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1. Introdução
1.1. Definição de conceitos
A Educação, "designa e engloba todos aqueles factos humanos nos quais se dá um
processo de criação ou transmissão de informação e cujo protagonista é o homem que
assimila tal informação" (Puig,1986:14).
A Comunicação, “é o processo vital através do qual indivíduos e organizações se
relacionam uns com os outros, influenciando-se mutuamente" (Thayer, 1979:19)
2. Sistema Educativo - Comunicativo
O sistema Educativo, corresponde aos factos, e acontecimentos, bem como todo o
processo e procedimentos afectos ao acto de educar, quer seja de forma formal, ou de
forma informal. Assim, Trilla (1993) refere-se ao "universo educativo" como "o
conjunto total de factos, sucessos, fenómenos ou efeitos educativos — formativos e/ou
instrutivos — e, por extensão, ao conjunto de instituições, meios, âmbitos, situações,
relações, processos, agentes e factores susceptíveis de os gerar" (p.13), subdividindo-o
em três sectores, ou modos de educação, de acordo com os contextos de realização:
formal, não formal e informal
Comunicar é compartilhar significados via intercâmbio de informação. O processo de
comunicação se define pela tecnologia da comunicação, pelas características dos
emissores e receptores da informação, pelos seus códigos culturais de referência, pelos
seus protocolos de comunicação e pelo alcance do processo.
A comunicação, é distinguida por alguns autores como Ruesch & Bateson (1951) e
Thayer (1979), em quatro níveis ou contextos da comunicação: intrapessoal,
interpessoal, grupal e cultural.
IMAGEM
É importante que cada contexto comunicativo não seja considerado como uma entidade
separada, mas como uma hierarquia de contextos ajustados uns aos outros.
1-O contexto intrapessoal ocorre quando o indivíduo pensa ou fala para si mesmo. É um
processo de auto-comunicação, ocorrendo dentro da própria pessoa, que assume as
funções de emissor e de receptor.
2- O contexto interpessoal desenvolve-se entre dois indivíduos ("um para um") num
contexto físico muito próximo. Para Ruesch e Bateson constitui o nível mais importante
da comunicação. Neste nível, o indivíduo relaciona-se com o mundo dos outros no
contexto social, alternando papéis complementares de participação (transmissão) e
observação (recepção).
3-O contexto grupal processa-se na colaboração entre vários indivíduos ("um para
muitos" e "muitos para um") num contexto físico próximo. Neste contexto, os papéis de
transmissão e de recepção estão mais divididos irregularmente do que no nível anterior.
4-O contexto cultural, também designado de massa, desenvolve-se entre uma pessoa
institucionalizada (meio de comunicação social) e um grande número de pessoas, o
público, que utiliza o respectivo meio. Este contexto é uma espécie de comunicação de
"muitos para muitos", sendo assim difícil identificar a origem e o destino das
mensagens.
É importante que cada contexto comunicativo não seja considerado como uma entidade
separada, mas como uma hierarquia de contextos ajustados uns aos outros. Cada um dos
contextos em que ocorre o processo de comunicação possui características técnicas,
incluindo aspectos próprios de codificação para a formação das mensagens, variando a
sua natureza com cada nível de análise.
Os modos da comunicação educativa: formal e informal
A articulação entre os contextos educativos e comunicativos permite diferenciar,
genericamente, dois grandes modos de comunicação educativa: a formal e a informal3.
Esta diferenciação é estabelecida em torno da ligação dos interlocutores no espaço e no
tempo e pelo grau de formalidade pedagógica da recepção e uso dos factos educativos.
A comunicação educativa formal corresponde à concentração num espaço e num tempo
determinado. Materializa-se numa instituição (a escola) com o professor a assumir-se
como principal fonte de conhecimentos, transmitindo o seu saber a um conjunto de
alunos (receptores), condicionado por regras materiais, por possibilidades maiores ou
menores de estabelecer a reciprocidade e por princípios de optimização do rendimento.
A comunicação educativa informal, pelo contrário, caracteriza-se pela inexistência, em
princípio, dum ponto definido no espaço ou do tempo. Há uma maior flexibilidade na
utilização das diferentes combinações das ligações entre os interlocutores no
"continuum espacio-temporal". Oposta à concentração num espaço e num tempo
determinado, coincide mais com o contexto comunicacional cultural.
3. Comunicação Educativa:Características
Se termos em conta que existe quatro (4) forma de comunicação educativa (Passiva, Agressiva,
Assertivo e Manipulador). De forma genérica a característica da comunicação educativa,
entende-se como a relação estabelecida no processo docente educativo, onde o professor
enquanto facilitador deste processo, deve pautar pela Clareza, Simplicidade, Eficiência.
De forma especifica, na Comunicação Passifica, onde o professor enquanto facilitador no
processo de ensino-aprendigagem, não expressa confiança no desenvolvimento da sua
abordagem, dando oportunidade excessiva aos co-sujeitos deste processo, ao ponto mesmo de
criar sentimentos de desorientação, insatisfação e gerando mesmo a falta de cooperação
desenvolvimento do processo.
Na comunicação agressiva por sua vez; a característica principal do professor enquanto
facilitador do processo ensino-aprendizagem é a dominação e desvalorização. Consiste no facto
de ser um Chefe (o professor, o professor manda), a tomar as decisões e impor ordens aos
alunos, sem querer explica-los ou justiça-los.
Comunicação Assertiva, promove a afirmação e aceitação dos interveniente. Procura-se uma
comunicação democrática, onde os estudantes propõem sujeitos, que se viáveis são aceites pelo
professor, e na sua maioria são acolhidas por este.
Manipulador nesta, o professor, prefere cria conflitos no momento oportuno do que reduzir as
tensões existentes, faz chantagem moral.
4. Critérios para uma comunicação educativa eficaz
Abordaremos os critérios a ter em conta para se conseguir uma comunicação educativa
eficaz, que tem sido uma questão fundamental que se coloca no estudo da comunicação
em geral e da educativa em particular.
Fisher (1978), refere que esta questão tem merecido a devida atenção por parte de quase
todos os investigadores do fenómeno. sintetizando várias posturas vigentes, refere-se a
quatro critérios que retomamos e aplicamos à comunicação educativa devido à
pertinência que ainda mantêm na actualidade:
O primeiro critério refere-se à consecução de bons resultados (êxito) na comunicação
educativa. Só por si, este critério é restritivo e peca por um excessivo pragmatismo.
Embora possa ser adequado dum ponto de vista da comunicação instrumental, ofusca a
dimensão relacional e, se atendermos apenas aos resultados imediatos, é susceptível de
criar uma instrução deformativa. Isto é, apenas nos informa sobre os resultados, mas
nada diz sobre o conhecimento e funcionamento do processo. A mera consideração dos
resultados não explica como tais resultados foram conseguidos. Estes podem obedecer a
diversas e múltiplas causas e, como assinala Fisher, "o critério do efeito faz curto-
circuito à compreensão em favor do bom resultado" (idem:317).
O segundo critério implica um profundo conhecimento do processo comunicativo em
termos de uma escolha adequada e funcional de técnicas que sejam congruentes com as
finalidades da comunicação educativa. Implica, por exemplo, um conhecimento das
técnicas de diálogo, de funcionamento das redes de comunicação, do uso das diversas
linguagens e recursos mediáticos etc. Contudo, este critério, considerado isoladamente,
também apresenta uma visão simplificada da questão pois, apesar de constituir um dos
elementos importantes a considerar, importa que a utilização da técnica resulte
adequada e funcional dentro do conjunto do sistema comunicacional em que se
desenvolve. Assim, se a mantivermos como único critério de eficácia simplificamos
drasticamente (e dramaticamente) a complexidade do processo e novamente fazemos
curto-circuito à real compreensão da eficácia comunicativa, como refere Fisher
(idem:318).
O terceiro critério reflecte o grande desafio da comunicação educativa: conseguir
relações interpessoais e intercâmbios informativos entre sujeitos muito diferentes entre
si. Trata-se da capacidade de adequar os campos experienciais (repertórios de
significação, visões do mundo, etc.) dos interlocutores. Implica que o professor ajuste o
seu repertório (mais vasto em saber e experiência) ao dos alunos, tomando-o como
ponto de partida para o ampliar. Estamos em pleno domínio das relações interpessoais,
em que o papel do feed-back é fundamental para se estabelecer uma verdadeira
comunicação bidireccional. Deve recordar-se o atributo da equifinalidade do processo
comunicacional enquanto sistema aberto: o processo evolui com base em sistemas de
adequação e autoregulação que se vão gerando no seu interior à medida que se
desenvolve. Nesta perspectiva, a eficácia da comunicação estará na relação com o grau
de afinidade alcançado entre os comunicantes, o que implica, no dizer de Fisher
"identificar os filtros conceptuais das outras pessoas, ao longo das suas intervenções e
intensidades relativas, e adaptar a mensagem de maneira que resulte congruente com as
interpretações das outras pessoas" (idem: 319).
O quarto critério vem na sequência da capacidade de adequação referida atrás. Porém,
neste caso, não deve apenas atender-se às características pessoais dos comunicantes,
mas também às condições do contexto em que se desenvolve o processo. Daí que Fisher
fale em "funcionalidade da totalidade do sistema". Assim, as ideias de sistema e de
autoregulação são capitais, o que significa que se deve atender não só à estrutura das
relações informais da dinâmica do grupo, isto é, dos fenómenos resultantes das diversas
redes de comunicação e de afinidade entre os elementos da turma, mas também à
estrutura das relações formais (turma enquanto organização social) constituídas por
normas e expectativas com origem noutros subsistemas, como o social e o familiar, que
directa ou indirectamente incidem no processo educativo. A este respeito Fisher afirma
que "cada indivíduo comunica eficazmente na medida em que a sua conduta é
apropriada para, congruente com e está de acordo com as pautas das condutas dos
outros nesse contexto social" (idem: 319).

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Comunicaçao educativa eficaz

  • 1. 1. Introdução 1.1. Definição de conceitos A Educação, "designa e engloba todos aqueles factos humanos nos quais se dá um processo de criação ou transmissão de informação e cujo protagonista é o homem que assimila tal informação" (Puig,1986:14). A Comunicação, “é o processo vital através do qual indivíduos e organizações se relacionam uns com os outros, influenciando-se mutuamente" (Thayer, 1979:19) 2. Sistema Educativo - Comunicativo O sistema Educativo, corresponde aos factos, e acontecimentos, bem como todo o processo e procedimentos afectos ao acto de educar, quer seja de forma formal, ou de forma informal. Assim, Trilla (1993) refere-se ao "universo educativo" como "o conjunto total de factos, sucessos, fenómenos ou efeitos educativos — formativos e/ou instrutivos — e, por extensão, ao conjunto de instituições, meios, âmbitos, situações, relações, processos, agentes e factores susceptíveis de os gerar" (p.13), subdividindo-o em três sectores, ou modos de educação, de acordo com os contextos de realização: formal, não formal e informal Comunicar é compartilhar significados via intercâmbio de informação. O processo de comunicação se define pela tecnologia da comunicação, pelas características dos emissores e receptores da informação, pelos seus códigos culturais de referência, pelos seus protocolos de comunicação e pelo alcance do processo. A comunicação, é distinguida por alguns autores como Ruesch & Bateson (1951) e Thayer (1979), em quatro níveis ou contextos da comunicação: intrapessoal, interpessoal, grupal e cultural. IMAGEM É importante que cada contexto comunicativo não seja considerado como uma entidade separada, mas como uma hierarquia de contextos ajustados uns aos outros. 1-O contexto intrapessoal ocorre quando o indivíduo pensa ou fala para si mesmo. É um processo de auto-comunicação, ocorrendo dentro da própria pessoa, que assume as funções de emissor e de receptor. 2- O contexto interpessoal desenvolve-se entre dois indivíduos ("um para um") num contexto físico muito próximo. Para Ruesch e Bateson constitui o nível mais importante da comunicação. Neste nível, o indivíduo relaciona-se com o mundo dos outros no contexto social, alternando papéis complementares de participação (transmissão) e observação (recepção).
  • 2. 3-O contexto grupal processa-se na colaboração entre vários indivíduos ("um para muitos" e "muitos para um") num contexto físico próximo. Neste contexto, os papéis de transmissão e de recepção estão mais divididos irregularmente do que no nível anterior. 4-O contexto cultural, também designado de massa, desenvolve-se entre uma pessoa institucionalizada (meio de comunicação social) e um grande número de pessoas, o público, que utiliza o respectivo meio. Este contexto é uma espécie de comunicação de "muitos para muitos", sendo assim difícil identificar a origem e o destino das mensagens. É importante que cada contexto comunicativo não seja considerado como uma entidade separada, mas como uma hierarquia de contextos ajustados uns aos outros. Cada um dos contextos em que ocorre o processo de comunicação possui características técnicas, incluindo aspectos próprios de codificação para a formação das mensagens, variando a sua natureza com cada nível de análise. Os modos da comunicação educativa: formal e informal A articulação entre os contextos educativos e comunicativos permite diferenciar, genericamente, dois grandes modos de comunicação educativa: a formal e a informal3. Esta diferenciação é estabelecida em torno da ligação dos interlocutores no espaço e no tempo e pelo grau de formalidade pedagógica da recepção e uso dos factos educativos. A comunicação educativa formal corresponde à concentração num espaço e num tempo determinado. Materializa-se numa instituição (a escola) com o professor a assumir-se como principal fonte de conhecimentos, transmitindo o seu saber a um conjunto de alunos (receptores), condicionado por regras materiais, por possibilidades maiores ou menores de estabelecer a reciprocidade e por princípios de optimização do rendimento. A comunicação educativa informal, pelo contrário, caracteriza-se pela inexistência, em princípio, dum ponto definido no espaço ou do tempo. Há uma maior flexibilidade na utilização das diferentes combinações das ligações entre os interlocutores no "continuum espacio-temporal". Oposta à concentração num espaço e num tempo determinado, coincide mais com o contexto comunicacional cultural. 3. Comunicação Educativa:Características Se termos em conta que existe quatro (4) forma de comunicação educativa (Passiva, Agressiva, Assertivo e Manipulador). De forma genérica a característica da comunicação educativa, entende-se como a relação estabelecida no processo docente educativo, onde o professor enquanto facilitador deste processo, deve pautar pela Clareza, Simplicidade, Eficiência. De forma especifica, na Comunicação Passifica, onde o professor enquanto facilitador no processo de ensino-aprendigagem, não expressa confiança no desenvolvimento da sua abordagem, dando oportunidade excessiva aos co-sujeitos deste processo, ao ponto mesmo de criar sentimentos de desorientação, insatisfação e gerando mesmo a falta de cooperação desenvolvimento do processo.
  • 3. Na comunicação agressiva por sua vez; a característica principal do professor enquanto facilitador do processo ensino-aprendizagem é a dominação e desvalorização. Consiste no facto de ser um Chefe (o professor, o professor manda), a tomar as decisões e impor ordens aos alunos, sem querer explica-los ou justiça-los. Comunicação Assertiva, promove a afirmação e aceitação dos interveniente. Procura-se uma comunicação democrática, onde os estudantes propõem sujeitos, que se viáveis são aceites pelo professor, e na sua maioria são acolhidas por este. Manipulador nesta, o professor, prefere cria conflitos no momento oportuno do que reduzir as tensões existentes, faz chantagem moral. 4. Critérios para uma comunicação educativa eficaz Abordaremos os critérios a ter em conta para se conseguir uma comunicação educativa eficaz, que tem sido uma questão fundamental que se coloca no estudo da comunicação em geral e da educativa em particular. Fisher (1978), refere que esta questão tem merecido a devida atenção por parte de quase todos os investigadores do fenómeno. sintetizando várias posturas vigentes, refere-se a quatro critérios que retomamos e aplicamos à comunicação educativa devido à pertinência que ainda mantêm na actualidade: O primeiro critério refere-se à consecução de bons resultados (êxito) na comunicação educativa. Só por si, este critério é restritivo e peca por um excessivo pragmatismo. Embora possa ser adequado dum ponto de vista da comunicação instrumental, ofusca a dimensão relacional e, se atendermos apenas aos resultados imediatos, é susceptível de criar uma instrução deformativa. Isto é, apenas nos informa sobre os resultados, mas nada diz sobre o conhecimento e funcionamento do processo. A mera consideração dos resultados não explica como tais resultados foram conseguidos. Estes podem obedecer a diversas e múltiplas causas e, como assinala Fisher, "o critério do efeito faz curto- circuito à compreensão em favor do bom resultado" (idem:317). O segundo critério implica um profundo conhecimento do processo comunicativo em termos de uma escolha adequada e funcional de técnicas que sejam congruentes com as finalidades da comunicação educativa. Implica, por exemplo, um conhecimento das técnicas de diálogo, de funcionamento das redes de comunicação, do uso das diversas linguagens e recursos mediáticos etc. Contudo, este critério, considerado isoladamente, também apresenta uma visão simplificada da questão pois, apesar de constituir um dos elementos importantes a considerar, importa que a utilização da técnica resulte adequada e funcional dentro do conjunto do sistema comunicacional em que se
  • 4. desenvolve. Assim, se a mantivermos como único critério de eficácia simplificamos drasticamente (e dramaticamente) a complexidade do processo e novamente fazemos curto-circuito à real compreensão da eficácia comunicativa, como refere Fisher (idem:318). O terceiro critério reflecte o grande desafio da comunicação educativa: conseguir relações interpessoais e intercâmbios informativos entre sujeitos muito diferentes entre si. Trata-se da capacidade de adequar os campos experienciais (repertórios de significação, visões do mundo, etc.) dos interlocutores. Implica que o professor ajuste o seu repertório (mais vasto em saber e experiência) ao dos alunos, tomando-o como ponto de partida para o ampliar. Estamos em pleno domínio das relações interpessoais, em que o papel do feed-back é fundamental para se estabelecer uma verdadeira comunicação bidireccional. Deve recordar-se o atributo da equifinalidade do processo comunicacional enquanto sistema aberto: o processo evolui com base em sistemas de adequação e autoregulação que se vão gerando no seu interior à medida que se desenvolve. Nesta perspectiva, a eficácia da comunicação estará na relação com o grau de afinidade alcançado entre os comunicantes, o que implica, no dizer de Fisher "identificar os filtros conceptuais das outras pessoas, ao longo das suas intervenções e intensidades relativas, e adaptar a mensagem de maneira que resulte congruente com as interpretações das outras pessoas" (idem: 319). O quarto critério vem na sequência da capacidade de adequação referida atrás. Porém, neste caso, não deve apenas atender-se às características pessoais dos comunicantes, mas também às condições do contexto em que se desenvolve o processo. Daí que Fisher fale em "funcionalidade da totalidade do sistema". Assim, as ideias de sistema e de autoregulação são capitais, o que significa que se deve atender não só à estrutura das relações informais da dinâmica do grupo, isto é, dos fenómenos resultantes das diversas redes de comunicação e de afinidade entre os elementos da turma, mas também à estrutura das relações formais (turma enquanto organização social) constituídas por normas e expectativas com origem noutros subsistemas, como o social e o familiar, que directa ou indirectamente incidem no processo educativo. A este respeito Fisher afirma que "cada indivíduo comunica eficazmente na medida em que a sua conduta é apropriada para, congruente com e está de acordo com as pautas das condutas dos outros nesse contexto social" (idem: 319).