Não
(%)
Gráfico 9 - Número de cursos de
atualização frequentados pelo
professor
15
28
57
Nenhum 1 a 2 Mais de 3
(%)
Gráfico 10 - Renda salarial
6
41
31
22
3 a 5 6 a 10 11 a 15 16 a 30
(salário mínimo)
(%)
Cabe ressaltar, ainda, o fato de estarmos lidando com o discurso de professores numa
entrevista. Entendemos que as entrevistas são socioculturalmente situadas, o que significa que
o entrevistado não responde apenas levando em consideração o que ele pensa, mas também as
expectativas que cria na relação que estabelece com o entrevistador. Neste sentido,
acreditamos que o fato de a maioria dos professores indicar que valoriza as dimensões sociais
no ensino, não quer dizer que isto realmente ocorra. Desta forma, o presente trabalho implica
em um desdobramento que seria o acompanhamento sistemático das aulas dos professores,
pesquisa que estamos começando a desenvolver.
Foram relatadas diversas atividades como exemplificação do princípio da
contextualização, tais como uso de artigos de revistas e de jornais, de livros paradidáticos,
discussão em pequenos grupos, debates conduzidos pelos professores, projetos de pesquisa,
apresentação de seminários e uso de vídeos.
A análise das concepções dos professores, expressas nos exemplos apresentados sobre o
que caracterizava a contextualização do ensino de química, evidencia que praticamente todos
descreveram a contextualização como sinônimo de abordagem de situações do cotidiano. Esta
concepção seria aquela que denominamos em trabalho anterior como sendo descrição
científica de fatos e processos do cotidiano do aluno (SANTOS e MORTIMER, 1999). Isso
parece indicar um certo reducionismo do princípio curricular de contextualização à mera
ilustração do conhecimento químico por fatos do cotidiano.
Consideramos que a compreensão dos processos do cotidiano é fundamental e já
significa um passo a frente em relação às práticas pedagógicas tradicionais, todavia em se
tratando de formação para o exercício da cidadania é necessário que haja um avanço no
II ENCONTRO NACIONAL DE PESQUISA EM EDUCAÇÃO EM CIÊNCIAS
6 de 9
sentido de se explorar as dimensões sociais da química, o que englobaria os seus aspectos
ambientais, políticos, econômicos, éticos e culturais (SANTOS e SCHNETZLER, 1997).
Aqui cabe uma diferenciação entre o que entendemos por contextualização do ensino e
o ensino de ciências relacionado ao cotidiano. Enquanto a contextualização aborda a ciência
no seu contexto social com as suas inter-relações econômicas, ambientais, culturais etc, o
ensino de ciências do cotidiano trata dos conceitos científicos relacionados aos fenômenos do
cotidiano. No segundo caso, a abordagem continua centrada nos conceitos científicos e não
necessariamente são explicitadas as relações entre ciência e tecnologia, bem como o
desenvolvimento de atitudes e valores em relação à ciência e suas implicações na sociedade.
Com relação às concepções que denominamos desenvolvimento de atitudes e valores
para a formação da cidadania, constatamos que apenas trinta e seis porcento dos professores
mencionaram discutir com os alunos questões ambientais, econômicas, sociais, éticas ou de
formação de atitudes em relação à ciência e tecnologia. Isto evidencia que mesmo
considerando apenas o discurso dos professores, parece que a prática da maioria deles não
está centrada nesse aspecto, pelo menos no que diz respeito aos temas que tem sido
considerados importantes para a formação do cidadão. Ou seja, os professores, apesar de
reconhecerem a formação para a cidadania como objetivo central, ainda não incorporaram
questões que permitam pensar tal objetivo para além da relação entre conhecimento químico e
fatos do cotidiano.
Outro dado relevante obtido nas entrevistas mostra que nove professores que
descreveram práticas que envolvem dimensões sociais, tecnológicas e ambientais do ensino
de química, comentam que adotar essa postura implicou em uma grande mudança em suas
aulas. A principal está relacionada ao aumento da participação dos alunos nas aulas. Esses
professores afirmam que, antes, os alunos participavam muito pouco e que agora são
desenvolvidas diversas atividades em que eles são requisitados a manifestarem a sua opinião.
Como disse um entrevistado: “as aulas hoje são muito mais dinâmicas”. Quatro desses
professores relataram que as experiências de formação continuada contribuíram
significativamente para mudança de sua prática pedagógica.
Esse último dado evidencia uma outra importante função do processo de discussão das
dimensões sociais do ensino de ciências, que é a facilitação da aprendizagem. Tal função
também foi reconhecida por quase todos os professores, principalmente relacionada ao
aumento da motivação dos alunos propiciada pela discussão das dimensões sociais da
química. Consideramos, no entanto, que essa dimensão pode contribuir para facilitar a
aprendizagem da química também ao propiciar uma maior interação professor-aluno e uma
maior participação dos alunos, o que favorece o processo dialógico em sala de aula. Esses
professores relataram que tinham, anteriormente, dificuldades em interagir com os seus alunos
e que para introduzir essas questões sociais em suas aulas eles tiveram que desenvolver uma
série de atividades não usais nas aulas convencionais de química, as quais propiciaram uma
maior participação e interesse dos alunos. Entendemos, no entanto, que somente a pesquisa da
prática desses professores permitirá qualificar mais precisamente esse aumento de
participação dos alunos.
Sobre o interesse dos alunos, podemos destacar também, no discurso dos professores,
que há uma forte correlação entre motivação do aluno e estudo de aspectos do cotidiano.
Neste sentido, podemos perceber que apesar de a abordagem de conceitos científicos
relacionados aos fatos do cotidiano não necessariamente resultar no aprofundamento da
II ENCONTRO NACIONAL DE PESQUISA EM EDUCAÇÃO EM CIÊNCIAS
7 de 9
formação para a cidadania, ela significa um avanço em relação às práticas pedagógicas
tradicionais, ao propiciar um maior envolvimento do aluno, o que pode levá-lo a um melhor
rendimento escolar.
Com relação à formação do professor pôde-se identificar a influência do curso de
licenciatura e de cursos de atualização na promoção desses avanços em relação aqueles
professores que admitiram uma mudança significativa em sua prática pedagógica ao
incorporarem às dimensões sociais da ciência.
A respeito da inovação educacional, apenas cinco professores relataram fazer uso de
outros materiais de ensino inovadores e trinta e sete porcento afirmaram que buscam adequar
os conteúdos programáticos ao que consideram mais relevante, ou seja, não seguem à risca o
conteúdo proposto pela escola. Esse dado evidencia que a inovação educacional, para a
maioria dos professores entrevistados, ainda é uma intenção que não se concretiza na prática.
Sobre as dificuldades em inovação, pode-se destacar que seis professores comentaram
que enfrentam na escola a resistência de seus colegas para implementarem mudanças
educacionais. Isto mostra que as inovações curriculares dependem de ações que envolvam
toda a escola. As propostas pedagógicas precisam ser desenvolvidas pelo conjunto de
professores, pois ações isoladas enfrentam uma maior resistência e dependem da persuasão e
persistência do professor para terem continuidade.
Considerações finais
A contextualização do ensino vem sendo reconhecida como importante por vários
professores e parece haver de certa forma uma tendência, revelada ao menos no discurso, de
os professores entrevistados buscarem incorporar tal princípio à sua prática de sala de aula.
Todavia, constata-se que esta parece estar ainda relacionada apenas às aplicações da química
ao cotidiano, o que indica a necessidade de um aprofundamento dessa questão no sentido de
incorporar os elementos necessários para a formação da cidadania. Evidencia-se, ainda, que
para a maioria dos professores a inovação parece estar mais a nível da intenção do que da
ação.
Este estudo também revela que os professores que procuram modificar sua prática
pedagógica adotando o princípio de contextualização, ainda que de maneira superficial, têm
um perfil bastante definido: a maioria é jovem, com pouco tempo de magistério, dedicada
exclusivamente a essa atividade profissional, com formação específica para o exercício da
profissão, através de cursos de licenciatura, e interesse em manter-se atualizados, seja através
de cursos seja por meio de leitura de jornais, revistas, revistas de divulgação científica, etc.
Esses dados parecem indicar que a profissionalização do magistério e a formação específica
para seu exercício, por meio dos cursos de licenciatura, são fatores que têm favorecido a
renovação das práticas pedagógicas no ensino de química.
O princípio curricular de contextualização tem diferentes significados para o professor.
Neste sentido se não houver uma discussão mais ampla desse princípio curricular, corre-se o
risco de mais uma vez o objetivo de formação da cidadania tornar-se letra morta na legislação.
Há uma necessidade de se constatar, na prática, como os professores estão realmente
aplicando esse princípio em suas salas de aula e que dificuldades encontram. Essa pesquisa,
II ENCONTRO NACIONAL DE PESQUISA EM EDUCAÇÃO EM CIÊNCIAS
8 de 9
que estamos iniciando, poderá fornecer instrumentos importantes para a reflexão dos
professores em cursos de formação inicial e continuada. Além disso, a identificação e análise
dessas práticas poderá indicar necessidades formativas e ajudar a avaliar e repensar tais cursos
de formação.
Referências bibliográficas
CHASSOT, Attico Inácio (1995). Para que(m) é útil o ensino? Alternativas para um ensino
(de Química) mais crítico. Canoas : Ed. da ULBRA.
MALDANER, Otavio Aloisio (1992). A formação continuada de professores : ensino-
pesquisa na escola. Tese (Doutorado em Educação) – Faculdade de Educação da Universidade
Estadual de Campinas.
MÓL, G. de S e SANTOS, W. L. P. dos (coords.) et al (1998). Química na sociedade,
Volume 1, módulos 1 e 2. Brasília, Editora Universidade de Brasília.
MÓL, G. S.; SANTOS, W. L. P. dos e SILVA, R. R (1998). Projeto de ensino de química em
um contexto social: produção de material didático como formação continuada de professores
do ensino médio. In: 21ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Química, Poços de Caldas
- MG, Maio, 1998, Livro de Resumos, ED - 023.
MORTIMER, Eduardo F. (1988). O ensino de estrutura atômica e de ligação química na
escola de segundo grau; drama, tragédia ou comédia? Dissertação (Mestrado em Educação)
– Faculdade de Educação da Universidade Federal de Minas Gerais.
MORTIMER, Eduardo F.; MACHADO, Andréa Horta; e ROMANELLI, Lilavate Izapovitz
(1998a). Proposta curricular – Química : fundamentos teóricos. Belo Horizonte, Secretaria de
Estado da Educação de Minas Gerais.
MORTIMER, Eduardo F.; ORNELAS, Ademilde D. A.; MACHADO, Andréa H.;
MARTINS, Carmem L. F.; CASTILHO, Dalva L.; SANTOS, Flávia M. T.; SILVEIRA, Katia
P.; GOMES, Luiz A. K.; SILVA, Nilma S. da; ALEN, Penha S.; e MINGOTE, Raquel M.
(1998b). A experiência do projeto FOCO : formação continuada de professores de química e
ciências. In: IX Encontro Nacional de Ensino de Química, 1998. Anais e Caderno de
Resumos. São Cristóvão, UFS, p. 295.
SANTOS, Wildson L. P. dos (1992). O ensino de química para formar o cidadão : principais
características e condições para a sua implantação na escola secundária brasileira. Dissertação
(Mestrado em Educação) – Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas.
SANTOS, W. L. P. e SCHNETZLER, R. P (1997). Educação em química : compromisso com
a cidadania. Ijuí, Editora da UNIJUÍ.
SANTOS, W. L. P. dos; e MORTIMER, E. F (1999). Concepções de professores sobre
contextualização social do ensino de química e ciências. In: 22ª Reunião Anual da Sociedade
Brasileira de Química, Poços de Caldas - MG, Maio, 1999, Livro de Resumos, volume 3, ED -
070.
II ENCONTRO NACIONAL DE PESQUISA EM EDUCAÇÃO EM CIÊNCIAS
9 de 9
SCHNETZLER, Roseli Pacheco (1980). O tratamento do conhecimento químico em livros
didáticos brasileiros para o ensino secundário de Química de 1875 a 1978 : análise do
capítulo de reações químicas. Dissertação (Mestrado em Educação) – Faculdade de Educação
da Universidade Estadual de Campinas.
SOLOMON, J. e AIKENHEAD, G (1994). STS education : international perspectives on
reform. New York : Teachers College Press.
YAGER, R (1990). Science, technology, society : a major trend in science education. In:
UNESCO. New trends in integrated science teaching. Bélgica, UNESCO, p. 44-48.

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

CONTEXTUALIZAÇÃO DO CONHECIMENTO QUÍMICO: UMA ALTERNATIVA PARA PROMOVER MUDAN...
CONTEXTUALIZAÇÃO DO CONHECIMENTO QUÍMICO: UMA ALTERNATIVA PARA PROMOVER MUDAN...CONTEXTUALIZAÇÃO DO CONHECIMENTO QUÍMICO: UMA ALTERNATIVA PARA PROMOVER MUDAN...
CONTEXTUALIZAÇÃO DO CONHECIMENTO QUÍMICO: UMA ALTERNATIVA PARA PROMOVER MUDAN...Anderson Oliveira
 
CONCEPÇÕES DE FUTURAS PROFESSORAS DO ENSINO BÁSICO ACERCA DO AMBIENTE, DA EDU...
CONCEPÇÕES DE FUTURAS PROFESSORAS DO ENSINO BÁSICO ACERCA DO AMBIENTE, DA EDU...CONCEPÇÕES DE FUTURAS PROFESSORAS DO ENSINO BÁSICO ACERCA DO AMBIENTE, DA EDU...
CONCEPÇÕES DE FUTURAS PROFESSORAS DO ENSINO BÁSICO ACERCA DO AMBIENTE, DA EDU...Marisa Correia
 
Pesquisa exploratória das políticas curriculares em dourados ms
Pesquisa exploratória das políticas curriculares em dourados   msPesquisa exploratória das políticas curriculares em dourados   ms
Pesquisa exploratória das políticas curriculares em dourados msPaulo Lima
 
Contextualização do ensino de química motivando alunos de ensino
Contextualização do ensino de química motivando alunos de ensinoContextualização do ensino de química motivando alunos de ensino
Contextualização do ensino de química motivando alunos de ensinoaleciam18
 
Formacao de professores_no_brasil_diagnostico_agenda_de_politicas_e_estrategi...
Formacao de professores_no_brasil_diagnostico_agenda_de_politicas_e_estrategi...Formacao de professores_no_brasil_diagnostico_agenda_de_politicas_e_estrategi...
Formacao de professores_no_brasil_diagnostico_agenda_de_politicas_e_estrategi...Renata Barbosa
 
Resumo: Pesquisa Qualitativa no contexto da Educação do Brasil,
Resumo: Pesquisa Qualitativa no contexto da Educação do Brasil,Resumo: Pesquisa Qualitativa no contexto da Educação do Brasil,
Resumo: Pesquisa Qualitativa no contexto da Educação do Brasil,Geisa Andrade
 
Trabalho Docente na Sociedade Administrada.
Trabalho Docente na Sociedade Administrada.Trabalho Docente na Sociedade Administrada.
Trabalho Docente na Sociedade Administrada.revistas - UEPG
 
Cotidiano e contextualização no ensino de química
Cotidiano e contextualização no ensino de químicaCotidiano e contextualização no ensino de química
Cotidiano e contextualização no ensino de químicaJair Lucio Prados Ribeiro
 
Uma análise de técnicas de ensino em ciências sociais e características socio...
Uma análise de técnicas de ensino em ciências sociais e características socio...Uma análise de técnicas de ensino em ciências sociais e características socio...
Uma análise de técnicas de ensino em ciências sociais e características socio...Felipe Pereira
 
A Pedagogia Universitária e a Formação do Professor de Matemática.
A Pedagogia Universitária e a Formação do Professor de Matemática.A Pedagogia Universitária e a Formação do Professor de Matemática.
A Pedagogia Universitária e a Formação do Professor de Matemática.revistas - UEPG
 
As potencialidades da implementação de atividades práticas de caráter investi...
As potencialidades da implementação de atividades práticas de caráter investi...As potencialidades da implementação de atividades práticas de caráter investi...
As potencialidades da implementação de atividades práticas de caráter investi...Marisa Correia
 
Pesquisa qualitativa no contexto da Educação no Brasil
Pesquisa qualitativa no contexto da Educação no Brasil Pesquisa qualitativa no contexto da Educação no Brasil
Pesquisa qualitativa no contexto da Educação no Brasil Geisa Andrade
 
O processo de massificação do ensino fundamental brasileiro a partirda anális...
O processo de massificação do ensino fundamental brasileiro a partirda anális...O processo de massificação do ensino fundamental brasileiro a partirda anális...
O processo de massificação do ensino fundamental brasileiro a partirda anális...Gustavo Araújo
 
41ae1f55da98d0.pdfmet ciencias
41ae1f55da98d0.pdfmet ciencias41ae1f55da98d0.pdfmet ciencias
41ae1f55da98d0.pdfmet cienciasEGLANTINE Andrade
 
EXPERIÊNCIAS FORMATIVAS DE UMA PROFESSORA INICIANTE DE EDUCAÇÃO FÍSICA NOS AN...
EXPERIÊNCIAS FORMATIVAS DE UMA PROFESSORA INICIANTE DE EDUCAÇÃO FÍSICA NOS AN...EXPERIÊNCIAS FORMATIVAS DE UMA PROFESSORA INICIANTE DE EDUCAÇÃO FÍSICA NOS AN...
EXPERIÊNCIAS FORMATIVAS DE UMA PROFESSORA INICIANTE DE EDUCAÇÃO FÍSICA NOS AN...ProfessorPrincipiante
 
Denise medina texto completo
Denise medina texto completoDenise medina texto completo
Denise medina texto completodenise. Medina
 
A DISCIPLINA DIDÁTICA DA MATEMÁTICA NA FORMAÇÃO INICIAL DE PROFESSORES DE MAT...
A DISCIPLINA DIDÁTICA DA MATEMÁTICA NA FORMAÇÃO INICIAL DE PROFESSORES DE MAT...A DISCIPLINA DIDÁTICA DA MATEMÁTICA NA FORMAÇÃO INICIAL DE PROFESSORES DE MAT...
A DISCIPLINA DIDÁTICA DA MATEMÁTICA NA FORMAÇÃO INICIAL DE PROFESSORES DE MAT...ProfessorPrincipiante
 

Mais procurados (19)

CONTEXTUALIZAÇÃO DO CONHECIMENTO QUÍMICO: UMA ALTERNATIVA PARA PROMOVER MUDAN...
CONTEXTUALIZAÇÃO DO CONHECIMENTO QUÍMICO: UMA ALTERNATIVA PARA PROMOVER MUDAN...CONTEXTUALIZAÇÃO DO CONHECIMENTO QUÍMICO: UMA ALTERNATIVA PARA PROMOVER MUDAN...
CONTEXTUALIZAÇÃO DO CONHECIMENTO QUÍMICO: UMA ALTERNATIVA PARA PROMOVER MUDAN...
 
CONCEPÇÕES DE FUTURAS PROFESSORAS DO ENSINO BÁSICO ACERCA DO AMBIENTE, DA EDU...
CONCEPÇÕES DE FUTURAS PROFESSORAS DO ENSINO BÁSICO ACERCA DO AMBIENTE, DA EDU...CONCEPÇÕES DE FUTURAS PROFESSORAS DO ENSINO BÁSICO ACERCA DO AMBIENTE, DA EDU...
CONCEPÇÕES DE FUTURAS PROFESSORAS DO ENSINO BÁSICO ACERCA DO AMBIENTE, DA EDU...
 
Pesquisa exploratória das políticas curriculares em dourados ms
Pesquisa exploratória das políticas curriculares em dourados   msPesquisa exploratória das políticas curriculares em dourados   ms
Pesquisa exploratória das políticas curriculares em dourados ms
 
N26a08
N26a08N26a08
N26a08
 
Contextualização do ensino de química motivando alunos de ensino
Contextualização do ensino de química motivando alunos de ensinoContextualização do ensino de química motivando alunos de ensino
Contextualização do ensino de química motivando alunos de ensino
 
Formacao de professores_no_brasil_diagnostico_agenda_de_politicas_e_estrategi...
Formacao de professores_no_brasil_diagnostico_agenda_de_politicas_e_estrategi...Formacao de professores_no_brasil_diagnostico_agenda_de_politicas_e_estrategi...
Formacao de professores_no_brasil_diagnostico_agenda_de_politicas_e_estrategi...
 
Resumo: Pesquisa Qualitativa no contexto da Educação do Brasil,
Resumo: Pesquisa Qualitativa no contexto da Educação do Brasil,Resumo: Pesquisa Qualitativa no contexto da Educação do Brasil,
Resumo: Pesquisa Qualitativa no contexto da Educação do Brasil,
 
Trabalho Docente na Sociedade Administrada.
Trabalho Docente na Sociedade Administrada.Trabalho Docente na Sociedade Administrada.
Trabalho Docente na Sociedade Administrada.
 
Cotidiano e contextualização no ensino de química
Cotidiano e contextualização no ensino de químicaCotidiano e contextualização no ensino de química
Cotidiano e contextualização no ensino de química
 
Uma análise de técnicas de ensino em ciências sociais e características socio...
Uma análise de técnicas de ensino em ciências sociais e características socio...Uma análise de técnicas de ensino em ciências sociais e características socio...
Uma análise de técnicas de ensino em ciências sociais e características socio...
 
A Pedagogia Universitária e a Formação do Professor de Matemática.
A Pedagogia Universitária e a Formação do Professor de Matemática.A Pedagogia Universitária e a Formação do Professor de Matemática.
A Pedagogia Universitária e a Formação do Professor de Matemática.
 
As potencialidades da implementação de atividades práticas de caráter investi...
As potencialidades da implementação de atividades práticas de caráter investi...As potencialidades da implementação de atividades práticas de caráter investi...
As potencialidades da implementação de atividades práticas de caráter investi...
 
Pesquisa qualitativa no contexto da Educação no Brasil
Pesquisa qualitativa no contexto da Educação no Brasil Pesquisa qualitativa no contexto da Educação no Brasil
Pesquisa qualitativa no contexto da Educação no Brasil
 
O processo de massificação do ensino fundamental brasileiro a partirda anális...
O processo de massificação do ensino fundamental brasileiro a partirda anális...O processo de massificação do ensino fundamental brasileiro a partirda anális...
O processo de massificação do ensino fundamental brasileiro a partirda anális...
 
41ae1f55da98d0.pdfmet ciencias
41ae1f55da98d0.pdfmet ciencias41ae1f55da98d0.pdfmet ciencias
41ae1f55da98d0.pdfmet ciencias
 
EXPERIÊNCIAS FORMATIVAS DE UMA PROFESSORA INICIANTE DE EDUCAÇÃO FÍSICA NOS AN...
EXPERIÊNCIAS FORMATIVAS DE UMA PROFESSORA INICIANTE DE EDUCAÇÃO FÍSICA NOS AN...EXPERIÊNCIAS FORMATIVAS DE UMA PROFESSORA INICIANTE DE EDUCAÇÃO FÍSICA NOS AN...
EXPERIÊNCIAS FORMATIVAS DE UMA PROFESSORA INICIANTE DE EDUCAÇÃO FÍSICA NOS AN...
 
Denise medina texto completo
Denise medina texto completoDenise medina texto completo
Denise medina texto completo
 
A DISCIPLINA DIDÁTICA DA MATEMÁTICA NA FORMAÇÃO INICIAL DE PROFESSORES DE MAT...
A DISCIPLINA DIDÁTICA DA MATEMÁTICA NA FORMAÇÃO INICIAL DE PROFESSORES DE MAT...A DISCIPLINA DIDÁTICA DA MATEMÁTICA NA FORMAÇÃO INICIAL DE PROFESSORES DE MAT...
A DISCIPLINA DIDÁTICA DA MATEMÁTICA NA FORMAÇÃO INICIAL DE PROFESSORES DE MAT...
 
Art2 vol4 n1
Art2 vol4 n1Art2 vol4 n1
Art2 vol4 n1
 

Destaque

6. aparato respiratorioo
6. aparato respiratorioo6. aparato respiratorioo
6. aparato respiratoriooLuis Guadalupe
 
Mic 03c modelo de control de actividades de 1ro y 2do años
Mic 03c modelo de control de actividades de 1ro y 2do añosMic 03c modelo de control de actividades de 1ro y 2do años
Mic 03c modelo de control de actividades de 1ro y 2do añosCarlos Swift
 
Weekendowy pojedynek filmowy vol 6
Weekendowy pojedynek filmowy vol 6Weekendowy pojedynek filmowy vol 6
Weekendowy pojedynek filmowy vol 6Brand24
 
Railway Silk Road Cities Forum
Railway Silk Road Cities ForumRailway Silk Road Cities Forum
Railway Silk Road Cities ForumArthur Scheglov
 
Contextualização e mídias sociais - Internet no ensino Biologia - Aula 6
Contextualização e mídias sociais - Internet no ensino Biologia -  Aula 6Contextualização e mídias sociais - Internet no ensino Biologia -  Aula 6
Contextualização e mídias sociais - Internet no ensino Biologia - Aula 6Atila Iamarino
 
PCA General Assembly Report 2016
PCA General Assembly Report 2016PCA General Assembly Report 2016
PCA General Assembly Report 2016sandiferb
 
Unidad 5 tema 1 y 2 modelos de calidad (2) danny
Unidad 5 tema 1 y 2 modelos de calidad (2) dannyUnidad 5 tema 1 y 2 modelos de calidad (2) danny
Unidad 5 tema 1 y 2 modelos de calidad (2) dannylejadi14
 
S. auditoria y pamec
S. auditoria y pamecS. auditoria y pamec
S. auditoria y pameclejadi14
 
2015-11 Mary Syto CTS SoCal Challenges in Global Supply Mgmt in Small Biotech
2015-11 Mary Syto CTS SoCal Challenges in Global Supply Mgmt in Small Biotech2015-11 Mary Syto CTS SoCal Challenges in Global Supply Mgmt in Small Biotech
2015-11 Mary Syto CTS SoCal Challenges in Global Supply Mgmt in Small BiotechMary Syto
 
Aprender los conceptos básicos 1
Aprender los conceptos básicos   1Aprender los conceptos básicos   1
Aprender los conceptos básicos 1gesfomediaeducacion
 
Problemas Ético - Legales en la profesión de Enfermería
Problemas Ético - Legales en la profesión de EnfermeríaProblemas Ético - Legales en la profesión de Enfermería
Problemas Ético - Legales en la profesión de EnfermeríaYadi Almeida Montenegro
 
Identificacion paciente
Identificacion pacienteIdentificacion paciente
Identificacion pacienteMaría García
 

Destaque (18)

6. aparato respiratorioo
6. aparato respiratorioo6. aparato respiratorioo
6. aparato respiratorioo
 
Coet/Cohete
Coet/CoheteCoet/Cohete
Coet/Cohete
 
Mic 03c modelo de control de actividades de 1ro y 2do años
Mic 03c modelo de control de actividades de 1ro y 2do añosMic 03c modelo de control de actividades de 1ro y 2do años
Mic 03c modelo de control de actividades de 1ro y 2do años
 
Наркевицька територіальна громада
Наркевицька територіальна громадаНаркевицька територіальна громада
Наркевицька територіальна громада
 
Weekendowy pojedynek filmowy vol 6
Weekendowy pojedynek filmowy vol 6Weekendowy pojedynek filmowy vol 6
Weekendowy pojedynek filmowy vol 6
 
Open Access. It's not a choice. It's a mandate
Open Access. It's not a choice. It's a mandateOpen Access. It's not a choice. It's a mandate
Open Access. It's not a choice. It's a mandate
 
Railway Silk Road Cities Forum
Railway Silk Road Cities ForumRailway Silk Road Cities Forum
Railway Silk Road Cities Forum
 
Contextualização e mídias sociais - Internet no ensino Biologia - Aula 6
Contextualização e mídias sociais - Internet no ensino Biologia -  Aula 6Contextualização e mídias sociais - Internet no ensino Biologia -  Aula 6
Contextualização e mídias sociais - Internet no ensino Biologia - Aula 6
 
PCA General Assembly Report 2016
PCA General Assembly Report 2016PCA General Assembly Report 2016
PCA General Assembly Report 2016
 
Unidad 5 tema 1 y 2 modelos de calidad (2) danny
Unidad 5 tema 1 y 2 modelos de calidad (2) dannyUnidad 5 tema 1 y 2 modelos de calidad (2) danny
Unidad 5 tema 1 y 2 modelos de calidad (2) danny
 
S. auditoria y pamec
S. auditoria y pamecS. auditoria y pamec
S. auditoria y pamec
 
2015-11 Mary Syto CTS SoCal Challenges in Global Supply Mgmt in Small Biotech
2015-11 Mary Syto CTS SoCal Challenges in Global Supply Mgmt in Small Biotech2015-11 Mary Syto CTS SoCal Challenges in Global Supply Mgmt in Small Biotech
2015-11 Mary Syto CTS SoCal Challenges in Global Supply Mgmt in Small Biotech
 
Estimular la atención 5
Estimular la atención   5Estimular la atención   5
Estimular la atención 5
 
Aprender los conceptos básicos 1
Aprender los conceptos básicos   1Aprender los conceptos básicos   1
Aprender los conceptos básicos 1
 
Problemas Ético - Legales en la profesión de Enfermería
Problemas Ético - Legales en la profesión de EnfermeríaProblemas Ético - Legales en la profesión de Enfermería
Problemas Ético - Legales en la profesión de Enfermería
 
Estimular y aprender + 2
Estimular y aprender + 2Estimular y aprender + 2
Estimular y aprender + 2
 
Sampling of pharmaceuticals
Sampling  of pharmaceuticalsSampling  of pharmaceuticals
Sampling of pharmaceuticals
 
Identificacion paciente
Identificacion pacienteIdentificacion paciente
Identificacion paciente
 

Semelhante a Ensino de química e formação para cidadania

Sequencia didatica edu_ambiental_ctsa_doloresalbino_2018
Sequencia didatica edu_ambiental_ctsa_doloresalbino_2018Sequencia didatica edu_ambiental_ctsa_doloresalbino_2018
Sequencia didatica edu_ambiental_ctsa_doloresalbino_2018zetinha
 
EXPERIMENTAÇÃO NO ENSINO DE QUÍMICA: CONCEPÇÕES DOS ALUNOS DA 2ª E 3ª SÉRIES ...
EXPERIMENTAÇÃO NO ENSINO DE QUÍMICA: CONCEPÇÕES DOS ALUNOS DA 2ª E 3ª SÉRIES ...EXPERIMENTAÇÃO NO ENSINO DE QUÍMICA: CONCEPÇÕES DOS ALUNOS DA 2ª E 3ª SÉRIES ...
EXPERIMENTAÇÃO NO ENSINO DE QUÍMICA: CONCEPÇÕES DOS ALUNOS DA 2ª E 3ª SÉRIES ...Anderson Oliveira
 
Teoria pesquisa-e-pratica-em-educacao-debora-r.p.-nunes
Teoria pesquisa-e-pratica-em-educacao-debora-r.p.-nunesTeoria pesquisa-e-pratica-em-educacao-debora-r.p.-nunes
Teoria pesquisa-e-pratica-em-educacao-debora-r.p.-nunesPROIDDBahiana
 
HISTÓRIAS EM QUADRINHOS COMO PROPOSTA INTERDISCIPLINAR EM EDUCAÇÃO AMBIENTAL ...
HISTÓRIAS EM QUADRINHOS COMO PROPOSTA INTERDISCIPLINAR EM EDUCAÇÃO AMBIENTAL ...HISTÓRIAS EM QUADRINHOS COMO PROPOSTA INTERDISCIPLINAR EM EDUCAÇÃO AMBIENTAL ...
HISTÓRIAS EM QUADRINHOS COMO PROPOSTA INTERDISCIPLINAR EM EDUCAÇÃO AMBIENTAL ...ProfessorPrincipiante
 
PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDISCIPLINAR INDIVIDUAL Temática Interdisciplinar: Educa...
PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDISCIPLINAR INDIVIDUAL Temática Interdisciplinar: Educa...PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDISCIPLINAR INDIVIDUAL Temática Interdisciplinar: Educa...
PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDISCIPLINAR INDIVIDUAL Temática Interdisciplinar: Educa...Raphael Andrade
 
Diagnóstico ambiental de uma instituição de ensino superior
Diagnóstico ambiental de uma instituição de ensino superiorDiagnóstico ambiental de uma instituição de ensino superior
Diagnóstico ambiental de uma instituição de ensino superiorMarisa Correia
 
DISCUTINDO CONTROVÉRSIAS SOCIOCIENTÍFICAS NO ENSINO DE CIÊNCIAS POR MEIO DO “...
DISCUTINDO CONTROVÉRSIAS SOCIOCIENTÍFICAS NO ENSINO DE CIÊNCIAS POR MEIO DO “...DISCUTINDO CONTROVÉRSIAS SOCIOCIENTÍFICAS NO ENSINO DE CIÊNCIAS POR MEIO DO “...
DISCUTINDO CONTROVÉRSIAS SOCIOCIENTÍFICAS NO ENSINO DE CIÊNCIAS POR MEIO DO “...ProfessorPrincipiante
 
PESQUISA PARTICIPATIVA: SABER PENSAR PARA INTERVIR
PESQUISA PARTICIPATIVA: SABER PENSAR PARA INTERVIRPESQUISA PARTICIPATIVA: SABER PENSAR PARA INTERVIR
PESQUISA PARTICIPATIVA: SABER PENSAR PARA INTERVIRchristianceapcursos
 
GESTÃO E SUCESSO ESCOLAR: VISÃO DE DIRETORES VERSUS INDICADORES
GESTÃO E SUCESSO ESCOLAR: VISÃO DE DIRETORES VERSUS INDICADORESGESTÃO E SUCESSO ESCOLAR: VISÃO DE DIRETORES VERSUS INDICADORES
GESTÃO E SUCESSO ESCOLAR: VISÃO DE DIRETORES VERSUS INDICADORESIasmin Marinho
 
PESQUISA PARTICIPATIVA: SABER PENSAR PARA INTERVIR
PESQUISA PARTICIPATIVA: SABER PENSAR PARA INTERVIRPESQUISA PARTICIPATIVA: SABER PENSAR PARA INTERVIR
PESQUISA PARTICIPATIVA: SABER PENSAR PARA INTERVIRchristianceapcursos
 
O Protagonismo dos Educandos diante das Demandas Socioambientais da Escola: a...
O Protagonismo dos Educandos diante das Demandas Socioambientais da Escola: a...O Protagonismo dos Educandos diante das Demandas Socioambientais da Escola: a...
O Protagonismo dos Educandos diante das Demandas Socioambientais da Escola: a...Daniela Menezes
 
713 educacao ambiental na optica discente analise pre-teste
713 educacao ambiental na optica discente analise pre-teste713 educacao ambiental na optica discente analise pre-teste
713 educacao ambiental na optica discente analise pre-testeEmanuella Andrade Silva
 
DIFICULDADES DOS LICENCIANDOS EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS EM TRABALHAR AS DIFERENT...
DIFICULDADES DOS LICENCIANDOS EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS EM TRABALHAR AS DIFERENT...DIFICULDADES DOS LICENCIANDOS EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS EM TRABALHAR AS DIFERENT...
DIFICULDADES DOS LICENCIANDOS EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS EM TRABALHAR AS DIFERENT...ProfessorPrincipiante
 
ENSINO DE FÍSICA NA FORMAÇÃO DO PROFESSOR DE MATEMÁTICA: NECESSIDADE OU MAIS ...
ENSINO DE FÍSICA NA FORMAÇÃO DO PROFESSOR DE MATEMÁTICA: NECESSIDADE OU MAIS ...ENSINO DE FÍSICA NA FORMAÇÃO DO PROFESSOR DE MATEMÁTICA: NECESSIDADE OU MAIS ...
ENSINO DE FÍSICA NA FORMAÇÃO DO PROFESSOR DE MATEMÁTICA: NECESSIDADE OU MAIS ...Valmir Heckler
 
METODOLOGIAS ATIVAS DO QUE ESTAMOS FALANDO.pdf
METODOLOGIAS ATIVAS  DO QUE ESTAMOS FALANDO.pdfMETODOLOGIAS ATIVAS  DO QUE ESTAMOS FALANDO.pdf
METODOLOGIAS ATIVAS DO QUE ESTAMOS FALANDO.pdfJulianoRibasignez1
 
Artigo in..
Artigo in..Artigo in..
Artigo in..Jusemara
 
O processo de desenvolvimento de práticas mais inclusivas
O processo de desenvolvimento de práticas mais inclusivasO processo de desenvolvimento de práticas mais inclusivas
O processo de desenvolvimento de práticas mais inclusivasallanrdamasceno
 

Semelhante a Ensino de química e formação para cidadania (20)

Eneq 2014 lidiane
Eneq 2014   lidianeEneq 2014   lidiane
Eneq 2014 lidiane
 
Sequencia didatica edu_ambiental_ctsa_doloresalbino_2018
Sequencia didatica edu_ambiental_ctsa_doloresalbino_2018Sequencia didatica edu_ambiental_ctsa_doloresalbino_2018
Sequencia didatica edu_ambiental_ctsa_doloresalbino_2018
 
Cts1
Cts1Cts1
Cts1
 
EXPERIMENTAÇÃO NO ENSINO DE QUÍMICA: CONCEPÇÕES DOS ALUNOS DA 2ª E 3ª SÉRIES ...
EXPERIMENTAÇÃO NO ENSINO DE QUÍMICA: CONCEPÇÕES DOS ALUNOS DA 2ª E 3ª SÉRIES ...EXPERIMENTAÇÃO NO ENSINO DE QUÍMICA: CONCEPÇÕES DOS ALUNOS DA 2ª E 3ª SÉRIES ...
EXPERIMENTAÇÃO NO ENSINO DE QUÍMICA: CONCEPÇÕES DOS ALUNOS DA 2ª E 3ª SÉRIES ...
 
Teoria pesquisa-e-pratica-em-educacao-debora-r.p.-nunes
Teoria pesquisa-e-pratica-em-educacao-debora-r.p.-nunesTeoria pesquisa-e-pratica-em-educacao-debora-r.p.-nunes
Teoria pesquisa-e-pratica-em-educacao-debora-r.p.-nunes
 
Artigo bioterra v21_n2_09
Artigo bioterra v21_n2_09Artigo bioterra v21_n2_09
Artigo bioterra v21_n2_09
 
HISTÓRIAS EM QUADRINHOS COMO PROPOSTA INTERDISCIPLINAR EM EDUCAÇÃO AMBIENTAL ...
HISTÓRIAS EM QUADRINHOS COMO PROPOSTA INTERDISCIPLINAR EM EDUCAÇÃO AMBIENTAL ...HISTÓRIAS EM QUADRINHOS COMO PROPOSTA INTERDISCIPLINAR EM EDUCAÇÃO AMBIENTAL ...
HISTÓRIAS EM QUADRINHOS COMO PROPOSTA INTERDISCIPLINAR EM EDUCAÇÃO AMBIENTAL ...
 
PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDISCIPLINAR INDIVIDUAL Temática Interdisciplinar: Educa...
PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDISCIPLINAR INDIVIDUAL Temática Interdisciplinar: Educa...PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDISCIPLINAR INDIVIDUAL Temática Interdisciplinar: Educa...
PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDISCIPLINAR INDIVIDUAL Temática Interdisciplinar: Educa...
 
Diagnóstico ambiental de uma instituição de ensino superior
Diagnóstico ambiental de uma instituição de ensino superiorDiagnóstico ambiental de uma instituição de ensino superior
Diagnóstico ambiental de uma instituição de ensino superior
 
DISCUTINDO CONTROVÉRSIAS SOCIOCIENTÍFICAS NO ENSINO DE CIÊNCIAS POR MEIO DO “...
DISCUTINDO CONTROVÉRSIAS SOCIOCIENTÍFICAS NO ENSINO DE CIÊNCIAS POR MEIO DO “...DISCUTINDO CONTROVÉRSIAS SOCIOCIENTÍFICAS NO ENSINO DE CIÊNCIAS POR MEIO DO “...
DISCUTINDO CONTROVÉRSIAS SOCIOCIENTÍFICAS NO ENSINO DE CIÊNCIAS POR MEIO DO “...
 
PESQUISA PARTICIPATIVA: SABER PENSAR PARA INTERVIR
PESQUISA PARTICIPATIVA: SABER PENSAR PARA INTERVIRPESQUISA PARTICIPATIVA: SABER PENSAR PARA INTERVIR
PESQUISA PARTICIPATIVA: SABER PENSAR PARA INTERVIR
 
GESTÃO E SUCESSO ESCOLAR: VISÃO DE DIRETORES VERSUS INDICADORES
GESTÃO E SUCESSO ESCOLAR: VISÃO DE DIRETORES VERSUS INDICADORESGESTÃO E SUCESSO ESCOLAR: VISÃO DE DIRETORES VERSUS INDICADORES
GESTÃO E SUCESSO ESCOLAR: VISÃO DE DIRETORES VERSUS INDICADORES
 
PESQUISA PARTICIPATIVA: SABER PENSAR PARA INTERVIR
PESQUISA PARTICIPATIVA: SABER PENSAR PARA INTERVIRPESQUISA PARTICIPATIVA: SABER PENSAR PARA INTERVIR
PESQUISA PARTICIPATIVA: SABER PENSAR PARA INTERVIR
 
O Protagonismo dos Educandos diante das Demandas Socioambientais da Escola: a...
O Protagonismo dos Educandos diante das Demandas Socioambientais da Escola: a...O Protagonismo dos Educandos diante das Demandas Socioambientais da Escola: a...
O Protagonismo dos Educandos diante das Demandas Socioambientais da Escola: a...
 
713 educacao ambiental na optica discente analise pre-teste
713 educacao ambiental na optica discente analise pre-teste713 educacao ambiental na optica discente analise pre-teste
713 educacao ambiental na optica discente analise pre-teste
 
DIFICULDADES DOS LICENCIANDOS EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS EM TRABALHAR AS DIFERENT...
DIFICULDADES DOS LICENCIANDOS EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS EM TRABALHAR AS DIFERENT...DIFICULDADES DOS LICENCIANDOS EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS EM TRABALHAR AS DIFERENT...
DIFICULDADES DOS LICENCIANDOS EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS EM TRABALHAR AS DIFERENT...
 
ENSINO DE FÍSICA NA FORMAÇÃO DO PROFESSOR DE MATEMÁTICA: NECESSIDADE OU MAIS ...
ENSINO DE FÍSICA NA FORMAÇÃO DO PROFESSOR DE MATEMÁTICA: NECESSIDADE OU MAIS ...ENSINO DE FÍSICA NA FORMAÇÃO DO PROFESSOR DE MATEMÁTICA: NECESSIDADE OU MAIS ...
ENSINO DE FÍSICA NA FORMAÇÃO DO PROFESSOR DE MATEMÁTICA: NECESSIDADE OU MAIS ...
 
METODOLOGIAS ATIVAS DO QUE ESTAMOS FALANDO.pdf
METODOLOGIAS ATIVAS  DO QUE ESTAMOS FALANDO.pdfMETODOLOGIAS ATIVAS  DO QUE ESTAMOS FALANDO.pdf
METODOLOGIAS ATIVAS DO QUE ESTAMOS FALANDO.pdf
 
Artigo in..
Artigo in..Artigo in..
Artigo in..
 
O processo de desenvolvimento de práticas mais inclusivas
O processo de desenvolvimento de práticas mais inclusivasO processo de desenvolvimento de práticas mais inclusivas
O processo de desenvolvimento de práticas mais inclusivas
 

Último

Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelDicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelGilber Rubim Rangel
 
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdfPROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdfMarianaMoraesMathias
 
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riquezaRotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riquezaronaldojacademico
 
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Ilda Bicacro
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...azulassessoria9
 
Libras Jogo da memória em LIBRAS Memoria
Libras Jogo da memória em LIBRAS MemoriaLibras Jogo da memória em LIBRAS Memoria
Libras Jogo da memória em LIBRAS Memorialgrecchi
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...azulassessoria9
 
2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental
2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental
2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamentalAntônia marta Silvestre da Silva
 
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãConstrução (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãIlda Bicacro
 
Atividades sobre Coordenadas Geográficas
Atividades sobre Coordenadas GeográficasAtividades sobre Coordenadas Geográficas
Atividades sobre Coordenadas Geográficasprofcamilamanz
 
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptxSlides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...azulassessoria9
 
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....LuizHenriquedeAlmeid6
 
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docxMapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docxBeatrizLittig1
 
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestreCIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestreElianeElika
 
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxSlides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números Mary Alvarenga
 
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdf
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdfFicha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdf
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdfFtimaMoreira35
 
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfLeloIurk1
 
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - CartumGÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - CartumAugusto Costa
 

Último (20)

Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelDicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
 
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdfPROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
 
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riquezaRotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
 
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
 
Libras Jogo da memória em LIBRAS Memoria
Libras Jogo da memória em LIBRAS MemoriaLibras Jogo da memória em LIBRAS Memoria
Libras Jogo da memória em LIBRAS Memoria
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
 
2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental
2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental
2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental
 
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãConstrução (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
 
Atividades sobre Coordenadas Geográficas
Atividades sobre Coordenadas GeográficasAtividades sobre Coordenadas Geográficas
Atividades sobre Coordenadas Geográficas
 
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptxSlides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
 
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
 
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
 
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docxMapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
 
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestreCIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
 
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxSlides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
 
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
 
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdf
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdfFicha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdf
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdf
 
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
 
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - CartumGÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
 

Ensino de química e formação para cidadania

  • 1. II ENCONTRO NACIONAL DE PESQUISA EM EDUCAÇÃO EM CIÊNCIAS 1 de 9 A DIMENSÃO SOCIAL DO ENSINO DE QUÍMICA – UM ESTUDO EXPLORATÓRIO DA VISÃO DE PROFESSORES Wildson L. P. dos Santos1 (PQ), wildson@unb.br Eduardo Fleury Mortimer2 (PQ) mortimer@dedalus.lcc.ufmg.br Resumo A contextualização constitui hoje um princípio curricular que possui diferentes funções, dentre as quais podemos destacar as de motivar o aluno, facilitar a aprendizagem e formá-lo para o exercício da cidadania. Temos defendido que para esse último objetivo é fundamental que sejam discutidos em sala de aula aspectos tecnológicos, econômicos, ambientais, políticos, éticos e sociais relacionados à temas científicos presentes na sociedade. Neste trabalho buscamos verificar como essas relações vêm sendo representadas no discurso de professores de química de escolas do ensino médio do Distrito Federal. A investigação foi feita por meio de entrevistas semi-estruturadas e a análise qualitativa mostra que a maioria dos professores entrevistados afirma procurar, de alguma forma, incorporar essa dimensão social ao ensino. Todavia, poucos evidenciam que estejam abordando tal aspecto na perspectiva de formação da cidadania. A análise dos dados sócio-econômico-culturais dos professores entrevistados, obtidos por meio de questionários, permitiu estabelecer o perfil da amostra e levantar questões relativas à formação desses professores. Introdução O ensino de ciências, como parte da educação básica, tem como objetivo central a formação da cidadania, o que implica na necessidade de desenvolver no aluno conhecimentos básicos de ciência e tecnologia para que ele possa participar da sociedade tecnológica atual, bem como atitudes e valores sobre as questões ambientais, políticas e éticas relacionadas à ciência e tecnologia. Nessa perspectiva, o ensino de ciências deveria levar o aluno a vivenciar situações que propiciassem o desenvolvimento da capacidade de julgar, avaliar e se posicionar frente às questões sociais que envolvam aqueles aspectos. A inclusão de conteúdos relativos às implicações sociais da ciência e tecnologia para formar o cidadão tem sido amplamente recomendada por diversos educadores em ciências (YAGER, 1990) especialmente nos projetos curriculares com ênfase em CTS, que tem sido desenvolvidos em diversos países (SOLOMON e AIKENHEAD, 1994). Em trabalho anterior sobre a formação da cidadania, discutimos a necessidade de desenvolver, nos alunos, a capacidade de julgar, pois não basta fornecer as informações ao cidadão, considerando que sua participação se concretiza por meio de uma discussão pública de questões políticas na sociedade democrática (SANTOS e SCHNETZLER, 1997). Neste sentido, entendemos que para alcançar o objetivo de formação para o exercício da cidadania, torna-se essencial discutir as dimensões sociais, ambientais, tecnológicas, políticas, éticas e econômicas do conhecimento científico no ensino médio. Tal enfoque permite o de-senvolvimento de conhecimentos que são fundamentais para o cidadão, bem como possibilita ao aluno a participação em atividades em que ele é estimulado a tomar 1 Professor do Instituto de Química da Universidade de Brasília e doutorando da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Minas Gerais 2 Professor da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Minas Gerais.
  • 2. II ENCONTRO NACIONAL DE PESQUISA EM EDUCAÇÃO EM CIÊNCIAS 2 de 9 decisões. Isto porque o aluno passa a discutir questões diretamente relacionadas às implicações sociais da ciência e da tecnologia, como as de poluição, de consumo de produtos químicos, de fontes de energia, de saúde etc. Tais temas envolvem questões multidisciplinares e a discussão de suas possíveis soluções depende da análise de custos e benefícios em relação aos seus aspectos ambientais, econômicos, éticos, sociais e políticos. Portanto, relacionar a ciência às questões sociais é permitir o desenvolvimento de atitudes e valores vinculados ao próprio cotidiano do aluno. Temos desenvolvido trabalhos neste sentido, buscando refletir sobre a necessidade da inclusão dessas questões nos currículos de ciência (SANTOS e SCHNETZLER, 1997). Em pesquisa anterior levantamos as concepções de professores sobre tais questões no ensino de química e ciências (SANTOS e MORTIMER, 1999), na qual os mesmos manifestaram o que entendiam por contextualização do ensino e apresentaram exemplos neste sentido. Demonstramos que existem diferentes concepções para o tema e que há uma tendência de os professores considerarem a contextualização predominantemente como descrição de fatos e processos do cotidiano. No presente trabalho, investigamos as concepções do professores sobre contextualização do ensino de química e, ainda, se os professores revelam desenvolver atividades que enfatizam as dimensões sociais do conhecimento químico em sala de aula e que função atribuem a essas atividades. Investigação Diversas pesquisas sobre o ensino de química nas últimas décadas vêm demonstrando que ele não tem privilegiado as questões fundamentais voltadas para a formação da cidadania (CHASSOT, 1995; MALDANER, 1997; MORTIMER, 1988; SANTOS, 1992; SCHNETZLER, 1980). Todavia, em trabalhos de formação continuada de professores (MORTIMER et al, 1998b; MÓL et al, 1998) têm sido identificadas experiências isoladas de professores que buscam a inovação pedagógica no sentido de aproximar-se da finalidade maior da educação básica. Já existe uma diversidade de materiais didáticos inovadores no ensino de química que estão sendo utilizados por professores que participaram de sua elaboração ou de cursos de formação que os difundiram. Tais propostas têm contribuído para mudanças no ensino. Neste sentido, resolvemos selecionar para investigação professores que usam materiais alternativos, tentando identificar se eles buscam de alguma forma desenvolver as dimensões a que nos referimos neste trabalho. Na Universidade de Brasília foi elaborado o material didático Química na Sociedade (MÓL e SANTOS, 1998), o qual tem como princípio básico a abordagem do conteúdo químico por meio de temas envolvendo questões ambientais, sociais, econômicas e éticas. Tal material, desenvolvido juntamente com professores do ensino médio, está sendo utilizado em diversas escolas do Distrito Federal. Para selecionar os sujeitos de nossa investigação, buscamos identificar os professores que estivessem adotando ou fazendo uso do livro Química na Sociedade como fonte de consulta para elaboração de suas aulas. Tal critério justifica-se se considerarmos que esse material é uma tentativa de inovação que contempla as dimensões sociais, ambientais e tecnológicas no ensino de química. Foram identificados, por esse critério, cinqüenta e um professores, quarenta e um dos quais concordaram participar do trabalho. A entrevista semi-estruturada utilizada continha questões: sobre as concepções dos professores; sobre o objetivo do ensino médio; sobre as relações entre conhecimento químico e a sociedade, o ambiente e a tecnologia; sobre sua prática pedagógica em sala de aula, as atividades de ensino desenvolvidas, as dificuldades
  • 3. II ENCONTRO NACIONAL DE PESQUISA EM EDUCAÇÃO EM CIÊNCIAS 3 de 9 encontradas em seu trabalho e os materiais didáticos adotados. Antes da entrevista, os professores preencheram questionários de dados sócio-econômico-culturais, que tinham por objetivo caracterizar a amostra nesses termos e identificar possíveis grupos diferenciados. Além disso, essa caracterização sócio-econômica permite evidenciar o alcance e os limites dos dados obtidos. Resultados Os gráficos 01 a 10 da próxima página apresentam o perfil sócio-econômico dos professores. Além dos dados dos gráficos, foi possível extrair dos questionários outras informações que são discutidas a seguir. Evidencia-se que a maioria dos professores que usa de alguma maneira o material inovador concluiu a licenciatura a menos de dois anos (gráfico 3) e possui menos de seis anos de magistério (gráfico 4). No tocante à formação, apenas quatro professores estão concluindo a licenciatura neste ano e todos os demais já a concluíram. A maioria trabalha cerca de quarenta horas semanais (gráfico 7) e tem o magistério como principal atividade econômica (gráfico 8). A análise de outros dados dos questionários sócio-econômico-culturais evidencia que oitenta e quatro porcento dos professores lêem jornais e revistas diária ou semanalmente, cinqüenta e dois porcento lêem revistas de divulgação científicas e quarenta e dois porcento lêem revistas de informação. Esses dados são importantes na caracterização dessa amostra, pois a discussão de questões relativas às dimensões sociais da ciência pressupõe uma constante atualização do professor sobre tais aspectos. Os dados sobre a faixa etária (gráfico dois) e o tempo de magistério (gráfico quatro) permitem levantar a hipótese de que os professores mais jovens seriam mais sensíveis à adotarem novas metodologias. Sobre a formação dos professores, destaca-se que a maior parte dos professores participou de mais de três cursos de atualização (gráfico nove). Tal fato pode ser um indicador de que os professores envolvidos com processos de inovação em geral possuem interesse em buscar constantemente a sua atualização. Cabe ressaltar que os professores que não participaram de cursos são, na sua maioria, recém formados ou ainda estão cursando a licenciatura. Percebe-se ainda que todos os professores atuam em escolas públicas (gráfico cinco), e a maioria trabalha em uma ou duas escolas (gráfico seis), com uma jornada de trabalho de 40 horas-aula semanais (gráfico sete). Quase todos os professores dedicam-se exclusivamente ao magistério (gráfico oito). Com relação à renda, a maioria recebe de seis a quinze salários- mínimos (gráfico dez). Isto evidencia uma certa estabilidade no trabalho profissional desses professores e os diferencia daqueles que usam o magistério como fonte de complementação de salários ou se desdobram em três turnos em diversas escolas, em condições bastante adversas para um bom desempenho profissional. Deve-se observar, contudo, que alguns professores, mesmo trabalhando em mais de três escolas com jornada de mais de quarenta horas, têm buscado a inovação educacional.
  • 4. II ENCONTRO NACIONAL DE PESQUISA EM EDUCAÇÃO EM CIÊNCIAS 4 de 9 Com relação às entrevistas, as questões elaboradas foram suficientemente amplas para que o professor pudesse relatar a sua percepção do assunto e a descrição de suas atividades. Na análise qualitativa dessas entrevistas buscamos identificar a coerência no discurso do professor entre as concepções e a prática pedagógica por ele relatadas. Praticamente todos os professores identificaram a formação da cidadania como principal objetivo do ensino médio e reconheceram a contextualização como um princípio curricular fundamental. Todavia, dezessete por cento dos professores, apesar de identificarem a importância desses aspectos, manifestaram ter dificuldades em aplicar tal princípio em sala de aula ou evidenciaram que dificilmente desenvolvem atividades neste sentido. Os demais falaram que buscam, por diversas formas, incorporar a contextualização no dia-a-dia de suas aulas. Esse dado evidencia que alguns professores identificam, no discurso, objetivos do ensino de química relacionados à formação da cidadania, porém na prática esbarram em uma série de dificuldades para implementá-los. PERFIL SÓCIO-ECONÔMICO DOS PROFESSORES Gráfico 1 - Sexo Masc. Fem. (%) Gráfico 2 - Idade 24 40 18 18 23 a 26 27 a 30 31 a 34 35 a 38 (anos) (%) Gráfico 3 - Tempo conclusão curso 21 8 3 6 0 a 2 3 a 5 6 a 9 10 a 13 (anos) (%) Gráfico 4 - Tempo de magistério 29 37 18 16 0 a 3 4 a 6 7 a 10 11 a 14 (anos) (%) Gráfico 5 - Tipo de escola que leciona 76 24 Públ. Púb./Part. (%) Gráfico 6 - Número de escolas que leciona 42 47 11 1 2 3 a 4 (%)
  • 5. II ENCONTRO NACIONAL DE PESQUISA EM EDUCAÇÃO EM CIÊNCIAS 5 de 9 Gráfico 7 - Carga horária semanal 29 53 18 20 a 30 31 a 40 41 a 60 (horas) (%) Gráfico8-Trabalhaexclusivamentenomagistério 71 29 Sim Não (%) Gráfico 9 - Número de cursos de atualização frequentados pelo professor 15 28 57 Nenhum 1 a 2 Mais de 3 (%) Gráfico 10 - Renda salarial 6 41 31 22 3 a 5 6 a 10 11 a 15 16 a 30 (salário mínimo) (%) Cabe ressaltar, ainda, o fato de estarmos lidando com o discurso de professores numa entrevista. Entendemos que as entrevistas são socioculturalmente situadas, o que significa que o entrevistado não responde apenas levando em consideração o que ele pensa, mas também as expectativas que cria na relação que estabelece com o entrevistador. Neste sentido, acreditamos que o fato de a maioria dos professores indicar que valoriza as dimensões sociais no ensino, não quer dizer que isto realmente ocorra. Desta forma, o presente trabalho implica em um desdobramento que seria o acompanhamento sistemático das aulas dos professores, pesquisa que estamos começando a desenvolver. Foram relatadas diversas atividades como exemplificação do princípio da contextualização, tais como uso de artigos de revistas e de jornais, de livros paradidáticos, discussão em pequenos grupos, debates conduzidos pelos professores, projetos de pesquisa, apresentação de seminários e uso de vídeos. A análise das concepções dos professores, expressas nos exemplos apresentados sobre o que caracterizava a contextualização do ensino de química, evidencia que praticamente todos descreveram a contextualização como sinônimo de abordagem de situações do cotidiano. Esta concepção seria aquela que denominamos em trabalho anterior como sendo descrição científica de fatos e processos do cotidiano do aluno (SANTOS e MORTIMER, 1999). Isso parece indicar um certo reducionismo do princípio curricular de contextualização à mera ilustração do conhecimento químico por fatos do cotidiano. Consideramos que a compreensão dos processos do cotidiano é fundamental e já significa um passo a frente em relação às práticas pedagógicas tradicionais, todavia em se tratando de formação para o exercício da cidadania é necessário que haja um avanço no
  • 6. II ENCONTRO NACIONAL DE PESQUISA EM EDUCAÇÃO EM CIÊNCIAS 6 de 9 sentido de se explorar as dimensões sociais da química, o que englobaria os seus aspectos ambientais, políticos, econômicos, éticos e culturais (SANTOS e SCHNETZLER, 1997). Aqui cabe uma diferenciação entre o que entendemos por contextualização do ensino e o ensino de ciências relacionado ao cotidiano. Enquanto a contextualização aborda a ciência no seu contexto social com as suas inter-relações econômicas, ambientais, culturais etc, o ensino de ciências do cotidiano trata dos conceitos científicos relacionados aos fenômenos do cotidiano. No segundo caso, a abordagem continua centrada nos conceitos científicos e não necessariamente são explicitadas as relações entre ciência e tecnologia, bem como o desenvolvimento de atitudes e valores em relação à ciência e suas implicações na sociedade. Com relação às concepções que denominamos desenvolvimento de atitudes e valores para a formação da cidadania, constatamos que apenas trinta e seis porcento dos professores mencionaram discutir com os alunos questões ambientais, econômicas, sociais, éticas ou de formação de atitudes em relação à ciência e tecnologia. Isto evidencia que mesmo considerando apenas o discurso dos professores, parece que a prática da maioria deles não está centrada nesse aspecto, pelo menos no que diz respeito aos temas que tem sido considerados importantes para a formação do cidadão. Ou seja, os professores, apesar de reconhecerem a formação para a cidadania como objetivo central, ainda não incorporaram questões que permitam pensar tal objetivo para além da relação entre conhecimento químico e fatos do cotidiano. Outro dado relevante obtido nas entrevistas mostra que nove professores que descreveram práticas que envolvem dimensões sociais, tecnológicas e ambientais do ensino de química, comentam que adotar essa postura implicou em uma grande mudança em suas aulas. A principal está relacionada ao aumento da participação dos alunos nas aulas. Esses professores afirmam que, antes, os alunos participavam muito pouco e que agora são desenvolvidas diversas atividades em que eles são requisitados a manifestarem a sua opinião. Como disse um entrevistado: “as aulas hoje são muito mais dinâmicas”. Quatro desses professores relataram que as experiências de formação continuada contribuíram significativamente para mudança de sua prática pedagógica. Esse último dado evidencia uma outra importante função do processo de discussão das dimensões sociais do ensino de ciências, que é a facilitação da aprendizagem. Tal função também foi reconhecida por quase todos os professores, principalmente relacionada ao aumento da motivação dos alunos propiciada pela discussão das dimensões sociais da química. Consideramos, no entanto, que essa dimensão pode contribuir para facilitar a aprendizagem da química também ao propiciar uma maior interação professor-aluno e uma maior participação dos alunos, o que favorece o processo dialógico em sala de aula. Esses professores relataram que tinham, anteriormente, dificuldades em interagir com os seus alunos e que para introduzir essas questões sociais em suas aulas eles tiveram que desenvolver uma série de atividades não usais nas aulas convencionais de química, as quais propiciaram uma maior participação e interesse dos alunos. Entendemos, no entanto, que somente a pesquisa da prática desses professores permitirá qualificar mais precisamente esse aumento de participação dos alunos. Sobre o interesse dos alunos, podemos destacar também, no discurso dos professores, que há uma forte correlação entre motivação do aluno e estudo de aspectos do cotidiano. Neste sentido, podemos perceber que apesar de a abordagem de conceitos científicos relacionados aos fatos do cotidiano não necessariamente resultar no aprofundamento da
  • 7. II ENCONTRO NACIONAL DE PESQUISA EM EDUCAÇÃO EM CIÊNCIAS 7 de 9 formação para a cidadania, ela significa um avanço em relação às práticas pedagógicas tradicionais, ao propiciar um maior envolvimento do aluno, o que pode levá-lo a um melhor rendimento escolar. Com relação à formação do professor pôde-se identificar a influência do curso de licenciatura e de cursos de atualização na promoção desses avanços em relação aqueles professores que admitiram uma mudança significativa em sua prática pedagógica ao incorporarem às dimensões sociais da ciência. A respeito da inovação educacional, apenas cinco professores relataram fazer uso de outros materiais de ensino inovadores e trinta e sete porcento afirmaram que buscam adequar os conteúdos programáticos ao que consideram mais relevante, ou seja, não seguem à risca o conteúdo proposto pela escola. Esse dado evidencia que a inovação educacional, para a maioria dos professores entrevistados, ainda é uma intenção que não se concretiza na prática. Sobre as dificuldades em inovação, pode-se destacar que seis professores comentaram que enfrentam na escola a resistência de seus colegas para implementarem mudanças educacionais. Isto mostra que as inovações curriculares dependem de ações que envolvam toda a escola. As propostas pedagógicas precisam ser desenvolvidas pelo conjunto de professores, pois ações isoladas enfrentam uma maior resistência e dependem da persuasão e persistência do professor para terem continuidade. Considerações finais A contextualização do ensino vem sendo reconhecida como importante por vários professores e parece haver de certa forma uma tendência, revelada ao menos no discurso, de os professores entrevistados buscarem incorporar tal princípio à sua prática de sala de aula. Todavia, constata-se que esta parece estar ainda relacionada apenas às aplicações da química ao cotidiano, o que indica a necessidade de um aprofundamento dessa questão no sentido de incorporar os elementos necessários para a formação da cidadania. Evidencia-se, ainda, que para a maioria dos professores a inovação parece estar mais a nível da intenção do que da ação. Este estudo também revela que os professores que procuram modificar sua prática pedagógica adotando o princípio de contextualização, ainda que de maneira superficial, têm um perfil bastante definido: a maioria é jovem, com pouco tempo de magistério, dedicada exclusivamente a essa atividade profissional, com formação específica para o exercício da profissão, através de cursos de licenciatura, e interesse em manter-se atualizados, seja através de cursos seja por meio de leitura de jornais, revistas, revistas de divulgação científica, etc. Esses dados parecem indicar que a profissionalização do magistério e a formação específica para seu exercício, por meio dos cursos de licenciatura, são fatores que têm favorecido a renovação das práticas pedagógicas no ensino de química. O princípio curricular de contextualização tem diferentes significados para o professor. Neste sentido se não houver uma discussão mais ampla desse princípio curricular, corre-se o risco de mais uma vez o objetivo de formação da cidadania tornar-se letra morta na legislação. Há uma necessidade de se constatar, na prática, como os professores estão realmente aplicando esse princípio em suas salas de aula e que dificuldades encontram. Essa pesquisa,
  • 8. II ENCONTRO NACIONAL DE PESQUISA EM EDUCAÇÃO EM CIÊNCIAS 8 de 9 que estamos iniciando, poderá fornecer instrumentos importantes para a reflexão dos professores em cursos de formação inicial e continuada. Além disso, a identificação e análise dessas práticas poderá indicar necessidades formativas e ajudar a avaliar e repensar tais cursos de formação. Referências bibliográficas CHASSOT, Attico Inácio (1995). Para que(m) é útil o ensino? Alternativas para um ensino (de Química) mais crítico. Canoas : Ed. da ULBRA. MALDANER, Otavio Aloisio (1992). A formação continuada de professores : ensino- pesquisa na escola. Tese (Doutorado em Educação) – Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas. MÓL, G. de S e SANTOS, W. L. P. dos (coords.) et al (1998). Química na sociedade, Volume 1, módulos 1 e 2. Brasília, Editora Universidade de Brasília. MÓL, G. S.; SANTOS, W. L. P. dos e SILVA, R. R (1998). Projeto de ensino de química em um contexto social: produção de material didático como formação continuada de professores do ensino médio. In: 21ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Química, Poços de Caldas - MG, Maio, 1998, Livro de Resumos, ED - 023. MORTIMER, Eduardo F. (1988). O ensino de estrutura atômica e de ligação química na escola de segundo grau; drama, tragédia ou comédia? Dissertação (Mestrado em Educação) – Faculdade de Educação da Universidade Federal de Minas Gerais. MORTIMER, Eduardo F.; MACHADO, Andréa Horta; e ROMANELLI, Lilavate Izapovitz (1998a). Proposta curricular – Química : fundamentos teóricos. Belo Horizonte, Secretaria de Estado da Educação de Minas Gerais. MORTIMER, Eduardo F.; ORNELAS, Ademilde D. A.; MACHADO, Andréa H.; MARTINS, Carmem L. F.; CASTILHO, Dalva L.; SANTOS, Flávia M. T.; SILVEIRA, Katia P.; GOMES, Luiz A. K.; SILVA, Nilma S. da; ALEN, Penha S.; e MINGOTE, Raquel M. (1998b). A experiência do projeto FOCO : formação continuada de professores de química e ciências. In: IX Encontro Nacional de Ensino de Química, 1998. Anais e Caderno de Resumos. São Cristóvão, UFS, p. 295. SANTOS, Wildson L. P. dos (1992). O ensino de química para formar o cidadão : principais características e condições para a sua implantação na escola secundária brasileira. Dissertação (Mestrado em Educação) – Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas. SANTOS, W. L. P. e SCHNETZLER, R. P (1997). Educação em química : compromisso com a cidadania. Ijuí, Editora da UNIJUÍ. SANTOS, W. L. P. dos; e MORTIMER, E. F (1999). Concepções de professores sobre contextualização social do ensino de química e ciências. In: 22ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Química, Poços de Caldas - MG, Maio, 1999, Livro de Resumos, volume 3, ED - 070.
  • 9. II ENCONTRO NACIONAL DE PESQUISA EM EDUCAÇÃO EM CIÊNCIAS 9 de 9 SCHNETZLER, Roseli Pacheco (1980). O tratamento do conhecimento químico em livros didáticos brasileiros para o ensino secundário de Química de 1875 a 1978 : análise do capítulo de reações químicas. Dissertação (Mestrado em Educação) – Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas. SOLOMON, J. e AIKENHEAD, G (1994). STS education : international perspectives on reform. New York : Teachers College Press. YAGER, R (1990). Science, technology, society : a major trend in science education. In: UNESCO. New trends in integrated science teaching. Bélgica, UNESCO, p. 44-48.